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Hegemonia preta e amarela: o sétimo título seguido da Engenharia na CIA

Leão saiu de Uberaba em 2023 com 16 ouros, 24 pratas e 21 bronzes no peito e chegou em Uberlândia com mais um troféu na mão


Por Mariana Gulo


Gestoras da atlética, Ana Clara, Geovana e Fernanda celebraram a vitória no palco/ Foto: FOTO OLLHAR

Se formos pensar em sinônimos de tradição na Copa Inter Atléticas é impossível não pensar em Engenharia UFU. Criada em 2015, a CIA 2023 foi a sétima edição do campeonato e o Leão voltou para casa com o troféu de campeão na mão em todos os anos, deixando sempre sua marca preta e amarela em Uberaba. Nesse ano, os engenheiros saíram de lá com 16 ouros, 24 pratas e 21 bronzes e chegou em Uberlândia procurando espaço para mais um troféu na prateleira.


“Loucura, extremamente cansativo e desgastante, mas, ao mesmo tempo, um aprendizado que você não encontra em nenhum outro lugar” foram as palavras utilizadas pela vice-presidente e aluna de Engenharia Civil Fernanda Assalin, conhecida como Fernandinha, quando questionada sobre a responsabilidade de cuidar de uma atlética com tanta tradição. “É desafiador, empolgante e te exige uma responsabilidade gigantesca. É um peso muito grande, mas quando conseguimos pela sétima vez levantar essa taça, é o melhor sentimento do mundo, de dever cumprido”, disse Fernandinha.


Mas engana-se quem pensa que levar o troféu para casa foi fácil. Disputando o título com mais 15 atléticas, sendo quatro dessas da UFU, a Engenharia se viu com uma ‘ameaça’ ainda mais forte: a Medicina UFMG. Com essa concorrência, a atlética do Leão acompanhou os pontos sendo mais distribuídos entre as atléticas, diminuindo sua vantagem.


Porém, mesmo com adversários vindos da segunda divisão e rivais se fortalecendo, a Engenharia conseguiu uma diferença de 45 pontos do segundo lugar, finalizando a competição com 166 pontos. A vice-presidente comentou a soma desses pontos durante a competição. “Nosso objetivo principal sempre foi o geral, mas sem cada esporte evoluir no campeonato, não é possível ganhar o tão sonhado troféu”.


A futura engenheira e vice-presidente também citou os destaques nos esportes. "Sem dúvidas alguma o basquete masculino, ouro pela terceira vez consecutiva na CIA, além do tênis de mesa e tênis de campo, que brilharam muito. A peteca masculina também se destacou com ouro novamente. Inclusive, tivemos jogador destaque (eleito pela organização da CIA) no basquete masculino (Alessandro), na peteca masculina (Gabriel) e no tênis de campo masculino (Jean)”


Agora, a atlética do leão foca na Olimpíada UFU, que ocorrerá em setembro. A Engenharia também leva tradição no campeonato: são 22 títulos, sendo conquistas de forma consecutiva desde 2014. Até por isso, Fernandinha mostrou um pouco mais de tranquilidade diante dessa competição. “É um campeonato mais tranquilo por ser dentro de casa e com atléticas que lidamos diariamente, além de que seu formato é com um período de tempo maior, com o meio de semana todo para organizar os jogos do próximo final de semana, mais espaço entre os jogos para os atletas descansarem e nós da diretoria também.”



Engenharia também atual campeã das Olimpíadas UFU/ Foto: Sofia Volpi

A história da Engenharia na CIA 2023


Uma das histórias marcantes da CIA 2023 foi o basquete masculino da Engenharia. O atleta Alessandro Gabriel, estudante de engenharia mecânica, ganhou como jogador da partida na final e deu detalhes da virada histórica da semifinal contra a Engenharia UFMG.


“Começamos perdendo de 22 a 8 no primeiro quarto, algo que não acontecia há muito tempo e isso, querendo ou não, foi um susto para nós. Quando fomos para o banco, tivemos o apoio e instrução do nosso técnico, que soube ler o momento do jogo e nos ajudar a enxergar onde deveria ser consertado”.


Apesar da desvantagem do primeiro período, a Engenharia foi capaz de se reerguer e conquistar a virada e a vitória do jogo. “Já nos 5 minutos do segundo quarto, já tínhamos baixado a vantagem para 22 a 20, o que mostrou quão forte nosso time é e como o conjunto de peças do time é primordial”, afirmou Alessandro.


Como já dito antes, Alessandro foi eleito jogador da partida, porém o atleta,a todo momento reforçou, o quão importante é o trabalho em equipe. “Por mais que tenha uma peça que se destaque, no fim das coisas ela não consegue fazer nada sozinha se os demais não acompanharem e para mim isso foi um divisor de águas muito grande. Foi naquele momento em que vi que ali tinha um time comprometido, talentoso”.


O atleta também afirmou que seu foco nunca foi ganhar destaque dentro do time, mas sim levar o troféu para casa. “Quando vi o elenco comprometido e focado só me restou somar o meu talento . Apenas agregar em vez de me destacar. Pelo menos para mim, a semifinal deste ano foi um dos jogos mais importantes, pois foi capaz de mostrar o quão forte e capacitado nosso time é”.


Os destaques da Engenharia na CIA 2023


Um ponto importante é que a tradição da atlética não vem somente na instituição. Thais Schmidt Silva está na Engenharia desde 2013, competindo na CIA desde 2015 e tendo esse ano como seu último CIA, e é um dos destaques desta hegemonia preta e amarela.

Atleta de handebol, futebol, basquete, judô e atletismo, a engenheira química falou sobre o que é viver uma edição de CIA. “O que eu acho muito legal da CIA é a questão de sair de casa e ir viver esses quatro dias intensos. Na primeira CIA da história, em 2015, era uma proporção muito menor do que é hoje”.


Pode-se dizer que Thaís “faz parte do início de uma era”, como a mesma disse: “Em 2015 chegamos a final do futsal feminino contra o mesmo time que havíamos perdido a final do handebol feminino. Foi o início de uma era. Foi muito legal fazer parte e também fazer o gol do pênalti da vitória”.


As sete edições de CIA trouxeram muitas vitórias e agora a atleta fechou a sua era pela atlética levando duas medalhas de ouro no judô feminino nesse ano e o amor pela Engenharia para o resto da vida.


“A Engenharia significa muita coisa para minha vida. Para mim é tudo. Fiz amizades, conheci pessoas que eu levo para a vida. Então eu vim de fora, mudei para cá em 2013 e me encontrei aqui, mais do que eu imaginava.”


Resultados da Engenharia na CIA 2023


Medalhas de ouro - 1º lugar

  • Atletismo: Braun, Juliane, Renata

  • Basquete masculino

  • Jiu jitsu: Alandete, Caio, João Pedro Laguna

  • Judô: Juliana Cristina, Thaís Schmidt

  • Natação: Michelle, Pedro Augusto

  • Peteca masculina

  • Tênis de campo: Fiori

  • Tênis de mesa: Campsi, Yasmin


Medalhas de prata - 2º lugar

  • Atletismo: Braun, João Pedro, Renata, Vitor José

  • Jiu Jitsu: Alandete, Kayo Oliveira, Paulo

  • Judô: Gabriella, Heitor Andrade, Lohanna

  • Natação: André, Benjamin, Leão, Luana, Pedro Augusto, Pedro Vianna

  • Tênis de campo: Jean


Medalhas de bronze - 3º lugar

  • Atletismo: Gontijo, João Pedro, Otávio, Santana

  • Handebol masculino

  • Jiu jitsu: José Henrique

  • Judô: Borba, João Pedro Laguna, Vinicius Buiatti

  • Natação: Benjamin, Isa, Luana, Michelle, Pedro Vianna, Sarah, Thalyta

  • Xadrez: Eymi, Kono, Marco Túlio


Ficha técnica da Engenharia


  • Nome: Associação Atlética Acadêmica Engenharia UFU

  • Mascote: Leão

  • Fundação: 06/03/1972

  • Campus da UFU: Santa Mônica - Uberlândia

  • Sede na UFU: Prédio 1B

  • Cursos da atlética: Engenharia Aeronáutica, Engenharia Ambiental e Sanitária, Engenharia Biomédica, Engenharia Civil, Engenharia de Computação, Engenharia de Controle e Automação, Engenharia Elétrica, Engenharia Eletrônica e de Telecomunicações, Engenharia Mecânica, Engenharia Mecatrônica e Engenharia Química.

  • Presidente: Geovana Miranda

  • Diretores de esporte: Ana Clara, Ana Laura Correa, Fernando Gil, Raian Nasser e Yasmin Giacomo

  • Primeira participação na CIA: 2015

  • Campanha na CIA em 2023: 1º na 1ª divisão

  • Melhor campanha na CIA: Campeão em todas as sete edições (2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2022 e 2023)


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