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Finalistas do basquete de 2022 entram na Olimpíada e mostram porque são as melhores equipes da UFU

Definidas as quatro atléticas que voltam no próximo final de semana para definir as quatro primeiras posições do campeonato


Por Felipe Domingos e Felipe Pirovani


Nível da competição sobe com participação das finalistas do ano passado | Foto: Itana Santos

Após duas semanas de descanso, as oito equipes de basquete classificadas para as oitavas de final voltaram ao G6 para disputar mais duas etapas do basquete. Enquanto as oitavas foram disputadas no sábado (30), no domingo (01) restou aos times jogarem mais um jogo valendo as quatro vagas da semifinal.


Finalistas da última edição, Educação Física e Engenharia UDI iniciaram a caminhada na Olimpíada UFU 2023 no fim de semana, já nas oitavas de final. Classificados com largas vantagens para a semi, as atléticas do Cachorro, atual campeã, e do Leão, vice em 2022, mostraram porque são consideradas as melhores equipes da UFU.


Moca 61 x 22 Agrárias - Oitavas


No primeiro jogo do dia, Moca e Agrárias abriram as oitavas da competição logo cedo. Após jogar a repescagem contra o Direito no primeiro final de semana, a Atlética da Javali foi a primeira equipe a se beneficiar do novo formato de disputa e voltou à competição. A equipe de Monte Carmelo, por outro lado, venceu seu primeiro jogo contra a Biológicas e estava,mais uma vez, focada na vitória.


Desde o início da partida, a Moca se impôs e, de dois em dois pontos, a vantagem só cresceu. A Agrárias, que já havia mostrado dificuldade em seus dois outros jogos, não demonstrou novamente força para competir contra a elite do basquete na UFU. Mais uma vez, o destaque da partida foi Pedro Augusto, camisa 10, que anotou 30 pontos, manteve seus bons números na competição e ajudou o time a ganhar por 61 a 22.


Sobre voltar a jogar na Olimpíada, José Romero, armador da equipe, falou sobre a partida e sua função dentro do esquema jogado: “O jogo foi mais tranquilo. Nosso treinador deu uma poupada comigo e com o Pedro, já que amanhã a gente tem jogo contra a Monetária, pra gente entrar mais firme porque amanhã vai ser diferente”, previu o jogador da Moca.


Monetária 43 x 54 Moca - Quartas


Diferentemente da Moca, a Monetária descansou no sábado, já que no ano passado conseguiu um quarto lugar na competição. Romero, da equipe de Monte Carmelo, falou, antes do jogo, sobre chegar com mais ritmo do que os jogadores da Money. “[Dá pra aproveitar isso sim]. É bom que vai dando rodagem aos meninos novos que entraram agora, vão pegando o jeito para o jogo, tendo condicionamento físico também, dá um ‘desgastezinho’, mas é bom, vale a pena.”


Como antecipado por José no sábado, o jogo contra a Monetária foi mais difícil do que os demais até aquele momento. A partida começou equilibrada, e, até o fim do primeiro quarto, o placar marcava apenas 16 a 14 para a Moca, porém, no período seguinte, Pedro Augusto, da Moca, anotou dez pontos e deixou a Moca na frente com uma vantagem de 14 pontos.


Scholten liderou a Monetária quando a atlética mais precisou | Foto: Itana Santos

Para azar da Monetária, o seu principal jogador, Erick Henrique, acabou se lesionando no terceiro quarto e deixou a partida. Mesmo assim, a Atlética do Tamanduá venceu os dois últimos quartos com bela atuação de Max Scholten, mas não foi o suficiente para tirar a larga vantagem conquistada pela Moca, perdendo o jogo de 54 a 43. Dessa forma, a Moca está classificada para a semifinal, melhorando o seu desempenho de quinto colocado na última Olimpíada.


Educa 101 x 24 Artes - Oitavas


O segundo jogo das oitavas marcou a volta da atual campeã da competição. A Educa, que saiu vitoriosa em 2022, entrou somente nas oitavas encarando a Artes, que se classificou a partir da repescagem contra a Eng. Bio. Patos.


E a Educação Física mostrou porque é a atual campeã do torneio. O time entrou em quadra com a escalação que deve ser o titular nos próximos jogos, mas essa formação não se manteve tanto tempo em quadra após o primeiro quarto. Por ser um jogo inicial, muitos jogadores vieram do banco e marcaram seus pontos.


Mas nenhum deles marcou tantos pontos quanto o melhor jogador da final do ano passado. Thiago Sobon, camisa 23 da Educa, começou o jogo anotando os quatro primeiros pontos da partida e não parou enquanto esteve em quadra. No final do duelo, os números indicam que Sobon ostentou 38 pontos, quatro assistências e três rebotes. Outro destaque do jogo foi Rafael Moutran, armador que anotou 22 pontos ao todo, além de servir seus companheiros com seis assistências e pegar cinco rebotes.


Educa voltou a competição com um domínio maior do que no ano passado | Foto: Felipe Domingos

O dia inspirado dos atletas da Educa, somado à tática de pressão alta, fez com que a Artes não pudesse reagir, tirando as poucas cestas do capitão Isaac Aires, que anotou 14 pontos. O resultado de tudo isso foi um basquete bonito de acompanhar e uma quebra de recorde nas últimas edições.


Desde 2018, a única equipe a marcar 100 pontos havia sido a Engenharia UDI, em um jogo de oitavas também contra a Artes. Na ocasião, o placar foi de 100 a 9 para os engenheiros. Esse ano a Artes sofreu mais pontos, mas conseguiu marcar um pouco mais, mesmo saindo derrotada por 101 a 24.


Após marcar a maior pontuação individual do torneio até agora, Sobon falou sobre voltar a jogar a competição. “Como a gente não fez muitos jogos treinos, esse jogo foi um bom parâmetro para ver como está nosso time atualmente. Eu acredito que tivemos um bom resultado, superou nossas expectativas. Agora é só ir forte para o próximo jogo e manter o campeonato, o que foi passado já foi passado e agora a gente tem que focar nesse ano”


Na sequência, o destaque da Educação Física comentou a pontuação individual na partida e a possibilidade de ser o cestinha da Olimpíada UFU. “É a meta. Primeiramente, na verdade, a meta é ser campeão do campeonato e levar a Educa de novo ao topo, mas, particularmente, essa é minha meta atualmente: ser o melhor do campeonato”.


Fisioterapia 37 x 36 Computação - Oitavas


Para saber quem jogaria contra a Educa, Fisioterapia e Computação se enfrentaram e fizeram um daqueles jogos equilibrados e cheios de emoção no final. A equipe do Crocodilo manteve-se à frente do placar do início ao fim, mas nunca muito distante da Comp.


As duas equipes tentaram muitos arremessos, mas os mesmos não eram convertidos em cestas, até que o estreante em Olimpíadas Joab Luiz Santos Caixeta entrou de vez na partida. O armador marcou mais da metade dos pontos da Fisio e ajudou a equipe a tomar a vantagem no final da partida.


Mas nem por isso a Computação deixou-se abalar. Em uma sequência de cestas, a Comp acabou com a vantagem de dez pontos que a Fisio tinha conseguido no terceiro quarto, ou seja, faltando pouco menos de um minuto, o jogo estava empatado.


A Comp até teve a chance de virar o jogo, mas não conseguiu converter a cesta e, após perder a posse de bola no meio da quadra para Joab, viu a Fisio ampliar o marcador. Após isso, o jogo foi empatado mais uma vez e só restou a Atlética do Lobo fazer a falta na jogada seguinte, que contou com azar , já que Joab converteu um dos lances livres, chegando aos 24 pontos, e deu a vitória à Fisioterapia por 37 a 36.


Destaque do jogo, Joab falou sobre o duelo e sua atuação diante das ocasiões do confronto. “A partida foi emocionante do início ao fim. A gente sabia que seria um jogo difícil. Não era um jogo para a gente abrir vantagem, ia ser um jogo pau a pau o tempo inteiro, mas a gente é a Fisio. A gente consegue buscar, e foi isso que a gente fez. Nós demos o sangue, a vida e buscamos o resultado”.


Educa 77 x 9 Fisioterapia - Quartas


De volta ao G6 no domingo, a Fisio foi à quadra com uma difícil missão: superar a equipe que marcou mais de 100 pontos no dia anterior. E, dessa vez, a missão não foi cumprida.A Fisio viu a Educa jogar quase o jogo inteiro com o time reserva. Dessa forma, nenhum jogador em quadra marcou um número tão considerável de pontos, como na outra partida.


O cestinha da partida foi Pedro Isaac do Nascimento, com 14 pontos, mas o destaque foi para a pressão constante que a equipe fez contra os adversários, cedendo somente nove pontos à Fisioterapia. Com uma distribuição bem definida de pontos entre os jogadores da Educa, a equipe venceu a partida por 77 a 9.


Capitão da equipe e integrante da equipe ideal do campeonato da última edição, Marcelo Augusto falou sobre a função de comandar o segundo time da Educa com vários jogadores novos. “Comandar esse segundo time está sendo interessante, pois realmente está tendo renovação; Estão entrando meninos novos. É importante que eles joguem o primeiro jogo para se habituar, já que é um campeonato diferente, é um campeonato que tem torcida, então é importante ter eles dentro de quadra, porque nos jogos mais pesados, a gente vai precisar deles para ajudar”.


Ainda em quadra o capitão falou sobre a nova tática de defesa da equipe e o que ele espera para o jogo da semana que vem contra a Moca. “O Araan está preparando a gente para tentar fazer essa forma de defesa. Utilizamos nestes dois primeiros jogos, e acredito que a gente vai conseguir usar ela de novo para chegar mais eficiente nos próximos jogos. [...] Semana que vem contra a Moca vai ser um jogo difícil, um jogo pesado, e o que a gente tinha que treinar, a gente treinou. É encaixar e ir pra cima”.


Exatas 67 x 22 Odonto - Oitavas


Mais um jogo que começou equilibrado foi entre Exatas e Odonto, já que as duas equipes começaram muito bem. Bruno Pauli, da Odonto, liderava a Odonto para se manter sempre perto do placar, mas após uma parada técnica, a treinadora Isadora Agustini conseguiu reorganizar a Exatas tanto na defesa quanto no ataque.


Pauli era o destaque até a Exatas organizar sua defesa | Foto Itana Santos

Daí para frente só deu Exatas. Os jogadores da Odonto não deram conta de acompanhar o ritmo acelerado de Jhonatan Alves, que acabou mais um jogo como o maior pontuador da partida - foram 31 pontos e ele também foi o jogador com mais assistências, distribuindo quatro passes para seus companheiros.


Entrevistado após o jogo, Jhonatan falou sobre a conversa que teve com a treinadora Isadora na pausa técnica. “A gente entrou abaixo do que podemos na defesa. Mas a gente entregou mais intensidade. Eu acho que a palavra é intensidade na defesa e, consequentemente, no ataque também. Fomos alterando a defesa conforme o jogo foi passando, encaixamos uma [marcação] individual, depois uma pressão, depois um 3-2 e foi onde a gente conseguiu alavancar no placar”.


Com a defesa bem postada no jogo, e Jhonatan em um ritmo acima da média dos demais, a Exatas eliminou mais um adversário, agora por 67 a 22, e se classificou para jogar contra a Humanas no domingo.


Humanas 26 x 64 Exatas - Quartas


As duas equipes eliminadas pela Engenharia UDI no ano passado se encontraram dessa vez nas quartas de final. A Humanas foi terceira colocada em 2022 e não precisou jogar a partida das oitavas enfrentou a Exatas, que ganhou da Odonto no dia anterior e fez um jogo parecido contra a Pantera.


Exatas ganhou os dois jogos do final de semana marcando mais de 60 pontos | Foto: Itana Santos

A estratégia da Humanas de fazer uma marcação individual em Jhonatan Alves não funcionou. O ala-armador é alto para a posição, o que fez com que Rafael Moutran, técnico da Humanas, armasse o time com jogadores altos para conseguirem fazer essa marcação. Porém, a qualidade de Jhonatan se sobressaiu e ele anotou 32 pontos na partida.


Marcação individual não foi o suficiente para segurar Jhonatan, atleta da Exatas, que voltou à semifinal depois de seis anos | Foto: Itana Santos

Por outro lado, a Humanas teve dificuldade em quebrar a defesa da Exatas, que viu Jairo Pereira bloquear três bolas do ataque humanatico. Lucas Guerrezi, camisa 23 da Pantera, até tentou e anotou mais uma vez dez pontos na competição, mas não foi o suficiente. Com isso, a Exatas superou o adversário por 64 a 26, e se classificou para a semifinal.


Medicina 24 x 5 Exumadas - Oitavas


Medicina e Exumadas chegaram de forma incrível às oitavas. A equipe de Ituiutaba se reúne há menos de um ano e treina em uma quadra sem as condições necessárias. Mesmo assim, o time conseguiu vencer seu primeiro jogo contra a Odonto. A Medicina, por outro lado, também venceu seu confronto contra a Artes e se classificou, superando seu último desempenho em 2022, que na ocasião não passou da fase pré oitavas.


O jogo entre as duas começou parelho, mas a Exumadas sentiu a falta de jogadores no banco de reserva e cedeu pontos importantes à Medicina, que não desperdiçou a chance. Quando o placar marcava 14 a 5, muito por conta de Pedro Vitor Medeiros Mamede, da Med, o treinador Matheus Sivieri começou a colocar seus jogadores reservas para o jogo. Resultado final: 24 a 5 para os futuros médicos.


Engenharia UDI 75 x 24 Engenharia Pontal - oitavas


Depois de perder a final para a Educa no último ano, a Engenharia UDI teve seu primeiro adversário definido após a repescagem, e, em disputa de engenharias, a atlética de Uberlândia superou seus xarás de Ituiutaba.


Quem está acostumado com Alessandro Gabriel sendo o cestinha da partida, viu o jogador exercer um papel diferente na partida. O jogador anotou 15 pontos e pegou três rebotes, mas deu sete assistências aos seus companheiros, se tornando o jogador com mais assistências em uma partida dessa Olimpíada, e ajudou a equipe a vencer a partida por 75 a 24.


O jogador comentou o fato de dar tantas assistências numa partida. “Hoje foi a melhor forma que eu me encaixei ao jogo. Eu comecei meio lento nos ataques, não estava conseguindo concluir com a mesma eficiência que eu costumo concluir, então busquei ajudar meu time de outra maneira [...]. Sendo assim, achei melhor passar a bola, do que tentar forçar e acabar errando“.


Ainda sobre o jogo, Alessandro foi perguntado sobre a busca do título esse ano. “A gente tem sim o seu mérito de ter disputado duas finais, em duas edições consecutivas, isso mostra que nosso trabalho tem sido bem aplicado, porém talvez esteja faltando um capricho, um melhor aperfeiçoamento na hora de concluir, de fato, o jogo que é o mais importante: a final. E se for pra gente pegar a Educa na final novamente, a gente vai estar lutando para fazer com que o resultado final seja diferente do ano passado”.


Engenharia UDI 72 x 3 Medicina - Quartas


Em um jogo quase perfeito da Engenharia, a atlética que tem orgulho de gritar toda partida suas cores venceu de forma brutal a Medicina. A estratégia de marcar a saída de bola do adversário não é novidade na Engenharia, pois a equipe já fez isso nos últimos campeonatos que disputou. E funcionou novamente.


Dessa vez, a Medicina não teve a capacidade de deixar a sua zona de defesa e, quando saiu, não conseguiu converter suas cestas. Os únicos pontos dos jogadores da Atlética da Serpente vieram de lances livres de João Luiz Alves, dono da camisa 24.


Mais um ano, a Engenharia consegue chegar à semifinal da competição | Foto: Geovana Souza

Por outro lado, os roubos de bola constantes da Engenharia se converteram em cestas fáceis. Alessandro, novamente, foi o jogador que mais deu assistências na partida com cinco, mas o destaque foi Rodrigo Almeida. O camisa 3 da Engenharia anotou 17 pontos, uma assistência, dois rebotes e dois bloqueios.


Tudo isso resultou em um jogo tranquilo para os engenheiros que nem se cansaram para vencer a partida por 72 a 3. Dessa forma a equipe tem anotado ao todo 147 pontos a favor e somente 27 sofridos, lhes garantido o segundo melhor ataque, atrás somente da Educa, e a melhor defesa.


Resultados:


Oitavas

Moca 61 x 22 Agrárias

Educa 101 x 24 Artes

Exatas 67 x 22 Odonto

Engenharia UDI 75 x 24 Engenharia Pontal

Fisioterapia 37 x 36 Computação

Medicina 24 x 5 Exumadas


Quartas

Monetária 43 x 54 Moca

Educa 77 x 9 Fisioterapia

Engenharia UDI 72 x 3 Medicina

Humanas 64 x 26 Exatas


Próximos jogos do final de semana:


Sábado (Semifinais)

(23) Educa x Moca - 11:00

(24) Engenharia Udi x Exatas - 13:40


Domingo

(25) Disputa de 3° colocado - Perdedor do jogo 24 x Perdedor do jogo 23 - 11:40

(26) Final - Vencedor do jogo 24 x Vencedor do jogo 23 - 13:00


Todos os jogos acontecerão no G6 do Campus Educação Física.



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