Disputado em dois finais de semana, o torneio contou com muita torcida e integração entre os cursos que representam a Atlética da Pantera
Por Maria Sansoni, Mateus Batista, Pedro Franco e Renan dos Santos
Disputado nos finais de semana entre os dias 9 e 16 de março, no Campus Educa, o Interhumanas foi promovido pela atlética roxa e preta como um torneio de integração e terminou com o evento “O Retorno da Pantera”, que ocorreu após a disputa das finais da competição.
Além da disputa de esportes tradicionais da Olimpíada UFU, como futsal, tênis de mesa e vôlei, o Interhumanas contou com a volta da queimada, que fez sucesso na edição passada. O evento também teve outras modalidades, como o truco, a sinuca e o basquete 3x3, que levou bastante torcida para o G6 e foi uma das grandes atrações do evento.
Basquete 3x3
A distinção entre o basquete 3x3 e o tradicional começa com o número de jogadores. Enquanto no basquete tradicional cada equipe é composta por cinco atletas, no 3x3, como o próprio nome sugere, há três jogadores por equipe. Além disso, o basquete 3x3 é disputado em metade de uma quadra, com apenas uma cesta em uso. Diferente dos tradicionais 48 minutos da NBA ou 40 minutos da FIBA, um jogo nesta modalidade tem uma duração de apenas 10 minutos. No entanto, uma partida pode ser encerrada antes do tempo estipulado, se uma das equipes marcar 21 pontos. Quanto à pontuação, as cestas da linha de três pontos valem dois, enquanto as da linha de dois pontos valem apenas um.
Masculino
O torneio de basquete 3x3 masculino no Interhumanas foi iniciado no dia 9 de março, e as equipes participantes foram: Filosofia, Pedreiros (equipe do INHIS) e Basquete Sociais. Neste formato, foram realizados três jogos classificatórios, e cada equipe jogou duas vezes. Os dois times que alcançaram mais vitórias se enfrentaram na final do torneio.
No primeiro jogo, entre Filosofia e Pedreiros, a disputa foi acirrada até a metade da partida, momento no qual as duas equipes estavam empatadas em 3 a 3. Na segunda metade, Lucas Regatieri, atleta da Filosofia, acertou dois arremessos seguidos e ajudou sua equipe a fechar o placar em 5 a 3.
Já no segundo confronto, contra o Basquete Sociais, a Filosofia novamente mostrou sua dominância, principalmente nos rebotes, o que garantiu a criação de um maior número de jogadas durante a partida. No fim, a Filosofia venceu por 9 a 2, resultado que assegurou seu lugar na final do torneio.
O terceiro jogo classificatório não ocorreu devido à ausência da equipe Basquete Sociais, o que resultou na vitória automática do Pedreiros, que também se classificou para a final.
Na decisão, o roteiro das partidas da Filosofia se repetiu: um time alto, que levava vantagem nos rebotes e criava muitas jogadas. Mesmo com a insistência do Pedreiros em jogadas de velocidade, contando com a boa impulsão de seus jogadores, o time dos futuros filósofos venceu a partida por 8 a 4 e saiu com o título.
Feminino
Os jogos de basquete feminino tiveram o formato de um grupo de 4 equipes, em que todas se enfrentavam e a final era disputada pelas duas primeiras classificadas. No primeiro jogo do dia, entre FACED e Lélia Curry Gonzales (equipe do INCIS), houve a derrota das futuras cientistas sociais por WO.
Porém, elas retornaram para o segundo jogo, contra a Revolução Cestinha (equipe do INHIS), em um jogo movimentado e com muitas trocas de posse, terminando com um 5 a 3 para as historiadoras. No jogo entre a FACED e a Filhas da Loló (também da FACED), ocorreu a infeliz lesão da atleta Sofia Volpi, após a bola acertar seu dedo, e ela ter que sair de quadra amparada. A partida acabou em 8 a 2 para a FACED.
A FACED continuou em quadra, contra a Revolução Cestinha, que marcou três cestas de maneira relâmpago e deixou suas oponentes atordoadas, matando a partida em 4 a 1. Em uma “partida dos desesperados”, Lélia Curry Gonzales enfrentou a Filhas do Loló, realizando um jogotranquilo e dominando com facilidade, não sofrendo em nenhum momento e saindo com um 2 a 0.
Os dois últimos jogos foram os mais disputados do dia, Filhas do Loló enfrentou a Revolução Cestinha, em um jogo parelho e sem abertura de vantagem, vencido pelo INHIS por 6 a 5. Enfim, a grande final, entre FACED e Revolução Cestinha, o jogo mais bem jogado do torneio, com toda bola disputada e vontade de vencer. Ao final, a manutenção dos 100% e título das futuras historiadoras, com um 6 a 4, levaram o InterHumanas da modalidade em 2024.
Futsal
Sediado no G1 e no G2, o futsal do InterHumanas foi acirrado do início ao fim. A modalidade ocorreu em três dias, sendo a fase de grupos e as semifinais no primeiro final de semana da competição, nos dias 9 e 10 de março, e a decisão final no último sábado (16). Como acordado pelas equipes femininas e masculinas, em conjunto com os juízes, os jogos se dividiram em dois tempos de 15 minutos. Em caso de empate na final, os times poderiam decidir se teriam uma prorrogação ou iriam direto para a cobrança de pênaltis.
Feminino
O futsal feminino contou com três equipes: Chutafofo (Faced), Lapada Freireana (História) e FiloMinas (Filosofia). Com goleadas, a fase de grupos definiu as finalistas, deixando a Filo para trás.
Com o apito inicial, a final entre a Faced e a História começou a se desenrolar. Com dificuldade de vencer a marcação, as duas equipes se concentraram em chutes a gol a longa distância, e, contrariando o nome do time, Allyce chutou forte do meio de campo e abriu o placar para o Chutafofo.
Mesmo com a torcida adversária em peso, a Lapada Freireana não se deixou abalar com o gol e se reorganizou para conseguir o empate, que veio através da Crystyna. Mas, a alegria da História durou pouco e, por meio de uma cobrança de falta, Allyce colocou a Faced na frente novamente, finalizando o primeiro tempo.
Após o intervalo, as equipes voltaram com propostas diferentes: Chutafofo se concentrou na marcação, e Lapada Freireana se mostrou totalmente ofensiva para buscar a virada. Mesmo cansadas e sem banco, a Faced conseguiu manter o placar até o final da partida e se consagrou campeã do futsal feminino do InterHumanas pelo segundo ano consecutivo.
“Desde o primeiro jogo, eu conversei com as meninas e disse ‘vamos para o jogo, não quero nem saber quem está do outro lado’, porque para mim não importa se a pessoa é boa ou se é um time bom, nós temos que acreditar em nós. Além de saber do fundamento do futsal, é importante a vontade de ganhar e isso o nosso time tinha”, contou Allyce, artilheira do Chutafofo e responsável pelos dois gols do time.
Masculino
Já o futsal masculino contou com seis equipes: Unidos do Tabaco (Faced), Neymarx (Ciências Sociais), Quebradeira (Faced), Geografia, INHIS e IFILOUFU.
Os finalistas foram decididos através de duas semifinais: na primeira, a Geo levou a melhor sobre o Unidos do Tabaco, apelidado por ‘Faced B’ - nome que ganhou força na última edição do intercursos, já que o time foi formado pelos alunos do Jornalismo e da Pedagogia que não treinavam e muito menos jogavam pela atlética, mas também queriam participar da competição. Já na segunda semi, a Quebradeira venceu a História de goleada.
Ambas as equipes vieram reformuladas para a disputa final. A Quebradeira teve um desfalque de seus dois goleiros e improvisou com o Bernardo nesta função que, embora treine nessa posição com a equipe da Humanas, era uma peça importante na linha do time. Já a Geografia teve Fred como titular, jogador que não pôde comparecer nos outros jogos, mas que é conhecido pela sua habilidade em quadra.
Dado o início da partida, não demorou muito para o placar abrir. Com um gol do Cristiano, a Geografia saiu na frente, mas não por muito tempo. Logo, a Quebradeira conseguiu o empate por Vitor Bueno, jogador que foi responsável pelo primeiro gol da equipe no campeonato.
Com o início agitado, o resto do primeiro tempo foi marcado por chutes a longa distância, bons desarmes de ambas as equipes e grandes atuações dos goleiros. Na volta do intervalo, o mesmo se repetiu, mas, com o cansaço dos jogadores, o confronto se tornou um pouco mais lento. Com o empate, a decisão do campeonato não coube ao tempo normal, e foi decidido entre os atletas que haveria uma prorrogação de 10 minutos e, caso continuasse sem gols, iria para os pênaltis, o que não foi necessário.
Com o time mais ofensivo, a Geo passou por cima da Quebradeira na prorrogação e emplacou mais três gols: o segundo de Cristiano, por contra-ataque, um de Pedrinho, em cobrança de escanteio, e o último de Fred, consagrando a Geografia como campeã do futsal masculino do InterHumanas 2024.
“A gente viu que o time deles estava cansado e que estávamos melhores fisicamente, então pensamos em pressionar e marcar o [Felipe] Ponzio, principalmente, que é um jogador sensacional”, apontou Cristiano Alvarenga, responsável por dois gols da Geo na decisão.
Vôlei
Na disputa do vôlei, o regulamento da competição previa uma disputa de pelo menos dois sets, com cada uma das parciais indo até 15 pontos. Em caso de empate após as duas parciais, um tie-break, também de 15 pontos, deveria ser disputado.
No masculino, havia a previsão da disputa de uma pré-semifinal antes da fase mata-mata, enquanto no feminino houve uma fase de grupos para definir as equipes finalistas.
Masculino
Na modalidade masculina, cinco times se inscreveram para a competição: Faraós da Cortada (História), Zaratustra (Filosofia), Vôlei Sociais (Ciências Sociais) e a Geografia, além do time da FACED, a Faculdade de Educação (Jornalismo e Pedagogia).
Na pré-semifinal, o confronto previsto entre a FACED e os Faraós da Cortada não aconteceu, já que os atletas dos cursos de Jornalismo e Pedagogia não apareceram em quadra, resultando em um WO a favor da equipe da História. Com isso, as semifinais foram definidas sem nenhuma partida disputada, guardando toda a expectativa do torneio para o último dia de competições.
Com isso, a primeira semifinal foi disputada entre os Faraós e a Sociais. Sem jogar no sábado anterior, os futuros historiadores iniciaram o jogo em ritmo intenso, abrindo vantagem no placar, mas a equipe da Sociais se mantinha na cola, deixando a partida equilibrada. Apesar da resistência adversária, os Faraós da Cortada venceram os dois sets (15/11 e 15/10) e avançaram para a decisão.
Na outra semi, Zaratustra e Geografia fizeram uma partida que serviu, acima de tudo, entretenimento. O bom-humor dos dois times, que, muitas vezes, interagiram e brincaram com a arbitragem, fez com que o jogo tivesse um clima leve e descontraído. Mesmo assim, foi um duelo acirrado, que acabou com a vitória da equipe da Filosofia por 2 a 0 (18/16 e 15/11).
Na grande decisão, as equipes pediram para que o jogo tivesse sets de 25 pontos e foram atendidas. Em teoria, isso faria a partida ter uma duração um pouco maior, mas a realidade foi diferente: com uma estratégia forte no saque e boas defesas, o time da História despontou na frente em ambas as parciais e saiu com o título após vencer por 2 a 0 (25/16 e 25/13).
Feminino
Já no feminino, foram quatro equipes na disputa: Vikingas (História), FACED (Jornalismo e Pedagogia), Vôlei Sociais (Ciências Sociais) e Filomusas (Filosofia). Na fase de grupos, Vikingas e FACED despontaram como as grandes favoritas já na estreia, quando fizeram uma partida acirrada que contou com vitória das futuras historiadoras por 2 a 1.
Nos jogos restantes, apenas vitórias por 2 a 0. Com isso, a fase de grupos acabou com Vikingas na liderança e FACED em segundo lugar, definindo as finalistas. As Filomusas acabaram em terceiro lugar, enquanto a Vôlei Sociais ficou em quarto.
E foi na decisão onde a torcida presenciou o jogo mais acirrado do InterHumanas, especialmente nos dois primeiros sets. Em um embate com poucos erros, a equipe da História saiu na frente e venceu a primeira parcial, mas a FACED contou com o brilho de Bárbara Duarte, bixete do curso de Pedagogia, para virar o placar e garantir o título para a Faculdade de Educação.
Com um 12/15 no primeiro set e um 15/10 no segundo, Bárbara foi para o saque logo no início do tie-break e marcou alguns aces, além de quebrar a recepção adversária em alguns momentos, fazendo com que o time da FACED abrisse uma larga vantagem. Com isso, a parcial acabou em 15/5 e com o título para as futuras jornalistas e pedagogas.
Em entrevista para o ARQ UFU, Bárbara ressaltou que a equipe conseguiu um maior entrosamento para a final e exaltou o desempenho e a vontade da equipe durante a partida.
“Com certeza vou participar outras vezes, me senti muito acolhida! Eu ainda nem comecei minhas aulas, então eu estava sem participar muito das coisas por não conhecer ninguém, ou não ir nas festas por não ter ninguém para ir comigo. Agora, eu conheço e a sensação foi muito boa!”, completou a “bixete” da Pedagogia.
Campeões do InterHumanas:
Basquete feminino: Revolução Cestinha (INHIS)
Basquete masculino: Filosofia (IFILO)
Futsal feminino: Chuta Fofo (FACED)
Futsal masculino: Geografia
Queimada: História
Sinuca: Ciências Sociais
Tênis de mesa feminino: Crystyna Loren (INHIS)
Tênis de mesa masculino: Felipe Domingos (FACED)
Truco: História
Vôlei feminino: FACED
Vôlei masculino: Faraós da Cortada (INHIS)
留言