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Em pleno sábado de Agita UFU, basquete tem dia de “cestou” com pontos de três e placares elásticos

Quadra do SESI Gravatás foi palco de partidas intensas e resultados variados.


Por Rayane Timóteo e Mateus Batista



Depois do fim da Copa Inter Atléticas (CIA) e da greve na Universidade, os eventos esportivos na UFU estão de volta! Com a Olimpíada chegando, as atléticas se reuniram no último sábado (10) para a disputa do Agita UFU 2024.2, referente ao semestre 2024/1 do calendário acadêmico.


O basquete teve a companhia do vôlei, do futsal e do atletismo nas dependências do SESI Gravatás, com dez amistosos ao todo: cinco da modalidade feminina e outras cinco da masculina, com a maioria deles em quatro quartos de dez minutos cada. Apesar da falta de espaço para os torcedores, eles puderam acompanhar os jogos do lado das quadras, que estavam bastante escorregadias.


Basquete masculino


Faltando um pouco mais de um mês para a Olimpíada UFU, as atléticas promoveram jogos muito acirrados e disputados, com direito a placar acima dos 100 pontos, quando somadas as pontuações das duas equipes, além de um show nos arremessos de três.


Pedro Mariotto, estudante de Medicina Veterinária, é calouro e fez a sua estreia pela equipe da Agrárias, na vitória por 35 a 9 contra a Biológicas. Em entrevista para o ARQ UFU, ele relatou que sua primeira experiência como atleta na faculdade foi muito positiva. “Agora fiquei com vontade de treinar ainda mais e continuar nos jogos de basquete da atlética”, disse ele.


Fisioterapia 37 x 23 Exatas (13h)


Esse foi o jogo que quase não aconteceu. A equipe da Fisio, que enfrenta algumas dificuldades para formar times por ser uma atlética de um curso só, chegou em quadra inicialmente com apenas três jogadores.


Ao ser questionada se aceitaria um W.O., a equipe da Exatas optou por uma solução diferente: fazer uma partida de três contra três, uma das maneiras mais comuns de se jogar basquete. O restante da equipe do Crocodilo chegou mais tarde, e as equipes disputaram a partida normalmente, mas com tempo reduzido: em vez dos quatro quartos de dez minutos, foram disputados quatro quartos de oito minutos cada.


Semifinalista na última Olimpíada, a Atlética do Gorila teve dificuldades na conversão de seus ataques e foi abocanhada pelo Crocodilo, que levou vantagem nos primeiros três quartos de jogo, especialmente no terceiro.


Com bons arremessos de três, Fisio e Exatas terminaram o segundo quarto com 18 a 11 para o Crocodilo no placar. Ao fim do quarto seguinte, o placar apontava 31 a 16, ou seja, uma diferença de sete pontos praticamente dobrou. Ao final do jogo a fisioterapia atingiu sua vitória, de 37 a 23.



Educação Física 50 x 31 Engenharia (15h)


A partida entre Educa e Engenharia foi eletrizante e acelerada, com bastante intensidade do início ao fim. Mesmo com a energia, o confronto foi equilibrado, com movimentações dos times equivalentes. 


O jogo começou com o Educa em liderança por 15 pontos, deixando evidente que a Engenharia teria que se esforçar bastante para alcançar o seu adversário. No entanto, a Atlética do Cachorro prevaleceu com o domínio do jogo até o final, conquistando sua vitória de 50 a 31.  


Ao ARQ UFU, Fernando Pinheiro, técnico da Educa, comentou sobre o impacto da greve de servidores e técnico-administrativos nos treinos. “O período de greve afastou o pessoal do treinos e, com isso, a queda do rendimento técnico e físico foi muito grande”. Mesmo com essa queda de treinamentos, ele utilizou estratégias que tornaram o jogo “fácil” e possibilitaram a vitória da equipe.



Psicologia 66 x 41 República Tatu Girando (17h)


Desta vez, contra a Psico não foi uma atlética, e sim a República Tatu Girando, após a desistência da Humanas, que não teve atletas o suficiente para competir, o que abriu a possibilidade para os moradores da república se organizaram e participaram do Agita.

 

Gabriel Henrique, um dos jogadores da República, disse que a mistura de morar e jogar com as mesmas pessoas é agradável, pois faz com que eles se conheçam melhor, por conviverem dentro e fora das quadras.  


A partida teve uma intensa movimentação entre os competidores. No início, a Tatu conseguiu abrir uma vantagem considerável no placar. No decorrer do jogo, a Psico virou o placar, ultrapassando o time adversário durante o segundo set, e manteve sua liderança por todo o restante do embate, que terminou com a vitória do time Rosa e Preto por 66 a 41.


Um dos principais fatores para a alta pontuação do jogo foram as cestas de três pontos, especialmente da Psico. Em entrevista para o ARQ UFU, Davi Melo, principal pontuador da Fênix na partida, ressaltou que a equipe não mudou sua estratégia depois de saber que enfrentaria a Tatu Girando em vez da Humanas, e que ficou feliz com o desempenho do time no Agita.


“Eu e os meninos [da Psico] jogamos basquete no Parque do Sabiá pelo menos duas vezes por semana, então a gente já tem bastante entrosamento e chutamos bastante bola. Até antes de entrarmos na UFU, a gente já era amigo, então é muito dessa confiança que nós temos um com o outro”, completou Davi.



Basquete feminino


Ao contrário do basquete masculino, o feminino ocorreu sem desistências de atléticas e teve a presença de duas equipes diferentes: Odonto e Direito. Além disso, a Humanas entrou em quadra no feminino, e forneceu um jogo bem acirrado.


Humanas 19 x 11 Monetária (10h)


No terceiro jogo do dia, o segundo feminino, a Pantera enfrentou o Tamanduá em um jogo apertado e de fortes emoções. Com um empate em 2 a 2 no primeiro quarto, a Humanas abriu vantagem só na segunda parcial, com um 8 a 4 a favor.


Sob as ordens da treinadora Beatriz Evaristo, formada em jornalismo e ex-atleta da Pantera, a atlética roxa e preta contava com uma grande armação tática em quadra. Com instruções de Sofia Volpi, armadora do time, a Humanas deslanchou em quadra. Com bom aproveitamento nas bolas de três pontos, a Pantera fez 8 a 1 no terceiro quarto, esticando o placar para um 16 a 5.


A Monetária até tentou reverter o cenário e diminuiu sua desvantagem, marcando seis pontos no último quarto. Até o apito do árbitro, o Tamanduá não tinha sofrido nenhuma cesta na parcial final, mas Sofia, coroando uma atuação irretocável, anotou uma cesta de três e fechou o placar em 19 a 11.


Beatriz, treinadora do time, explicou que a preparação da Pantera vem desde antes da CIA, e que a Humanas treina variações táticas defensivas e ofensivas para enfrentar todos os perfis de adversários. “Esse jogo mostrou o quanto elas estão preparadas e com sangue nos olhos para chegar preparadas na Olimpíada”, comentou Beatriz.


Ela também foi enfática ao ser questionada sobre a presença de treinadoras no basquete feminino. Nesse Agita, Beatriz foi a única treinadora mulher presente em ambos os naipes, e ela contou como o basquete é um esporte masculinizado.


“Sempre vai ter gente te olhando, achando que você não sabe o suficiente para treinar, gente julgando o jeito que você treina sua equipe, como você lida com as meninas… Isso é algo comum, e que não deveria ser, mas é comum pra quem é mulher e quer estar num universo que, infelizmente, é masculinizado”, apontou.



Fisioterapia 16 x 12 Computação (11h)


Em um jogo bem equilibrado e com atuação de destaque de Rafaela Clemente, camisa 12 da Fisio e jogadora do time de basquete da UFU, o Crocodilo derrotou o Lobo por 16 a 12. A Fisio venceu o primeiro e o terceiro quartos, enquanto a Computação saiu vitoriosa dos outros dois.


Rafaela foi o destaque do jogo, anotando 10 dos 16 pontos da Fisio. Ela apontou que a equipe sentiu bastante o clima, que estava frio, e que estavam aquecendo durante o jogo em si. Rafaela também disse que leva a experiência adquirida no time da UFU para as meninas da atlética, sempre tentando ajudá-las.


“A gente sempre tenta trazer as ‘bixetes’, mantendo o espírito esportivo da Fisio. Infelizmente, esse semestre a gente não teve novatas entrando no time. A minha experiência como caloura no Agita foi muito legal, então convido todo mundo a participar”, ressaltou a camisa 12. 



Educação Física 24 x 7 Direito (12h)


Na partida seguinte, a Educa dominou o Direito, que contava com o apoio de alguns torcedores à beira da quadra, e venceu por 24 a 7. Apesar de um terceiro quarto com apenas uma cesta do Cachorro, os outros tiveram uma chuva de pontos, com parciais favoráveis para a Educa em 8 a 2 no segundo quarto, e 8 a 3 na última parcial.


Duas atuações chamaram a atenção não só da torcida, mas também de treinadores da equipe da UFU: Vitória Lima e Natália Queluz, ambas da Educa. Vitória está no terceiro período do curso, enquanto Natália entrou na universidade neste semestre.


Em entrevista ao ARQ UFU, as atletas apontaram que souberam da boa avaliação dos treinadores. Vitória relatou que, por já estar no time de vôlei da universidade, não poderá entrar na equipe de basquete. Já Natália disse que foi convidada pessoalmente pelo treinador e ficou muito feliz, já que tem paixão pelo basquete há muitos anos.


“O Agita é como se fosse o pontapé inicial para a Olimpíada. A gente no papel de veterana fica com aquele compromisso de acolher as ‘bixetes’”, apontou Vitória. Já Natália disse que é uma integração importante. “A gente tem um contato maior com os veteranos dentro e fora de quadra, tem o apoio, um guia ali pra ajudar a gente. Acho que o Agita traz toda essa empolgação de jogar, mas também de conhecer as pessoas da faculdade”, completou a atleta.



Resultados:


Basquete masculino: 


  • Fisioterapia 37 x 23 Exatas

  • Educação Física 50 X 31 Engenharia

  • Psicologia 66 x 41 República Tatu Girando

  • Agrárias 35 x 9 Biológicas

  • Monetária 28 x 18 Computação 


Basquete feminino: 


  • Humanas 19 x 11 Monetária

  • Fisioterapia 16 x 12 Computação

  • Educação Física 24 x 7 Direito

  • Psicologia 6 x 5 Odontologia

  • Engenharia 25 x 13 Agrárias 

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