Direito é campeão pela primeira vez do vôlei feminino em final disputadíssima

Arquibancada UFU
18 de set.
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Guará venceu a Educa por três sets a dois, na disputa pelo bronze Humanas venceu a Fisio e fechou o pódio

Por: Lucas Mendes

Atlética do Direito nunca tinha chegado entre as oito melhores equipes do vôlei feminino. Foto: Ítana Santos

No último final de semana da Olimpíada UFU, ocorreram no Campus Educação Física, a disputa de terceiro lugar e a final do Vôlei Feminino. No Sábado a Humanas garantiu o terceiro lugar após vencer a Fisioterapia, já no Domingo, pela primeira vez na história do vôlei feminino da Olimpíada UFU, o Direito pode gritar “é campeão”

Depois de cinco sets o Direito ficou com o Ouro. Foto: Itana Santos

Direito X Educa

O Direito chegou à final depois de vencer a Odonto no primeiro jogo da competição. Já nas Quartas de final, o Guará eliminou a Psicologia e garantiu a vaga na finai após vencer a Humanas. Já a Educa venceu a Infernal na primeira partida da competição, nas quartas eliminaram a Computação e na semifinal a atlética batida foi a Fisioterapia.

Se final boa é aquela disputada ponto a ponto, com viradas, jogadoras se atirando no chão pra salvarem bolas já perdidas e as duas torcidas enlouquecidas no ginásio, a final do vôlei feminino foi simplesmente perfeita, um jogo que fez todo o público presente no Campus Educação Física parar pra assistir.

O Direito largou na frente, com o Guará puxando os primeiros pontos e a equipe abrindo 7 a 3. Dentro de quadra, as jogadoras conversavam o tempo todo, organizando cada jogada. O bloqueio funcionava muito bem e o placar chegou a 17 a 6. Só que a Educa, então bicampeã da competição não se entregava. Vieram seis pontos seguidos, a torcida enlouqueceu, e, de repente, o jogo que parecia controlado ficou disputado. No fim, o Direito respirou fundo e fechou o set: 25 a 23.

O segundo set foi da Educa. O time se entregava em cada bola, buscava até o limite. A vantagem foi crescendo: 11 a 6, 15 a 9, 18 a 10. Do banco, o técnico da Educa, Nicolas pressionava tanto que após reclamação com a arbitragem levou cartão amarelo. Mas nada tirava o foco da equipe, que fechou em 25 a 14.

No terceiro set, o Direito voltou mais tranquilo para quadra, até abriu vantagem no placar, mas cedeu o empate em 17 a 17. Carlos Henrique, conhecido como Pão de queijo, técnico do Direito, pediu tempo, orientou suas jogadoras, na volta do jogo o Guará engrenou uma sequência avassaladora e fechou em 25 a 18, tomando de volta o controle da decisão.

O quarto set foi pra quem tem coração forte. O Direito começou atropelando por 5 a 0. Após o tempo técnico pedido por Nicolas, a Educa voltou melhor, as jogadoras conversavam entre si e se motivaram, conseguindo encostar em um 8 a 6. Um problema de arbitragem paralisou a partida e após muito bate boca com a comissão técnica o jogo foi retomado. A equipe do Guará sentiu a parada e viu a Educa virar o jogo e abrir um placar parcial de 15 a 11.

Ainda deu tempo do técnico Nicolas, da Educa, receber cartão vermelho em mais uma reclamação. O set virou uma batalha psicológica, era disputado ponto a ponto e chegou a ficar em 21 a 21. Viradas de lado a lado, bola disputada até o limite. No detalhe, a Educa fechou em 26 a 24 e levou a decisão para o tie-break.

Ginásio lotado para acompanhar o tie-break, tinham as torcidas das duas atléticas, torcidas de outras equipes que foram acompanhar o jogo, familiares de jogadoras e até os repórteres do Arq pararam pra assistir aquele último set.

No set decisivo o Direito não deu chances. Abriu 3 a 0, depois 8 a 4 na virada de quadra, e não olhou mais para trás. A cada ponto, a torcida do Guará, o técnico e as jogadoras explodiam em comemoração, e o último ponto selou o resultado do quinto set, 15 a 8. Direito campeão!

Após a vitória, Isadora Andrade, atleta do Direito e eleita a melhor em quadra, falou sobre a comunicação que o time do Guará tem dentro de campo “ é muito importante essa comunicação, porque a gente entende o papel de cada uma na nossa própria equipe, a gente sabe que em alguns momentos uma outra vai conseguir ajudar melhor em alguma etapa que tá precisando. Então, essa comunicação é fundamental e a gente ter ali muitas pessoas, muitas meninas que estão sempre prontas para ajudar. Isso é o essencial, isso é um time, então eu acredito que essa vitória veio para reforçar o nosso time, a nossa vontade e a nossa união principalmente.”

Com a medalha no peito ela também falou sobre a sensação de ver o Direito fazer história na Olimpíada UFU, campeãs pela primeira vez do vôlei feminino: “A gente fica muito feliz de representar uma atlética tão grande como essa, que mesmo nunca tendo chegado numa final, nunca tendo sido campeão, a gente sabe o tanto que a gente ama isso aqui. A gente ama, a gente dá a vida por esse Atlética. Então poder participar de um momento histórico como esse é emocionante demais. Eu fico muito feliz em fazer parte da história. E é isso, agora já era. Agora todo ano é direito UFU aí no pódio. “

Buscando o tricampeonato seguido, Educa ficou com a medalha de prata. Foto: Itana Santos

Humanas x Fisioterapia

Humanas bateu a Fisioterapia e ficou com a 3° posição. Foto: Lucas Mendes

Na fase de Oitavas de final a Humanas venceu a Aplicada, nas quartas a Pantera ganhou da Medicina, e nas semifinais foram derrotadas pelo Direito. Já a Fisioterapia venceu a Exatas no primeiro jogo da competição, na fase seguinte eliminou a Engenharia e nas semifinais foi batida pela Educa.

No sábado de manhã as duas se enfrentaram pela disputa da terceira colocação e após três sets, a pantera garantiu a medalha de bronze da competição.

Na disputa pelo 3º lugar, Humanas e Fisioterapia fizeram um jogo movimentado. O primeiro set começou equilibrado, com erros de saque das duas equipes e pontos trocados. A parcial seguiu empatada até os 13 pontos, quando Humanas abriu vantagem: 15 a 13. A partir daí, dominou a partida e fechou em 25 a 18.

No segundo set, os erros de saque continuaram, mas a Humanas impôs o ritmo desde o início, chegando a 12 a 5 no placar. A Fisio reagiu e diminuiu para 16 a 10, mas não manteve a sequência. A Pantera retomou o controle e fechou em 25 a 16.

O terceiro set começou favorável à Fisioterapia, que abriu 6 a 2. Humanas reagiu com bons ralis, empatando em 6 a 6 e depois em 14 a 14. A virada veio no 17 a 16, e a partir daí Humanas assumiu o comando. Ana Carolina, no saque, marcou o 24º ponto e em seguida, garantiu o 25º.

Com o bronze garantido, Ana Carolina falou a sensação de ter conquistado a medalha

“É muito gratificante, assim, a primeira medalha do vôlei feminino em Olimpíadas, que eu conquisto, a gente trabalhou muito para isso, é um time muito unido, a gente treina muito, é muito raçuda dentro de quadra e a gente merecia muito essa medalha. A gente sabe que merecia e foi esse sentimento que a gente entrou dentro de quadra hoje para buscar esse terceiro lugar”.

Placar final: Humanas 3 x 0 Fisioterapia