top of page

De uma história perdida com o tempo, amor pela Fúria sobrevive para se unir novamente

  • Foto do escritor: Arquibancada UFU
    Arquibancada UFU
  • 22 de abr.
  • 4 min de leitura

As idas e vindas da bateria da Educa demonstram a vontade de viver para mais um ritmo


Por Pedro Franco

A data exata de fundação da Fúria não é conhecida pelo membros | Foto: Acervo Pessoal
A data exata de fundação da Fúria não é conhecida pelo membros | Foto: Acervo Pessoal

Buscar a história da Fúria traz semelhanças com filmes de investigação. Onde vemos diversos cortes de interrogatórios e relatos diversos feitos por personagens que estiveram todos a bordo da mesma narrativa ao longo dos anos, mas com lembranças e recordações pessoais. 


As declarações dadas ao ARQ UFU por membros e ex-membros seguem a Fúria desde sua criação incerta até a reconstrução recente, quando se uniram com a Muleta, bateria do curso de Fisioterapia. Mesmo assim, é nítido que está sendo contada uma mesma história. Que não somente conta sobre a própria bateria, mas nos mostra o início desse movimento na UFU, seus desafios, estigmas, e a razão de tanto amor e dedicação.


Os personagens dessa história se espalham por momentos que moldaram as baterias na universidade. Alguns com suas divergências, mas não seria dessa forma que lendas nascem? 


A Fúria ainda se mantém uma instituição que existe sozinha | Foto: Acervo Pessoal
A Fúria ainda se mantém uma instituição que existe sozinha | Foto: Acervo Pessoal

A criação de quem sempre esteve ali 


Pablo Xavier, também conhecido como Pablota, nos trouxe o relato mais antigo. Em meados de 2005, entraram em contato com uma pessoa envolvida com escolas de samba em Uberlândia, e naquele momento, o objetivo não eram os ritmos, mas sim a rivalidade. 


O incômodo surgiu durante as disputas na Olimpíada UFU, principalmente com a Charanga. Lucas Góis, também ex-membro da bateria, contou que o objetivo principal era a arquibancada, para apoiar a atlética em jogos, e não para participação em competições próprias.


Quando jogavam contra a Engenharia, era necessário disputar, não somente com a equipe em campo, mas com a bateria nas arquibancadas, que empurrava o time para frente e desafiava a torcida rival. Nessa época, não existia uma instituição independente, com organização própria: era uma diretoria da atlética. Somente mais tarde, houve a criação da Fúria em si, com logos, cores e mascote.


Houve uma proibição de baterias nas quadras da UFU por volta de 2015 após ocorrências de violência | Foto: Acervo Pessoal
Houve uma proibição de baterias nas quadras da UFU por volta de 2015 após ocorrências de violência | Foto: Acervo Pessoal

“Eram mais ofensas do que ritmos. Quem ficava lá eram os mais doidos, que davam baquetada nos outros, só tinha perturbado! Era ofensa atrás de ofensa, por isso, após muitas ocorrências, acabaram as baterias nos jogos”, relatou Pablota.


Inatividade e competições


O Cachorro e seus instrumentos presenciaram várias idas e vindas. Talvez isso justifique a variedade de relatos, certezas e incertezas que ouvimos ao longo do caminho. É difícil afirmar com convicção todos os passos da bateria, mas podemos nos guiar com as experiências que cada um carrega consigo.


Lucas nos conta que a fundação ocorreu por volta de 2010, com instrumentos cedidos pelo Olodum, mas se manteve inativa entre 2013 e 2017, quando Carol Romão, também conhecida como Pretinha, assumiu a presidência para tentarem se restabelecer, com a reinauguração junto da atlética. 


O primeiro objetivo era a obtenção de verba para consertar os instrumentos. Naquele mesmo ano se apresentaram em uma festa no Centro de Convivência (CC), confraternização dentro da universidade, organizado pela Educa. Porém, se mantinham uma bateria de gritos, devido a falta de ritmistas. 


Ele mesmo, junto de outros colegas, se dispôs a ensaiar os naipes com os demais participantes, pois não possuíam um mestre. Essa carência de pessoal impediu a participação em competições. 


Ainda existe a dúvida sobre o ano de apresentação no LIU | Foto: Acervo Pessoal
Ainda existe a dúvida sobre o ano de apresentação no LIU | Foto: Acervo Pessoal

Lucas Magnabosco, função, conta que houve uma apresentação na Liga Interestadual Universitária (LIU) de 2018, após a reconstrução da instituição. Rayanne Luiza, diz que, também por volta dessa época, participaram de desafios de baterias. 


Algo que podemos ter como certo é de que a Fúria, muito devido ao baixo contingente ao longo dos anos, não possui histórico em disputas de ritmistas. mas podemos sintetizar uma linha do tempo:


  • Foi fundada ao final da primeira década deste século 

  • Tinha como base a fomentação de uma rivalidade esportiva

  • Era uma diretoria da atlética

  • Houve um período inativo em meados de 2013 que se encerrou por volta de 2017 


Chegou a hora de fazer vingar


Lays Lima, que atualmente divide a presidência com Sérgio Neto, comentou sobre as atuais reestruturações na bateria. Lays começou sua trajetória no marketing, e, após isso, passou para produtos, que ainda lidavam comum período de inatividade. 


Com o novo cargo, os presidentes começaram a buscar mais adesão e encontrar um mestre. Durante isso, houve a junção das atléticas do campus Educa, na chamada Atlética da FAEFI, e juntamente da Muleta, nasceu a Cachorro Manco. “Estou muito feliz com o andamento e ver que as pessoas não desistiram, alguns ensaios com mais e outros com menos pessoas”, destacou.


A primeira apresentação foi na recepção da FAEFI, por aproximadamente cinco minutos. A presidente se mostrou satisfeita com o resultado do esforço para fazer as duas instituições ativas novamente, e de maneira mais presente, com ensaios toda semana.


Neste ano, estarão na Copa Inter Atléticas (CIA) somente como torcedores, para apoiar a atlética na competição esportiva, pois não conseguiram a aprovação para participarem do Desafio de Baterias, mas o objetivo para o próximo ano é estar lá para disputar.


A junção se mostrou um grande acerto. Saíram do papel para a prática, e atualmente contam com um mestre, além do apoio de outras baterias. Algo que reforça a mudança de mentalidade, fundada pela rivalidade e renascida pela união.


A FAEFI também se uniu como atlética para disputa da CIA | Foto: Acervo Pessoal
A FAEFI também se uniu como atlética para disputa da CIA | Foto: Acervo Pessoal

Como participar? 


O objetivo é de ocorrerem ensaios semanais na FAEFI, mas enquanto passam pela estruturação, é possível acompanhar os ensaios pelo instagram da Fúria e da Cachorro Manco.


Comments


bottom of page