Da fundação à fusão: a trajetória da Bateria Muleta
- Arquibancada UFU
- 21 de mar.
- 3 min de leitura
Atualizado: 4 de abr.
Buscando entrar no cenário das competições, a bateria fez uma parceria para ganhar força
Por: Fernanda Pugliero

Fundada em 2017, a bateria mantém a tradição e busca crescer cada vez mais | Foto: Acervo pessoal
A bateria Muleta, que reúne estudantes do curso de Fisioterapia, foi fundada em 2017, com a primeira diretoria composta apenas por mulheres. Bruna Ribeiro, Isabella Cruz, Lara Beatriz, Isabela Ribeiro e Maria Luisa Alves foram as responsáveis por introduzir essa tradição no curso.
Inicialmente, a bateria receberia o nome de "Engessada", que se tornou o nome do goró da atlética, mas por voto da maioria ficou decidido que "Muleta" representaria melhor os futuros fisioterapeutas.
A bateria foi crescendo aos poucos e para conseguir atrair um maior número de pessoas os ritmistas buscam apresentar a Muleta em qualquer oportunidade, desde rolês até intervalo de aulas, e também fazer divulgações pelo Instagram.
Desafios iniciais e atuais
A dificuldade para conseguir ritmistas foi um desafio encontrado no surgimento da bateria e ainda persiste oito anos depois. Heitor Ferreira, conselheiro da Muleta, acredita que esse desafio é principalmente pelo fato da bateria ser formada apenas pela Fisio, o que a diferencia da maioria das baterias universitárias que contam com uma junção de cursos.
Além disso, outra dificuldade encontrada atualmente é o local para ensaios. A maioria ocorre na Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (FAEFI), mas por ser próxima a Faculdade Educação Básica (ESEBA), o barulho é um problema, por isso os encontros ocorrem aos finais de semana ou em horário em que não há aula.
Cachorro manco

Muleta conta com o maior número de ritmistas após a junção com a Fúria | Foto: Acervo pessoal
Recentemente, a Muleta se uniu à bateria Fúria, da Educação Física e juntas estão construindo um hino para a nova bateria que vem surgindo. A “Cachorro Manco” une os ritmos predominantes em ambas as baterias, sendo principalmente o samba, baião e funk, mas sem deixar morrer a Muleta.
A ideia dessa parceria surgiu primeiramente em razão da Copa Inter Atléticas (CIA), em que houve uma fusão das atléticas da Fisio e da Educa, formando a atlética FAEFI. A partir disso surgiu a ideia de reunir as baterias também, já que a Fúria estava parada há um tempo e tinha as mesmas dificuldades da Muleta, mas ainda conseguia reunir um maior número de ritmistas que a Fisio. Heitor acredita que essa união seja o momento mais marcante da Muleta, já que conta com o maior número de ritmistas que a bateria já teve.
A Muleta até então nunca participou de nenhuma competição, houve uma tentativa no CIA 2024, mas deram oportunidade para as baterias de maior tradição. Com isso, a ideia da Cachorro Manco ganhou mais força para sair do papel e tem pretensão de tentar a competição esse ano novamente.
Impacto da bateria na vida dos ritmistas
Heitor contou que sempre teve uma paixão por música e vê uma importância muito grande na bateria universitária para manter os momentos de lazer e descontração, buscando um equilíbrio com os estudos.
A atual presidente, Moab Cristina Alves, destacou seu momento de recepção na bateria: “Quando entrei não sabia tocar nada, o acolhimento foi essencial. O pessoal explica certinho, dá muita atenção. Fico toda eufórica quando estou tocando, espero para tocar o ganzá a semana inteira”.
Além dela, a vice-presidente Iasmin Moreno contou que entrou na universidade ano passado e não conhecia ninguém na cidade. Até que ouviu falar na bateria e resolveu dar uma chance mesmo sem saber tocar. Ela conta que o pessoal foi muito acolhedor e hoje tocar na bateria é uma motivação na semana.
Ensaios
Moab Cristina Alves contou que os ensaios ocorrem às quartas-feiras das 11h30 até 13h e aos sábados das 16h até 18h. “Todos são bem bem-vindos, quem tem interesse, até quem ainda não sabe tocar. Pode chegar que vamos ensinar, toca tudo o que quiser”, enfatizou a presidente.
Para eventuais dúvidas, acesse o Instagram da Muleta: @bateriamuleta
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