Engenharia mantém hegemonia e levanta o quarto título consecutivo no futsal masculino da Olimpíada UFU 2025

Arquibancada UFU
16 de set.
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Atualizado: 17 de set.

O pódio se manteve o mesmo do ano passado, com a Computação levando a prata e a Fisioterapia garantindo o bronze

Por Fernanda Pugliero

Engenharia comemora após bater a Comp por 4 a 0 | Foto: Fernanda Pugliero

A história do ano passado se repetiu na disputa pelo bronze e pelo ouro do futsal masculino na Olimpíada UFU 2025, que ocorreram no G1, no último fim de semana (13 e 14). Do primeiro ao quarto lugar, as colocações foram as mesmas, mostrando a consistência das equipes no topo da competição. A Engenharia levou o ouro e subiu ao lugar mais alto do pódio pela quarta vez seguida. A Computação ficou em segundo lugar, e a Fisioterapia completou o pódio após derrotar a Exatas.

Final - Engenharia x Computação

Uma final com dois tempos completamente diferentes, decidida na consistência da Engenharia e no erro de estratégia da Computação.

A hegemônica Atlética do Leão passou por praticamente duas finais nessa competição. A primeira delas foi decidida nos pênaltis contra seu maior rival, Monetária. Nas quartas, goleou a Aplicada e na semi garantiu a classificação em cima da Exatas, com uma virada. Do outro lado, a Atlética do Lobo passou por um campeonato parecido. Nas oitavas, aplicou três gols na Infernal e saiu com a defesa intacta, nas quartas venceu a Agrárias nos pênaltis e na semi bateu a Fisio, mesmo após o capitão da Comp, Caio Félix, marcar um gol contra.

O Time Amarelo e Preto começou a partida melhor, com a maior parte do tempo no seu campo de ataque, apresentando mais perigo ao adversário. Mesmo assim, ambas as equipes tiveram duas grandes chances de abrir o placar, mas não conseguiram convertê-las. Com um primeiro tempo pegado, marcação intensa, chegadas fortes, os dois times não conseguiram converter as jogadas perigosas, e a primeira etapa terminou sem gols.

Carregado pelos cantos da torcida, o segundo tempo foi mais agitado. A Computação voltou mais ofensiva, começou a pressionar os adversários e teve uma tentativa do capitão, Caio Félix, logo no início. Nessa etapa, o goleiro do Leão precisou trabalhar mais e fez grandes defesas que evitaram que a equipe saísse em desvantagem.

Apesar da Atlética do Lobo reagir, foi o camisa 10 da Engenharia, Guilherme Augusto, conhecido como “Brinquedo”, que abriu o placar. Aos 27 minutos, o gol veio de um chute próximo da cobrança de lateral, em uma tentativa de cruzamento para os companheiros, Brinquedo foi certeiro e colocou a bola direto no fundo da rede.

Os camisas azul e branco não desistiram, Victor Hugo Silva soltou uma bomba quase do meio de campo, mas o goleiro da Engenharia fez uma defesaça. A Computação ainda teve uma grande chance de igualar o resultado com uma cobrança de falta ensaiada próxima do gol, mas não foi convertida.

Com a desvantagem no placar, a estratégia da Comp na partida mudou. O Lobo subiu a marcação, o goleiro saiu da área e passou a jogar na linha. Foi então que a Engenharia aproveitou a oportunidade para ampliar o placar. Em uma roubada de bola perto da área, com o gol livre, Guilherme Augusto balançou a rede mais uma vez. Um minuto após o segundo gol, a Computação ainda manteve a estratégia e Brinquedo repetiu o feito, deixando seu hat-trick na partida e seu décimo gol em finais do futsal.

A Atlética do Lobo não contou com uma boa atuação de uma das suas principais peças, o camisa 9, Carlos Ernani, foi neutralizado durante toda a partida. Juninho, como o craque também é conhecido, foi expulso aos 39 minutos, após uma chegada forte e um desentendimento com um atleta da equipe adversária.

Segundos antes do apito final, a Comp jogava com um goleiro-linha e o Leão não deixou passar a oportunidade de marcar mais um gol. O atleta João Vitor Ferreira aproveitou o gol livre e colocou a bola dentro da rede, consagrando o quarto título seguido da Engenharia.

Após a partida, o camisa 10 do time amarelo e preto, Guilherme Augusto, comentou sobre a diferença entre as duas etapas: “Primeiro tempo foi difícil, foi acirrado, mas no segundo tempo eles cansaram. A gente aproveitou isso, jogamos no erro deles e fomos felizes.”.

Brinquedo ainda falou sobre o que a equipe fez de diferente em relação ao ano passado, já que a final de 2024 foi decidida na prorrogação, enquanto neste ano o título veio no tempo normal. “A gente fez uma marcação diferente, uma marcação pressão, que não deixou eles jogarem, porque o time deles é bem trabalhado, bem treinado, habilidoso, e a gente subiu, não deixou eles jogarem, e deu certo.”, contou Guilherme.

O presidente da Computação, Kauê Gomes, se mostrou muito grato por chegar ao pódio mais um ano e comentou sobre a evolução do time do Lobo na competição: “Quando eu entrei, em 2022, a gente mal tinha time, chegava às quartas ou perdia o primeiro jogo. Agora a gente já chegou em duas finais consecutivas. O importante é continuar nessa pegada, não deixar a peteca cair, porque querendo ou não, o segundo lugar é triste, mas é uma vitória.”

Disputa de Terceiro Lugar - Fisioterapia x Exatas

Fisioterapia comemora após vencer o bronze pela segunda vez consecutiva em cima da Exatas | Foto: Fernanda Pugliero

Mais uma vez, a história se repetiu no pódio, agora na disputa pelo bronze. Em um jogo muito disputado, a Fisioterapia mostrou que veio para defender o terceiro lugar e garantiu a vitória em cima da Exatas novamente.

A Atlética do Crocodilo viveu uma montanha russa na competição, protagonizando uma briga entre atleta e árbitro logo no primeiro jogo. Nas oitavas, a Fisio goleou a Psico, já nas quartas a classificação foi decidida nos pênaltis e os futuros fisioterapeutas levaram a melhor em cima da Educa e na semi caiu para a Computação, com um gol de diferença. A Exatas também passou por um campeonato parecido, cheio de emoções. No primeiro jogo, tirou a Medicina da competição nos pênaltis, nas quartas aplicou 15 gols na Gnomada, que voltou à competição após a desclassificação da Humanas e na semi caiu para a equipe que viria a ser campeã, a Engenharia, com apenas um gol de diferença.

O primeiro tempo foi marcado por um jogo pegado e bem movimentado, com ataques para ambos os lados. Logo no início, Rafael de Moraes, atleta da Fisio, acertou um chute perigoso no alvo, mas o goleiro salvou a Exatas. O goleiro do Crocodilo também foi exigido e fez boas defesas. Em uma delas, o atleta do Gorila, Rodrigo Pereira, soltou um chute na trave que voltou na mão do goleiro, impedindo que a Fisio saísse em desvantagem. Finalizado o primeiro tempo com equilíbrio em quadra, sem gols.

Já no início da segunda etapa, Rafael de Moraes tentou novamente abrir o placar e dessa vez teve sucesso, após acertar um chute de rebote. Para comemorar, o atleta Fisio correu para a arquibancada para beijar a sua amada.

O jogo continuou pegado, a Exatas começou a pressionar e os jogadores de ambas as equipes vibravam a cada defesa e tirada de bola. Aos 28 minutos, com uma jogada que teve início em uma cobrança de lateral, Silas Silveira balançou a rede para o Gorila e deixou tudo igual no placar.

O jogo precisou ser paralisado por alguns minutos após um dos jogadores da Exatas passar mal e vomitar em quadra. Após a limpeza e a melhora na condição do atleta, a bola voltou a rolar. Faltando três minutos para o jogo acabar, Pedro Freitas colocou a Fisio na frente novamente. Ao final do jogo, o Gorila ainda teve uma grande chance em uma falta de dois toques próxima do gol, após o goleiro adversário reter a bola por mais tempo do que o permitido, mas a chance não foi convertida. Apito final, 2 a 1 para Fisio, bronze garantido.

O autor do primeiro gol do Crocodilo, Rafael de Moraes, comentou da preparação desse ano em relação a anterior: “Acho que foi igual, a mentalidade é a mesma, sempre vencer. Infelizmente na semifinal não saímos com a vitória, mas neste jogo conseguimos dar a volta por cima, tanto no mental, conseguimos garantir a vitória, a equipe deles era forte no ano passado, este ano melhorou, e a gente só focou no nosso, para tentar extrair o nosso melhor.”

Ele ainda contou sobre a questão mental da equipe, quando o time tomou o empate. “Quando a gente tomou o gol o jogo estava pegado, abrimos 1 a 0, muito sofrido, e eles empataram. O normal seria baquear, mas rapidamente conseguimos levantar a cabeça, seguir em frente, e conseguimos fazer o gol.”, confessou o futuro fisioterapeuta. O atleta acrescentou a emoção de marcar pelo time e ajudar a subir no pódio: “É sempre muito bom representar a atlética, fazer um gol por ela, é muito amor envolvido.”