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Contas de matemática, show de bola e mais: como foi o handebol masculino no Agita UFU

Nos jogos de integração, a Agrárias contou com seus "bixos" e muita vibração dentro e fora de quadra para conquistar o título


Por Mateus Batista


O Javali é chapa quente! Com grande atuação, Agrárias vence o Agita UFU no handebol masculino. Foto: Mateus Batista

O Agita UFU 2022/2 foi realizado no último sábado (11), no campus Educação Física em Uberlândia. O evento, promovido pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) junto da Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PROAE), conta com o apoio da Divisão de Esporte e Lazer Universitário (Diesu) e também da Divisão de Saúde (Disau). Ele visa a integração dos calouros com seus veteranos e outros estudantes da universidade, além de promover a saúde e o esporte.


O handebol masculino contou com a presença de oito atléticas: Agrárias, Computação, Direito, Exatas, Engenharia Uberlândia, Humanas, Monetária e Odonto. Com quatro partidas entre si e sem tempo para a realização de semifinais, os finalistas foram definidos através de uma divisão de gols marcados por gols sofridos. As duas equipes com o maior índice estavam classificadas para a grande decisão.


Buscando promover ainda mais a integração dos chamados "bixos", foi determinado que cada calouro relacionado para a partida valeria como um gol. Com quatro novos estudantes, a Agrárias foi a que mais se destacou nesse quesito, seguida de perto pela Monetária com três. Educa, Engenharia e Humanas vieram com dois ingressantes, enquanto a Odonto trouxe apenas um. Já a Exatas não relacionou nenhum calouro para a modalidade.


Índices e número de "bixos" foram registrados na súmula das duas categorias. Foto: Mateus Batista
Primeira partida: Humanas 12x11 Computação

Na primeira partida masculina do dia, foi possível ver um jogo extremamente equilibrado entre a Humanas e a Computação. Com muitas divididas, faltas e jogadas ofensivas, as duas equipes mostraram uma grande variação tática para marcarem seus gols.


Dentro de quadra, a partida esteve muito equilibrada até a Computação abrir 6 a 3 na primeira etapa. No segundo tempo, o placar chegou a estar em 9 a 4 para o time azul, até que a Humanas, movida pela excelente atuação do goleiro Felipe Pirovani, aproveitou os seus contra-ataques e a solidez defensiva para empatar o jogo.


No final, faltando apenas dez segundos para o encerramento do jogo, a Computação desempatou e o jogo (dentro de campo) terminou em 11 a 10 para a Comp. Porém, por conta da regra dos "bixos", a pantera foi declarada a vencedora do jogo por 12 a 11, visto que contava com dois novos alunos em seu elenco contra nenhum da Computação.


Segunda partida: Monetária 15x5 Odonto

Com o maior índice do Agita, a Monetária foi a primeira equipe a assegurar uma vaga na final. Foto: Mateus Batista

No segundo jogo, tivemos o placar mais elástico da rodada. A Monetária, liderada pelo armador Gabriel Oliveira, não deu chances à Odonto e bateu por 15 a 5. Com mais de 30 faltas durante o jogo, a defesa da Money não concedeu praticamente nenhuma chance para os atacantes da Odontologia.


Ao final do jogo, Oliveira ressaltou a importância do Agita ocorrer uma vez por semestre, por conta dessa integração entre os veteranos e os novos estudantes, já que ele é um primeiro momento para se soltarem e se acostumarem com a realidade do esporte universitário antes das competições oficiais (Copa Inter Atléticas e Olimpíada UFU).


O jogo ainda teve um lance que gerou preocupação. Na primeira etapa, Gustavo Mamede, número 34 da Odonto, sentiu a mão após uma dividida e jogou mesmo machucado. Já no segundo tempo, ele improvisou uma faixa e acabou reclamando de muitas dores, mas seguiu no jogo até o final. No dia seguinte, ele contou para a nossa equipe que deslocou a mão após uma defesa feita em uma pancada do adversário. Apesar da dor, Mamede não abriu mão de estar dentro de quadra em nenhum momento.


Apesar da vantagem elástica, a Odonto teve uma grande atuação de seu goleiro Gabriel Júlio. O arqueiro fez três defesas cara a cara com os atacantes da Monetária e ainda teve outras intervenções providenciais para evitar outros gols do time vermelho. Dentro de quadra, o placar ficou em 12 a 4 para a Monetária, mas na somatória final, acabou em 15 a 5.


Terceira partida: Engenharia 17x12 Educa


Com primeiro tempo muito sólido, Engenharia venceu a Educa. Foto: Mateus Batista

Em um confronto com festa nas arquibancadas, a Engenharia bateu a Educa por 17 a 12 e, apesar da vitória, viu sua vaga na decisão escapar por pouco. Após um primeiro tempo com 7 a 3 no placar para o time amarelo e preto, a Educa se viu com dois jogadores a menos por quase um minuto e meio de partida, por conta de algumas faltas mais pesadas de seus atletas.


A Engenharia continuava a pressionar e buscar mais gols, mas a Educa reagiu e conseguiu diminuir a vantagem de 10 a 4. No final do jogo, os atacantes, que estavam esbarrando na ótima atuação dos dois goleiros, começaram a aproveitar mais as suas chances e houve uma chuva de gols.


Dentro de quadra, o jogo acabou em 15 a 10 para a Engenharia. Como ambas tinham dois calouros nas equipes, o placar final ficou em 17 a 12.


Em entrevista pós-jogo, os calouros Pedro Augusto Souza Cunha, da Engenharia Ambiental, e Filipe van Herk Vasconcelos, da Engenharia Mecânica, conversaram com a nossa equipe e contaram como foi vivenciar essa primeira experiência do Agita UFU.


“É uma experiência muito boa assim, de estar animado e eufórico para participar, ainda mais de um time como a Engenharia. A gente foi acolhido da melhor maneira possível, brincando e nos contaram várias coisas, se mostraram interessados no que a gente está sentindo e está fazendo”, disse Cunha


“Me sinto muito eufórico e muito acolhido pelo pessoal, tenho honra de fazer parte desse time. O pessoal é muito gente boa, muito acolhedor, brincando com a gente e nos fazendo participar dos treinos”, complementou Vasconcelos


Quarta partida: Agrárias 19x12 Exatas


Intensidade e vibração definem a atuação da Agrárias no handebol masculino do Agita. Foto: Mateus Batista

No último jogo da primeira fase, tivemos o duelo entre Agrárias e Exatas, e foi difícil nomear apenas um destaque do jogo. O primeiro tempo acabou em 8 a 5 para a equipe da foto, e contou com uma grande atuação de Davi Moraes, estudante do segundo ano de pós-graduação em Ciência Veterinária, que anotou seis gols e ainda ajudou na recomposição defensiva da equipe.


“A gente também participa do time da UFU, então é muito treino toda semana e sempre integrando a turma e sempre fortalecendo o time na preparação para a Olimpíada. Eu estou aqui desde o dia que a Agrárias foi formada, estamos há seis anos construindo esse time de handebol e, no ano passado, tivemos nosso melhor ano. É uma experiência incrível fazer parte dessa equipe”, disse Moraes.


Porém, o destaque final do jogo foi o goleiro Paulo Henrique Faria, do quinto período do curso de Agronomia, que já havia feito diversas defesas na primeira etapa, mas que se consagrou de vez no segundo tempo. Somando oito defesas no total, Faria, assim como todo o time da Agrárias, vibrou bastante a cada defesa e foi consagrado como o grande craque do jogo.


“Dá um conforto muito grande ter essas pessoas do meu lado, principalmente pelo modo como eles motivam a gente, saber que posso contar com eles tanto na defesa, quanto no ataque. É muito treino, me dediquei demais graças ao Manuel, nosso treinador. Treinei as férias inteiras aqui para conseguir fazer essas defesas que fiz hoje”, completou Faria, eleito o destaque do jogo pela Liga das Atléticas da UFU, a LAUFU.


No final, o placar em quadra marcou 15 a 12 para a Agrárias. Porém, por conta de ter quatro ingressantes em seu elenco, o placar final foi de 19 a 12, levando o Javali para a grande decisão.


Final: Agrárias 18x12 Monetária

Na final, a Agrárias venceu a Monetária por 18 a 12 em um jogo bastante quente e equilibrado, que teve até expulsão. A partida contou com o ótimo aproveitamento da Monetária nos seus contra-ataques, enquanto a Agrárias era mais agressiva e conseguia rodar mais bolas no campo de ataque. Com um 4 a 4 no placar, o Javali errou uma cobrança de 7 metros e, após outra bela defesa da equipe da Monetária, o principal lance da partida ocorreu.


No contra-ataque, a arbitragem marcou um tiro de 7 metros a favor da Monetária e, por conta de um puxão de camisa por trás na hora do arremesso - uma falta que gera cartão vermelho no handebol -, Matheus, camisa 20 do Javali, foi expulso. Porém, logo depois, a arbitragem percebeu que ele nem em quadra estava e, no final de tudo, João Renato, camisa 28 da Agrárias, recebeu o cartão vermelho.


Ele saiu bastante irritado de quadra, mas a Agrárias reagiu e marcou dois gols em sequência, virando o placar para 6 a 5 após a conversão da cobrança pelo time vermelho. Mesmo assim, a Money virou a partida e encerrou a primeira etapa com o placar de 7 a 6.


A partida permaneceu quente, com um jogador batendo a cabeça após cair no chão em uma dividida. Apesar da preocupação, nada aconteceu com o atleta que seguiu em quadra. No fim, a Agrárias, melhor fisicamente, conseguiu impor seu ritmo e travar completamente o ataque da Monetária que pouco conseguiu produzir no segundo tempo. Com um 8 a 2 na etapa final, a partida terminou em 14 a 9 para a Agrárias. No total, o placar final da partida ficou em 18 a 12.


Weberson Cesar Pereira, de 42 anos, estava comandando a equipe no Agita e conversou com o ARQ UFU após conquistar o primeiro título da atlética nessa modalidade. Junto de Davi Mendes Pereira, seu filho que está no terceiro período de Zootecnia, ele contou sobre como foi dividir essa conquista em família.


“A gente tem uma história grande. Ele foi meu aluno do primeiro até o nono ano do fundamental e, agora como pai, é uma alegria muito grande acompanhar ele no ensino superior, de ver a evolução dele enquanto pai e de ver isso também como técnico, é uma sensação indescritível”, disse Pereira, feliz com a conquista.


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