Bateria Predadora celebra oito anos de história engajada em ações sociais e competições
- Arquibancada UFU
- 21 de fev.
- 4 min de leitura
Atualizado: 11 de mar.
Em entrevista, a presidente da bateria, Giovana Pagni, compartilhou um pouco da trajetória da Predadora e comentou sobre os objetivos para 2025.
Por Eric Robert

Em 2022, a Predadora conquistou o segundo lugar no Torneio Batuca Franca | Foto: acervo pessoal
A Bateria Predadora foi fundada em 2017, quando as atléticas referentes aos cursos de Ciências Sociais, Filosofia, Gestão em Saúde Ambiental (renomeado para Saúde Coletiva atualmente), Geografia, História, Jornalismo, Letras, Pedagogia e Tradução se juntaram para criar uma atlética unificada: a Humanas. A partir daí, surgiu a ideia da criação de uma bateria, com o objetivo de acompanhar a atlética nas competições esportivas e incentivar a torcida nas arquibancadas. Através de formulários para decidir as cores, o nome e o mascote, a Bateria Predadora nasceu, trazendo o roxo e preto característico da atlética e a pantera como mascote.
Em uma entrevista com a presidente da bateria, Giovana Pagni, ela destacou o momento mais marcante da trajetória da Predadora: a conquista do segundo lugar no Torneio Batuca Franca, em 2022. A vitória representou o primeiro pódio da bateria e consolidou sua presença nos torneios universitários. Para Giovana, esse foi um divisor de águas, revelando o potencial da Predadora de crescer e se destacar entre as baterias universitárias.
No entanto, o caminho não foi fácil. Giovana compartilhou algumas das adversidades enfrentadas pela bateria ao longo dos anos. Um dos maiores desafios é a dificuldade em encontrar um espaço seguro e adequado para os ensaios. Embora muitos sejam realizados na Prefeitura, o local é considerado perigoso, em decorrência de relatos de colegas de outras baterias da UFU que já sofreram violência de moradores da região, e até tiveram celulares furtados. A alternativa encontrada pela Predadora é marcar os ensaios no campus Glória, mesmo assim, a distância entre os membros da bateria e o campus acaba sendo um ponto negativo. “A gente até tem um horário na Reitoria, porém não é um horário muito viável, das 18:00 às 19:00, quando a maior parte das pessoas está saindo do trabalho e indo para a aula”, disse Giovana.
Outro desafio relatado é a falta de dinheiro. Giovana conta que a bateria sempre teve dificuldade de se manter financeiramente, e que o dinheiro é muito importante para que os membros possam comprar bons instrumentos e fazer a manutenção, além de conseguir viajar para campeonatos fora de Uberlândia, tendo em vista que a Predadora sempre ajuda ritmistas que não têm condição de pagar pela viagem.
A questão da adesão de novos membros também é um problema constante. Como a maior parte dos cursos da atlética tem ingresso anual e não semestral, a bateria só consegue novos integrantes uma vez por ano. Além disso, a maioria dos cursos têm aulas no período noturno, o que dificulta a participação de estudantes que trabalham durante o dia. Para contornar esse problema, a bateria passou a realizar ensaios após as 22h, algumas vezes ultrapassando a meia-noite.

Em junho deste ano, a Predadora participará do desafio de baterias da CIA | Foto: acervo pessoal
O período pós-pandemia foi apontado como o de maior evolução da bateria. Giovana relatou que, durante o isolamento, os membros da Predadora aproveitaram para aprimorar diversas técnicas. Os integrantes participaram de workshops online, tiveram momentos de trocas de experiências via WhatsApp, assistiram diversos vídeos na internet que compartilhavam conhecimentos de criação, desenhos e gestão de uma bateria.
“Quando a Predadora retornou da pandemia, voltou mais forte do que nunca”, destacou. Esse foi um momento em que a Predadora passou a ter grande aprovação na Ufuteria. Giovana ainda comenta que a aproximação e amizade entre as baterias proporcionada pela Ufuteria é o que possibilita a evolução não só da Predadora, mas de todas as baterias de Uberlândia.
Expectativas para 2025
A Predadora já está confirmada na CIA (Copa Inter Atléticas) e será o primeiro ano em que estará presente no desfile de baterias da competição. A bateria também participou do processo seletivo para tocar na TABU (Taça das Baterias Universitárias), torneio em que a Predadora atuou ano passado e alcançou o quinto lugar, o que é considerado um dos seus melhores resultados já conquistados.
Sobre os objetivos da Predadora em cada campeonato, Giovana comenta que depende do momento em que a bateria está vivendo. Ainda assim, a presidente diz que o maior objetivo é sempre, independentemente de classificação ou resultado, “subir no palco, dar o nosso melhor e se divertir”.
Compromisso social
A Bateria Predadora sempre esteve alinhada a causas sociais. Giovana destaca a importância de manter a bateria engajada com a comunidade, além do ambiente universitário. “A gente sempre pensa e visa ter esse contato para fora da universidade. Ainda mais a gente sendo uma bateria de humanas, que sempre está envolvida nessas pautas e lutas sociais, sempre lutando e participando na formação de um país, de uma sociedade mais justa”.
Uma das principais ações sociais é a “Predadoa”, uma campanha de incentivo à doação de sangue em parceria com o Hemocentro de Uberlândia. Além disso, a bateria também participa do projeto “Não é sexta, mas Cesta!”, que auxilia pessoas trans em situação de vulnerabilidade social, oferecendo doações de itens de higiene e alimentos.
A campanha do Dia das Crianças é outra ação tradicional. A Predadora tem uma parceria com o projeto Criando Laços, que tem como objetivo a arrecadação de brinquedos e doces para crianças carentes, e ainda conta com uma apresentação da bateria para as crianças na manhã do dia 12 de outubro.
Como fazer parte da bateria
Estudantes interessados em fazer parte da Bateria Predadora podem participar dos ensaios que ocorrem todo domingo às 16h, no estacionamento do supermercado Carrefour ou na Prefeitura. Basta o estudante comparecer ao local do ensaio, sem necessidade de um conhecimento prévio sobre os instrumentos. Os diretores da bateria ensinam desde o primeiro passo e auxiliam os novatos a acharem seu instrumento. O estudante interessado em se juntar à bateria também pode entrar em contato pelo Instagram @predadoraufu para obter mais informações.

Em 28 de abril de 2025, a Predadora completará oito anos | Foto: LF Coelho
Comments