Com oficinas, competição em corridas e tiragem de tempo, o evento foi recheado de torcedores
Por Maria Eduarda Amorim
O clima frio não foi o suficiente para afastar os atletas da pista de atletismo do SESI Gravatás no último sábado (10). A palestra "Esporte Universitário e Deficiência", ministrada por Mateus Rodrigues Carvalho e Rodrigo Parreira, com mediação do também atleta paralímpico Luiz Vilarinho, marcou o início das atividades do Agita UFU 2024.2. A programação do evento contou também com oficinas e provas durante todo o período da manhã.
Os atletas participaram de exercícios envolvendo lançamento de disco, salto em distância e corridas de 100 metros rasos, 400 metros rasos e 1500 metros rasos. Ao final de cada dinâmica, os participantes disputaram entre si provas divididas entre feminino e masculino. E quem levou a melhor foram aqueles que conseguiam lidar com o vento gelado.
Para Ana Laura, diretora de esportes da Humanas e aluna do terceiro período do curso de Letras/Francês, o Agita é uma forma de apresentar o atletismo para os “bixos”, além de mostrar um pouco como vai ser a Olimpíada UFU.
Queimando a largada
Inaugurando as atividades relacionadas ao atletismo, a palestra "Esporte Universitário e Deficiência", apresentada pelos atletas paralímpicos Mateus Rodrigues Carvalho e Luiz Vilarinho, ofereceu um panorama de como funciona a inclusão dentro do meio esportivo e as oportunidades para atletas com deficiência.
Mateus é medalhista de bocha e compartilhou como funciona o esporte. A bocha é praticada por pessoas com alto grau de paralisia cerebral e se caracteriza pelo arremesso de bolas coloridas em direção a uma bola branca, com o objetivo de chegar o mais próximo possível dela. Ele também contou da sua experiência nos Jogos Paralímpicos.
"Apesar das pessoas conhecerem a natação e o atletismo paralímpico, eles ainda são esportes com pouca visibilidade. Então, poder falar do esporte paralímpico de forma geral é importante, para mostrar para as pessoas que existem esses esportes e existem pessoas que se dedicam a eles", aponta o atleta.
Apesar de pouco difundido no meio universitário, o esporte paralímpico está presente em competições que envolvem a comunidade acadêmica como nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs). Para Luiz, abordar o tema é uma forma de incentivar a participação dos alunos da UFU nesse tipo de esporte.
Ajeitando os blocos de partida
Após a palestra, os presentes desceram até a pista de corrida para participar da segunda parte da programação: as oficinas, ministradas pelos técnicos Rogerio Borges, Leandro Garcia e Luiz Vilarinho. Elas foram divididas entre lançamento de disco, salto em distância e corrida.
Os exercícios tinham o intuito de auxiliar os atletas no preparo físico para cada modalidade, e também demonstrar técnicas para um melhor desempenho. Ao final das oficinas, os participantes foram convidados a competirem entre si e colocarem em prática o que aprenderam nas oficinas..
"As atividades incentivam todo mundo, principalmente pela integração que promovem. Hoje a gente aprendeu sobre acessibilidade, tivemos contato com atletas paralímpicos, então é um momento interessante de participar" comentou Débora Neve, caloura da Fisioterapia.
Linha de chegada
Confira o resultado das atléticas durante as provas:
100 metros rasos feminino
1º Lugar: Monetária
2º Lugar: Humanas
3º Lugar: Agrárias
100 metros rasos masculino
1º Lugar: Engenharia
2º Lugar: Monetária
3º Lugar: Monetária
400 metros rasos masculino
1º Lugar: Engenharia
2º Lugar: Fisioterapia
3º Lugar: Humanas
1500 metros rasos feminino
1º Lugar: Engenharia
2º Lugar: Agrárias
3º Lugar: Monetária
1500 metros rasos masculino
1º Lugar: Engenharia
2º Lugar: Monetária
3º Lugar: Monetária
Salto em distância masculino
1º Lugar: Monetária
2º Lugar: Engenharia
3º Lugar: Engenharia
Lançamento de disco feminino
1º Lugar: Odonto e Humanas
Lançamento de disco masculino
1º Lugar: Odonto
2º Lugar: Humanas
3º Lugar: Engenharia
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