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Vôlei feminino agita o G5 durante a Supercopa Monetária

Atualizado: 7 de dez. de 2023

Segundo ano de vôlei na competição se assemelha aos trinta anos de Superliga com torcida apaixonada, jogos disputados e, é claro, goteiras


Por Julia Barduco e Dieny Fernandes Seis grupos disputaram a Supercopa Monetária, jogando vôlei feminino nas tardes quentes - e aguadas - do sábado (25) e domingo (26), no Ginásio 5 do Campus de Educação Física e Fisioterapia (Educa).


No apelidado “Intermoney”, os times Sharks, Superpoderosas, Econominas, Poderosas Chefinhas, Meninas da Gestão e Admiráveis jogaram todas contra todas no sistema tático simples (6x0, quando não existem posições definidas). Os vencedores de cada partida, disputados em melhor de três sets de até 15 pontos, ganhariam dois pontos na tabela, e o perdedor um.


Além do esforço e da dedicação das futuras economistas, também foi um dos segredos para a vitória, desde o início da competição, eram as únicas que se abraçavam ao pontuar | Foto: Mateus Batista

Sábado


No primeiro jogo de sábado, as Sharks, compostas por alunas dos cursos de Administração, Contábeis e Gestão da Informação, demonstraram maior qualidade técnica diante das Superpoderosas, time de “bixetes” de Relações Internacionais. O jogo terminou em 2 a 0, com parciais de 17 a 15 e 15 a 5, com destaque para quatro aces seguidos ao fim do segundo set para as vitoriosas.


Superpoderosas | Foto: Dieny Fernandes

No segundo jogo, protagonizado por Admiráveis e Meninas da Gestão, as cinco estudantes de Administração, com uma convidada da Economia, mostraram ser parte do seleto grupo de times entrosados da competição, vencendo por 2 a 0 em dois sets de placar idêntico: 15 a 1.


À altura do terceiro jogo, contudo, a chuva competiu contra ambos os times em quadra, quando Admiráveis continuaram no ginásio para enfrentar as Poderosas Chefinhas, do curso de Ciências Contábeis. O sucesso foi repetido, com parciais de 15 a 12 e 15 a 5 contra as futuras contabilistas, que pareceram sofrer mais com as goteiras - para não dizer cachoeiras - na quadra.


Problemas na infraestrutura do G5 são constantes | FOTO: Maria Júlia Pelúcio

Carolina Zorzetto Morotti, que geralmente atua como líbero em competições de esquemas táticos diferentes, é do time da Administração e explicou que os problemas de infraestrutura no G5 se tornaram comuns.


“É bem complicado, a gente espera que em uma quadra coberta não tenhamos que nos preocupar com chuva. É difícil, no meio da competição, ter que passar pano no meio do jogo. Além disso, o barulho das telhas também atrapalha, e os escorregões são comuns”, explicou Carolina.


No quarto jogo do dia, Sharks e Econominas tiveram um embate, e o time da Economia venceu no que viria a ser o primeiro de apenas dois jogos que foram levados ao tie break, após uma surpreendente recuperação das Sharks. As parciais foram de 15 a 3, 11 a 15 e 15 a 8.


Na partida seguinte, Superpoderosas e Poderosas Chefinhas se enfrentaram no segundo jogo de três sets, e as meninas das Contábeis levaram a melhor. As parciais foram de 15 a 11, 10 a 15 e 16 a 14. Nessa disputa, a chuva voltou a causar problemas e Marina Freitas, uma das Superpoderosas, escorregou na água que se acumulava no lado contrário às arquibancadas do ginásio. Tudo ficou bem e ela se levantou e continuou o jogo.


Outro problema foi a arbitragem instável, mais uma semelhança com a liga profissional brasileira. Os erros foram tantos, que um ponto de bloqueio em um saque foi ratificado no jogo entre Poderosas Chefinhas e Meninas da Gestão. A primeira equipe levou a melhor com parciais de 15 a 3 e 15 a 5.


Econominas e Superpoderosas foi o jogo que mostrou a eficácia do time das futuras economistas. Parciais de 15 a 2 e 15 a 5 provaram que as Admiráveis, favoritas até então, teriam um time de igual nível a bater. Iasmin Villas-Boas, da Economia, se mostrou uma levantadora de talento ao conseguir salvar bolas advindas de passes duvidosos, mesmo que, tecnicamente, o esquema estivesse no 6x0.


O penúltimo jogo do dia, talvez pelo cansaço de um dos times favoritos ao título, talvez pela garra das “bixetes”, mostrou igualdade técnica - ou sorte. Admiráveis e Superpoderosas terminou com vitória prevista da Administração, mas com parciais surpreendentes - 15 a 13 cada uma.


Por último, houve uma final antecipada dos dois times mais proeminentes do campeonato: Admiráveis e Econominas. O que parecia prometer um jogo de alto nível, entretanto, arrebatou toda a torcida do G5 por outro motivo: Admiráveis mostraram passe inconstante, levantamentos errados e dificuldade em finalizar contra-ataques com a bola no chão, o que consagrou a vitória adversária de 2 a 0, com parciais de 15 a 3 e 15 a 8.


Domingo


Na primeira hora da tarde de domingo, disputaram Meninas da Gestão e Sharks. Apesar das perdas no dia anterior, as alunas de Gestão da Informação não desistiram sem lutar. Foram dois sets perdidos, mas com placares mais razoáveis que os dos jogos anteriores: 15 a 7 e 15 a 10.


Sharks | Foto: Dieny Fernandes

Contra as Econominas, contudo, a falta de nível técnico e entrosamento levou o time a um placar similar aos anteriores, em uma derrota de 15 a 3 e 15 a 2. Ainda assim, a partida foi a mais descontraída do dia, com as atletas deixando a rivalidade de lado, rindo dos erros e aproveitando a endorfina propiciada pelo esporte. No mesmo clima, Poderosas Chefinhas e Sharks se enfrentaram em dois sets, com 15 a 11 e 15 a 12 para o segundo time.


Sharks, que começava a levantar-se como um dos possíveis nomes do pódio, enfrentou o respeitado Admiráveis e não conseguiu vencer, perdendo de 15 a 9 e 15 a 11. Apesar dos níveis similares, o combo de dois fatores facilitou a vitória da Administração: as Admiráveis brilharam na defesa e, na maioria das vezes, as Sharks erravam a finalização. O jogo deu chance das Admiráveis irem à final.


Superpoderosas e Meninas da Gestão jogaram, em seguida, em um novo jogo equilibrado, mas de um jeito completamente distinto: os pontos eram dados pelos erros adversários, ao invés de disputados. Quem errou mais, obviamente, perdeu. Parciais de 15 a 12 e 15 a 10 cravaram a vitória das Superpoderosas.


Econominas e Poderosas Chefinhas provaram, mais uma vez, o desnível técnico dos times. Garantindo sua vaga na final, ao lado das Admiráveis, Econominas venceu por 15 a 7 e 15 a 4.


Final


A grande final tinha gosto de revanche. O último confronto do dia anterior também foi Econominas contra Admiráveis e, sendo surpresa ou não, o primeiro placar se repetiu.


Apesar da determinação das Admiráveis, a vitória não estava ao seu alcance. O primeiro set começou de maneira desanimadora, mas, na metade, o time da ADM iniciou uma reação, aproximando-se do placar. A recuperação, contudo, foi efêmera, e os erros começaram a se acumular, deixando-as estagnadas na parcial.


No segundo set, a dinâmica pouco mudou: Econominas, com um nível ligeiramente superior, manteve-se no controle, e a vitória consolidou-se. Embora tenham lutado, Admiráveis não encontraram meios de encarar a superioridade técnica das rivais, o que resultou em um desfecho previsível.


Letícia Queiroz, da Economia, falou sobre a final: “O curso se une muito em competições do tipo, desde o interperíodos estamos mais unidos. Sofremos um pouco hoje, elas estavam bem concentradas. Mas, conseguimos a vitória, que foi muito importante, porque não conseguimos vencer no futsal, mas no vôlei sim.”


Admiráveis | Foto: Dieny Fernandes

Ana Muzzi, do time da prata, uma das maiores pontuadoras da competição, conta que é do time de vôlei da atlética e, que competiu na Copa Interatléticas. “Nós dividimos o time da CIA entre as Admiráveis e as Sharks, para tornar a coisa mais justa e equilibrada. Conheci a maioria das meninas no dia do jogo mesmo. É sempre bom conhecer outras meninas, a Supercopa é importante porque muitas ficam com medo de jogar na Olimpíada, e é bom que elas se entrosam para próximos campeonatos”, explicou a atleta.


O saque incisivo de Pilar Donadio foi decisivo para o sucesso do time do curso de Economia, o que a colocou na posição de melhor jogadora do campeonato.


A final foi decidida em melhor de três sets de até 25 pontos | Foto: Mateus Batista

O Arquibancada UFU conversou com Pilar, sobre a experiência dela na Supercopa. Confira:


ARQ: Vocês mostraram um nível superior às outras equipes, vocês treinaram antes dos jogos?


Pilar: Sim! Nós treinamos algumas vezes, até queríamos marcar mais treinos, mas não conseguimos. Tivemos um jogo contra os meninos da Economia, o que nos ajudou na questão da união. Isso foi muito importante para os jogos.


ARQ: Vocês já jogaram juntas na mesma competição?


Pilar: Todas juntas não, só eu e a Cléo. Mas dias antes tivemos o InterEconomia e todas jogamos em times rivais. Isso foi ótimo porque pudemos ver quem realmente se interessava pelo esporte para montarmos nosso time.


ARQ: Há quanto tempo você joga vôlei?


Pilar: Nossa, faz tempo! Desde que tinha uns 9, 10 anos. Comecei na escola, fui para uma escolinha de vôlei, participei de campeonatos e depois de um tempo fui jogar na Sociedade Recreativa e de Esportes de Ribeirão Preto (Recra). Agora estou no time da Monetária e fico muito feliz, é muito importante para mim.


Prêmio recebido por Pilar | Foto: Mateus Batista

ARQ: Em competições com posições definidas, qual a sua?


Pilar: Antes, eu era levantadora, mas agora, na Monetária, jogo como oposta ou ponta.


ARQ: Qual foi a sensação de receber o prêmio de melhor jogadora do campeonato?


Pilar: Eu não esperava ser a melhor, acho que muita gente merecia ganhar também. Acho que o que mais me ajudou foi o saque, que encaixou bem. Mas as meninas também são ótimas, foi uma surpresa.


Resultados da Supercopa Monetária de 2023


1 - Econominas - 10 pontos

2 - Admiráveis - 9 pontos

3 - Sharks - 8 pontos

4 - Poderosas Chefinhas - 7 pontos

5 - Superpoderosas - 6 pontos

6 - Meninas da Gestão - 5 pontos




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