Vinicius Lemes, 25 anos, é atleta da A.A.A Engenharia e conta:
“Eu nasci e o meu pai me jogou na piscina, nadava e competia até os 16 anos. Até que no ensino médio comecei a praticar basquete, competia pela escola e acabei esquecendo um pouco a natação. Quando eu entrei na faculdade em 2009, praticava tanto o basquete quanto a natação esporadicamente. Em 2010 comecei a sentir dores no ombro. As dores foram piorando, chegando ao ponto de me impedir de praticar esportes. Pensava que era ortopédico, então fui pesquisar o que era.
O primeiro médico que eu fui em Araguari disse que era tendinite, tomei o remédio que ele passou, mas não resolveu. Então procurei dois médicos especialistas em Uberlândia. Um deles me pediu uma artro ressonância e o outro o raio X. Como a artro ressonância era um exame muito caro, fiz o raio X. O resultado deu que o osso do ombro tinha uma proeminência virada para baixo que ficava pressionando o tendão, inflamando-o, assim surgiu a possibilidade de uma cirurgia, então ele pediu uma ressonância. Enquanto eu esperava para fazer o exame, as dores continuavam e foi aí que eu comecei a ficar revoltado, afinal, que queria praticar esportes, mas não podia, então tomava anti-inflamatório por conta própria antes de treinar e de maneira tortuosa fui vivendo com as dores. Tinha dia que eu não conseguia movimentar o ombro e para piorar a situação, sentia dores na parte de trás do joelho. Com o resultado de mais um exame, dessa vez a artro ressonância, foi descoberto que o problema não era ortopédico e sim reumatológico.
Paralelo a isso, procurei outras formas de tratamento, como a cirurgia espiritual. Fui a diversos centros espíritas, mas as dores continuavam. Como nada funcionava, comecei a ficar desanimado e desacreditado, pensava que eu teria que parar de praticar esportes. Sempre liguei o esporte com a autoestima, sem ele, fiquei triste, engordei, não sentia bem comigo mesmo.
Depois de um tempo, fui pedir orientação em um centro espírita e me falaram que eu tinha que procurar um especialista em Ribeirão Preto. Foi quando eu encontrei o Dr. Paulo Louzada. Nessa época, as dores estavam piores e além do ombro e do joelho, a sola do pé também doía, às vezes não conseguia nem pisar. Através de novos exames, descobri a artrite e comecei o tratamento. Nos seis primeiros meses, os remédios não funcionaram, até que o médico receitou outro (era necessário começar pelos mais fracos para poder iniciar o mais forte). Em dois meses comecei a melhorar e em seguida não sentia mais dor.
Hoje eu tenho que tomar cuidado com a articulação do ombro, principalmente quando pratico esportes de impacto. Senti insegurança quando voltei, principalmente por ter ficado tanto tempo parado (em 2014 entrou para a equipe de natação e basquete da Engenharia). Voltei para o basquete, natação, corrida e academia, algo que o médico não consegue acreditar, devido a tudo que eu passei e pela alta carga de esforço que essas atividades exigem.
Quando você perde alguma coisa que gosta muito, quando supera, dá mais valor. Enquanto eu procurava ajuda no centro espírita, me disseram que eu iria melhorar, mas não conseguiria ser um atleta de alto nível. Hoje eu não vejo assim. Assim que voltei a nadar, eu fazia 28 segundos, tempo melhor do que eu fazia anterior à lesão, depois só diminuí o tempo e isso é um estímulo para mim! E vejo que eu posso chegar longe e treino para ser o melhor, não procuro colocar limite para mim. Sou capaz de fazer qualquer coisa. Hoje eu tenho autoconfiança, aprendi a competir, a vencer desafios e a ser determinado. A artrite foi uma maneira de eu superar os meus próprios desafios!”
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