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Título, comemoração e superação: a final do basquete masculino

No último dia de Olimpíada Universitária, Educação Física e Humanas ganham seus jogos fechando o pódio da modalidade


Por Felipe Domingos

Educa bate Engenharia UDI e é campeã no basquete masculino. Foto: Mariana Gulo

Para quem achou que o pódio já estava definido, quando olhou os dois últimos jogos da modalidade na Olimpíada UFU, ficou bem surpreso com os resultados depois dos minutos finais de cada jogo. Não somente pelos resultados, mas sim pela diferença de placares ao fim de cada partida. Confira como foi as últimas partidas do basquete masculino:


Disputa do 3° lugar


No primeiro encontro do dia, Humanas e Monetária fizeram um jogo para ser lembrado pelos novos jogadores da Pantera que, em sua primeira Olimpíada UFU, já levaram para casa a medalha de bronze, a única medalha coletiva da atlética na competição.


No primeiro quarto, uma vitória daqueles que eram os atuais campeões do basquete. A atlética vermelha e preta conseguiu sair na frente com 11 a 10. Daí em diante, a Humanas apostou em um estilo diferente de jogo que estava acostumada. Ao invés de jogar com seus armadores, o time decidiu usar seus pivôs para apanhar os rebotes ofensivos e defensivos, além de finalizarem a maioria das jogadas. Os camisas 4 e 23, Jefferson Gomes e Lucas Guerrezi respectivamente, dominaram os dois garrafões da quadra.


Com um time bem menor, a Monetária apostou mais uma vez suas fichas em seus armadores, que não conseguiram infiltrar na quadra adversária de forma a reverter as ações da outra equipe. Com a rotação de banco da Humanas e jogadas finalizadas pelo camisa 6, Max Scholten,a Monetária conseguiu encostar no placar e tomou a frente faltando quatro minutos para o jogo acabar.


Os minutos finais deixaram os dois lados apreensivos, com uma vantagem mínima de apenas uma cesta. A Monetária teve diversos lances livres batidos por Max, que diferente das bolas de três, não caíram com eficiência. Do outro lado, Guerrezi anotou as cestas que deixavam a Humanas perto do placar, empatando a partida faltando 23 segundos para o fim.


O bloqueio decisivo e a cesta da vitória


As últimas três jogadas decidiram o jogo como roteiro de filme. Com a posse de bola e 23 segundos para finalizar, o time da Monetária tentou uma jogada rápida para retomar a vantagem, o que eles não esperavam era Jefferson Gomes, que bloqueou a bandeja de Max. Com a posse de bola, a Humanas fez aquilo que fez o jogo todo: passou a bola para Guerrezi que anotou os dois últimos pontos: 53 da atlética e 16 individuais, faltando apenas dez segundos para o fim da partida. Em transição rápida, a Monetária tentou mais uma jogada para levar o jogo para a prorrogação, mas acabou em falta do camisa 6 e posse para a Humanas. Final 53 a 51.

Humanas consegue se superar e conquista melhor campanha na competição. Foto : Felipe Domingos

Em entrevista ao Arquibancada UFU, o destaque da partida, Lucas Guerrezi, destacou a coletividade e a estratégia defensiva da equipe para o torneio e jogo:


“Foi uma partida coletiva, nosso lema sempre foi a defesa, então a gente sabia que pra ganhar teria que ser a melhor defesa possível, entendeu? Nós já tínhamos chegado entre os quatro primeiros em 2018. Em 2019, na última Olimpíada, nós perdemos o primeiro jogo. A nossa vontade esse ano era voltar entre os quatro primeiros, mas não só ficar entre os quatro, mas melhorar a nossa posição”.


O técnico Alexandre Pinheiro também comentou sobre a competição após a premiação: “A nossa palavra foi superação. E já que nós somos do curso de Humanas eu vou filosofar um pouquinho. A superação é uma super ação, né? Se a gente só fizer essas ações corriqueiras, possivelmente a gente não atingiria essa meta que nós mesmos estipulamos para nós, superar o melhor resultado de esportes coletivos que o próprio basquete já tinha conquistado lá atrás. Então, foi realmente superação, atletas no sacrifício e atletas se dedicando muito. O time tá muito merecedor desse terceiro lugar, a torcida, a gestão. É um time muito jovem, muito promissor. Tem bastante tempo de competição, mas agora a gente vai em busca de pessoas altas para poder repor as peças que a gente possivelmente possa perder, mas depois, agora é comemorar”.


Final


A tão aguardada final foi mais um jogo de grandes emoções para quem assistiu da arquibancada do G6. Em busca de mais um título na temporada, a Engenharia UDI entrou em quadra completa e jogando tudo o que se esperava d campeã da Copa Inter Atléticas (CIA) deste ano. A Engenharia manteve o controle do primeiro quarto, utilizando muito das infiltrações de Alessandro e das jogadas criadas pelo armador Pascoal Neto, finalizando a primeira parte do confronto em 17 a 11.


No segundo quarto, a Educa mostrou que não chegou na final a toa. O time se encontrou defensivamente, bloqueando as ações adversárias, cedendo somente sete pontos no período e construindo bem as jogadas com Rafael Gumerato. O jogador, que mesmo não anotando tantos pontos ao longo da partida, armou as principais jogadas para finalização, em especial de Thiago Sobon, que no segundo quarto anotou sete pontos, finalizando o quarto empatado em 24 a 24.


Mesmo com jogo de 26 pontos, Alessandro não conseguiu levar o título para casa. Foto: Ítana Santos

A Engenharia, que até aqui não tinha sofrido em nenhum momento na competição, se mostrou desconfortável com a situação, mesmo anotando muitos pontos com seu principal jogador, Alessandro Gabriel. Infelizmente, para os torcedores da Charanga, o jogador foi diversas vezes para a linha de lance livre, lances esses que em sua maioria foram desperdiçados. Tal como no primeiro jogo do dia, os lances livres não convertidos foram peça chave para a vitória da outra equipe.


Mesmo assim, a Engenharia disputou a partida até o fim. Em um final marcado por muitas faltas pelos dois lados, a diferença chegou a ser de apenas um ponto. Porém, a equipe da Educa não desperdiçou seus lances livre e mais uma vez a estrela Sobon brilhou e o jogador voltou a marcar sete pontos no quarto. Final 57 a 55 para os donos da casa.


A não conquista da Engenharia marca a segunda derrota seguida nas finais. Em 2019 a equipe já tinha chegado na final e perdido para a Monetária.


Em ritmo de festa após a conquista, o técnico Tarzan, da Educa, falou um pouco para o ARQ UFU: “ Hoje é o nosso dia. Os meninos jogaram muito bem. Time da Engenharia é muito forte, veio muito compacto até para a própria Engenharia, os caras destruíram, mas a gente jogou muito bem encaixados”.


O destaque da partida, Thiago Sobon, também contou como foi a sensação de enfrentar a Engenharia na final e ser campeão no seu primeiro ano jogando a competição: “Já faz tempo, desde que entrei aqui [ganhar a medalha] é o nosso foco . A gente sabia que ia ter que enfrentar a Engenharia na final ou na semifinal e que ia ter que ser um trabalho duro [...]. Eu tenho muita confiança no meu time, eu sei que eles conseguem segurar a barra, eles confiam em mim tanto quanto eu confio neles e graças a Deus deu tudo certo para a gente ser campeão”.

No sol do meio dia, Educa fez festa com as medalhas e a taça. Foto: Mariana Gulo

Mesmo com a derrota, Alessandro, da Engenharia, fez de tudo para ser campeão. O jogador anotou 26 pontos no último jogo, o que lhe garantiu uma média de 19,75 pontos por jogo. O atleta deixa a competição como melhor jogador do torneio, nenhum outro foi tão efetivo.


Premiação


Campeã: A.A.A. Educação Física

2° lugar: A.A.A. Engenharia UDI

3° lugar: A.A.A. Humanas

4° lugar: A.A.A. Monetária


Melhor Jogador da Competição - Alessandro Gabriel (Engenharia UDI)


Melhor Jogador da Final - Thiago Sobon


Time do torneio:

1 - Marcelo Augusto (Educação Física)

2 - Max Scholten (Monetária)

3 - Rodrigo Almeida (Engenharia UDI)

4 - Thiago Sobon (Educação Física)

5 - Alessandro Gabriel (Engenharia UDI)


Outros destaques

Rafael Gumerato (Educação Física)

Pedro Augusto Diniz (Exatas)*

Pedro Augusto Souza (MOCA)

*Pedro Augusto finalizou a competição com média de 37 pontos por jogo (maior do torneio), anotando 45 pontos contra a Exumadas e 29 contra a Educa.


Resultados do dia:


Final: Educação Física 57 x 55 Engenharia UDI

3° lugar: Humanas 53 x 51 Monetária

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