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Tempo curto, calor intenso e quedas de sobra marcam judô masculino na Olimpíada UFU

Atualizado: 3 de out. de 2023

Disputada no Praia Clube, modalidade teve diversos novos campeões individuais e mudança no quadro geral


Por Bruno Stocco


O kimono deve sempre estar colocado corretamente para as lutas | Foto: Ítana Santos

As competições do judô masculino na Olimpíada UFU tiveram início e fim no último domingo (24), no Praia Clube. O esporte manteve a competitividade desde a primeira das nove categorias. Com muito calor, os resultados gerais foram bem diferentes do ano passado e algumas lutas não foram terminadas devido à falta de tempo.


Categoria menos de 55kg


A primeira categoria do judô masculino, conhecida como meio ligeiro, foi disputada logo após o almoço. Digestão rolando, piscina ali do lado, um clima de “churrasquinho”, tudo de bom. Só não é legal se o prato principal for “lutador no kimono”. Os atletas que iniciaram a disputa enfrentaram mais do que apenas os adversários de dentro do tatame, já que todo o ambiente estava desfavorável.


Com o clima “hostil” e apenas seis atletas inscritos, o que se viu foi a manutenção dos medalhistas da última Olimpíada. Mateu de Paula, atleta da Monetária que foi prata em 2022, enfrentou Luiz Silva, da Educação Física, que ganhou bronze no ano passado. Desta vez, o resultado se inverteu: derrota de Mateu e Luiz na final.


Na decisão, Augusto Souza, da Medicina, brilhou e repetiu o lugar mais alto do pódio. O lutador da atlética azul e laranja recebeu a prata, e Mateu e João Vitor Oliveira, ambos da Monetária, receberam o bronze.


Categoria de 55 a 60kg


O ligeiro repetiu um resultado comum nos últimos anos. Isso porque um domínio vem ocorrendo por parte da Educa e o protagonista é Willy Di Rita. O atleta conquistou a terceira medalha de ouro em sequência neste ano. “Quase desisti. Tive que emagrecer sete quilos para competir. Foi muito difícil, mas consegui sair com o tricampeonato”.


Além do representante da Educação Física, Raul Vale repetiu sua medalha de bronze e fez outra dobradinha no terceiro lugar. Desta vez, Arthur Achcar, também da Biológicas, esteve no resultado final. Para fechar o pódio, Igor Ribeiro, da Monetária, ficou com a prata.


A finalização é apenas um dos jeitos de ganhar uma luta de judô | Foto: Ítana Santos

Categoria de 60 a 66kg


Na categoria meio leve, o pódio foi totalmente novo. Nenhum dos premiados no ano passado ganharam uma medalha neste ano. Esse equilíbrio também foi visto dentro do tatame, com lutas longas e cansativas, além de poucas vitórias por ippon. Os atletas se desgastaram com a extensão das lutas somadas ao calor e abafamento dentro da quadra.


As semifinais e finais ocorreram com os judocas se movimentando e atacando de forma mais devagar do que o comum para a leveza da categoria. Ainda assim, Luciano Batista, da Monetária, conseguiu se destacar e levou o ouro. Pior para Mateus Ferraz, da Engenharia, que ficou com a prata na complicada decisão. Azontè Mahudin, da Exatas, e Felipe Leal, do Direito, completaram o pódio com medalhas de bronze.


Categoria de 66 a 73kg


E a ascensão da Engenharia continuou nos pesos leves. Como nenhum dos medalhistas do ano anterior estavam inscritos nesta categoria, o destino indicava um pódio totalmente novo pela segunda vez no judô masculino nesta edição da Olimpíada.


Os dois atletas inscritos pela atlética amarela e preto ficaram de lados opostos no chaveamento. Aparentemente, a sorte sorriu, e os Leões devolveram: ouro com Vinícius Buiatti e prata para João Victor Silva. Os outros dois que tiraram proveito da falta de antigos ganhadores foram os dois bronzes, com Mateus Velho, da Medicina, e Murilo Lellis, da Exatas.


Categoria de 73 a 81kg


O campeão da categoria anterior no ano passado foi Guilherme Faleiro, do Direito, que subiu para o meio-médio neste ano. Durante a disputa da competição, ele fez grandes lutas, mas, na semifinal, encontrou Geovane Gomes, da Educação Física, foi derrotado e ficou com o bronze.


Já na final, a disputa foi feroz com puxões, luta no chão e um duro encontro de forças. Nesse embate, Geovane ficou com a prata, enquanto o ganhador foi Henrique Veloso, da Medicina, que passou por Gerson Neto, da Artes, na semifinal.


Categoria de 81 a 90kg


O multicampeão do médio, Jhonyvecson Nascimento, parou de competir na Olimpíada UFU de 2022, o que abriu espaço para mais um novo campeão. Mais uma vez, aproveitando as brechas dos adversários, quem emplacou outro ouro foi a Educação Física. O campeão nessa oportunidade foi Bruno Teixeira, que aumentou sua categoria em comparação ao ano passado e subiu ao pódio em um novo peso - ele havia ficado com o ouro em 2022.


Além dele, a Engenharia também tentou o título. Porém seus dois competidores caíram nas semifinais: Alandete Silva foi eliminado pelo campeão, e Augusto Neto perdeu para João Victor Rocha, que foi prata com a Medicina.


Categoria de 90 a 100kg


Na disputa do meio pesado, o dia já chegava ao fim. Do lado de fora da quadra na qual ocorriam as lutas, algumas pessoas estavam jogadas ao chão passando mal e outras até vomitavam. Mais uma vez, o espetáculo do judô foi atrapalhado devido ao clima de Uberlândia e à quadra abafada.


Já quanto às lutas houve mais uma manutenção de campeão. Sergio Martins conquistou outro título da categoria e mais um pódio para a Educa. Luiz Morrison, da Medicina, foi derrotado na final pelo veterano da categoria. O terceiro lugar foi dividido entre João Aires, da Artes, e Flavio Loiola, também da Educação Física.


Categoria acima de 100kg


A última categoria dividida por peso é a tradicional pesada. E ela foi extremamente importante para os resultados gerais da competição. O principal culpado é Fernando Gil, o último medalhista da Engenharia e que “foi responsável” pelo terceiro lugar geral. Com essa vitória, sua atlética conseguiu o segundo ouro na modalidade e ficou com vantagem nos critérios de desempate, deixando a Monetária sem medalha.


Além dele, Davi Laboissiere conquistou a medalha de prata e os últimos pontos da Medicina na competição. Com isso, o judoca deixou a atlética com pontuação suficiente para passar a Engenharia e garantir a segunda colocação geral. Os bronzes ficaram com Vitor Pereira, da Agrárias, e Heitor Fuzo, da Exatas.


Categoria Absoluta


O absoluto é feito de uma forma que independe do peso. Os atletas que participam precisam se inscrever momentos antes das lutas e vão para o combate sem ter certeza sobre a categoria de seu adversário. Normalmente, os vencedores são os mais pesados pela clara diferença de força e peso.


As lutas iniciaram com tempo contado, já que o Praia Clube estava prestes a fechar. Porém, havia a necessidade de completar a competição, o que acelerou as lutas e fez com que muitas finalizações ocorressem devido à pressa dos atletas, da organização e do local.


Na semifinal, ocorreu um encontro entre xarás: Bruno Teixeira da Silva, campeão do médios pela Educa, e Bruno Teixeira Rodrigues, eliminado no pesado pela Monetária. Apesar de ser, no mínimo, dez quilos mais leve, a técnica do lutador da Atlética do Cachorro garantiu uma vaga na final.


Do outro lado da chave, Flavio Loiola, também da Educa, encarou Marcilei Pereira, da Monetária, em uma semifinal com as mesmas cores. O resultado também foi o mesmo: derrota do Tamanduá. E o curioso é que tudo terminou sem disputa da final por falta de tempo, já que o Praia Clube estava fechando naquele momento da noite de domingo.


A final entre Bruno Teixeira e Flavio Loiola, ambos da Educa, foi cancelada. Segundo a DIESU, Flavio abandonou a final, levando a prata, enquanto Bruno recebeu sua segunda medalha de ouro.


Com as dobradinhas, a Educa disparou na liderança com 29 pontos dos quais 12 foram conquistados no absoluto. O total vale quase o dobro do segundo lugar. Já a Monetária, devido à dobradinha no bronze, alcançou 14 pontos no total.

As últimas categorias contaram com pouca torcida e muita força | Foto: Ítana Santos

Pódios:


Categoria menos de 55kg:

Ouro- Augusto Souza (Medicina)

Prata- Luíz Eduardo Silva (Educação Física)

Bronze- Mateu de Paula e João Vitor Oliveira (Monetária)


Categoria de 55 a 60kg:

Ouro- Willy Di Rita (Educação Física)

Prata- Igor Ribeiro (Monetária)

Bronze- Raul Vale e Arthur Achcar (Biológicas)


Categoria de 60 a 66kg:

Ouro- Luciano Batista (Monetária)

Prata- Mateus Ferraz (Engenharia Udi)

Bronze- Azontè Mahudin (Exatas) e Felipe Leal (Direito)


Categoria de 66 a 73kg:

Ouro- Vinícius Buiatti (Engenharia Udi)

Prata- João Victor Silva (Engenharia Udi)

Bronze- Mateus Velho (Medicina) e Murilo Lellis (Exatas)


Categoria de 73 a 81kg:

Ouro- Henrique Veloso (Medicina)

Prata- Giovane Gomes (Educação Física)

Bronze- Gerson Neto (Artes) e Guilherme Faleiro (Direito)


Categoria de 81 a 90kg:

Ouro- Bruno Teixeira (Educação Física)

Prata- João Victor Rocha (Medicina)

Bronze- Alandete Silva e Augusto Neto (Engenharia Udi)


Categoria de 90 a 100kg:

Ouro- Sergio Martins (Educação Física)

Prata- Luiz Morrison (Medicina)

Bronze- João Aires (Artes) e Flavio Loiola (Educação Física)


Categoria acima de 100kg:

Ouro- Fernando Gil (Engenharia Udi)

Prata- Davi Laboissiere (Medicina)

Bronze- Vitor Pereira (Agrárias) e Heitor Fuzo (Exatas)


Absoluto:

Ouro- Bruno Teixeira da Silva (Educação Física)

Prata- Flavio Loiola (Educação Física)

Bronze- Bruno Teixeira Rodrigues e Marcilei Pereira (Monetária)


Classificação Geral:


1 - Educação Física (29 pontos)

2 - Medicina (15 pontos)

3 - Engenharia Udi (14 pontos)

4 - Monetária (14 pontos)

5 - Exatas (3 pontos)

6 - Artes (2 pontos)

6 - Biológicas (2 pontos)

6 - Direito (2 pontos)

9 - Agrárias (1 ponto)


Engenharia ficou à frente da Monetária no critério de desempate por ter uma medalha de ouro a mais. Já Artes, Biológicas e Direito empataram em todos os critérios e dividem posição.



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