top of page

Rostos antigos e revelações marcam judô feminino na Olimpíada UFU

Atualizado: 3 de out. de 2023

Engenharia Uberlândia foi novamente a campeã geral, enquanto a Fisioterapia foi a grande revelação ao subir quatro posições em relação ao ano passado


Por Miguel Santiago


Novas atletas foram reveladas por diversas atléticas em várias categorias | Foto: Ítana Santos

O judô feminino da Olimpíada UFU 2023 foi disputado no último domingo (24). Neste ano, o Praia Clube foi palco dos combates entre as mais de 60 atletas inscritas nas modalidades femininas, que por regra foram divididas em nove categorias, do meio ligeiro (até 44kg) ao pesado (acima de 90kg).


Na campanha geral, o ouro foi para a Engenharia Uberlândia, que somou 20 pontos. A Fisioterapia ficou com a prata após conquistar 14,5 pontos, em uma bela campanha após a sexta colocação na Olimpíada passada. Por fim, a Medicina somou nove pontos e garantiu o bronze, com meio ponto de vantagem sobre a Educação Física, quarta colocada.


MEIO LIGEIRO (até 44kg)


A competição iniciou por volta das 14h. Nessa categoria, as lutas foram marcadas por diversos Ippons e vitórias rápidas. Esse ano, tivemos um fato curioso: nenhuma das atletas que ficaram entre as três primeiras da competição ano passado se inscreveram. O pódio teve uma renovação total de atletas e ficou da seguinte forma: Ariadne Lacerda (Artes) em primeiro lugar, seguida por Lanna Azevedo (Fisioterapia) em segundo, e por último, dividindo o bronze, Giovanna Santiago (Humanas) e Giullia Franceschini (Engenharia).


LIGEIRO (44 a 48kg)


Na categoria de peso dos 44 aos 48kg, tivemos novamente o padrão que se repetiu nas categorias mais leves: vários confrontos rápidos com diversos Ippons. Esse pódio foi onde a Medicina mais brilhou, ocupando todos os lugares do topo. A distribuição de medalhas ficou da seguinte forma. Ouro para Agnes Silva, prata para Isabella Di Rita e bronze para Constância Botelho. O outro bronze foi para Maria Clara de Freitas, atleta da Monetária.


MEIO LEVE (48 a 52kg)


A meio leve foi a categoria mais disputada do dia, com longos duelos e uma diversidade de golpes. As lutas começaram seguindo o mesmo padrão anterior, porém, com o afunilamento das chaves, as atletas que estavam dominando protagonizaram confrontos épicos.


A grande final foi disputada entre Thayssa Silva (Exumadas) e Letícia França (Medicina), ambas destaques até o encontro. A luta em si foi bem acirrada, com uma variedade de golpes e estratégias. No final, a atleta da equipe do campus Pontal levou a melhor e conseguiu ganhar a medalha de ouro. Um fato interessante é que ela subiu uma categoria de peso em relação ao ano passado (onde também havia levado o ouro).


A atleta e estudante de Medicina Letícia França Vitória comentou sobre sua trajetória no esporte. “Comecei a lutar ano passado, competi na [Copa Inter Atléticas] CIA e ganhei prata. Agora, na Olimpíada, depois de treinar bastante, principalmente na reta final, consegui outra”, completou a lutadora.


Final dentro e fora de quadra, já que as torcidas da Medicina e da Engenharia eram as duas mais representadas no Praia | Foto: Ítana Santos

LEVE (52 a 57kg)


A divisão com mais atletas foi essa. Ao todo, foram dezesseis inscritas e quinze confrontos. O padrão dessa vez não se repetiu e ocorreram uma grande quantidade de lutas longas e difíceis. As judocas mais bem colocadas foram: Juliana Cristina (Engenharia UDI) conseguiu o ouro (como no ano passado), Heloah Pereira (Educa) levou a prata, e Ana Beatriz Moi (Medicina) e Lilian Sueko (Odonto) ficaram com o bronze.


MEIO MÉDIO (57 a 63kg)


Outra categoria recheada de atletas foi a meio-médio. As 12 competidoras lutaram entre si em duas chaves enquanto a competição afunilava. Além de vários golpes diferentes, tivemos várias atletas revelação neste pódio. O pódio mudou completamente em relação à última competição, com nenhuma atlética do ano passado reaparecendo. Dessa vez, quem levou o ouro foi a judoca Beatriz Simões (Aplicada), seguida de Gabriela Inácio (Engenharia UDI) com a prata, e o bronze foi para Rayanne Santos e Carla Bitello, ambas da Educa.


MÉDIO (63 a 70kg)


A categoria que vai até os 70kg também contou com lutas lentas, porém bem disputadas. As judocas se debruçaram em puxões, Yukos e imobilizações. O pódio ficou novamente para a Atlética do Leão, dessa vez na figura de Lohanna Ferreira. A prata ficou para Nicolli Costa, da Agrárias e o bronze foi dividido por Dayana Louredo (Fisioterapia) e Maria Eduarda de Oliveira (Monetária).


MEIO PESADO (70 a 78kg)


No meio pesado, o grande destaque foi para as imobilizações, que brilharam e decidiram diversos confrontos na segunda categoria mais pesada da competição. Durante uma das lutas, foi necessário atendimento médico, pois a atleta da Engenharia UDI, Geovana Miranda, machucou o pescoço durante o combate contra Rayssa Alves, da Agrárias. O topo do pódio foi para Vitória Maria (Fisioterapia), o prata ficou para a Ana Carolina da Silva (Humanas) e o bronze foi dividido entre Sophia Christine (Engenharia UDI) e Rayssa Alves (Agrárias).


PESADO (acima de 78kg)


A categoria mais barra pesada aconteceu no fim do dia, e houveram diversas lutas disputadas. A Humanas foi o grande destaque na categoria e sua única atleta inscrita, Nayara Rosa, conseguiu levar a almejada medalha de ouro pra casa. Já o prata ficou para a Artes, com Bianca Vitória. O bronze foi dividido entre Ana Carolina Melo (Engenharia Uberlândia) e Maristela da Silva (Monetária).


ABSOLUTO (qualquer peso)


No absoluto, categoria em que as próprias atletas se inscrevem independentemente do peso e lutam entre si, vários confrontos longos e estratégicos aconteceram. o pódio da última categoria do dia ficou da seguinte forma: Vitória Maria Matos (Fisioterapia) com o ouro, já a prata ficou para Heloah Pereira (Educa), enquanto o bronze foi dividido entre Juliana Cristina e Lohanna Ferreira, ambas da Engenharia Uberlândia.


CLASSIFICAÇÃO FINAL


A pontuação foi calculada com base na soma de pódios das atléticas, sendo: quatro pontos (sete no absoluto) para o primeiro lugar, dois pontos (4,5 no absoluto) para o segundo e um ponto (três no absoluto) para os terceiros colocados. Além disso, os empates foram decididos com base no número de ouros das equipes e, caso persistisse o empate, o número de outras medalhas (pratas e, em último caso, bronzes) entraria em cena.


1 - Engenharia UDI (20 pontos)

2 - Fisioterapia (14,5 pontos)

3 - Medicina (9 pontos)

4 - Educação Física (8,5 pontos)

5 - Humanas (8 pontos)

6 - Artes (6 pontos)

7 - Aplicada (4 pontos)

8 - Exumadas (4 pontos)

9 - Agrárias (4 pontos)

10 - Monetária (3 pontos)

11 - Odonto (1 ponto)


Engenharia Uberlândia manteve novamente sua hegemonia no judô feminino | Foto: Ítana Santos

0 comentário

Comments


bottom of page