Provocações e goleadas marcam pódios diversificados e campeões conhecidos no e-Sports da Olimpíada UFU 2025

Arquibancada UFU
1 de set.
5 min de leitura

Atualizado: 3 de set.

Em relação ao ano passado, apenas um nome se manteve no pódio da modalidade

Por Eduardo Bessa

Mesmo com a possibilidade de utilizar fones de ouvido durante a partida, alguns atletas preferiram enfrentar este obstáculo, que também pode servir como combustível | Foto: Eduardo Bessa

No domingo (31), aniversário da cidade de Uberlândia, o Arquibancada Sports Bar deu sede mais uma vez à disputa dos e-Sports na Olimpíada UFU. A competição foi disputada no EAFC 25 (antigo FIFA) na versão para Playstation 4. Os tempos eram de cinco minutos e na câmera Coop, padrão para todos os jogos.

Com poucos problemas técnicos, esta edição dos e-Sports conseguiu correr de forma próxima ao planejado no cronograma. Cada atleta deveria levar o seu controle, o que gerou alguns problemas quando algum deles esquecia de desconectar o seu do console em que disputou uma partida.

Antes dos jogos se iniciarem, os atletas iam até a mesa que coordenava o evento e informavam a equipe que iriam utilizar dentro do jogo. Como sempre, o favorito dos atletas foi o Real Madrid, sendo utilizado por 40 jogadores em ambas as modalidades. Equipes como Barcelona, Bayern, Liverpool, Manchester City e Chelsea também foram citadas, porém com o afunilamento do campeonato, apenas o time de Vini Jr, Mbappé e companhia sobreviveu.

Maratona de EAFC

Como já é costume na disputa dos e-Sports na Olimpíada UFU, todas as partidas aconteciam em sequência, uma atrás da outra. Na modalidade masculina os jogos começaram com uma frase preliminar, com confrontos para serem decididas as últimas duas vagas nas pré-oitavas, de onde a modalidade feminina teve o seu início.

Apesar de um público ligeiramente tímido no começo, de pouco em pouco o Arquibancada Sports Bar passou a pulsar o sentimento olímpico. Apesar de alguns jogos terem resultados elásticos, a estrutura do local permitia que qualquer espectador assistisse duas partidas ao mesmo tempo, o que aumentava as chances de um jogo emocionante estar em uma das duas televisões à sua frente.

Quem permaneceu atrás dos palcos durante o intervalo entre as partidas pôde aprender algumas táticas com os atletas que se preparavam para disputar um jogo a seguir | Foto: Eduardo Bessa

Trajetória dos Medalhistas

Na modalidade feminina, a medalhista de bronze Niccole Schmaltz, do Direito, superou o cansaço de uma prorrogação perdida nas semifinais para derrotar Pâmella Leonel, da Engenharia, por 4 a 3 e conquistar o seu lugar no pódio.

A vencedora do confronto enfrentou Beatriz Varaldo Rissatto, da Agrárias que se sagrou campeã após vencer a partida por 5 a 2, Tamyres Resende, atleta da Monetária, que ficou com o prata. A final contou com um incidente que retardou o final da partida por cerca de dez minutos, o jogo já contava com uma liderança da Atlética do Javali, o que não minimiza o inconveniente.

Na modalidade masculina, o bronze ficou com Pedro Miranda, atleta da Engenharia, que disputou a medalha com o antigo detentor, Luiz Gustavo de Oliveira, da Agrárias, em uma vitória por 4 a 3.

O título ficou marcado pelo tricampeonato inédito de Ronaldo Leite Simões, da Medicina, que após sair vencedor nas oitavas de final pelo placar mínimo, um a zero, não parou mais. Foram três goleadas nas fases seguintes, incluindo um 10 a 4 na final contra Gustavo Oliveira, do Direito, que levou o prata para a sua atlética.

É Campeão (de novo)!

Beatriz Risatto, da Agrárias, conseguiu conquistar o seu bi-campeonato da modalidade na Olimpíada UFU. A atleta, que ficou de fora do pódio na edição passada, foi campeã em 2023 e vice em 2022.

Ao total, ela marcou 21 gols e sofreu apenas sete, em cinco partidas disputadas com o Real Madrid. Após a conquista de mais uma medalha, Beatriz revelou que sua preparação para o campeonato passou pela disputa da qualificatória online do JUB’s e com os jogos que ela já está acostumada a jogar em sua rotina.

Sobre o sentimento de poder representar a Agrárias, mais uma vez, no pódio ela respondeu: “É muito bom, minha última medalha tinha sido em 2023, ano passado eu fui eliminada no primeiro jogo, então essa sensação de voltar pro pódio, principalmente com o ouro, é muito bom mostrar isso pra minha Atlética, eu estou aqui para isso. Acho que é a minha última Olimpíada, então fechei literalmente com chave de ouro”.

Ao conquistar o bicampeonato, Beatriz Risatto igualou a marca de Monique de Andrade (Computação) e Laura Justino (Humanas), com duas medalhas de ouro | Foto: Eduardo Bessa

Ronaldo Simões, da Medicina, foi outro campeão já conhecido da modalidade. Com o título de 2023, 2024 e 2025, o atleta se tornou o primeiro tricampeão na história dos e-Sports da Olimpíada UFU.

Sua campanha, também com o Real Madrid, contou com 32 gols marcados e nove sofridos. Em entrevista, Ronaldo ressaltou a importância de jogar o EAFC constantemente para disputar o campeonato, em especial o modo Ultimate Team, algo que já está dentro de sua rotina, o que colabora, e muito, com a sua alta performance.

O atleta, também presidente da Medicina, revelou que talvez não volte a disputar na modalidade, mas projetou o futuro da Atlética da Serpente: “Eu entro no internato no começo do ano e acaba que o meu videogame não tem espaço mais para o jogo, chega uma hora que a gente tem que parar. De qualquer forma, não deixo a Medicina a mercê de nada, o meu atleta (Nasser Sammour) jogou agora, primeira vez dele e perdeu nas quartas, já tem um outro que poderia estar aqui disputando título. Foi o meu último, mas da Medicina não.”

“Nada melhor do que parar com três” | Foto: Eduardo Bessa

Arquibancada Sports Bar e Olimpíada UFU: União Sinistra

Mais uma vez palco dos e-Sports da Olimpíada UFU, o Arquibancada Sports Bar fez nesta edição um outro gesto que mostra a fidelidade da relação entre o bar e a comunidade dos esportes universitários.

Devido aos cortes de gastos à PROAE (Pró-Reitoria em Assistência Estudantil), a modalidade do tênis de campo chegou perto de ser excluída nesta edição da Olimpíada UFU e só conseguiu sobreviver graças à união de diversas forças, dentre elas o Bar, que realizou um evento específico para arrecadar fundos visando contribuir com a modalidade.

Em entrevista, Rodrigo Mundim, que cursa Engenharia Elétrica na UFU e trabalha como caixa no Arquibancada Sports Bar detalhou como ele enxerga a relação do local com a Olimpíada UFU: “Querendo ou não, o Arq Sports Bar é a casa do universitário, então é muita alegria para a gente poder retribuir o amor que recebemos de quem vem para cá, para os estudantes”.

“Muitos membros de Atlética já fizeram parte daqui, trabalham aqui, muito diversificado. Mostra para todo mundo que o Arquibancada não é mais um bar e sim a casa do Universitário.”