top of page

Poucos gols e presença na marca da cal: um resumo da segunda semana do futebol na Olimpíada UFU 2022

Com três decisões por pênaltis em quatro jogos, quartas de final foram recheadas de emoção e reviravoltas


Por Mateus Batista


Cobrança da Exatas no confronto contra a Engenharia Uberlândia; rodada foi marcada pelas disputas de pênalti. Foto: Ítana Santos

Se pudéssemos resumir esse final de semana de Olimpíada UFU em uma frase, ela seria: “e vamos para os pênaltis”. Com apenas três gols nas quatro partidas realizadas, essa fase se opôs à da semana passada, quando tivemos 33 gols em dez jogos. Porém, as poucas emoções vistas durante as partidas foram compensadas pelas várias disputas de pênalti.


Somente o duelo entre Fisio e Agrárias foi decidido no tempo normal. Todos os outros confrontos (Moca contra Educa, Engenharia Pontal contra Medicina e Engenharia Uberlândia contra Exatas) foram decididos nos pênaltis, depois de empate no tempo regulamentar. Isso demonstra o equilíbrio dos duelos e a força de cada equipe, indicando que a Olimpíada deste ano não tem nenhum favorito.


Moca 0 a 0 Educa (vitória da Educa nos pênaltis por 3 a 2)


No primeiro jogo das quartas, disputado às 8h da manhã, Monte Carmelo, que se classificou depois de vencer a Artes por 6 a 1, e Educa, que eliminou a Monetária após vencer por 3 a 0, se enfrentaram em uma partida com forte calor, mas sem fortes emoções. Com uma defesa bem postada, mas sem ligar bons contra-ataques, a Moca conseguiu controlar as ações do ataque da Educa, que não conseguiu criar muito e viu Gustavinho, seu destaque, muito bem marcado.


Em um jogo truncado como esse, é natural que o número de faltas seja alto, e foi exatamente isso que aconteceu: a Educa cometeu nove faltas, enquanto a Moca fez quinze. E foi na bola parada que as principais chances de jogo surgiram, com uma falta cobrada na trave pela Moca aos 35 do primeiro tempo e outra pela Educa, que passou muito próxima do travessão aos 20 da segunda etapa.


Ao final do jogo, pênaltis. Na primeira cobrança de Monte Carmelo, o cobrador escorregou, mas marcou. Entretanto, a arbitragem anulou a cobrança após uma marcação de dois toques, em lance que gerou muita reclamação. Na terceira cobrança, ambas as equipes viram os batedores mandarem a bola para fora, e na quinta cobrança de Monte Carmelo, Denis, goleiro da Educa, brilhou ao fazer a defesa e classificar a equipe uberlandense para a próxima fase. Placar final: Educa 3 a 2 Moca.


Jogadores da Educa após classificação. Foto: Mariana Gulo

Medicina 0 a 0 Engenharia Pontal (vitória da Medicina nos pênaltis por 5 a 4)


No forte calor do meio-dia, a Medicina fez a sua estreia na Olimpíada após se classificar na semana passada por um W.O. da Odonto. Do outro lado, estava a Engenharia do Pontal, que eliminou o Direito após uma vitória por 2 a 1 na fase anterior.


A partida foi muito semelhante ao jogo anterior, com poucas chances e muitas faltas. A equipe do Pontal viu um zagueiro ser expulso após ser o último na frente do goleiro e parar um contra-ataque adversário no carrinho. Após isso, o jogo se abriu um pouco mais, com mais chances para a equipe uberlandense, mas as melhores foram da Engenharia Pontal.


No intervalo da partida, uma cena inusitada: algumas bolas ficaram presas em uma árvore próxima do campo. Após muitas tentativas (e uma mãozinha do nosso querido Marquinhos, responsável pelos giros do ARQ no Twitter), o delegado da partida conseguiu recuperá-las, levando a torcida ao delírio.


No segundo tempo, poucas chances e outra expulsão, dessa vez pelo lado da Med, e novamente tivemos a tensão das penalidades máximas. Gabriel Demetrhius, goleiro da Medicina, defendeu a segunda cobrança da Engenharia e viu a sua equipe converter todos os pênaltis restantes, finalizando a disputa em 5 a 4 e classificando a equipe verde água para as semifinais.


Em entrevista para o ARQ, Gabriel disse que esse momento é o gol do goleiro. “Uma sensação indescritível, mas agora é pensar na semifinal, e ainda faltam ajustes para deixar o nosso time melhor ainda”, completou.


Comemoração dos jogadores da Med no pós-jogo. Foto: Mariana Gulo

Engenharia Uberlândia 1 a 1 Exatas (vitória da Engenharia nos pênaltis por 7 a 6)


Na terceira partida do dia, aconteceu o jogo mais insano de toda a Olimpíada até o momento. Exatas, que venceu a EngeBio Patos por 4 a 0, e Engenharia de Uberlândia, que venceu a Humanas por 2 a 0, se enfrentaram às 14h e não decepcionaram os torcedores que compareceram em peso.


A Engenharia abriu o placar após um balão do principal jogador da partida, o goleiro Guilherme Machado, chegando em André Dias, camisa 80, que tocou na saída do arqueiro adversário aos 11 do primeiro tempo. O gol afetou um pouco a equipe da Exatas, que não conseguiu imprimir seu ritmo de jogo, possibilitando mais algumas chances para o adversário.


Porém, aos 36 minutos, uma bola desviada na área quase empatou o jogo, mas Guilherme estava lá para salvar a Engenharia mais uma vez. A equipe aurinegra conseguiu acertar a trave aos 40, depois da bela jogada de Guilherme Borges, camisa 72.


Na segunda etapa, a Exatas passou a dominar o jogo e empatou aos 13 minutos, com um gol de cabeça de Luiz Eduardo, camisa 8, após boa cobrança de escanteio. As equipes reclamaram de alguns pênaltis não marcados para os dois lados, mas a opinião de todos mudou depois da insanidade que estava por vir.


Novamente, tivemos uma disputa de penalidades máximas, onde vimos a estrela dos goleiros brilhando. A torcida foi à loucura ao ver o goleiro da Engenharia defendendo três pênaltis e ainda convertendo a sua cobrança, e também ao ver o goleiro da Exatas defendendo duas.

Ambas equipes tiveram chances de vencer a disputa nas cinco primeiras cobranças, sem precisar das alternadas, mas alguns atletas erraram, proporcionando várias reviravoltas durante a disputa.


Confira a progressão das equipes na disputa:



No fim da partida, muita comemoração do lado da Engenharia e muita lamentação do lado da Exatas. Em entrevista para o ARQ, Guilherme Machado, da Engenharia Química e herói da rodada, disse que o jogo era como uma final para a equipe e deu o crédito da vitória para todo o grupo.


Pelo lado da Exatas, o treinador Guilherme Vidoto relatou que a equipe começou um pouco abaixo, entrando um pouco desligada, mas depois conseguiu se recuperar e empatar o jogo. Ele também relatou que “a disputa de pênaltis é uma loteria, porque às vezes o cara erra a batida, mas marca o gol, ou acerta a batida e erra o gol”. Sobre a parte psicológica da derrota, Vidoto disse que é necessário fazer os atletas entenderem que eles deram o máximo, e que perder faz parte do esporte.


Alguns dias após a partida, nossa equipe conseguiu contato com Bruno Toselli, do curso de Estatística, um dos jogadores que errou sua cobrança. Bruno ressaltou que o treinador reuniu a equipe para uma conversa pós-jogo e alertou que quem erra é quem bate. “A gente não abaixou a cabeça enquanto estávamos atrás do placar. Claro, a gente fica chateado, porque sempre buscamos a vitória em campo. Entraram alguns atletas novos que agregaram bastante no elenco e a gente vem se preparando desde o começo do ano, então o baque foi grande, mas a gente sai de cabeça erguida”, completou.


Engenharia após as penalidades contra a Exatas. Foto: Mariana Gulo

Fisioterapia 1 a 0 Agrárias


Por fim, a última partida das quartas e a única onde não houve disputa de pênaltis. Em partida marcada pela chuva forte, a Fisio venceu a Agrárias por 1 a 0 e se classificou para as semifinais. Na fase anterior, a Fisio eliminou a Aplicada após vencer por 3 a 0, enquanto a Agrárias venceu a Exumadas do Pontal por 1 a 0.


O jogo foi relativamente truncado e de poucas chances, com as equipes sendo prejudicadas pelas condições climáticas na troca de passes. Um ponto positivo foi o jogo tranquilo, com poucas faltas e respeito mútuo entre os atletas, sem maiores confusões. O gol da Fisioterapia saiu no início da segunda etapa, após cruzamento na área e desvio de carrinho de Igor, artilheiro da competição.


A Agrárias, que estava sem Guilherme Campagnon, suspenso após expulsão contra a Exumadas, até esboçou uma pressão nos momentos finais quando a chuva cessou, criando algumas chances e levando certo perigo, mas a equipe da Fisio conseguiu se segurar para alcançar sua terceira semifinal consecutiva da Olimpíada.

Jogadores da Fisioterapia após a vitória. Equipe foi a única que não precisou dos pênaltis para se classificar. Foto: Mariana Gulo

Resumo das quartas:

  • Moca 0 a 0 Educa - Educa 3 a 2 nos pênaltis

  • Medicina 0 a 0 Engenharia Pontal - Medicina 5 a 4 nos pênaltis

  • Exatas 1 a 1 Engenharia Uberlândia - Engenharia 7 a 6 nos pênaltis

  • Fisioterapia 1 a 0 Agrárias


Semifinais


As semifinais serão disputadas no dia 5 de novembro, novamente no Campus Educa. Os horários ainda não foram definidos, mas os confrontos serão:

  • Medicina x Fisio

  • Educa x Engenharia Udi

0 comentário

Comments


bottom of page