Peteca feminina revela finalistas na reta final da Olimpíada UFU 2024

Com as quartas de finais no sábado (2) e as semifinais no domingo (3), os jogos foram definidos por sets intensos e grandes emoções 

Por Ester Moraes

A final e a disputa do terceiro lugar acontecem neste final de semana  | Foto: Ester Moraes

A Olimpíada UFU 2024 está chegando ao fim e, no penúltimo final de semana, foram revelados os finalistas das modalidades coletivas. Juntamente com o forte incentivo das torcidas, a quadra da Eseba foi palco, novamente, de grandes decisões na peteca feminina. Nas quartas e semifinais, as partidas foram acirradas, com direito a set desempate e muita comemoração.

Entre lágrimas e sorrisos, os jogos foram realizados pela manhã, marcados pela ambição dos times de chegarem a uma final tão desejada. A semifinal contou com Agrárias, Medicina e Engenharia, trio que se repetiu pela terceira vez consecutiva nesta fase, além da Biológicas, que pela primeira vez disputou uma semifinal na modalidade.

Agrárias 2 x 0 Fisioterapia - Quartas

A primeira disputa das quartas de final começou às 8h30, com Agrárias e Fisioterapia repetindo o mesmo roteiro do ano anterior. Isso porque, na edição passada, ambas atléticas se enfrentaram nesta mesma fase, e a vitória foi do Javali.

O reencontro das atléticas em quadra poderia suceder uma oportunidade de revanche para o Crocodilo, visto que os dois times contaram com suas principais jogadoras: a atleta da Agrárias, Giovanna Borges, e a jogadora Bruna Reis, da Fisio, conhecidas por sua habilidade no esporte, que já haviam se enfrentado em outras competições.

A partida foi inteiramente equilibrada nos dois sets seguintes. O Javali abriu o placar à frente, mas logo as futuras fisioterapeutas empataram o jogo, e assim se manteve todo o set, ponto a ponto. A atlética azul e verde foi brevemente superior na partida, mas o Crocodilo não deixou fácil e encostou no placar. Em meio à rivalidade e a muita agitação das torcidas, o placar indicou 25 a 21 e 25 a 18 para as atletas da Agrárias.

Engenharia 2 x 0 Direito - Quartas

A segunda partida de sábado foi entre Engenharia e Direito, que protagonizaram um jogo nivelado. No início do primeiro set, as duas equipes trocaram pontos até mudarem de lado,e logo a atlética preta e amarela abriu vantagem. O Leão, que conquistou o terceiro lugar no pódio das últimas duas edições da modalidade, se destacou no primeiro set e venceu por 25 a 19.

O segundo set começou no mesmo clima energético. O Guará, com instruções de seu treinador Carlos Henrique Muzzi, conseguiu encaixar melhor o seu jogo, dificultando a vantagem do Leão. Na troca de lados, a Engenharia vencia por 12 a 11, uma pequena vantagem que rapidamente se transformou em uma grande sequência de pontos no placar. As atletas do Leão, muito concentradas, fecharam a parcial por 25 a 18 e conquistaram a segunda vaga da semifinal.

Agrárias 2 x 1 Engenharia - Semifinal

O primeiro jogo da semifinal ocorreu entre duas tradicionais equipes. A disputa entre Agrárias e Engenharia foi recheada de rivalidade e emoção. Com muitos gritos e apoio das torcidas, as duplas protagonizaram o jogo mais equilibrado das disputas de domingo.

O primeiro set foi marcado por boas jogadas dos dois lados. Nenhum dos times conseguiu abrir vantagem no placar até a reta final do set, em que a Engenharia abriu três pontos de diferença, marcando 21 a 18. Com pequenos deslizes da dupla do Javali, o Leão aproveitou e fechou o set por 25 a 18.

No segundo set, a Agrárias voltou com tudo em busca do empate. Com muitas provocações e cornetadas da torcida adversária, o Javali desbancou uma vantagem de oito pontos e, na troca de lados, vencia por 12 a 4. O time azul e verde deixou o Leão para trás e venceu por 25 a 14, levando o jogo para o set desempate.

O último set foi bastante competitivo, com pontos decididos  por detalhes. O Javali abriu uma ligeira vantagem no placar, mas as futuras engenheiras não entregaram facilmente. Alguns pequenos erros do Leão foram determinantes para a vitória da Agrárias, que venceu por 15 a 11.

Agrárias se classificou para a final pela terceira vez consecutiva | Foto: Ester Moraes

A atleta Maria Eduarda Julio Guerra, que disputou sua primeira Olimpíada, falou com muita alegria sobre o seu desempenho: “Quando eu cheguei, a Gi [Giovanna Borges] tinha perdido a parceira dela e eu tinha vontade de jogar. Não sabia quase nada, e ela, como técnica, me ensinou muito. Estou orgulhosa do meu trabalho”.

Além disso, a estudante foi indicada como melhor atleta da partida e ainda contou com a marcante presença da família na torcida, principalmente do seu irmão, que apoiou e se emocionou com a classificação da atleta.

Biológicas 2 x 1 Odonto - Quartas

O terceiro jogo do sábado ocorreu entre Biológicas e Odonto, que entregaram uma das competições mais acirradas das quartas de final. A Odonto abriu uma rápida vantagem no primeiro set e, na troca de lados, vencia por 12 a 6. As irmãs Julia e Laura Neves se mantiveram à frente o set inteiro e, mesmo com o grande empenho da dupla da Bio, conseguiram superar o Dragão e saíram com a vitória no placar por 25 a 21.

O segundo set começou diferente. A Bio entrou no ritmo, e o jogo permaneceu equilibrado, ponto a ponto. Na troca de lados, as futuras dentistas venciam por 12 a 11. A partida foi acirrada até o último ponto, quando a Biológicas abriu três de vantagem e, com os gritos da sua torcida, venceu por 25 a 22.

Com as duas atléticas empatadas, houve a disputa do tie-break, que foi carregada de competitividade. As irmãs Neves com  um ótimo entrosamento em quadra, demonstraram muita gana pelo pódio. Com os ajustes de Carlos Henrique Muzzi (que além de treinar o Direito, também é técnico da Odonto), o Panda saiu na frente. Mas a equipe não conseguiu superar a garra da dupla do Dragão, que, ponto a ponto, virou o placar e saiu com vitória por 15 a 11.

A atleta Bruna Giselle de Souza Assis, que sentiu um desconforto no ombro durante a disputa, caiu no choro ao final da partida e comentou sobre a classificação: “Achei que não fosse conseguir jogar, eu dei uma crise de tendinite do supraespinhal, a gente veio para o sacrifício, então foi um jogo de superação”. A jogadora levou o tirante de melhor da partida e foi ovacionada por sua torcida. 

Medicina 2 x 0 Aplicada - Quartas

Na última disputa das quartas de final, a Medicina, atual campeã, encarou a dupla da Aplicada. Ao longo do campeonato, a dupla do Canguru, Maria Luiza Carvalho e Thalyssa Gobbi, se mostraram uma equipe consistente, jogando ótimas partidas. Mesmo assim, a Med confirmou, mais uma vez, o seu favoritismo.

O primeiro set foi marcado pelo domínio da Medicina, que, na primeira troca de lados, já vencia por 12 a 2. O Canguru, com muita garra e persistência, tentou ir atrás do prejuízo, mas o forte desempenho das futuras médicas gerou o placar de 25 a 18 em cima do adversário.

Na segunda parcial, o Canguru, com as orientações do técnico, conseguiu equilibrar o jogo, trocando pontos. Na troca de lados, a Med vencia por 12 a 9 e, com a sua torcida em peso em quadra, avançou no placar e abriu uma vantagem de cinco pontos. Com um ótimo sistema de defesa e muita energia, o Canguru tentou buscar o resultado, mas a Serpente mostrou o seu domínio e ganhou por 25 a 16.

Jogadoras da Medicina, em um ato de fair play, colocaram o tirante de melhor atleta na adversária Maria Luiza Carvalho (à esquerda) | Foto: Ester Moraes

Medicina 2 x 0 Biológicas - Semifinal

No dia seguinte, Medicina e Biológicas protagonizaram a partida mais desequilibrada das semifinais no domingo. A Bio, que nunca havia disputado uma semifinal, não contava com a boa comunicação das futuras médicas, que não deram espaço para o Dragão mostrar seu jogo.

O primeiro set foi dominado pela Med, que tomou a frente no placar e segurou sua vantagem de dez pontos em cima da Biológicas. A dupla da Serpente, com ótimas estratégias, fechou tranquilamente o set por 25 a 12.

No segundo set, a Med manteve novamente sua liderança e abriu uma grande vantagem de pontos. Na troca de lados, a Bio perdia por 12 a 2 e já não conseguia superar as atuais campeãs. Essa vantagem foi administrada ao longo do set pela Serpente, que não deu chances para a Bio reagir e fechou o set em 25 a 9, garantindo sua sétima final consecutiva. 

Resultados

QUARTAS 

Agrárias 2 x 0 Fisioterapia (25/21 e 25/18)

Engenharia 2 x 0 Direito (25/19 e 25/18)

Biológicas 2 x 1 Odonto (21/25, 25/22 e 15/11)

Medicina 2 x 0 Aplicada (25/18 e 25/16)

SEMIFINAIS

Medicina 2 x 0 Biológicas (25/12 e 25/9)

Agrárias 2 x 1 Engenharia (18/25, 25/14 e 15/11)

TERCEIRO LUGAR - 09/11

Biológicas x Engenharia

FINAL - 10/11

Medicina x Agrárias