Na reta final da competição, jogos do basquete feminino se acirram

Marcado por dois duelos intensos, o penúltimo final de semana da Olimpíada UFU criou grandes expectativas para a final

Por Felipe Braga

Foram muitas tentativas de cesta, mas poucas tiveram sucesso. Foto: Ítana Santos

Antecipação é a palavra chave que marcou a semifinal do basquete feminino na Olimpíada UFU. Os quatro times que retornavam à quadra do G6, no último domingo (20), mostravam em seu rosto a ansiedade para conquistar a tão desejada vaga na final. Como um espelho dos times, a arquibancada também marcava em seus rostos contorcidos o desejo por uma vitória. Para algumas das competidoras a vitória foi fácil, mas já para outro time foi bem mais acirrada.

Educa x Monetária

Em um conflito muito esperado, um time, que vinha de vitórias esmagadoras, mostrou o porquê de estar na semi. Em um jogo que começou acirrado com ambos os times tentando medir as habilidades e remediar os ataques do adversário, a Monetária dominou o primeiro quarto com melhor desarme dos ataques da Educa, mas não conseguiu finalizar bem, fechando o primeiro tempo extremamente acirrado com poucas cestas.

Durante o segundo quarto os acontecimentos de antes do intervalo se repetiram, mas a adaptabilidade que a Monetária mostrou por todo campeonato começou a aparecer com o time tomando mais a frente do jogo.

No terceiro quarto, o Tamanduá abriu diferença no placar e dominou de vez o jogo, interceptando as jogadas da Educa e convertendo elas em ataques agressivos e cestas. Finalizando o último quarto com uma abertura de mais de vinte pontos entre os times. A jogadora Letícia Oliveira, da Monetária, disse que os dois primeiros tempos mais lentos foram culpa da tensão ao entrar em campo.

“Acredito que a gente entrou um pouquinho mais tenso até mesmo porque é um time que a gente já conhecia, já sabe que tem posições de quadra específicas é bem estratégico. Eu senti que depois do segundo tempo a gente conseguiu entrar melhor, já conseguiu colocar a cabeça no jogo. Eu acredito que foi mais isso, acho que a gente estava um pouquinho tensa mesmo”, afirmou a estudante.

Exatas x Fisioterapia

Em um jogo fervoroso, os times se enfrentam de igual para igual. Foto: Ítana Santos

Já em contraste, o segundo e último jogo do dia foi marcado por uma partida acirrada até os últimos segundos. Uma batalha de iguais, em que cada vacilo se tornava uma oportunidade para o outro lado. Assim, esse jogo foi um dos mais dinâmicos da competição até o momento. No primeiro quarto, o jogo corpulento e de marcação feito pelas Exatas não conseguiu parar os dribles e passes da Fisio, que tomou a frente com cestas em rebotes rápidos e inesperados. Depois de algumas substituições e adaptação de jogo, a Exatas conseguiu se inserir na partida e diminuir a vantagem do seu oponente.

Já no segundo quarto, tomando a frente do jogo de forma agressiva, a Exatas conseguiu virar o placar e começou a criar uma distância. Se adaptando para um jogo mais rápido e focado no envolvimento de bola, o time mostrava novamente suas habilidades e o porquê de ser um dos favoritos na competição.

Mas as atuais campeãs não deixaram o jogo esfriar e voltaram se adaptando ao estilo de ataque das Exatas. O jogo se acirrou com a Fisioterapia jogando mais agressivo e com mais faltas, mas não conseguindo diminuir a diferença.

Essa divisão continuou para o último quarto, onde os dois times aumentaram a sua agressividade e continuaram a pontuar um atrás do outro, mas sempre com uma diferença de não mais que quatro pontos entre eles. E, até o último apito, essa vantagem se manteve, com o fim do jogo marcado pela vitória das Exatas com uma diferença de dois pontos no placar. No pós-jogo, a atleta Isadora, da Exatas, falou um pouco sobre a virada no segundo tempo e o difícil jogo.

“A gente sabia que esse seria o maior desafio até agora, né? O time delas é muito bem formado, são as atuais campeãs, a gente já conhecia o time delas e não foi fácil. O primeiro quarto foi sete para elas, né? Mas a gente ajustou algumas redes de defesa, a técnica aqui de alguns campos essenciais e o time, com muita gana, muita vontade, conseguiu virar, estou muito feliz!” afirmou.

A jogadora também diz que vê a final sendo um difícil jogo. “Eu acredito que a Monetária é um estilo bem igual a Fisio, elas tem vontade, tem muita técnica, jogam juntas há um tempo, tem cruzamento, então vai ser complicado, mas vai ser uma final linda”.

O fim de semana terminou plantando então as sementes de uma final possivelmente incrível, na qual vamos ver duas figuras dominantes desse campeonato mostrarem o porquê de entrar em quadra. E assim como Isadora falou, esperamos que seja uma final linda.

Jogos realizados da semifinal do basquete feminino: Monetária 48 x 23 Educa Exatas 34 x 32 Fisioterapia

Final do basquete feminino : Exatas x Monetária - sábado (26) - 12h30 - G6

Disputa pelo terceiro lugar do basquete feminino: Fisioterapia x Educa - sábado (26) - 9h30 - G6