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Monetária é bicampeã no basquete masculino

Engenharia Udi e Artes também compõem o pódio da modalidade


Por Naiara Ashaia


A lista com as quatro melhores atléticas no basquete masculino da Olimpíada Universitária 2019 não tinha muitas novidades. Três também estavam no ano passado: Monetária, Educação Física e Engenharia Udi. A diferença vinha no time tricolor que fez uma campanha surpreendente. Então, neste ano, Humanas deu lugar a Artes na disputa pelo terceiro lugar.


Pontualmente às 8h30 de sábado, 26, a disputa pelo terceiro lugar se iniciou na Arena Tancredo Neves, o Sabiazinho. A partida era entre a equipe tricolor e a Educa, vice-campeã em 2018. No banco da Artes, apenas um reserva. Porém, o apoio de fora da quadra era grande: desde o começo do jogo, a torcida enchia a Arena com talento e empurrava o time.


Apesar de a Educa infiltrar mais para conseguir seus pontos, a Artes fazia boas jogadas, passando pelo armador Isaac Aires. O camisa 38 não era só o responsável por organizar a equipe em quadra, mas chutava bolas de três e se infiltrava entre os jogadores de azul e laranja para tentar de mais perto da cesta.


No intervalo, após os dois primeiros quartos, a Artes vencia a Educa por 34 a 25 e o sonho de conquistar a primeira medalha na categoria masculina de um coletivo parecia mais real. O jogo voltou e o time azul e laranja estava focado em tirar essa diferença.


Faltando 7min51s para o fim da partida, a Educa encostou no placar, com 44 a 45 para a Artes. O jogo ficou mais acirrado e a disputa pela medalha envolvia desde os seguranças até os talentosos torcedores, que não abandonavam a grade que separava a quadra da arquibancada.


Em jogo movimentado, Artes venceu a vice-campeã de 2018 e conquistou a medalha de bronze | Foto: Naiara Ashaia

A partida se aproximava do fim. Com o relógio marcando 1min para o medalhista ser conhecido, a Artes, que vencia por 55 a 52, ficou apenas com 4 jogadores em quadra, após Lucas de Almeida estourar em faltas. Mas o dia era de Isaac. Um jogador a menos e os três pontos de diferença não foram empecilhos para o estudante de Artes Visuais continuar arriscando. Apesar do capitão Aran Ramos converter um lance livre para a Educa, Isaac fez mais uma cesta. A Artes venceu a Educa por 57 a 53 e conquistou o bronze.


Em meio às comemorações, Isaac contou que se empenhou durante a semana com o objetivo de, já na sua primeira Olimpíada, ajudar a Artes a conquistar essa medalha. Sempre com um sorriso no rosto, ao saber que totalizou 42 pontos na partida, o armador comentou que a meta era fazer 38, o número de sua camisa.


Eleito o destaque não só do jogo, mas de toda a competição, o atleta ressalta que a Artes só tem a evoluir. “A gente só vai crescer. Antes as pessoas estavam desanimadas, mas trazendo esse resultado, mais pessoas vão querer entrar e a gente só tem a crescer”, completa.


Lucas de Almeida estava no jogo da Olimpíada 2018, quando a Artes foi eliminada após perder de 100 a 7 para a Engenharias Udi. O atleta, que também é diretor de Esportes, relatou que essa derrota o entristeceu, mas também o motivou a montar um time para o campeonato do ano seguinte. “Nós começamos a treinar, a focar mais e a galera foi animando. Jogamos na Olimpíada Inter Atléticas (OIA) contra a Monetária e foi um jogo muito pegado. Caímos na chave que queríamos e isso nos animou ainda mais a buscar um lugar no pódio”, conta, com a medalha de bronze no peito. “Eu sonhei com isso aqui, eu estou desde o começo, mas não desistimos”, completa.


Veteranos e bixos dos cursos da atlética conquistaram a primeira medalha no coletivo masculino para a Artes | Foto: Naiara Ashaia

A busca pelo ouro


A grande final, na tarde de domingo, 27, contou não só com a forte presença das torcidas, mas também com jogadores importantes para a Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Alessandro Neves e Fabrício Silva compunham o time da Engenharia, enquanto Max Scholten vestia o uniforme da Monetária. Os três haviam chegado pela manhã, após competirem a etapa final dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs), em que a UFU foi a quinta colocada no basquete masculino, sendo a única universidade federal a chegar as quartas de final da competição.


Alessandro conta que o foco da Atlética é a Olimpíada, mas a data do JUBs coincidiu com a da competição. Mesmo assim, se esforçaram para estarem jogando a final. Fabrício também é técnico do time feminino de basquete da atlética da Fisioterapia. Assim, chegou cedo à Arena para acompanhar as meninas. “Eu tenho o compromisso com o time feminino, e com o time masculino como jogador. Então, a gente passa por cima de tudo e tenta conquistar a melhor posição nas duas categorias”, comenta.


Após competirem juntos pelo time da UFU no JUBs, Fabrício, da Engenharia, e Max, da Monetária, se enfrentaram pelo título de campeão do basquete na Olimpíada UFU | Foto: Ítana Santos

Apesar de colegas no time da UFU, a disputa pelo ouro deixava a amizade para fora das linhas. A Monetária buscava o bicampeonato, enquanto a Engenharia, que ficou com o bronze ano passado, queria uma medalha dourada em 2019. Na quadra, a rápida movimentação de ambas as equipes dificultava até acompanhar o placar e os próprios jogadores. Os olhos atentos da torcida se igualavam a concentração dos atletas.

Fabrício infiltrava bem e, junto com Alessandro, pontuavam para a Engenharia. Já a Monetária rodava mais a bola, mostrando uma equipe coesa, com vários pontuadores. O placar mudava rapidamente, alternando o time que estava a frente.


Quando o relógio marcava 7min26s para o fim do terceiro quarto, a Monetária virou o jogo, com uma cesta de Vitor Arantes, o camisa 17. Logo em seguida, a Engenharia empatou a partida. A partir desse momento, o placar alternava entre empate e uma pequena diferença de pontos. A bateria Charanga fazia barulho da arquibancada, aumentando o som quando o adversário chegava perto da cesta. “Ganhando ou perdendo, eles continuam torcendo e apoiando. Um dos fatores que nos motivam a vir é esse entusiasmo”, relata Alessandro Neves.


A Engenharia, apesar das tentativas, não conseguia converter as cestas. Faltando menos de dois minutos para o fim do terceiro quarto, o placar estava 43 a 37 para a Monetária, maior distância do período, que acabou em 45 a 42 para a equipe vermelha e azul.

A pouca diferença fez com que o time de amarelo e preto buscasse a virada. Faltando 5min35s para o fim do jogo, a Engenharia retomou a dianteira com um chute para três pontos de Gabriel Barbosa.


No último quarto, poucas cestas foram convertidas. Quando o relógio marcava 4min para o fim do jogo, o placar mostrava empate por 50 a 50. Porém, nos minutos seguintes, apenas a Monetária pontuou. O time vermelho e azul conquistou o bicampeonato, vencendo por 61 a 50.


Vitor Arantes comenta que o destaque é para todos os jogadores. Chegando novamente a final com a equipe da Monetária, o camisa 9 ressalta que isso é resultado do trabalho da equipe. Max também considera que o nível técnico do time é alto e o empenho nos treinos trouxe o resultado. Jogando sua primeira Olimpíada, o aluno de Administração conta que é maravilhoso entrar na universidade e já ser campeão. “Espero que ganhemos sempre”, finaliza, com um sorriso no rosto e medalha de ouro no peito.


Monetária conquista o título do basquete masculino pelo segundo ano consecutivo | Foto: Ítana Santos

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