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Medicina conquista três medalhas e torcida é diferencial no e-Sports da Olimpíada UFU 2024

Atualizado: 21 de out.

Em seis horas seguidas de competição, Atlética da Serpente se destacou ao conquistar dois lugares no pódio feminino e bicampeonato masculino no FIFA, atual EAFC


Por Eduardo Bessa e Pedro Franco


No sábado (5) com poucas modalidades na Olimpíada UFU, Gustavo Villani levou sua voz ao limite. Os atletas de FIFA, atual EAFC, entregaram bons jogos para os torcedores presentes. Todas as partidas foram em sequência, então, foi exigido dos atletas grande resistência para vencer o cansaço. 


Ter um bom mental também foi necessário para os participantes lidarem com as constantes provocações dos torcedores, que exerceram um importante papel para o espetáculo nos e-Sports. A constante interação entre quem estava jogando e quem estava torcendo aumentou a temperatura dos confrontos.


Os jogos foram disputados na versão 24 e no console Playstation 4. A estrutura no local foi organizada da seguinte forma: dois palcos montados com duas estações em cada. Ao total, no feminino foram 27 atletas inscritas, uma a menos  comparado à edição anterior. Já no masculino, foram 32 inscritos e seis jogadores a menos no mesmo parâmetro.


Motivações e desafios

 

O preparo nos e-Sports pode ser algo subestimado por muitos que não estão dentro dessa comunidade, mas a realidade é que jogos eletrônicos possuem características específicas e individualidades, assim como esportes físicos. Dessa forma, o treino é imprescindível para o sucesso, como disse Ronaldo Simões, campeão do masculino pela Medicina, ao ARQ UFU:


“Ano passado fui campeão, mas perdemos na soma geral para o Direito. Isso não poderia se repetir. Ano passado só tínhamos uma atleta no feminino, esse ano conquistamos dois lugares no pódio”. 


Inclusive, afirmou que o nível da disputa está aumentando, com cada vez mais jogadores de alto nível. Também falou sobre a diferença entre os tipos de competidores: “Quando jogamos com um casual, não tem jogo, mas deu pra ver que esse ano isso já está diferente”. 



Além disso, a Medicina soube lidar com a pressão. Algo que foi destacado pelo bicampeão é o receio que gera no adversário ao ser o atual detentor da medalha de ouro. Esse desafio foi contornado por sua colega de atlética, Lauany Silveira, que ficou com o segundo lugar no feminino, e também falou conosco: 


“Estava bem nervosa, foi meu primeiro ano disputando. Logo nas oitavas, já peguei a campeã do ano passado. Estavam todos dizendo que ia ser difícil e falando sobre ter que jogar contra ela”. Lauany conseguiu a vitória com um gol na prorrogação.


Amanda Ridêncio, campeã do feminino pela Monetária, também destacou o que gerou sua motivação: “Tinha participado ano passado e fiquei em terceiro, acredito que esse ano fui mais preparada mentalmente e com apoio dos meus amigos e atlética. Cada vez que avançava de fase, me motivava mais para buscar o primeiro lugar”.


A variedade das partidas também foi um fator que pesou na durante a competição, como destacado por Enzo Nogueira, segundo lugar com a Aplicada. O atleta contou que cada partida teve sua individualidade e que precisou mudar de estratégias e se adaptar, principalmente na final, além de que não jogava há mais de um ano. 



Torcidas 


Algo que também traz o FIFA para mais perto dos demais esportes da Olimpíada é a presença e engajamento de torcidas. Elas foram um ponto central na disputa esse ano: com presenças em massa e provocações, conseguiram influenciar no rumo dos jogos e criar o clima de disputa tanto no ambiente real como no digital. 


Ronaldo falou bastante sobre seu confronto que contava com a torcida da Engenharia, e aproveitou para alfinetar os adversários: “Tentam me balançar, não é a primeira vez. No final, o resultado é sempre o mesmo: olhamos para eles e estão chorando.” 


A festa das torcidas inclusive resultou em uma mesa quebrada no local, com o incentivo subindo de tom e fazendo cada vez mais barulho para intimidar o adversário. Com uma batida na mesa que cercava o local, o objeto não resistiu e cedeu, uma vítima do amor por suas cores.


Alguns atletas, inclusive, eram vistos utilizando fones de ouvido durante as partidas, ignorando provocações e até encorajamentos vindos de trás. Completamente focados no desafio à sua frente, evitaram quaisquer interações com o mundo externo, mas com o mesmo objetivo de avançar de fase.


Questões técnicas 


Por uma grande margem, o time mais utilizado foi o Real Madrid, que conta com os craques brasileiros Vinícius Júnior, Rodrygo e Éder Militão, além de Jude Bellingham, Toni Kroos, entre outros. Era mais do que comum partidas de Real contra Real, somente diferenciados pelo uniforme que estavam utilizando em campo. Poucas variações foram vistas, mais comumente no feminino, em que alguns jogaram de PSG, Bayern de Munique, Manchester City ou Barcelona.


Pouco após a metade das disputas, ocorreu um problema técnico em uma das máquinas utilizadas para o masculino: o videogame não estava acessando o perfil do jogo. Dessa forma, aconteceu um atraso nos jogos, que já demoraram mais devido a quantidade de participantes.


Assim, foi feita uma interrupção no feminino, logo que chegou às semifinais, e passou a ser realizado somente jogos do masculino para equiparar os dois naipes e para a solução do problema. A questão logo foi resolvida e ambos foram retomados na fase que decidiu as medalhas, para uma progressão minimamente simultânea. 


No mais, não houve problemas devido aos controles que os atletas deveriam levar, como no ano passado. A competição seguiu normalmente, sem mais interrupções ou qualquer confusão fora do campo virtual entre participantes ou torcida. 



Resultados 


Masculino 


1º Lugar - Ronaldo Simões - Medicina

2º Lugar - Enzo Nogueira - Aplicada

3º Lugar - Luiz Gustavo Andre de Oliveira - Agrárias


Feminino


1º Lugar - Amanda Ridêncio - Monetária

2º Lugar - Lauany Silveira - Medicina

3º Lugar - Ana Clara Nogueira - Medicina

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