Jogos eletrizantes marcam a primeira fase do basquete feminino na Olimpíada UFU
- Arquibancada UFU
- 19 de out. de 2022
- 3 min de leitura
Com placares acirrados, as jogadoras mostram que essa é a modalidade para ficar de olho durante as competições
Por Felipe Braga

Olhares fixos, caras contorcidas pela ansiedade e o eventual grito de euforia. Essas eram as cenas comuns nesse fim de semana (15 e 16 de outubro) no G6 do Campus Educação Física. Sob o calor da torcida, oito times de basquete feminino competiram por vagas nas quartas de final da Olimpíada Universitária.
Logo na primeira partida foi demarcado um padrão que se repetiria em outros jogos do final de semana: a igualdade da proeza entre os times competidores. Essa equidade é refletida nos placares das duas primeiras partidas que mostram uma diferença não maior que três pontos entre cada um dos competidores.

Ainda no primeiro jogo, o time da Humanas concretizou sua classificação no campeonato apesar da pressão feita dentro e fora da quadra pelo Direito.
A aposta em um jogo longo e mais corpulento feita pelo Direito não teve frutos, já que, mesmo com uma equipe menor – apenas seis jogadoras no elenco –, o time da Humanas conseguiu ter um controle bem maior de rebotes e aproveitamento de ataques. No fim, os quatro tempos foram marcados por um estilo de jogo defensivo no lado do Guará para parar os avanços da Pantera.
Mas, se em quadra o Direito jogava defensivamente, na arquibancada a torcida mostrava as presas do Guará. Com gritos, cantos e piadas ensaiadas, os jovens em vermelho e amarelo mostravam sua empolgação de forma oral a cada cesta certeira da sua equipe. Já a cada lance da equipe adversária as coisas mudavam. O hino “o guará chegou” parava e dava som a uma vaia altíssima que chegava a cobrir os gritos dos torcedores da Humanas. Mesmo nessa bagunça audível, a equipe das Humanas conseguiu criar uma pequena diferença no placar durante o quarto tempo e mantê-la pelo resto do jogo, vencendo o Direito por 13 a 11.

Em contraste, o jogo seguinte, entre a Atlética das Artes e a Atlética Aplicada, se mostrou o mais enigmático do final de semana. Em quadra, a diferença na quantidade de opções das equipes era o primeiro destaque, visto que eram só cinco jogadoras para a Aplicada contra nove atletas da Artes.
Mesmo com a diferença em números, os dois primeiros tempos foram indiscutivelmente dominados pelo time do Canguru, mascote da atlética recém-formada pelos cursos de Enfermagem e Nutrição.
Com foco no ataque, com uma coordenação melhor de jogadoras e um maior domínio de bola, a equipe conseguiu colocar o jogo a seu favor, mas isso não fez as atletas nem os torcedores da Artes perderem a esperança. Durante o intervalo, conversamos com Rezende, estudante de Música e membro da Atlética das Artes, que expressou sua fé na virada de jogo: “A gente já fez coisa bem mais difícil [...]. Ganhamos o jogo de basquete no grito. Eu acho que vira”. E como Rezende torcia no terceiro tempo, o jogo chegou perto da virada.
A quantidade menor de jogadoras mostrou ser a grande barreira para a Aplicada, que viu um retorno mais forte da equipe das Artes nos dois tempos finais. Usando do aval da substituição, as jogadoras tiveram mais tempo de descanso e conseguiram fechar a diferença de pontos durante a terceira etapa. A Aplicada sentiu essa pressão, como aponta Isadora, jogadora e estudante de Nutrição: “Cansativo demais. É um desgaste físico por a gente não ter banco e ter as cinco meninas certinho”.
Ainda que cansadas, as jogadoras continuaram sua estratégia de ataque, mesmo diminuindo o ritmo. A coordenação do time se mostrava impecável e as jogadas agressivas conseguiram criar novamente uma diferença no placar, assim, trazendo a vitória para a Aplicada e as classificando para a próxima fase.
O fato mais peculiar da partida é que foi a primeira vez que a equipe vitoriosa entrou em quadra junto. “A gente nunca jogou junto, foi a primeira vez que a gente entrou em quadra. Juntamos as meninas, a gente nunca treinou, veio e foi assim, foi na cara e na coragem mesmo”, conta Isadora.

Ao final do domingo os outros jogos concluíram pintando o que pode vir a ser uma Olimpíada Universitária acirradíssima, graças a destaques inusitados tanto nos times em quadra quanto nas torcidas enérgicas que cantam pela vitória do seu curso.
Jogos realizados das oitavas de final do basquete feminino:
Direito 11 x 13 Humanas
Artes 27 x 29 Aplicada
Exatas 31 x 14 Medicina
Agrárias 9 x 6 Psicologia
Quartas de final do basquete feminino (estes duelos não possuem horário e nem local confirmados ainda):
Agrárias x Fisioterapia
Exatas x Engenharia UDI
Aplicada x Educa
Humanas x Monetária
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