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Humanas bate Exatas na final do basquete feminino e conquista medalha histórica na Olimpíada UFU 2024

  • Foto do escritor: Arquibancada UFU
    Arquibancada UFU
  • 18 de nov. de 2024
  • 7 min de leitura

Atualizado: 8 de jan.

Em jogo disputadíssimo, a Pantera conquistou a sua primeira medalha de ouro em modalidades coletivas; Monetária venceu a Fisio e ficou com o bronze


Por Eduardo Bessa e Gabriel Morais


A Pantera mostrou a sua garra durante a final e coroou a sua grande campanha com o ouro | Foto: Ítana Santos


As atléticas medalhistas no basquete feminino da Olimpíada UFU 2024 foram definidas no penúltimo final de semana (9 e 10). A quadra principal do ginásio do Sesi Gravatás foi o palco dos confrontos entre Monetária e Fisioterapia, que se enfrentaram pela medalha de bronze, e Exatas e Humanas, que duelaram pelo título.


Na primeira partida, a Monetária conquistou a sua terceira medalha consecutiva no basquete feminino e bateu a Fisioterapia por 36 a 26. A partida foi repleta de provocações das torcidas e contou com mais uma virada da Money, que saiu perdendo por 9 a 4 no primeiro quarto, porém já no quarto seguinte marcou 17 pontos, conquistou o controle do placar e não o largou mais.


Já na grande final, a Humanas venceu a Exatas por 49 a 40, em uma partida que exigiu muito do físico de cada uma das atletas que entraram em quadra. A bateria da Pantera fez o chão tremer, principalmente após o terceiro quarto, no qual a Humanas ampliou uma vantagem que era de três pontos para 12. A Exatas também fez um jogo muito bom e tentou, até o final, igualar a diferença. Mesmo com mais cestas da equipe do Gorila no quarto final, a medalha de ouro ficou com a equipe roxa. 


Humanas 49 x 40 Exatas - Final 


A Humanas conquistou a Olimpíada UFU 2024 com 30 pontos marcados por Daniella Oliveira na grande final; ela foi a jogadora nomeada como atleta-destaque da competição | Foto: Filipe Couto


A grande final do basquete feminino da Olimpíada UFU foi um contraste de gerações. De um lado, a Exatas entrou em quadra como uma das atléticas mais tradicionais da modalidade, com um ouro e um bronze, e a medalha já garantida deste ano. Já do outro lado, a Humanas chegou em sua primeira final e conquistou sua primeira medalha na modalidade.


O jogo começou com os dois times extremamente nervosos em quadra e com alguns erros, o que proporcionou diversas trocas na liderança do placar durante o primeiro quarto. Enquanto a Pantera focou seu jogo em explorar o garrafão, as jogadoras do Gorila aproveitaram melhor os contra-ataques. Mesmo com alguns erros, a Humanas conseguiu levar uma vantagem de 12 a 11 ao final do quarto inicial.


No quarto seguinte, o mais movimentado do jogo, o que não faltou foi emoção. As duas atléticas voltaram muito melhores, e logo no começo, a Exatas empatou a partida e, alguns minutos depois, virou o jogo. A melhora do time passou pelas mãos de Isadora Augustin, que chamou o jogo para si na primeira metade e conseguiu tirar pontos impressionantes da cartola.


Mesmo com a experiência da equipe adversária, a Humanas contou com a estreante Daniella Oliveira, que soube responder muito bem aos pontos da Exatas e colocou sua equipe de volta no jogo, com cestas de todos os tipos, seja no garrafão ou na linha de três pontos. No fim do segundo quarto, a Pantera conseguiu recuperar sua vantagem e foi para o intervalo ganhando por 30 a 27.


Por causa do cansaço, as equipes voltaram mais devagar, mas a Humanas soube administrar melhor a parte física e aproveitou essa vantagem para ampliar o placar, abrindo 12 pontos de vantagem. O último quarto seguiu o mesmo roteiro, mesmo com a Exatas diminuindo o placar, e foi apenas questão de tempo até a Pantera vencer a partida por 49 a 40 e se consagrar campeã do basquete feminino da Olimpíada UFU 2024.


Após o fim da decisão, os torcedores da Pantera invadiram a quadra para celebrar a inédita conquista. A bateria ficou de lado para dar lugar à voz emocionada de todos que estavam de roxo no Sesi Gravatás, exclamando, dentre diversas canções, como o tradicional “É Campeão!”, o nome de Beatriz Evaristo, treinadora da Humanas.


Destacada pela capitã da Pantera, Ana Carolina da Silva, como a “alma do time de basquete feminino”, Beatriz foi essencial para a conquista do título. Durante os jogos, foi possível reconhecer o gigante respeito das atletas pela treinadora. A conquista do título foi não apenas pela glória, mas por Bia também. 


Bia Evaristo e Isadora Augustin, que treina o masculino da Exatas, são as únicas treinadoras mulheres dentre todas as atléticas participantes do basquete | Foto: Ítana Santos


Bia, que está há um ano e meio no cargo, destacou, em entrevista após a partida, que sempre sentiu muita confiança no trabalho dela, tanto vindo da Humanas quanto das atletas, e evidenciou a grande quantidade de treinos como um diferencial para a Olimpíada deste ano.


“As meninas se dedicaram 220%, a gente focou muito nisso, porque não tinha como a gente pegar jogadoras que não tinham base e montar um treino em menos de um mês para a competição. Esse tempo é necessário, essa garra também, para conseguirmos construir algo”. Quando perguntada sobre assumir o comando do time masculino da Humanas, que está vago desde a eliminação nesta Olimpíada, ela deixou esse caminho em aberto para o futuro.


Já Daniella Oliveira, ingressante do curso de Geografia, foi o grande destaque da Humanas na competição, e foi eleita atleta-destaque do torneio pela Diesu. Em entrevista ao ARQ UFU, ela agradeceu ao apoio de amigos e da treinadora Beatriz Evaristo, e ressaltou que a experiência foi maravilhosa.


"Acho que ninguém entra em uma competição para perder. A cada jogo, o ouro ficava mais próximo, e nossos corações se enchiam de felicidade, sabendo que uma atlética de apenas sete anos estava indo longe, trazendo a primeira medalha da Humanas nos esportes coletivos, e isso foi surreal", destacou. Por fim, ela também exaltou o apoio da torcida e da Predadora, bateria da Pantera.


Do outro lado do confronto, Isadora Augustin, capitã da Exatas e treinadora do time masculino da Atlética do Gorila, foi o principal destaque individual da equipe na final. Em entrevista, ela celebrou o terceiro pódio consecutivo do time da Exatas e comentou um pouco sobre esta campanha.


“Independentemente da vitória ou da derrota, sempre temos que ficar com o aprendizado, o que temos que melhorar. Se formos melhores do que o outro, é uma consequência do trabalho que a gente está fazendo. Fica a alegria, o amor por este grupo e devemos continuar trabalhando”, frisou. 


Isadora, sobre ser a única treinadora mulher de uma equipe masculina: “A maior dificuldade começa por você ser uma mulher dentro da quadra. É um trabalho conseguir o respeito dentro do seu próprio time e com o tempo ir conquistando fora dele” I Foto: Ítana Santos


Monetária 36 x 26 Fisioterapia - Disputa de Terceiro Lugar


Neste confronto, duas atléticas tradicionais do basquete feminino se enfrentaram para decidir quem iria levar pra casa a medalha de bronze. A Monetária vinha de um vice-campeonato na edição anterior, enquanto a Fisio bateu na trave do bronze no ano passado e buscava um resultado diferente neste ano.


O jogo se iniciou de forma equilibrada, porém a Fisioterapia encontrou mais soluções do que a sua adversária durante o quarto inicial. O Crocodilo, até então, mostrava a organização defensiva que foi característica de sua campanha, além de ter contado novamente com uma boa atuação de Rafaela Clemente, mesmo enfrentando uma forte marcação individual, e com o treinador Matheus Sivieri colocando grande energia nas instruções pela área técnica. Com isso, o placar foi favorável para o Crocodilo: vitória parcial no primeiro quarto, por 9 a 4.


Como tradição da temporada, a equipe da Monetária conseguiu, novamente, uma grande virada. Após um início de segundo quarto truncado, a Fisioterapia viu a Money voltar para o jogo e não sair mais dele. De um 9 a 4 adverso para um 23 a 13 a seu favor, o Tamanduá deu um golpe fatal no Crocodilo, que, mesmo tentando diminuir essa diferença, não foi capaz de impedir a vantagem de dez pontos e o placar final de 36 a 26.


Campeã da Copa Inter Atléticas 2024, a Monetária se destaca por sua constância, e consegue estar novamente no pódio das Olimpíadas | Foto: Felipe Domingos


Em entrevista após a partida, a atleta da Monetária, Andressa Carrijo, celebrou a marca de três medalhas consecutivas para a Money e falou sobre mais uma vitória conquistada de virada: “Nosso time tem mania de querer virar o jogo. A gente começa perdendo, e gostamos da emoção de virada. Mas assim, ninguém aguenta mais essa emoção [risadas]”. Ela também ressaltou que a equipe irá treinar ainda mais para buscar a medalha de ouro na próxima edição.


Resultados


Final


Humanas 49 x 40 Exatas


Decisão de Terceiro Lugar


Monetária 36 x 26 Fisioterapia


Atleta-destaque (Diesu): Daniella Oliveira - Humanas


Classificação final


1º Lugar - Humanas

2º Lugar - Exatas

3º Lugar - Monetária

4º Lugar - Fisioterapia

5º - 8º Lugar - Artes, Educa, Engenharia e Medicina (ordem alfabética)

9º - 12º Lugar - Agrárias, Biológicas, Direito e Psico (ordem alfabética)

13º - 15º Lugar - Computação, Gnomada e Odonto (ordem alfabética)


Momentos do Basquete Feminino - Olimpíada UFU 2024


Para encerrar a edição deste ano, o ARQ UFU fez uma coletânea com fotografias de momentos importantes do basquete feminino desta edição.


Logo na primeira partida da Olimpíada UFU 2024, a Humanas superou a Engenharia, campeã da edição anterior, e mostrou que viria para grandes coisas | Foto: Eduardo Bessa


A Fisioterapia estreou em grande estilo e venceu a Biológicas sem sofrer pontos | Foto: Gabriel Ferrer


A Biológicas conquistou a primeira vitória na modalidade de sua história em Olimpíadas, quando venceu a Computação por 14 a 6 e avançou para as oitavas de final | Foto: Eduardo Bessa


A Medicina superou a derrota na estreia e alcançou as quartas de finais | Foto: Gabriel Morais


Em jogo disputado do início ao fim e com diversas trocas de liderança, a Exatas venceu a Educa e se classificou para as semifinais | Foto: Eduardo Bessa


Em confronto com direito a prorrogação, a Monetária deu fim ao sonho de bicampeonato da Engenharia e se classificou para as semifinais | Foto: Eduardo Bessa


Isadora Neves, da Exatas, marcou 29 pontos no confronto contra a Monetária, que levou o Gorila para a grande final | Foto: Filipe Couto


A Humanas deixou para trás mais um time com grande tradição no basquete feminino, a Fisioterapia, e se classificou para a grande final | Foto: Eduardo Bessa


Após o final da partida, a quadra do Sesi Gravatás foi tomada pela emoção das jogadoras, da treinadora e dos torcedores da Pantera, celebrando a grande conquista | Foto: Eduardo Bessa

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