G6 voltou a ser palco dos jogos de basquete feminino em mais um final de semana da Olimpíada UFU 2025
- Arquibancada UFU
- 5 de set.
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Atualizado: 10 de set.
Oito atléticas disputaram as vagas para a semifinal do campeonato
Por Beatriz Mazzola

Confrontos de muita rivalidade, atmosfera provocativa e grandes atuações coletivas das atletas marcaram as quartas de final do basquete feminino, disputadas em 30 de agosto no Campus Educação Física. Apesar da quadra escorregadia, os jogos aconteceram normalmente e quatro equipes avançaram para a próxima fase da competição.
Medicina 15 x 8 Computação
A partida entre Medicina e Computação foi histórica, pois marcou a primeira vez em que a atlética do Lobo, que até 2024 não possuía time na modalidade, disputou essa etapa do torneio. O placar de poucos números evidenciou a postura defensiva das duas equipes durante o embate, o que dificultou os arremessos das adversárias. Desde antes do apito inicial, a torcida verde e roxa já provocava as atletas da Comp, que aqueceram bem na mira dos espectadores rivais.
O confronto começou muito disputado e a bola custou a cair, até que a Equipe do Lobo pontuou primeiro com uma cesta para dois pontos. Logo a Med empatou o placar em 2 a 2 e assim seguiu pelo o resto do primeiro quarto. No 2° momento não foi muito diferente, o time da Cobra conseguiu aumentar a vantagem por apenas um lance livre convertido pela camisa 50, Sophia Montanari, e manteve esse resultado parcial até o intervalo.
No 3° e 4° quarto o jogo melhorou muito, as equipes voltaram concentradas e acertaram mais arremessos. Apesar da tentativa de reação da Computação nos últimos minutos, a Medicina segurou o placar e garantiu vaga na semifinal com o resultado de 15 a 8. A atleta da equipe vencedora, Mariana Tolentino Mendes, apontada pelo técnico a melhor em campo, falou sobre a vitória: “Estou muito feliz com a classificação, pois vai ser minha primeira ‘semi’ pelo basquete”. Ela ainda completou: “Eu nunca fui muito pontuadora, mas sempre dei o meu melhor em quadra, então é bom ter meu esforço reconhecido”.

Humanas 32 x 6 Engenharia
Um dos confrontos mais esperados do dia no Basquete Feminino foi o jogo entre Humanas e Engenharia. Se por um lado, a Atlética Auri-negra, com mais medalhas na história da Olimpíada e do outro, a Pantera, que desde a medalha de ouro inédita nos esportes coletivos no ano passado, vem sendo destaque da modalidade e já conquistou a medalha de ouro nas Olimpíadas 2024 e o título na primeira divisão da Copa Inter Atléticas (CIA) .
Logo no 1° quarto foi possível perceber a qualidade técnica das atletas do time roxo, treinadas por Beatriz Evaristo, com várias jogadas ensaiadas e muita qualidade nos arremessos, principalmente da camisa 15, Karen Caroline Souza, que anotou todos os pontos da sua equipe nos 10 minutos iniciais. Nessa primeira etapa a atlética preta e amarela conseguiu converter algumas cestas, mas a partir do 2° quarto,o jogo passou a ser dominado pela Pantera.
A Humanas conseguiu conciliar defesa e ataque durante toda a partida, o que possibilitou tal amplitude no resultado final e aumentou ainda mais a expectativa da equipe e da torcida por uma medalha neste ano. A atleta Daniella Gomes Oliveira, da equipe vitoriosa, comentou sobre a preparação para o torneio, considerando que grande parte delas estão inscritas e jogam mais de uma modalidade: “Sabemos que vamos enfrentar atléticas muito fortes e que não é fácil jogar dois esportes, mas a nossa expectativa é muito grande em fazer mais uma vez uma campanha linda”.

Monetária 32 x 5 Agrárias
Monetária e Agrárias se enfrentaram e protagonizaram mais uma partida com placar muito amplo. A vitória do time vermelho já era esperada, isso porque a atlética acumula 3 medalhas consecutivas nas últimas três edições do basquete feminino , tendo conquistado o bronze em 2024, enquanto a equipe do Javali não possui um grande retrospecto. O confronto da tarde também foi o que evidenciou as condições escorregadias da quadra, com muitas atletas escorregando em vários lances.
O embate começou bastante equilibrado, com um placar muito baixo no 1° período, e aparentava que se manteria dessa maneira durante todo jogo. Mas assim que as equipes voltaram da pausa, a Money passou a dominar as jogadas, acertando muitos arremessos, se defendendo muito bem e ganhando todas as disputas por rebotes no garrafão. No 2° e 3° quarto, a equipe verde não pontuou nenhuma vez, enquanto a adversária aproveitou para aumentar ainda mais o placar, indo para os últimos 10 minutos de partida com uma vantagem de 20 pontos.
No último quarto, a Agrárias anotou três pontos logo no início, mas não foi o suficiente para animar qualquer reação ou parar a equipe do Tamanduá, que ainda marcou mais 10 pontos até o fim do jogo, que acabou em 32 a 5. Duas calouras da Monetária falaram sobre a sensação de vencer, avançar de fase e também da experiência de participar da competição pela primeira vez. Yasmin Cunha Brito disse que está começando agora no esporte e por isso acabou jogando bem pouco, mas que está muito feliz e que é muito bom fazer parte do time. Sua companheira, Maria Eduarda Noce Teles, também contou um pouco sobre a atmosfera da equipe: “Tem poucos meses que eu estou aqui, mas o pessoal é muito acolhedor e faz questão de nos ter lá dentro”.

Fisioterapia 20 x 14 Educa
O fechamento das quartas de finais só podia ser com um jogo de muita rivalidade como esse. As atléticas que dividem o mesmo Campus protagonizaram um jogo frenético, com várias trocas de liderança e faltas marcadas. O resultado também não surpreendeu muito, ambas as equipes repetem o mesmo roteiro do ano passado, com a Fisio avançando para a semifinal e a Educa caindo nas quartas. A diferença é que a equipe azul e laranja teve desempenho um pouco abaixo do esperado, considerando resultados de jogos anteriores que disputou.
O 1° quarto foi uma boa amostra de como o jogo seria definido no detalhe. A equipe do curso de Educação Física abriu o placar, mas o time do Crocodilo pontuou logo em seguida, e assim, as atléticas seguiram alternando pontos até o intervalo, com resultado parcial por 10 a 9 para a Fisio. Na segunda etapa, a Educa voltou um pouco desconcentrada e abriu margem para a adversária aumentar a vantagem no placar e definir o resultado no 3° quarto. Outra prova de que o confronto foi bastante acirrado e competitivo foi o grande número de faltas sofridas pelo time laranja e azul, que marcou muitos dos seus pontos de lances livres, destacando a capitã que recebeu todas elas, a camisa 23, Carla Verginia da Silva Vitello.
O último quarto foi bem menos movimentado e as duas atléticas quase não pontuaram, o que evidenciou o cansaço das jogadoras. Ao final da partida, que acabou em 20 a 14 para a Fisioterapia, a atleta da equipe vencedora, Alicia Simões,está entrando agora para o basquete comentou sobre ter sido a escolhida como a melhor da partida: “Eu não domino esse esporte, ainda estou aprendendo, então fico muito emocionada em receber essa gratificação”. Ela também disse que, assim como o desempenho individual e coletivo das meninas, a vitória é muito mérito do técnico, Jean Nakamura, e que a expectativa é seguir vencendo nas próximas fases.

Resultados das quartas de final:
Medicina 15 x 8 Computação
Humanas 32 x 6 Engenharia
Monetária 32 x 5 Agrárias
Fisioterapia 20 x 14 Educa
Confrontos das semifinais:
Humanas x Fisioterapia
Medicina x Monetária
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