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Futebol de campo dá pontapé inicial no calor da Olimpíada UFU 2024

Atualizado: 25 de set.

Com temperaturas que ultrapassaram os 30 graus, a bola rolou no campus Educação Física


Por Felipe Regal e Lucas Mendes



A Olimpíada UFU 2024 começou, e é claro que o futebol de campo não ficou de fora. Nos dias 22 e 23 de Setembro, 14 equipes entraram em campo para disputar a primeira fase do campeonato. Com um calor muito forte no Campus Educa, o objetivo de algumas atléticas é o mesmo: chegar à final no dia 10 de novembro.


Educa 2 x 1 Computação


Educa e Computação inauguraram a edição 2024 no sábado (21), às oito da manhã. A partida  que terminou com vitória da Educa por 2 a 1, foi marcada por chances de ambos os lados e momentos de tensão.


Com apenas um minuto de jogo, a Computação tentou o primeiro chute, ainda que a bola tenha passado longe do gol. A atitude ofensiva foi comemorada entre os companheiros de time, sinalizando a intenção de pressionar desde o começo. O jogo foi interrompido brevemente quando o camisa 21 da Computação, Allan Silva, foi flagrado com um Band-aid que cobria um piercing. Após conferirem o regulamento, que permitia o uso, a partida foi retomada.


O primeiro gol veio para a Educa depois de interceptarem uma troca de passes do adversário, Riquelme Gonçalves, camisa 22, balançou as redes, abrindo o placar. Pouco tempo depois, em uma jogada em que a equipe do Lobo perdeu a bola no meio, o camisa 77 da Educação Física fez uma bela interceptação e, após uma defesa do goleiro adversário, Cláudio, camisa 9, aproveitou o rebote e marcou o segundo gol.


Mesmo atrás no placar, a Comp não se intimidou e buscou jogadas rápidas. Juninho, camisa 8, arriscou um chute cruzado, mas a bola passou longe. Uma falta exigiu uma grande defesa do goleiro da Educa. Mas, o primeiro tempo terminou com a Educa vencendo por 2 a 0.


Na volta para o segundo tempo, o jogo ficou pegado, as duas equipes jogaram com intensidade. A Computação diminuiu o placar em uma jogada pelo lado esquerdo, com um chute forte a bola passou por debaixo do goleiro, esse gol animou a equipe, que passou a dominar as ações do jogo, arriscando chutes e exigindo mais do goleiro adversário.


Nos minutos finais, o time que estava atrás do placar reclamou de uma falta próxima à área, alegando que um jogador foi puxado pela camisa, mas o árbitro mandou o jogo seguir e apitou o fim do jogo e com a vitória de 2 a 1, a Educa se classificou para a próxima fase, já a Computação segue para a repescagem.


Cláudio Filho, autor do segundo gol da Educação Física, falou sobre o jogo e também sobre como a equipe se preparou para o campeonato. Ele destacou que a abordagem é tratar cada partida como uma final. "O próximo vai ser mais uma, como a de hoje. E vamos continuar assim, passo a passo. Serão quatro finais até chegarmos na grande decisão", afirmou Cláudio, deixando claro o foco da equipe.


Ele também comentou sobre o andamento da partida, ressaltando o desafio físico imposto pela equipe adversária. "O jogo deles é muito físico, cara. Isso cansou bastante a gente, e o campo também não ajuda. Mas o importante é que conseguimos sair com a vitória", disse ele. 


Monetária 1 x 0 Medicina 


O segundo jogo do dia foi um clássico, Medicina e Monetária se enfrentaram às dez da manhã. A equipe dos futuros médicos  começou o jogo desfalcada de seu técnico, que estava treinando a atlética no  futsal, e teve dificuldades desde o apito inicial. Com isso, a Monetária aproveitou para tomar o controle do jogo.


Nos primeiros minutos, o Tamanduá mostrava superioridade na posse de bola, mesmo sem criar grandes chances. Esse cenário mudou quando, em uma bela jogada, João Victor Pereira marcou o primeiro gol da partida. O goleiro da Medicina teve um papel crucial no primeiro tempo, evitou que o placar fosse maior.

Na volta do intervalo, o jogo ficou mais físico, com muitas disputas de bola, mas poucas chances claras para ambas as equipes. A Monetária seguia com boas trocas de passes e conseguiu mais uma chance quando o camisa 10, Wellerson Luiz, finalizou de primeira após um cruzamento pela esquerda, mas o goleiro da Medicina estava atento e fez outra boa defesa.


O clima esquentou quando Felipe de Santana foi expulso após uma entrada dura, levando a muitas reclamações por parte da comissão técnica da equipe. Com um jogador a menos, o treinador da Monetária rapidamente reorganizou a equipe e mudou o esquema tático e colocou três zagueiros em campo.


Mesmo em desvantagem numérica, a Monetária não se intimidou e continuou tentando chutes de fora da área, mas todas as finalizações foram defendidas com tranquilidade pelo goleiro da Medicina. A partida terminou em 1 a 0 para a atlética vermelha e azul.


Thalisson, capitão da Monetária, falou sobre a preparação para a Olimpíada. Por causa dos horários de aula, o time só consegue treinar aos sábados. "A gente faz amistosos e treinos de finalização. Nosso professor Alex mandou bem e os jogos preparatórios ajudaram muito a gente a chegar até aqui", ele destacou também que o time já conhecia o adversário e isso facilitou o desempenho na partida.


A equipe enfrentou dificuldades após a expulsão de Felipe Santana, jogando com um a menos. "Foi sufoco, ainda mais com o sol de 42 graus. A Medicina é um time muito físico e o treinador deles colocou todo mundo no ataque. Tivemos que fechar com cinco na defesa e jogar na base do chutão", explicou.


Sobre a vitória contra o rival, Thalisson foi direto: "Ganhar do rival é sempre bom. Dá aquele gás a mais pra seguir na competição".


Fisioterapia 2 x 0 Agrárias 


Na partida entre Fisioterapia e Agrárias, as duas equipes começaram o jogo se estudando, sem criar grandes chances nos minutos iniciais. A atual campeã de futebol de campo balançou as redes depois de um lançamento vindo do meio de campo, Nicholas Almeida, camisa 11, dominou com classe e finalizou para abrir o placar.


Após a parada técnica, o time da casa voltou  mais ofensivo, quase ampliando o placar em uma cabeçada certeira, mas o goleiro do Javali fez uma defesa milagrosa. Em um chute de longe, a bola acertou a trave sendo salva em cima da linha por Igor Oliveira, que havia entrado durante a partida, o atleta caiu no chão e precisou ser atendido pelos enfermeiros  e saiu aplaudido pela torcida.


Na volta do segundo tempo, a Fisioterapia manteve o controle e criou uma chance logo de cara, mas o goleiro da Agrárias segurou a bola sem dificuldades, a equipe começou a melhorar, principalmente nas jogadas pelos lados do campo, e em uma dessas subidas, Serginho cobrou falta que passou perto da meta adversária, assustando o goleiro da Fisio.


A Fisioterapia, sem deixar o ritmo cair, continuava criando boas chances com bolas enfiadas, mas o segundo gol parecia não querer sair. Isso até a cobrança de escanteio, quando Breno Correia apareceu para completar de cabeça, ampliando a vantagem para 2x0.


Já com a vitória encaminhada, a Fisio colocou um terceiro zagueiro em campo e passou a esfriar a partida. O jogo ficou morno nos minutos finais, sem grandes emoções, até o apito final. A atual campeã mostrou porque ainda é uma das favoritas na competição.


O autor do segundo gol falou sobre a preparação da equipe para a disputa da Olimpíada Universitária. "Manter um bicampeonato não é fácil. Tem muita mística por trás disso. Antes do jogo, nos perguntaram se os veteranos que formavam o time anterior iam jogar. Quando dissemos que não, já falaram que seria jogo para a Agrárias passar. Está aí o resultado, passamos e, se Deus quiser, vamos manter o bicampeonato e levantar o caneco", comentou com confiança.


Breno também falou sobre a ausência de Igor Tavares, craque das edições 2022 e 2023, mas que se formou e não voltou para disputar esse ano. "O Igor foi uma peça importante, mas o ciclo dele na Fisioterapia se fechou. A Fisio é maior que qualquer jogador. Temos muitos atletas novos, do mesmo nível, e vamos seguir firmes. A camisa é muito grande e o time continua", destacou, mostrando otimismo com os novos talentos.


Direito 2 x 0 Psicologia


Direito e Psicologia abriram a disputa do domingo, no campus Educa, em um jogo de um time só. O Guará dominou a partida do início ao fim e conseguiu sair com a vitória.


Vinicius Gibran, camisa 35 do Direito, foi expulso por conta de  um carrinho por trás perto da área, mas isso não foi suficiente para tirar a superioridade da sua equipe, que teve três gols anulados ainda no primeiro tempo.  Final - zero a zero.


Já na segunda etapa, a equipe do Guará começou a testar um pouco mais o goleiro adversário, e foi assim que saiu o primeiro gol do jogo. Paulo Tavares arriscou um chute de longe e acertou o canto esquerdo do goleiro.


A atlética grená e dourado ainda conseguiu ampliar o placar antes do final do jogo. Sérgio Roberto Borges, camisa 13, selou a vitória na estreia da equipe no campeonato de cabeça - dois a zero.


Após o apito final, alguns jogadores das duas equipes tiveram uma discussão ainda no campo que precisou ser controlada por outros atletas. Paulo Tavares, autor do primeiro gol, comentou da confusão e também do gol: “ O técnico falou que era só tirar a força, com jeito, e foi assim, fraquinha, mas foi bem na bochecha da rede. E sobre a confusão, acabou o jogo, o 48 (Gustavo Brandão) do nosso time passou gritando na frente deles, o 10  da Psico (Murilo Martins) deu um chute fraco nele por trás e só”.


Exatas 1 x 0 Infernal


O jogo, que devia começar às 10 horas, teve um atraso de quase vinte minutos por conta das cores dos uniformes. Ambas as equipes usam  toques de vermelho e preto. A Infernal teve que pegar um colete que era azul, mesma cor do uniforme da arbitragem, que também teve que mudar para uma vestimenta toda preta. Com tudo finalmente organizado, a bola rolou.


O que rolou também foi reclamação com a arbitragem. Muita gritaria, cinco cartões amarelos e um clima tenso, típico de Olimpíada. O jogo foi disputado, mas sem muitas grandes chances. No primeiro tempo, a Exatas chegou a ameaçar o gol adversário com um chute de fora da área de Igor Reis, que foi para fora. A primeira etapa acabou zerada.


Depois do intervalo, a melhor chance também foi da equipe sem colete. O atacante Rodrigo Pereira passou por três marcadores, saiu de cara com o goleiro e bateu para fora. A Exatas seguiu melhor em campo.


Pouco depois, o atacante Frederico Danilo,da Exatas, conseguiu balançar as redes do adversário de cabeça, mas o gol foi anulado. Sem desistir de marcar na partida, em uma boa jogada pela direita, Victor Fernando Ávila foi até à linha de fundo e cruzou para trás para Frederico deixar o dele e selar a vitória. Final - um a zero.


Após o jogo, o atacante contou um pouco sobre o jogo e o seu gol: “Só tenho a agradecer ao meu parceiro de  ataque, o Vitor. Ele fez a jogada e deu o passe pra mim. O cara tentou me segurar, tentou fazer o pênalti. Eu achei que não ia chegar, mas eu me estiquei e graças a Deus consegui fazer o gol”.


Fred também comentou sobre o calor da hora do jogo: "A gente pegou o sol de onze ao meio dia, o pior horário. Acho que seria bom se os jogos fossem de oito da manhã até às dez, e depois só após as quatro horas”.


Engenharia 8 x 0 Humanas


Atual vice-campeã da Olimpíada, a Engenharia entrou em campo e dominou completamente o adversário. Superior taticamente, tecnicamente e fisicamente do início ao fim.


O domínio começou cedo, resultando em cartão amarelo para Claudio Alves, zagueiro da Humanas, por derrubar o atacante próximo à área. Pouco depois, o primeiro gol saiu. Em cobrança de escanteio, Lucas Alexandre Silva mandou a bola, que desviou no goleiro Bernardo Júnior e entrou. O segundo veio logo em seguida, novamente com Lucas Alexandre, em falta quase do meio-campo, encobrindo o goleiro e ampliando para 2 a 0. Assim terminou o primeiro tempo.


Na segunda etapa, o domínio da Engenharia aumentou. Gabriel Araújo acertou um chute de fora da área e fez o terceiro. Mais um gol de falta de longa distância, marcado por João Vitor Ferreira, deixou a vantagem ainda maior. A Humanas teve um gol anulado e pouco conseguiu ameaçar ou conter o ataque.

Guilherme Augusto e Fernando Lima ampliaram para 6 a 0, e a expulsão de Leonardo Alves complicou ainda mais a situação da Humanas. Nos minutos finais, Lucas Higor e Matheus Henrique Barbosa fecharam a goleada por 8 a 0. 


Após o jogo, Lucas Alexandre Silva, autor de dois gols, destacou o foco da equipe e o impacto positivo no desempenho coletivo. Também comentou sobre o campo em más condições e o desafio de superar isso. Sobre o vice-campeonato anterior, ressaltou a vontade de voltar à final e conquistar o título: "Queremos muito chegar de novo e ser campeões."



Aplicada 1 x 0 Moca


Aplicada e Moca fizeram o último jogo do primeiro fim de semana da Olimpíada UFU 2024, em uma reedição do jogo da primeira rodada do ano passado, que acabou com a atlética de Monte Carmelo classificada. 


O jogo não teve tantas chances de gol para nenhum dos times, mas contou com vários cartões por reclamação. No primeiro tempo, Gabriel Luiz da Silva, camisa 11 da Moca, caiu dentro da área e levou todo mundo da equipe à loucura, o que rendeu ao técnico Fábio Ramos um cartão amarelo.


Nem tudo no jogo foi reclamação, e o único gol da partida não foi qualquer gol. Pedro Mazieiro, camisa sete da Aplicada, fez o conhecido “gol que o Pelé não fez". Dominou uma bola no meio campo, girou e bateu por cobertura para abrir o placar.


Apesar da boa chance que a Moca teve, na cabeçada de Luiz Olavo Marques, a Atlética do Canguru conseguiu segurar o resultado e saiu classificada. Um pouco antes do apito final, Gabriel Dianin e Juarez Gomyde, ambos da equipe derrotada, foram expulsos e estão fora da repescagem.


Após a partida, Pedro Mazieiro comentou sobre seu gol do meio campo e ter classificado depois de perder para a Moca no ano passado: “A gente enfrentou eles na última Olimpíada também, perdemos nos pênaltis e ficou um gosto amargo. Agora, a gente conseguiu classificar. Sobre o gol, o goleiro deles estava sempre ficando adiantado, e arrisquei, depois foi só comemorar”.


Resultados da primeira fase


Educa 2x1 Computação

Monetária 1x0 Medicina

Fisioterapia 2x0 Agrárias

Direito 2x0 Psicologia

Exatas 1x0 Infernal

Engenharia 8x0 Humanas

Aplicada 1x0 Moca  


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