Pênaltis, emoção e despedida marcaram o último final de semana da competição
Por Lucas Mendes
A Olimpíada UFU 2023 chegou ao fim. Após quatro semanas de disputas e 24 jogos, a Fisioterapia foi a grande campeã do futebol de campo. No sábado (7), ocorreram as semifinais e no domingo (8), a disputa de terceiro lugar e a final.
Os confrontos das semifinais da Olimpíada UFU 2023 foram os mesmos da última edição: Medicina x Fisioterapia e Engenharia x Educa. Novamente, a Fisio se classificou para a final, já no outro lado da chave, a Engenharia conseguiu sua revanche e eliminou a Educa, campeã no ano passado.
AAA Fisioterapia X AAA Medicina - semifinal
O primeiro confronto da semifinal ocorreu sob o forte sol das 14h. As equipes entraram em campo cansadas, já que a maioria dos jogadores haviam jogado a poucos minutos o confronto da semifinal do futsal. Fisioterapia e Medicina foram eliminados para Engenharia e Monetária respectivamente.
O jogo começou com a Fisioterapia demonstrando superioridade nos primeiros minutos, criando mais oportunidades de ataque. A Medicina se recuperou e, com uma forte marcação, também teve chances de gol. A Med conseguiu uma falta perigosa perto da área adversária, mas o chute explodiu na barreira.
O Crocodilo manteve a posse de bola, enquanto a Serpente confiou em sua defesa sólida e em um goleiro seguro que defendeu chutes de longa distância e lançamentos. Uma falta perigosa a favor da Fisioterapia resultou em um cabeceio que saiu pela linha de fundo. O jogo continuou em um ritmo morno, com a equipe da Fisio chegando mais perto do gol adversário, mas sem converter as oportunidades em gols. Com o sol forte e a temperatura alta, os jogadores de ambas as equipes já estavam visivelmente desgastados no primeiro tempo.
O primeiro tempo terminou com o placar em 0 a 0. O segundo tempo começou com a Medicina demonstrando mais ímpeto e criando oportunidades de ataque. No entanto, a equipe de Fisioterapia conseguiu se recuperar e valorizou a posse de bola, o que resultou no primeiro gol da partida. Breno, camisa 9,, fez o gol em uma jogada pelo lado de campo.
A Atlética do Crocodilo continuou pressionando a equipe de Medicina e logo ampliou a vantagem para 2 a 0 após uma bola rebatida na área que foi aproveitada por Igor Tavares, dono da camisa 14 e atleta destaque da Olimpíada UFU 2022. A Medicina marcou com Arthur, camisa 20, diminuindo a diferença para 2 a 1. No entanto, a Fisioterapia respondeu rapidamente com seu terceiro gol no jogo, marcado por Isack, o camisa 11, após um lançamento preciso.
Após a partida, o ARQ UFU conversou com Breno, camisa 9 da Fisioterapia. O jogador estava emocionado e contou que, nas semifinais da Olimpíada UFU 2022, ele quebrou a fíbula e não pôde ajudar o seu time na final contra a Educa.
“Ano passado, foi um baque muito grande para mim. E agora, sair com esse gol e com a vitória é muito importante”. O ARQ também ouviu Marcelo Godoi, atleta da Medicina, que criticou o tabelamento das partidas. “Isso é um reflexo de uma estrutura má formulada. Quando colocam dois jogos seguidos, ambas as equipes entram desgastadas e isso influencia na qualidade da partida Mas foi um bom jogo, a vitória da Fisioterapia foi justa”.
AAA Educa X AAA Engenharia - semifinal
O segundo jogo das semifinais começou às 16h O forte Sol já não era mais problema e, desde os primeiros minutos, ficou evidente que a partida seria pegada, com ambos os times demonstrando determinação para se classificar para a final.
Logo após o apito inicial, o camisa 24 da Educação Física, Marco Túlio, recebeu cartão amarelo, dando sinais de como seria o resto da partida. A Engenharia teve a oportunidade de abrir o placar em uma cobrança de falta, mas o goleiro da Educa, Denis Ferreira, fez uma defesa crucial. O jogo era marcado pelo constante vai e vem, com as duas equipes explorando os lados do campo em busca de espaços para atacar. Ambos os times adotaram uma estratégia de marcação alta, resultando em diversas faltas e tornando o jogo picotado.
Foi a Engenharia que conseguiu romper a defesa adversária primeiro. Guilherme Augusto, camisa 75, driblou o zagueiro em uma jogada individual e mandou a bola para o fundo das redes, colocando o Leão em vantagem por 1 a 0. O time da Engenharia se destacou pela dedicação, mostrando disposição para recuperar a bola no ataque e voltar rapidamente para a defesa. A Educação Física tentava lançamentos longos em busca do empate, mas a defesa adversária se mostrava sólida e eficiente, evitando maiores perigos para seu goleiro.
O primeiro tempo chegou ao fim com a vantagem da Engenharia no placar, mas a segunda etapa continuou com a mesma intensidade. Ambos os times continuaram disputando cada bola com garra, resultando em um jogo repleto de faltas no meio de campo. João Pedro Costa, da Educação Física, teve grande chance de igualar o placar, mas chutou fraco e permitiu a defesa do goleiro da Engenharia.
Com o treinador da Engenharia agitado à beira do campo, a Educação Física teve uma falta a seu favor próxima da área, mas o cruzamento resultou em uma bola que passou por todos e foi para fora. No final do jogo, a Atlética do Leão segurou a vantagem no placar, fazendo faltas táticas no meio-campo e utilizando substituições com o objetivo de parar o jogo e diminuir o ritmo da partida. O apito final sacramentou a classificação da atlética preta e amarela.
Ao fim da partida, Guilherme Augusto conversou com o ARQ UFU e falou do sentimento de vencer a Educa, contando que foi uma revanche do último ano. “Ano passado foi amargo. Perdemos pelo mesmo resultado que ganhamos hoje e, graças a Deus, saímos vencedores., Trabalhamos muito para isso e fomos merecedores", ressaltou.
AAA Medicina X AAA Educa - disputa de terceiro lugar
A disputa de terceiro lugar aconteceu no domingo (8) pela manhã. Medicina e Educa fizeram uma partida que começou com ambas as equipes buscando o ataque, mas poucas chances claras de gol. O 0 a 0 se arrastou até o minuto final e, nas penalidades máximas, a Medicina venceu por 3 a 1.
O jogo se concentrou principalmente pelo lado esquerdo do campo, e a Medicina gradualmente se tornou mais dominante no meio-campo, embora as defesas continuassem firmes, o que resultou em um primeiro tempo sem grande empolgação.
Foi somente nos minutos finais do primeiro tempo que a Medicina conseguiu ameaçar o gol adversário, com um cabeceio perigoso de José Afonso após cruzamento na área. No entanto, a bola passou rente ao gol e acabou desviada para escanteio pela zaga do Educa. Ao soar do apito, o primeiro tempo chegou ao fim, com o placar inalterado.
O segundo tempo iniciou com a mesma intensidade, mas logo nos primeiros minutos, o camisa 97 da Medicina, Matheus Diniz, recebeu cartão vermelho e foi expulso, deixando seu time com um jogador a menos. Com a vantagem numérica, o Educa pressionou e chegou a acertar a trave do Medicina. No entanto, o jogo voltou a esfriar, com ambas as equipes lutando para criar oportunidades de gol.
Com o fim do tempo regulamentar, a partida foi para os pênaltis. A Medicina mostrou eficiência, convertendo três de suas quatro tentativas. Já a Educa parou nas luvas de Gabriel Demetrhius. O goleiro da Serpente pegou duas cobranças, incluindo o pênalti decisivo que garantiu o bronze para a verde e branco.
Gabriel Demetrhius conversou com o ARQ UFU depois do jogo, e o goleiro valorizou o histórico de disputa de pênaltis da equipe, que está invicta desde 2018 nesse quesito. Ele também contou qual decisão tomar no momento de uma cobrança.
“Vai muito do sentimento. Se eu vejo que o cobrador chuta mais forte, eu tento sair antes, mas se ele tenta uma batida colocada, eu prefiro esperar um pouco”, completou.
AAA Fisioterapia X AAA Engenharia - final
Com um atraso de meia hora, a grande final da Olimpíada UFU começou às 10h30 e teve todas as emoções que um partida de futebol podem conter: virada, gol de artilheiro, “catimba”, torcedores cantando e apoiando até o fim, além de muita alegria e emoção após o apito final.
O jogo começou com ambas as equipes demonstrando determinação, partindo para o ataque e buscando marcar o primeiro gol. No entanto, a Engenharia abriu o placar com um belo gol de cabeça de Rafael de Lima, camisa 3, após um cruzamento na área.
A Fisioterapia não se deixou abalar e continuou pressionando, buscando o empate, mas a defesa firme do Leão resistiu aos ataques. No entanto, a sorte sorriu para a Fisio quando uma falta próxima ao gol permitiu o empate. Após um chute de fora da área, o goleiro da Engenharia não conseguiu segurar, Giovani Paiva, camisa 66, aproveitou para no rebote deixar tudo igual no placar.
O jogo permaneceu acirrado, com muitas faltas para ambos os lados, refletindo a intensidade da partida. No entanto, o Crocodilo encontrou uma brecha na defesa da Engenharia e marcou o segundo gol com um impressionante chute de longa distância de Igor Tavares, camisa 14 e craque do time, que encobriu o goleiro da Engenharia.
As duas equipes continuaram buscando oportunidades de gol, mas os goleiros se destacaram com boas defesas, mantendo o placar inalterado. O primeiro tempo chegou ao fim com o placar de 2 a 1 a favor da Fisioterapia. Na segunda etapa, a Engenharia voltou com intensidade, pressionando a defesa da Fisioterapia e criando chances. No entanto, essa ofensiva deixou espaços na defesa, onde a Fisio tentava aproveitar com seus contra-ataques.
Em sua busca pela posse de bola e intensidade, o Leão acumulou faltas e cartões amarelos, enquanto a Fisioterapia encontrou oportunidades de contra-ataque, muitas delas lideradas por Igor e Breno.
O clima tenso da partida atingiu um ponto crítico quando houve uma troca de empurrões entre os jogadores, levando o árbitro a expulsar o camisa 66 da Fisioterapia, Geovani Paiva, e Ronaldo Dias, camisa 11 da Engenharia.
No final do jogo, a Engenharia lançou inúmeras bolas na área, buscando desesperadamente o empate, mas a Fisioterapia conseguiu resistir a todos os ataques. O apito final soou, e a Fisioterapia se sagrou campeã com um placar de 2 a 1.
Em sua última Olimpíada, Igor Tavares, autor de seis gols na edição 2023 e eleito o destaque do campeonato pela segunda vez consecutiva, conversou com o ARQ UFU. Ele revelou que a equipe não treinou junta para a modalidade. “A equipe não tinha tempo de treinar, mas vinha criando casca na competição. Já tínhamos ganhado bronze, ano passado ganhamos a prata e merecíamos muito esse título. A vontade e a superação ganhou de qualquer treino”.
Essa também foi a última Olimpíada de Igor, que falou sobre esse assunto. “Sensação de dever cumprido. A UFU me ofereceu muito mais do que eu ofereci para ela, só tenho que agradecer a oportunidade de defender a Fisioterapia”, completou.
Caminhos do campeão
Ofensividade no ataque e solidez defensiva. Essas foram as principais características do time da Fisioterapia na edição 2023 da Olimpíadas UFU. Nos quatro jogos disputados, a equipe marcou 17 gols e sofreu apenas três. A partida de estreia da Fisio ocorreu no estádio Airton Borges, e logo no primeiro jogo eles já mostravam que iam brigar pelo título, após vencer a Engenharias e Biotecnologia Patos por 8 a 0.
Classificados direto para as quartas de finais, a equipe enfrentou a Humanas e aplicou nova goleada, dessa vez por 4 a 1. Nas semifinais, o adversário da última edição se repetiu, a Medicina. Novamente, a equipe da Fisio saiu vitoriosa por 3 a 1. Na grande final, o time exorcizou o fantasma do vice de 2022 e, de virada, derrotou a Engenharia por 2 a 1.
“Nosso time jogou muito na defesa, no meio campo e o meu quarteto de ataque é fora de série! A gente partiu para cima, sem medo de ninguém, esses meninos são demais. Fica no coração, eu considero cada um aqui como um filho meu”, ressaltou o treinador Reginaldo Freitas.
Classificação Final
1° Fisioterapia
2° Engenharia UDI
3° Medicina
4° Educa
5° Humanas
6° Monetária
7° Computação
8° Exatas
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