top of page

Exatas bate Monetária e conquista título inédito do basquete feminino na Olimpíada UFU

Medalha de bronze ficou com a Fisioterapia, que venceu a Educa por 26 a 20


Por Arthur Martins


Equipe da Exatas posa com medalhas e troféu após vencer o basquete feminino. Foto: Arthur Pereira de Oliveira

Após cinco finais de semana e 12 jogos, o basquete feminino da Olimpíada UFU 2022 chegou ao fim. Desde 15 de outubro, as atléticas inscritas se enfrentaram em um cruel mata-mata de jogo único dividido em quatro fases: oitavas, quartas, semi e final, além da disputa do terceiro lugar. As duas últimas etapas aconteceram no sábado (26). no G6 do Campus Educação Física. Na final, Exatas venceu por 23 a 18 contra a Monetária. Já na disputa de terceiro lugar, Fisio ganhou no clássico contra a Educa.


Ao longo da competição, 12 atléticas se envolveram: Agrárias, Aplicada, Artes, Direito, Educa, Engenharia UDI, Exatas, Fisioterapia, Humanas, Medicina, Monetária e Psicologia. Nenhuma associação dos campi externos a Uberlândia competiram.


A grande final


Pela primeira vez em seus sete anos de história, a Exatas não só fica no pódio do basquete feminino como é a grande campeã de 2022 em cima da Monetária. Contudo, antes da finalíssima, o time de basquete enfrentou muitos mata-matas. Veterana da atlética, Luana Rodrigues estava há nove anos batalhando para montar a equipe. “Na verdade, estou sempre tentando montar todas as modalidades, mas o basquete sempre foi meu sonho. Finalmente, no meu último semestre, consegui essa medalha para a gente”, disse. A aluna de Física Médica descreveu o sentimento como uma mistura de felicidade e alívio.


Veja abaixo como foi a campanha das atléticas finalistas até a decisão:


Exatas

Oitavas: 31 x 14 Medicina

Quartas: 38 x 30 Engenharia

Semi: 34 x 32 Fisioterapia


Monetária

Quartas: 20 x 4 Humanas

Semi: Monetária 48 x 23 Educa

*Não competiu a oitavas por ter sido cabeça de chave


Final é final. Como era de se esperar, vencer não seria fácil para nenhuma das atléticas. O primeiro quarto terminou em 8 a 7 para a Monetária. No segundo, a Exatas se recuperou e colocou dois pontos de diferença. As equipes foram para o intervalo com o placar em Monetária 10, Exatas 2. O terceiro quarto foi de crescimento do “Tamanduá”. Com 6 pontos de Andressa Mendes, a Monetária venceu contra 4 e igualou o jogo em 16 a 16. O último quarto definiu a partida. Com 7 pontos marcados, o “Gorila” chegou a 23, enquanto as comandadas de Jean Nakamura desacelerou e anotou apenas dois pontos. Placar final: Monetária 18 a 23 Exatas. Terceiro lugar em 2019, a Monetária subiu um degrau no pódio, ainda que não fosse o objetivo principal.


Confira abaixo as equipes de medalhistas de ouro e prata, respectivamente:


Exatas:

  1. Amanda Assunção Jordão

  2. Ana Julia Marques Rocha

  3. Camila Ferrari Léo

  4. Danielle Cruz de Oliveira

  5. Fernanda de Andrade Flor

  6. Geovanna França Nóbrega

  7. Giovanna Ávila Reis

  8. Hemilinei Talita Dal Santo

  9. Isabella Cristina Sapori e Silveira

  10. Isadora Neves Santos

  11. Jeane Menezes do Carmo

  12. Letícia Tiberti Soares

  13. Luana Rodrigues de Oliveira

  14. Maria Eduarda Martins Leandro

  15. Rebeka Mezadre Glória

Técnica: Isadora Augustin


Monetária:

  1. Alice de Azevedo

  2. Amanda Stefany

  3. Andressa Carrijo

  4. Beatriz Kiehn

  5. Daniele Dias

  6. Iasmim Câmara

  7. Isadora Aparecida

  8. Julia Isadora

  9. Kellen Brunetti

  10. Letícia Oliveira

  11. Lorena Salomão

  12. Maria Julia Santos

  13. Mariana Castilho

  14. Vitória Vieira

Técnico: Jean Nakamura


Medalhistas de prata, atletas da Monetária posam com torcida ao fundo. Foto: Ítana Santos

Apesar da derrota na final, a atleta Mariana Castilho foi eleita destaque da competição.


Mariana Castilho recebendo o prêmio individual de destaque da competição. Foto: Sofia Volpi

Isadora´s


O fim da Olimpíada marca o início de uma trajetória. Atleta da UFU, na Aplicada, e da Unitri, Isadora Augustin viveu pela primeira vez a experiência de treinar uma equipe. “Eu estou no basquete desde que eu me entendo por gente. Minha vida inteira foi moldada em cima do basquete. Entrei nesse esporte aos oito anos. Inclusive, uma coisa que venho falando nos últimos anos é que eu amo muito mais ensinar do que estar dentro de quadra jogando. As meninas me chamaram para assumir o cargo duas semanas antes da Olimpíada”.


Apesar do desafio em curtíssimo prazo, Isadora comandou o time. “Acreditei nelas e não poderia estar mais feliz. Independentemente de ser atleta ou não, estou aqui fazendo o que mais gosto e compartilhando esse momento com pessoas que estão aqui querendo jogar por esse esporte. Antes de tudo, meu amor é pelo esporte e a sensação é maravilhosa. Eu não tenho palavras, estou muito feliz mesmo. É um desafio, mas jogamos jogo após jogo, sempre pensando que cada adversário é um adversário diferente", disse a atleta ao ARQ muito emocionada. Augustin foi a comandante do único troféu geral da Exatas nesta Olimpíada UFU.


Atletas da Exatas levantam a treinadora Isadora Augustin na comemoração do título. Foto: Arthur Pereira de Oliveira

Se fora das quatro linhas brilhava Isadora Augustin, dentro delas brilhava Isadora Neves. A número 14 deu show no campeonato, resultado também de uma conexão forte com sua treinadora, dentro e fora da quadra. A dupla joga junto desde 2019. “Eu falo para ela: ‘você é meu ponto de segurança dentro da quadra’, justamente por já termos esse entrosamento, mas ela não é armadora. Ela é ala. Na Unitri, eu armo. Então, por mais que ela tenha dificuldade de estar aqui armando o jogo, facilita, com certeza, sem a menor sombra de dúvidas”, respondeu a técnica sobre a parceria com Isadora Neves.


Isadora Neves em atuação na final da Olimpíada UFU 2022. Foto: Arthur Pereira de Oliveira

Com sua agilidade e controle de bola, Isadora Neves comandou a Exatas durante toda a partida. Em números, a armadora improvisada foi responsável por 12 dos 23 pontos da equipe, sendo os últimos cinco em cobranças de lance livre na reta final da partida.


Disputa pelo terceiro lugar


Fisioterapia e Educa entraram no G6 às 9h30 para duelarem pelo bronze da modalidade. O jogo não valia somente uma medalha, mas também a chance de se manter no pódio da modalidade, já que ambas atléticas vinham atingindo esse feito desde 2017.


Clássico é clássico e nem sempre há favoritismo ou domínio absoluto. E em Fisio versus Educa foi quase assim. A partida terminou em 26 a 20 e em três dos quatro quartos houve grande equilíbrio, com exceção do primeiro. Nos dez minutos iniciais de jogo só deu Fisioterapia: 9 a 0. O segundo quarto terminou 6 a 6. A terceira etapa começou com placar totalizando 15 a 6. Foi no quarto que a equipe laranja e azul esboçou uma reação. Apesar da vitória da Educa por 3 a 2, a Fisio manteve vantagem de oito pontos. Nos dez minutos finais, 11 a 9 para a Educa, pontuação insuficiente para virar o placar geral: 26 a 20 para a Fisio. O primeiro quarto de jogo foi determinante para a disputa pela medalha de bronze.

Atletas da Fisioterapia comemoram com medalhas de bronze no peito e troféu em mãos. Foto: Mariana Gulo

Para a capitã do “Crocodilo”, Shyrlene Santiago, a partida valia também como condecoração à uma bela campanha da equipe, apesar da derrota na semifinal. “Dá para ficar muito feliz. A gente vinha de uma derrota para a Exatas, mas foi um jogo muito equilibrado. Os dois times jogaram muito, foi muito emocionante. Estou feliz com o desempenho da equipe no campeonato inteiro. Não deu para chegar na final, mas estamos com a sensação de dever cumprido e saindo com mais uma medalha”.


Shyrlene foi um dos destaques da competição. Na última partida, anotou todos os pontos do primeiro quarto e, mais impressionante ainda, totalizou 20 dos 26 convertidos pela equipe, sendo a cestinha do jogo. Sempre muito sorridente, Shyr disse ao ARQ jogar sempre com muita alegria: “Temos muita amizade fora de quadra, então é muito gostoso jogar com as meninas. A Fisioterapia é uma família. A torcida motiva a gente e conseguimos chegar sempre muito longe coletivamente por conta dessa união”, disse a atleta. As outras pontuadoras da Fisioterapia foram Ana Julya Santa (4) e Júlia Gonçalves (2).

Shyrlene Santiago prestes a bater lance livre. Foto: Ítana Santos

Do lado contrário, Ana Vitória “Tita”, Carla Bitello e Letícia Leal funcionaram como um trio poderoso para a Educa. As duas primeiras foram responsáveis por 18 dos 20 pontos. Os outros dois foram marcados por Letícia que, além da ajuda em quadra, é capitã do time.


Confira abaixo as atletas medalhistas de bronze:

  1. Ana Carla Mendes dos Reis

  2. Ana Julya Santana Miranda

  3. Bárbara Pereira Wagner

  4. Eduarda Borges Rodrigues Landim

  5. Fernanda Borges André

  6. Gabrielly Carvalho Dos Santo

  7. Júlia Gonçalves Silveira

  8. Lara Maria Previtali Fagiani

  9. Laura Biasi

  10. Mariana dos Reis Rezende

  11. Poliana dos Reis Gonçalves de Oliveira

  12. Shyrlene Silva Santiago

Técnico: Matheus Martins “Beiça”

0 comentário

Comments


bottom of page