Estreia do vôlei masculino conta com rallys eletrizantes na Olimpíada UFU 2025
- Arquibancada UFU
- 29 de ago.
- 9 min de leitura
Atualizado: 2 de set.
O prestígio das torcidas dominou a arquibancada e impulsionou as equipes em quadra
Por Tainá Brasil

As oitavas de final do vôlei masculino na Olimpíada UFU 2025 ocorreram no último fim de semana (23 e 24), no campus Educação Física. O recém-reformado G5 foi palco das primeiras disputas da modalidade, dando início à época marcada por união entre membros da mesma atlética e provocações entre rivais.
Nesta edição da Olimpíada houve uma novidade em relação aos anos anteriores, a ausência de repescagem. As 16 atléticas inscritas no chaveamento se enfrentaram por oito vagas nas quartas de final, protagonizando partidas intensas, em que qualquer passo em falso poderia resultar em uma eliminação.
Humanas X Agrárias
O primeiro confronto da modalidade teve início às 09h50 do sábado, com Humanas e Agrárias estreando a quadra do G5. A Pantera abriu o placar e dominou a partida, fez saques precisos e contornou os bloqueios feitos pelo Javali. A atlética verde fez bons rallys, mas apresentou alguns erros na defesa e perdeu pontos importantes. A primeira parcial fechou em 25 a 13, após ponto do camisa 92 da Humanas, João Pedro Macedo.
No segundo set, a disputa foi mais equilibrada. A Humanas começou pontuando novamente, mas logo a Agrárias mostrou uma melhor organização técnica e liderou o placar, com uma diferença de sete pontos. No entanto, a atlética roxa soube reagir e aproveitou os descuidos do Javali para diminuir a diferença na pontuação. A reta final foi marcada por rallys acirrados, em que a Humanas levou a melhor. O placar final da partida foi de 2 a 0.
O líbero Luiz Otávio Oliveira, também conhecido como Popó, do curso de Geografia, destacou que a estratégia da equipe baseou-se em seu poder ofensivo e no de seu adversário, ao que programaram saques precisos para deslocar os rivais e alcançar a vitória.
Luiz afirma que o time descansou no segundo set, mas que o diferencial é que retomaram o controle. “O primeiro set foi tranquilo. No segundo entramos na mordomia de que já estava feito. Tomamos seis pontos de diferença. O time tem que conseguir pôr a cabeça no lugar, nós conseguimos e viramos”, ressaltou.
Nas quartas de final, a Humanas enfrenta a Exatas e Popó garante altas expectativas para o próximo jogo. “Vamos chegar da mesma forma que viemos hoje, com total capacidade para ganhar. Nossa expectativa é de medalhar pela primeira vez na Olimpíada”, compartilhou o atleta.
Biológicas X Odonto
A segunda partida apresentou uma reviravolta protagonizada por Biológicas e Odonto. O Panda abriu o placar e pontuou repetidamente, sem qualquer reação do Dragão. Caio Morábito, capitão da Odonto, foi o autor da maior parte dos pontos e garantiu a vantagem. A Bio apresentou dificuldades para se consolidar no jogo e, ao perceber o impasse da equipe, a torcida começou a entoar coros para tentar desestabilizar os adversários. O primeiro set foi encerrado em 25 a 15 para a Odonto.
Já no segundo set, o clima do ginásio foi alterado. A Biológicas fez o primeiro ponto e foi seguida pela Odonto, em uma perfeita troca de pontos. O Dragão estabeleceu sua presença em quadra, apresentou confiança e melhora técnica, enquanto seu adversário, mesmo que forte, teve erros de comunicação entre os atletas e recorreu às substituições. A segunda parcial fechou em 25 a 19 para a Bio.
No tie-break, a dinamicidade foi a palavra-chave para definir a decisão entre as equipes. Na pausa entre sets, o capitão da Biológicas, Pedro Pitelli, recebeu atendimento para continuar em quadra. As atléticas fizeram uma troca intensa de pontos, marcada por empates e rallys eletrizantes. A decisão foi encerrada após uma defesa da Odonto ir para fora. O placar final da partida foi de 2 a 1 para a Biológicas.
O capitão Pedro Pitelli, do curso de Biologia, comentou que a equipe ficou desanimada com a grande diferença de pontos inicial, mas que, mesmo com as adversidades, correram atrás do resultado esperado.
“Nós tivemos um problema, porque o nosso central não veio. Vimos que o primeiro set não deu certo e resetamos. Nós mudamos algumas posições, o que ajudou o time no ânimo e confiança, e colocamos pessoas que encaixavam melhor no que estávamos precisando”, revelou Pedro.
Engenharia X Gnomada
A última partida de sábado foi protagonizada pela Engenharia, atual vice-campeã da modalidade, e Gnomada. Em um embate desarmônico, o Leão entrou em quadra sendo ovacionado por sua torcida e demonstrou habilidade tática desde o primeiro minuto. Apesar da garra e dos gritos de “Eu acredito!” vindos da arquibancada, a Gnomada não apresentou consistência em seu ataque e não conseguiu aproximar o placar. Primeira parcial finalizada em 25 a 13.
No segundo set, o domínio da Engenharia continuou. A atlética abriu vantagem logo no início e disparou na frente. Um dos destaques da etapa foi Eduardo Mohallem, camisa 18 do Leão, que voou no G5 para fazer um salvamento. A Gnomada tentou se reorganizar, mas já era tarde. Como se fosse um sinal, as luzes dos ginásios próximos começaram a se apagar e o segundo set fechou em 25 a 8. O placar final do confronto foi de 2 a 0.
O capitão Samuel Reis, do curso de Engenharia Aeronáutica, afirmou que as orientações passadas pelo técnico foram cruciais para o resultado, porque enfrentaram um adversário atípico e que exigia maior concentração. “É um time obediente, mas é muito importante trabalharmos com agressividade, porque as equipes serão cada vez mais fortes”, concluiu.
Nas quartas de final, a Engenharia enfrenta a Biológicas.

Computação X Infernal
A primeira partida do domingo demonstrou equilíbrio entre as adversárias. Infernal abriu o placar e foi seguida pela Computação, que apresentou bloqueios firmes e abriu uma vantagem de três pontos. Durante o set, foi possível observar a equivalência tática de ambas as equipes, que empataram sucessivamente. Na reta final, a Infernal fez um ace, mas o Lobo se impôs e fechou a primeira parcial em 26 a 24.
No segundo set, a Infernal voltou a abrir o placar, aproveitou falhas da Comp no ataque e saque. Os rallys dinâmicos mostraram que ambos os times valorizam a defesa, com muitos bloqueios feitos pelos atletas da Computação. A diferença no placar continuou pequena e, aos 23 pontos, um novo empate. A atlética azul levou a melhor e repetiu o resultado do primeiro set, 26 a 24. O resultado final foi de 2 a 0.
Gabriel Misao, do curso de Sistemas de Informação, foi o maior pontuador da Computação e compartilhou que a estreia do time atendeu às expectativas, mas que haviam pontos para melhorar. “Em campeonatos oficiais, o pessoal fica muito ansioso e acaba cometendo muitos erros, fomos conversando durante os tempos para diminuí-los e manter a constância. No geral, é o que fez a gente conseguir ganhar hoje”, concluiu.
Nas quartas de final, a Computação enfrenta a Fisioterapia.
Monetária X Educa
A partida mais emocionante do fim de semana foi protagonizada pela Monetária, atual campeã da modalidade, e Educa. Desde o momento em que as atléticas entraram em quadra para o aquecimento, o clima do G5 tornou-se mais tenso. Ao som do apito, os atletas foram ovacionados pela arquibancada em frenesi e, neste momento, fizeram um pacto silencioso de não decepcionar o público. O confronto, que teve 1h e 38min de duração, foi marcado por adrenalina até o último segundo.
A Monetária começou o primeiro set abrindo o placar, com ataques consistentes e boa presença na quadra. Os rallys se tornaram intensos, com ambas as equipes exibindo defesas precisas e ataques bem coordenados, mantendo a disputa acirrada e com empates ao longo do set. O Cachorro, com sua determinação, explorou os erros do Tamanduá e mostrou que não se sentia intimidado pelo título do adversário. Na reta final, a Educa saiu na frente e fechou a primeira parcial em 25 a 23.
No segundo set, a Educa abriu o placar e demonstrou disposição em manter a pequena vantagem. No entanto, a Monetária reagiu rapidamente com cortadas precisas e bloqueios consistentes, em especial feitos pelo atleta Luiz Gabriel Siqueira. A Educação Física tentou acompanhar o ritmo da campeã, mas cometeu erros de saque e sofreu com a velocidade do adversário. A atlética vermelha finalizou o set em 25 a 16 e levou a decisão para o tie-break.
No tie-break, as atléticas demonstraram resistência em quadra, com jogadas frenéticas e troca de pontos. A Educa começou forte e conseguiu abrir pequenas vantagens, mas a Monetária manteve-se calma nos momentos complicados. Rallys longos e defesas espetaculares marcaram a parcial, enquanto a torcida pressionava e incentivava os atletas incansavelmente.
No último rally da partida, o G5 prendeu a respiração para assistir ao saque do capitão da Monetária, Régis Júnior, que foi defendido pelos atletas da Educação Física. No entanto, a atlética azul subestimou a agilidade de Jack Zhu, da Money, que marcou o ponto final com facilidade. O embate resultou em 2 a 1.
Jairo Pereira Neto, do curso de Administração, foi o maior pontuador do Tamanduá e revelou que a equipe fez uma preparação forte desde a Copa Inter Atléticas (CIA), mesmo apresentando oscilações. “Eu nem consigo expressar o que estou sentindo agora. O nosso time é forte, acreditamos em cada um e lutamos até o final, não desistimos”, disse.

Medicina X Psicologia
O terceiro embate do domingo ocorreu entre Medicina e Psicologia. A Serpente abriu o placar com a Fênix um pouco atrás, que demonstrou-se sedenta por pontos. Provocações foram ouvidas de ambos os lados da arquibancada e impulsionaram os atletas em quadra. A Psico não conseguiu se impor no jogo devido a erros de defesa, enquanto a Med se destacou com um time organizado e bloqueios precisos. A primeira parcial encerrou em 25 a 15.
No segundo set, a Psicologia iniciou pontuando, mas a Medicina rapidamente virou o jogo e manteve-se à frente. No entanto, começou a perder consistência e permitiu um empate, seguido por uma virada no placar, advinda da Fênix. A Serpente não aceitou perder o posto na dianteira momentaneamente e retomou o controle, com 25 a 19. O resultado final do confronto foi de 2 a 0.
Gabriel Vieira, do curso de Medicina, foi o maior pontuador da equipe e comentou sobre a estreia na modalidade e as expectativas para as quartas de final, em que a Med enfrenta a Monetária.
“Estávamos com uma expectativa alta de ganhar esse jogo e estamos com a expectativa de treinarmos muito para enfrentar a Monetária. Acho que vai ser uma partida muito difícil, a gente vai ter que entrar muito com a cabeça no jogo”, concluiu o atleta.
Fisioterapia X Direito
Na penúltima partida do domingo, a Fisioterapia, terceira colocada da edição anterior, enfrentou o Direito. O Crocodilo demonstrou total domínio da quadra e, nos minutos iniciais, abriu uma vantagem de seis pontos. Erros de organização e defesa marcaram o início de jogo do Guará, enquanto a Fisio manteve consistência nos ataques e aproveitou suas oportunidades para pontuar. O placar foi discrepante, com o primeiro set encerrado em 25 a 5.
No segundo set, Fisioterapia continuou com jogadas bem coordenadas e sua torcida provocou os adversários com cânticos como “O que importa é competir!”. Apesar da reação tímida do Direito, a consistência e entrosamento do Crocodilo foram decisivos, com a segunda parcial encerrada em 25 a 10. O resultado final foi de 2 a 0.
O capitão Vinícius Sartori, do curso de Fisioterapia, afirmou que a partida foi tranquila, já que o Direito estava com desfalques e reconheceu que os atletas machucados acabaram fazendo falta para os adversários, mas que independentemente da pontuação, a Fisio deu o seu melhor. “Independente da diferença, estávamos sempre focados, tentando o nosso melhor para unir o time e encaixar certinho para evoluirmos cada vez mais”, completou.
Exatas X Artes
No último confronto do fim de semana, a Exatas começou a partida impondo ritmo forte, com uma sequência de seis pontos. Apesar dos gritos de incentivo da torcida de Artes, o Gorila manteve-se concentrado e assumiu o controle da quadra com jogadas organizadas. Ao longo do set, o Arlequim conquistou alguns pontos, mas a diferença no placar continuou confortável para a Exatas, que fechou a primeira parcial em 25 a 16.
No segundo set, a Artes começou pontuando, porém a Exatas assumiu a dianteira novamente, impulsionada pela sua torcida que entoou provocações durante o restante da partida. O Arlequim se aproximou brevemente, mas o Gorila manteve-se inabalável e encerrou o set com 25 a 15. O resultado final do confronto foi de 2 a 0.
Eli Carlos de Souza, do curso de Estatística e capitão da Exatas, comentou que, após terem ficado em quarto lugar no ano passado, a equipe está mais forte nesta edição e pretende dar o seu melhor, além de elogiar os adversários. “Embora a diferença tenha sido um pouquinho grande, foi um jogo difícil. O time da Artes também se reforçou, jogou super bem, sacou bem”, afirmou.
O capitão também apresentou suas expectativas para o confronto com a Humanas nas quartas de final. “Estamos com um retrospecto bom contra eles. Nós queremos mais, então vamos com tudo para conseguir uma vaga na semi”, assegurou Eli.

Resultados
Humanas 2 X 0 Agrárias
Biológicas 2 X 1 Odonto
Engenharia 2 X 0 Gnomada
Computação 2 X 0 Infernal
Monetária 2 X 1 Educa
Medicina 2 X 0 Psicologia
Fisioterapia 2 X 0 Direito
Exatas 2 X 0 Artes
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Bom texto