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Equipes campeãs buscam bicampeonato e avançam para as finais do vôlei na Olimpíada UFU 2025

  • Foto do escritor: Arquibancada UFU
    Arquibancada UFU
  • 10 de set.
  • 8 min de leitura

Em meio ao clima quente, atléticas disputaram as semifinais da competição


Por Tainá Brasil


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As finais da Olimpíada UFU 2025 serão realizadas no próximo domingo | Foto: Tainá Brasil


As semifinais do vôlei feminino e masculino na Olimpíada UFU 2025 ocorreram no último sábado (6), no campus Educação Física. O pré-feriado foi marcado por altas temperaturas dentro e fora de quadra e o G5, novamente, recebeu as disputas da modalidade.


O cronograma do dia incluía apenas quatro confrontos, mas isso não foi sinônimo de uma competição breve. As partidas anteriores à final foram longas e caracterizadas por substituições recorrentes, já que as equipes finalistas deveriam vencer três sets para conquistar a vitória.


Masculino


Engenharia X Fisioterapia


A competição teve início às 8h com uma partida do vôlei masculino. Engenharia, atual vice-campeã da modalidade, e Fisioterapia apresentaram um confronto inusitado. A atlética verde começou pontuando e abriu uma diferença de quatro pontos, sem qualquer reação de sua adversária. No primeiro set, o Leão, sempre confiante, demonstrou-se perdido em quadra e o Crocodilo aproveitou todas as oportunidades para abocanhá-lo. Após ataques e bloqueios certeiros, a primeira parcial encerrou em 25 a 12 para a Fisioterapia.


No segundo set, a Fisio investiu em bloqueios eficazes e  novamente, abriu vantagem no placar. Mesmo atrás no marcador, a torcida da Engenharia começou a provocar os adversários e a ação foi refletida em quadra. O Leão comandou bons ataques e, com uma sequência de bloqueios dos atletas Raphael Yuri e João Pedro Souza, alcançou o empate, que foi seguido por uma virada momentânea. A reta final foi marcada por uma intensa troca de pontos, em que a Fisioterapia levou a melhor e fechou o set em 25 a 23.


No terceiro set, a Engenharia fez o primeiro ponto e foi seguida pela Fisioterapia, que não se deixou abalar e buscou o empate. Em meio a rallys disputados, a atlética amarela assumiu a dianteira, com uma pequena diferença no placar. 


Em dado momento da partida, o atleta Miguel de Mello, do Crocodilo, teve um mal-estar e recebeu apoio de seus companheiros de equipe. A demonstração de união foi um combustível para o camisa 99, que ajudou a recolocar seu time na disputa com bons ataques e bloqueios. Os minutos finais foram marcados por rallys eletrizantes em que a Engenharia tentou, mas não obteve sucesso em vencer sua oponente. O resultado final do confronto foi de 3 a 0 para a Fisio.


Miguel de Mello, do curso de Fisioterapia, afirmou que o jogo foi difícil, mas que a equipe estava preparada. “Ano passado nós fomos eliminados por eles, na semifinal também, então tinha aquele gostinho de querer fazer mais. É sempre bom ganhar da Engenharia, que é uma das atléticas que tem muitos cursos, então é mais fácil para encontrar atletas bons. Para nós, uma atlética de um curso só, ganhar da Engenharia é bom demais.” declarou.


O atleta também compartilhou que esse ano o time recebeu reforços que alimentaram a sede por vitória e que essa é a despedida de grande parte dos atletas. “Como é a última [Olimpíada], queremos dar o nosso máximo para sairmos campeões”, concluiu.


Monetária X Exatas


A partida mais emocionante das semifinais foi protagonizada pela Monetária, atual campeã do vôlei masculino, e Exatas. Ao som do apito, as atléticas apresentaram rallys intensos e grandes atuações individuais. Do outro lado do ginásio, as torcidas ocuparam a arquibancada e demonstraram seu apoio do início ao fim.


A Exatas, que apenas ficou fora do pódio da modalidade duas vezes desde a sua fundação, abriu o primeiro set de maneira consistente e garantiu sete pontos de vantagem. O Gorila dominou a etapa, já que a Monetária apenas apresentou seu jogo na reta final. Os esforços do Tamanduá não foram suficientes para reverter o placar, que encerrou em 25 a 23 para a Exatas.


Na segunda parcial, as equipes exibiram equilíbrio técnico. A Exatas começou pontuando novamente, mas a Monetária apresentou saques que dificultaram a recepção de sua adversária. O destaque do set foi o capitão da Money, Régis Júnior, que chamou a responsabilidade para si e anotou pontos decisivos. Nos minutos finais, o Gorila apostou em bloqueios coordenados que foram determinantes no placar. O segundo set encerrou em 25 a 22 para a Exatas.


Para os espectadores casuais, a vitória da Exatas parecia garantida. No entanto, nesta edição da Olimpíada, a Monetária se consolidou como o verdadeiro time da virada, encontrando brechas mesmo quando as probabilidades não estavam ao seu favor. No restante da partida, a Money fez jus ao seu título de campeã e reafirmou sua presença em quadra.


O terceiro set foi dominado pela equipe vermelha e azul. Com sangue nos olhos, o time entrou em quadra embalado pelos cantos da torcida e abriu vantagem logo nos primeiros pontos. Os atletas Luiz Gabriel Siqueira e Jack Zhu fizeram bloqueios eficazes em sequência, formando uma parede impenetrável para os ataques da Exatas e garantindo a dianteira no placar. O Gorila apresentou erros de defesa e não conseguiu reagir. O Tamanduá encerrou a parcial por 25 a 13, restabelecendo sua posição no confronto.


No penúltimo set, o placar seguiu ponto a ponto, com rallys eletrizantes e defesas espetaculares de ambos os lados. Jack Zhu mostrou sua agilidade ao encontrar brechas na defesa dos adversários, enquanto Régis Júnior manteve sua sequência de ataques precisos. A Monetária venceu por 25 a 21 e levou a decisão para o tie-break.


O tie-break foi um espetáculo à parte. As atléticas demonstraram resistência em quadra, com intensa troca de pontos. O público comemorou cada ponto como se fosse o último. Durante a pausa, Régis fez uma prece silenciosa antes de entrar em quadra e conduzir sua equipe. A Exatas não foi páreo para a intensidade dos ataques adversários. O autor do ponto final da partida foi o capitão da Money, que garantiu a vitória por 15 a 10. O embate resultou em 3 a 2.


Visivelmente atônito, Régis Júnior, do curso de Gestão da Informação, foi o maior pontuador do Tamanduá e revelou que as partidas anteriores, que tiveram tie-break, foram essenciais para que a equipe vencesse. “Nem sei o que pensar sobre esse jogo. Eu sei que acreditamos do início ao fim, sabíamos que não seria um jogo fácil, porque a Exatas tem um timaço. Sair de 2 a 0 para 3 a 2 é surreal”, acrescentou.


O capitão compartilhou que os jogadores triplicaram os treinos e mantiveram a fé. “Mais difícil do que ganhar é se manter ganhando. Acredito que todos os times que enfrentamos vieram com garra para ganhar de nós. Todos jogaram muito bem, todos. Eu acho que o que nos ajudou a chegar aqui foi a nossa conexão”, disse.


Na final, a Monetária enfrenta a Fisioterapia e Régis prometeu um confronto acirrado. “Nós não tivemos vida fácil nessa Olimpíada. Como eu falei, todo mundo trabalhou para isso, assim como nós. É promessa de um jogão”, concluiu o atleta.


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A união foi um dos elementos fundamentais para que as atléticas finalistas conquistassem a vitória | Foto: Tainá Brasil



Feminino


Direito X Humanas


O primeiro confronto do vôlei feminino teve início às 10h do sábado, com Direito e Humanas, acompanhadas por poucos espectadores. O Guará abriu o placar e dominou a partida, com destaque para os bloqueios eficazes feitos pela atleta Júlia Moreno, enquanto a Humanas apresentou erros de organização e dificuldades defensivas, acumulando pontos por falhas da rival e não por construções próprias. Uma das atletas da Pantera, Samara Rodrigues, teve que sair de quadra por conta de uma lesão no joelho. O ponto final foi marcado por Júlia e encerrou a primeira parcial em 25 a 11, para o Direito.


O segundo set apresentou uma mudança no comportamento da Humanas, que começou pontuando e manteve-se à frente com ataques consistentes. O Direito reagiu com cortadas fortes, mas demonstrou instabilidade defensiva. Ao alcançar o empate nos 20 pontos, o Guará cometeu erros sucessivos e garantiu a vitória para sua adversária. A Pantera conseguiu mostrar as suas garras e fechou o set por 25 a 21. 


O terceiro set foi marcado por emoções. A Humanas começou pontuando e, logo no início da etapa, uma de suas atletas teve um mal-estar e o jogo foi paralisado para o atendimento. A Pantera apresentou melhor organização técnica e se manteve na dianteira, com o Guará a poucos pontos de distância. No meio da partida, o técnico Carlos Henrique Muzzi, do Direito, recebeu cartão vermelho da arbitragem. Ambas as atléticas se empenharam na reta final, que foi marcada por intensa troca de pontos. O Direito levou a melhor e a atleta Júlia Moreno, novamente, encerrou a parcial. 25 a 23 para o Guará.


No último set da partida, o Direito reafirmou o seu papel e abriu vantagem, explorando as falhas de comunicação do time de Humanas. O jogo ganhou equilíbrio a partir do meio da parcial, quando as jogadoras da Pantera foram embaladas pelos gritos de incentivo vindos da torcida. As atléticas disputaram a frente do placar, mas o Direito retomou o controle nos instantes finais e repetiu o resultado anterior de 25 a 23. O placar final foi de 3 a 1.


Júlia Moreno, do curso de Direito, disse que elas sabiam que as adversárias seriam fortes, mas se prepararam com antecedência. “Sabíamos que ia ser um jogo muito difícil e que deveria ser jogado com cabeça, então precisamos manter o emocional controlado até o final para conseguirmos jogar”, revelou.


A atleta compartilhou que a vitória foi resultado de uma evolução gradativa da equipe, que foi eliminada nas oitavas de final da Olimpíada anterior. “Fomos eliminadas nas oitavas no ano passado, chegamos nas quartas da CIA e agora nessa semi. Foi um caminho muito bem construído. Nós não sabíamos administrar a pressão, então isso fez toda a diferença e o coletivo também, porque não adianta jogar bem se não estivermos unidas. Acho que isso fez muita diferença hoje”, finalizou.


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“O ‘Pão de Queijo’ é ótimo. Além dele ser um excelente técnico, é um grande parceiro nosso”, disse Júlia sobre Carlos Henrique | Foto: Tainá Brasil


Educa X Fisioterapia


O último confronto do dia foi entre Educa, atual campeã do vôlei feminino, e Fisioterapia. A Fisio abriu o placar, mas foi seguida pela virada da Educa e a partida tornou-se mais tensa devido às provocações vindas da arquibancada. Apesar da troca constante de pontos, o set apresentou rallys de pouca emoção. No fim, a consistência da Educação Física foi crucial para o resultado. A primeira parcial fechou em 25 a 23.


No segundo set, o Cachorro mostrou que não carrega o título de campeão à toa e apresentou grande precisão técnica. Ao aproveitar os erros sucessivos da Fisio, a Educa, rapidamente, abriu sete pontos de vantagem. A diferença chegou a ser ampliada para 13 pontos e não foi ameaçada em nenhum momento. Após a demonstração de superioridade em quadra, o set foi encerrado em 25 a 14 para a atlética azul.


O último set foi a consolidação da vitória da Educação Física, que abriu seis pontos de vantagem. A Fisioterapia não mediu esforços para alcançar a adversária e chegou a empatar em dado momento. Contudo, as atletas Ana Laura Cardoso e Roberta Mendonça, da Educa, fizeram ataques bem executados, que deixaram a torcida em êxtase. Sem dar espaço para o Crocodilo, o Cachorro ampliou a vantagem, dominou os últimos momentos da partida e venceu por 25 a 15. O placar final do confronto foi de 3 a 0.


Roberta Mendonça, do curso de Educação Física, demonstrou-se satisfeita com a atuação da equipe na partida e reconheceu que suas adversárias formavam um time forte. “Eu acredito que entramos bem fortes do início ao fim. Fizemos um bom jogo, porque as bolas passavam e nós cumprimos com nossa responsabilidade de fechar. Era um time forte, só que entramos com o pensamento de que seria nosso e deu certo. Fechamos 3 a 0 com muita garra”, compartilhou.


Sobre a final, Roberta comentou suas expectativas do jogo contra o Direito. “A expectativa é, do início ao fim, continuar com essa sede de vitória, pensando que já é nosso para seguirmos com essa tradição. Começar e terminar firmes, para que o título venha como consequência”, acrescentou a atleta.


Resultados


Feminino


Direito 3 X 1 Humanas

Educa 3 X 0 Fisioterapia


Masculino


Fisioterapia 3 X 0 Engenharia

Monetária 3 X 2 Exatas



Próximos confrontos


Feminino


Humanas X Fisioterapia - Terceiro lugar

Educa X Direito - Final


Masculino


Engenharia  X Exatas - Terceiro lugar

Monetária X Fisioterapia - Final


 
 
 

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