Final de semana contou com quatro cartões vermelhos em quatro partidas, além de muitas poças no gramado do campus Educa
Por Calebe Dias e Roberto De Santis
Chuva forte no domingo não impediu os duelos de acontecerem no Campus Educa | Foto: Filipe Couto
A bola finalmente voltou a rolar nos gramados na Olimpíada UFU 2024. Enquanto Fisioterapia, Engenharia, Monetária e Educa já estão nas quartas, devido à classificação pelo chaveamento das fases anteriores, as equipes restantes na competição disputaram as oitavas de final no campus Educação Física, durante o último final de semana (19 e 20), pelo direito de chegar nas quartas desta edição.
Odonto 1 x 0 Direito
O jogo que abriu as oitavas de final, na manhã de sábado (19), rendeu muita emoção e entretenimento para os torcedores que acordaram cedo e foram torcer por suas atléticas. O começo da partida não teve muitas emoções: os dois times se estudavam, e o jogo era truncado no meio-campo.
A Atlética do Guará tinha o controle do jogo, mas não conseguia criar chances reais de gols, o que seria a tônica em toda a partida. Já a Odonto preferiu jogar com o time mais fechado e explorar os contra-ataques em velocidade
Ainda no primeiro tempo, um lance mudou a história do jogo. Lelis da Costa, meio-campista da Odonto, foi expulso após ter ofendido o árbitro, deixando seu time em inferioridade numérica. Mesmo com um a menos, o Panda manteve sua estratégia: solidez na defesa, e perigos no contra-ataque. E após uma falha entre o zagueiro e o goleiro do Direito, o camisa 7 e capitão da Odonto, Vinícius Petretti, tomou a bola do adversário e só empurrou pro gol.
No fim do primeiro tempo, um lance curioso. Ao bater o tiro de meta, o zagueiro da Odonto, Felipe Pires, sentiu uma lesão e não conseguiu voltar para a segunda etapa. Surgiu então um problema: a Atlética do Panda só tinha um reserva, que não estava cem por cento fisicamente, mas mesmo assim, Délio Duarte foi para o sacrifício e entrou em campo.
Com praticamente dois jogadores a mais, o segundo tempo foi de controle total do Direito, mas, a não ser em bolas paradas, não levou perigo ao gol defendido por Gustavo Mamede. Nas arrancadas em velocidade, a Odonto até chegava com perigo, mas não ampliou o placar.
Fim de jogo. Vitória heroica, na raça e até a última gota de suor da atlética preta e grená, que conseguiu segurar a pressão adversária e avançou para as quartas de final, onde enfrentará a Educa no dia 2 de novembro.
Odonto começa a pensar na partida contra a Educa | Foto: Calebe Dias
Medicina 2 x 1 Humanas
O segundo jogo das oitavas teve início ainda no sábado, entre Humanas e Medicina. Ao contrário da primeira partida, o confronto foi movimentado desde o começo, com as duas equipes querendo jogo
O ritmo era intenso, com muitas faltas no meio campo. A Medicina fazia um jogo coletivo que incomodava a Humanas, que, por sua vez, chegava com perigo no talento individual de seus jogadores. E foi assim, em uma bela troca de passes entre seus meias, que Fred Carrijo, saiu na cara do goleiro, limpou e fez 1 a 0 para a Pantera aos 37 minutos da primeira etapa. Logo na sequência, a Humanas até chegou a ampliar o placar no apagão da defesa da Medicina, mas o lance estava impedido. Com isso, o primeiro tempo acabou com o placar mínimo para a Atlética da Pantera.
Os últimos 40 minutos começaram a todo vapor, e muito bons para a Medicina. Logo aos seis minutos, numa falta de longe, Matheus Diniz bateu firme na bola, e o goleiro da Humanas aceitou um chute defensável, empatando o placar para a Serpente. Após a falha, a Humanas decidiu trocar o seu goleiro, colocando Felipe Pirovani em campo, que havia acabado de chegar ao banco de reservas, após estar na disputa do handebol.
Depois do gol de empate, a Atlética da Serpente cresceu no jogo, e deu trabalho para o guarda-redes adversário, que fez boas defesas e manteve o empate no placar. A Humanas até voltou a equilibrar o jogo, mas seus esforços defensivos não foram suficientes, e aos 33 minutos a Medicina chegou ao seu segundo gol com Lucas Barbosa, e tomou a frente do placar.
Daí em diante foi um abafa da Pantera, que tentava a todo custo buscar o empate no confronto, mas apesar do esforço, não conseguiu reverter o resultado, esbarrando na forte defesa da Serpente. Final de partida. Medicina 2 a 1 Humanas. A atlética verde e roxa conseguiu a virada, se segurou, e vai para a próxima fase da competição, onde terá pela frente a Fisioterapia, também no dia 2 de novembro.
Agrárias 4 x 1 Aplicada
No domingo (20), Agrárias e Aplicada realizaram o confronto de baixo de chuva e com poças no campo. A Atlética do Javali saiu na frente bem no começo da partida. Frederico Tavares Silveira, dono da camisa 57, finalizou na saída do goleiro e inaugurou a goleada.
Mesmo com o começo dos sonhos, os futuros agrônomos voltaram à realidade depois do goleiro Gabriel Felipe Alao da Costa ser expulso pouco tempo depois do 1 a 0. Sem um jogador da posição no banco, Gabriel Oliveira Santos Viana, foi defender o gol do Javali.
Ainda no primeiro tempo, a Aplicada não conseguiu aproveitar a vantagem numérica e quem criou as melhores chances, principalmente em bolas paradas, foi a Agrárias. A única oportunidade da Atlética do Canguru parou em uma ótima defesa do goleiro improvisado.
Na volta do intervalo, domínio total do Javali. Frederico Tavares anotou o segundo de falta, Matheus Zolla e Alexandre Cardoso fecharam a conta. Nos minutos finais, Victor Coelho Ferreira, de pênalti, marcou o gol de honra da Aplicada. Final da partida: 4 a 1.
Curiosamente, para o jogador de linha Gabriel Oliveira, atuar debaixo das traves não era novidade. “No jogo mais cedo do futsal, nosso goleiro titular acabou faltando e eu tive que ir para o gol. Eu falo para os meninos: todo mundo aqui é família. Dependendo do que cada um precisar, eu estou aqui disposto para ajudar”, destacou.
Computação 1 x 0 Exatas
O segundo confronto do dia foi mais equilibrado. A Computação abriu o placar logo no primeiro minuto com o gol de cabeça do camisa 10, Wigor Lau de Oliveira. Mas durante boa parte do primeiro tempo, a Exatas pressionou e exigiu boas defesas do goleiro Gabriel Luiz de Lima.
O banco da Atlética do Lobo chamou bastante atenção durante a partida. Técnico e atletas reservas gritaram, vibraram e orientaram a cada momento, além de contestarem muito as decisões da arbitragem. Carlos Ernani Alves e Marcos Vinicius Marchiori, da Comp, foram expulsos sem pisar em campo, por reclamação.
As tentativas frustradas de ataques da Atlética do Gorila e as oportunidades desperdiçadas da Computação garantiram o 1 a 0 no placar. A Atlética do Lobo agora têm a Monetária pela frente, e buscam superar a campanha do ano passado, quando foram eliminados nas quartas de final.
Depois de marcar seu primeiro gol de cabeça na Olimpíada UFU, Wigor Lau comentou sobre toda a agitação que vem do banco da sua equipe. “Isso anda em uma linha tênue, pode ajudar ou atrapalhar. Nós vivemos muito o jogo ali de fora, às vezes, acabamos desrespeitando os colegas dentro de campo. Mas no final, é porque todo mundo quer a vitória”, apontou.
“A projeção é chegar com cuidado e refletir sobre o estilo de jogo da Monetária”, disse o camisa 10, Wigor Lau, sobre o próximo confronto | Foto: Filipe Couto
Resultados
Odonto 1 x 0 Direito
Medicina 2 x 1 Humanas
Agrárias 4 x 1 Aplicada
Computação 1 x 0 Exatas
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