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Engenharia UDI e Medicina se classificam e protagonizam a final do handebol feminino

Atléticas eliminaram Agrárias e Educa nas semifinais, no último domingo (20), e são finalistas da modalidade na Olimpíada UFU de 2022


Por Pedro Bueno


O handebol feminino contou com mais dois grandes jogos, que foram válidos pela semifinal da Olimpíada UFU. Foto: Ítana Santos

Temos uma final! Depois de várias disputas, Engenharia UDI e Medicina se destacaram, conseguiram a classificação e decidirão o handebol feminino na Olimpíada UFU de 2022. Já Agrárias e Educa disputarão a medalha de bronze e o importante terceiro lugar da competição.


Os finalistas foram decididos no último domingo (20). Com o retorno à quadra do G2, no Campus Educação Física, a Engenharia UDI venceu a Agrárias por 20 a 13, enquanto a Medicina derrotou a Educa por 23 a 22, em um jogo extremamente equilibrado e com reviravolta nos minutos finais.


Com estes resultados, já é certo que teremos um pódio diferente em relação à Olimpíada de 2019. Na competição anterior, a Engenharia UDI foi a vencedora, com a Educa como vice, a Monetária na terceira posição e a Moca no quarto lugar, ou seja, a Medicina já é a grande novidade nos primeiros lugares, enquanto a Agrárias também evoluiu após ficar em sexto há três anos.


Logo, boas histórias foram contadas e feitos já foram alcançados no handebol feminino. Agora chegou a hora da decisão. No próximo sábado, dia 26, no G2, a final ocorrerá às 8h20, enquanto a disputa de terceiro lugar será disputada às 11h.


Engenharia UDI x Agrárias


O primeiro jogo do dia reuniu a favorita Engenharia UDI e a Agrárias, que chegou na semifinal após um duelo equilibradíssimo nas quartas frente ao Direito. Porém, o domínio da atlética amarela e preto foi visto desde os primeiros minutos e, mesmo com a recuperação das representantes do Javali, o resultado não foi alterado.


As futuras engenheiras assumiram a liderança do placar logo no início da partida e não perderam a vantagem mesmo com uma boa mudança tática da Agrárias na etapa final. Com o intuito de marcar de uma forma diferente, o time verde começou uma marcação individual e ainda no campo do adversário nas destaques da Engenharia, como a camisa 9 - Larissa - e a camisa 10 - Bárbara.


A estratégia deu certo e a Agrárias conseguiu, em alguns momentos, diminuir a vantagem para cinco, seis bolas, mas o acúmulo de erros da atlética, junto da boa e regular atuação da Engenharia, resultou em um placar de 20 a 13 para a atlética amarela, que se classificou para a final.


O jogo foi extremamente 'pegado' do início ao fim. Foto: Ítana Santos

Destaque da Engenharia UDI com nove gols marcados na partida, Larissa Silva falou com o ARQ UFU sobre a campanha do seu time e explicou qual foi a estratégia utilizada para alcançar rapidamente a vantagem no duelo com a Agrárias.


“A gente treinou muito o ano inteiro. Na última Olimpíada, nós conseguimos ser campeãs. Então estamos tentando isso de novo. ́Nós tínhamos visto o jogo delas e sabíamos como era o time, assim como elas assistiram o nosso jogo. Então a gente foi treinando com base nas jogadoras chaves delas. A gente montou a nossa defesa e o nosso ataque com base no time delas, para a gente já conseguir sair na frente desde o começo. E foi o que aconteceu”, disse Larissa.


A estudante de Engenharia Aeronáutica ainda comentou sobre a marcação individual recebida durante o segundo tempo, já que a dona da camisa 9 foi uma das jogadoras que recebeu uma atenção especial das adversárias. Em alguns momentos, Larissa foi impedida pelas atletas da Agrárias de ir ao ataque.


“No começo, eu acho um pouco complicado, porque eu penso no time, no geral. Então eu fico pensando ‘como que o time vai fazer agora’, pois eu não estou conseguindo atacar. Só que isso já aconteceu em outros jogos e a gente tem a nossa tática. Então, se eu estou em cima, as meninas já sabem o que elas têm que fazer embaixo. Eu confio nelas e a gente consegue se manter na frente”, afirmou a estudante.


O time da Engenharia UDI busca o bicampeonato do handebol feminino na Olimpíada UFU. Foto: Ítana Santos

Por outro lado, a eliminação na semifinal foi um golpe duro na Agrárias. Após atropelar a Humanas nas oitavas e protagonizar o grande jogo das quartas de final, contra o Direito, a equipe não conseguiu repetir as ótimas atuações, principalmente no primeiro tempo frente à Engenharia, e foi derrotada, mesmo com uma etapa final mais eficiente.


Após o fim da partida, uma das destaques da campanha da atlética conversou com o ARQ UFU. Gabriela Cardoso, conhecida como MST, detalhou a atuação do seu time no duelo com a Engenharia.


“Eu acho que a gente perdeu para nós mesmos. Apesar de já sabermos da eficiência do time da Engenharia, a gente estava treinando, a gente fez o nosso máximo, mas realmente não entramos tão bem ofensivamente. Defensivamente, a gente conseguiu segurar bem, elas poderiam ter aberto até mais bolas, mas nós seguramos. Faltou só acertar a finalização, esse foi o nosso erro”, disse a estudante.


Dona da camisa 7 da Agrárias, MST apertou bastante a marcação para tentar a virada. Foto: Ítana Santos

Se destacando pela habilidade e raça nesta campanha da Agrárias, MST ainda falou sobre a disputa de terceiro lugar contra a Educa. “A gente agora vai treinar, continuar o nosso desempenho, focar porque a gente ainda tem chance de pegar pódio. Então é ir para cima”.

Já Amanda Assis, outra atleta que se destaca pela Agrárias, relatou qual é o pensamento do time antes da disputa do terceiro lugar. “O foco agora é lutar pelo bronze como se a gente fosse lutar pelo ouro”.


Educa x Medicina


Já no outro jogo válido pela semifinal do handebol feminino, Educa e Medicina protagonizaram uma grande partida que contou até com uma virada no segundo tempo. As ‘donas da casa’ começaram muito bem o jogo e estavam com uma vantagem de quatro gols no intervalo, mas as estratégias da Med funcionaram na etapa final e elas conseguiram virar faltando poucos minutos, vencendo o duelo por um gol de diferença.


Sim, é cruel perder apenas por uma bola. A Educa tinha eliminado com tranquilidade a Odonto nas quartas e fez mais um grande jogo na semifinal, porém apenas um time sai como vencedor. E, desta vez, a Medicina surpreendeu as atuais vice-campeãs da modalidade na Olimpíada UFU e venceu por 23 a 22.


Finalista, a Medicina quer impedir o bicampeonato da Engenharia UDI. Foto: Pedro Bueno

O início muito bom da Educação Física rendeu uma vantagem que foi diminuída com as estratégias do treinador Denilson Cabral. Conhecido como Coração, o técnico optou por marcações individuais e altas na etapa final, anulando algumas peças fundamentais da Educa. Esta mudança na postura defensiva foi determinante para o resultado, como disse Thaís Gonçalves, atleta da Medicina.


“A virada aconteceu quando a nossa defesa começou a encaixar. Eu confio muito na nossa defesa. No ataque, a gente tem que ter calma, rodar a bola, que uma hora ou outra abre um buraco. Isso acontece com todos os times aqui da UFU. O que eu confio mais é na nossa defesa. Acho que a nossa defesa foi fundamental. A goleira defendeu tiros de sete metros. Quando a gente começou a conseguir marcar as meninas que estavam fazendo mais gols no jogo, foi a hora que a gente conseguiu virar”, afirmou a futura médica.


Destaque em todos os jogos da Medicina, Thais, que usa a camisa 52, é uma das organizadoras da equipe junto de Maria Júlia, dona do número 8. Ambas são responsáveis por boa parte dos tentos da finalista Medicina, e Thais falou sobre o entrosamento com a colega de time.


“A gente joga fora em outros outros times também e acaba que, nesse time, eu e a Maju temos mais anos de experiência no handebol. Então foi muito fácil entrosar com ela, porque ela aparece onde precisa, ela dá o sangue, marca com muita garra. Então realmente desde o nosso primeiro dia juntas já rolou um entrosamento muito legal”, disse a representante da Med.


Assim como Thais, a camisa 8 da Medicina, Maria Júlia, também organiza o jogo da equipe. Foto: Ítana Santos

Já em preparação para a final diante da Engenharia UDI, Thais detalhou a preparação para a decisão deste sábado (26).


“É um novo jogo. As meninas da Engenharia rodam muito mais a bola e têm muito mais contra-ataque. Então vamos ter que parar para planejar uma defesa para esse tipo de jogo e no nosso ataque a gente tem muita coisa pra melhorar. Então a gente tem margem para conseguir fazer um jogo legal contra a Engenharia”, afirmou Thais Gonçalves.


Já do outro lado da moeda, a Educa foi eliminada e, com razão, sentiu bastante a derrota. Perder por uma bola no handebol é extremamente cruel, ainda mais após fazer uma ótima partida e sofrer uma virada nos minutos finais. E o jogo da atlética ainda tem outros dois fatos que preenchem o contexto desta desclassificação.


Antes mesmo do apito final, a equipe viveu um drama ao perder uma das suas destaques. A atleta Ana Flávia não foi corretamente inscrita pela sua atlética e não pôde atuar. Já durante o segundo tempo, enquanto ainda liderava o placar, uma expulsão provocou diversas reclamações da torcida e das próprias jogadores em relação à arbitragem.


Um jogo tumultuado e um placar apertado. Uma eliminação marcante. Mesmo assim, uma das destaques da Educa concedeu entrevista ao ARQ UFU e expôs o sentimento depois do apito final. Para Maria Clara, conhecida como Cacá, o time teve uma boa atuação, mesmo com alguns deslizes.


“Apesar da gente ter perdido, a gente fez um jogo muito bom. Nós tivemos alguns problemas, como uma atleta que ficou de fora, que era responsável pela nossa armação central, que é a Ana Flávia. Mas, no geral, eu acho que nós jogamos bem, que tínhamos potencial. Infelizmente, durante o jogo, aconteceram coisas que acabaram deixando a gente com inferioridade numérica e isso acaba dando vantagem para o outro time. Também tiveram muitos erros nossos”, disse a futura educadora física.


Foi definitivamente um grande jogo de handebol, que impôs duras marcações de ambos os times. Foto: Ítana Santos

Com o espírito esportivo em dia e lembrando da importância do próximo jogo, Cacá destacou o valor de conquistar o terceiro lugar neste sábado, frente à Agrárias.


“Eu acho que toda medalha tem um valor muito grande. São muitas atléticas competindo, então cada vitória conta. Todas as atléticas dão o máximo e é o que a gente vai fazer também para disputar esse terceiro lugar, porque agora, mais do que nunca, a gente quer muito ganhar essa medalha de bronze”, disse Maria Clara.


FINAL DO HANDEBOL FEMININO

Engenharia Udi x Medicina - sábado (26/11) - 8h20 - G2


DISPUTA DE TERCEIRO LUGAR DO HANDEBOL FEMININO

Agrárias x Educa - sábado (26/11) - 11h - G2

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