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Engenharia se consolida como bicampeã do basquete masculino na Olimpíada UFU 2024

Em meio a Tigres, Cachorros e Gorilas, esta já é a quarta edição seguida que o time do Leão disputa a final; Moca leva a prata, e Educa o bronze


Por Maria Eduarda Amorim


Após a Engenharia ter perdido na modalidade durante a Copa Inter Atléticas (CIA), o capitão do time, Pascoal Neto, comentou que houve um aumento nos treinos para garantir um melhor resultado na Olimpíada UFU 2024 | Foto: Maria Eduarda Amorim


A Olimpíada UFU 2024 chegou ao fim, e foi no SESI Gravatás que aconteceram os últimos confrontos do basquete masculino. Enquanto Educa e Exatas se encontraram no sábado (09) para disputar a medalha de bronze, Engenharia e Moca jogaram no domingo (10), pela medalha de ouro. As disputas pela definição do pódio ocorreram em meio a torcidas barulhentas e jogos tensos. 


Um jogo de felinos


Na quadra, Leão e Tigre se encontraram pela disputa do lugar mais alto do pódio. Os felinos tinham o mesmo objetivo, e lutaram com garras e dentes pelo domínio da bola, que dentro jogo era a presa mais cobiçada. Entre empurrões, faltas e suor, a partida se tornou ainda mais intensa com o tambor da Charanga, e os gritos da torcida da Moca.


Em meio ao jogo, palavras de ânimo eram trocadas entre os jogadores, enquanto novas estratégias eram traçadas por parte dos técnicos e do banco, parceiros de time buscavam a melhor forma de auxiliar aqueles em quadra. A última partida da modalidade foi caracterizada pelo surgimento de uma nova rivalidade que hipnotizava quem estava na arquibancada. As duas atléticas compartilham mais do que o amarelo no uniforme e o tipo de mascote: um jogo muito ofensivo e a forte marcação do time adversário. 


Foi ao som dos batuques da bateria que o Leão rugiu mais uma vez e se tornou bicampeão do basquete masculino. Após uma década sem ter a medalha dourada no pescoço, em 2023, o time preto e amarelo subiu no lugar mais alto do pódio sem intenção de descer, e durante a edição deste ano, levou o título novamente. “Muita gente duvidava, mas graças a Deus a gente foi campeão“ compartilhou o capitão da Engenharia, Pascoal Neto, sobre a vitória na competição. 


Para a Moca, de 2023 para 2024, não foi apenas o ano que mudou, mas também a cor da medalha. Do bronze à prata, a atlética de Monte Carmelo mostrou o resultado da intensificação dos treinos, e após ganhar da Educa nas semifinais, focou sua atenção no brilho dourado da medalha de primeiro lugar. “Ano passado a gente ficou em terceiro lugar, esse ano a gente já conseguiu o segundo e viemos com total intenção de ganhar o primeiro lugar sem sombra de dúvida. Foi mérito e esforço de toda a equipe, mas no final faltou perna” compartilha Jean Carlos, atleta da Moca.  


O Tigre, apesar de ser o maior felino da terra, não conseguiu bater de frente com o Leão. Porém, mostrou que não tem interesse em sair do pódio. Francisco Oliveira, camisa 13 da Moca, comentou que o bronze e a prata o time já tem, e que na próxima Olimpíada o foco é o ouro. Além de deixar Uberlândia com uma medalha prateada no peito,  voltaram para casa com um outro título. Pedro Augusto Silva, capitão da equipe, foi eleito o melhor atleta da modalidade na categoria masculina da Olimpíada UFU 2024. 


A Moca é a única atlética de campus fora de Uberlândia a fazer parte de um pódio na Olimpíada desde 2010 | Foto: Maria Eduarda Amorim


Entre guinchos e latidos


A disputa pelo bronze foi entre o Cachorro e o Gorila que, durante o jogo, demonstraram não querer largar o osso. Mas, no final, a Educa latiu mais alto e se fez presente, pelo terceiro ano consecutivo, no pódio. Enquanto o brilho de bronze da medalha refletia no rosto dos atletas, ao fundo, a torcida comemorava a conquista de mais uma medalha para a atlética.


“Eu me lesionei uma semana antes da Olimpíada, consegui voltar a jogar apenas semana passada, então é gratificante conseguir voltar em um nível suficiente para pelo menos trazer uma medalha para Educa” diz Rafael Gumerato, conhecido nas quadras como Billu. O atleta jogou apenas nos últimos dois finais de semana da competição, mas mesmo afastado durante o início dos jogos, ele conseguiu  ser destaque da partida e mostrou para o adversário que cão que late, pode morder.


“A gente não veio com os pés no chão, acabamos não treinando como deveria, não ajustando o time a tempo para a Olimpíada e acabamos pecando nesse quesito. Então, quando de fato a gente pegou um time forte, não conseguimos impor o nosso jogo. Não era o resultado que a gente queria, mas cabeça erguida, ano que vem tem mais”, acrescenta Jhonatha Ferreira sobre a Educa ter caído uma posição na modalidade e o esperado para as próximas competições.


Educa perdeu para a Moca na semifinal depois de dois anos sendo o algoz da equipe dos tigres na competição | Foto: Filipe Couto


Apesar de ficar em quarto lugar, a Exatas deixou sua marca na Olimpíada deste ano, ao protagonizar o único jogo da modalidade com prorrogação. Durante a partida com a Educa, o time preto e vermelho jogou contra um ex-colega de equipe, Jhonatha, atual estudante de Educação Física, que compartilha ser uma felicidade ganhar a medalha, mas que é uma infeliz coincidência  isso ter acontecido em cima de seu ex-time. 


A Exatas mostrou que quem não tem cão, caça com Gorila. Mas, entre gritos de insultos ao adversário e incentivos partindo da arquibancada, e as pausas para discutir melhores estratégias com técnicos, o Cachorro dominou a partida e não deu espaço para o adversário. A animosidade em quadra foi leve e passageira, diferente do jogo da Exatas com a Medicina. Mas, dessa vez quem levou a melhor foi o time rival.


De presas a patas, o basquete masculino na Olimpíada UFU 2024 se caracterizou por equilibrar jogos mornos e quentes durante toda temporada. Com reviravoltas, colocações inesperadas, torcidas agitadas e encontro de atletas rivais e amigos dentro de quadra, as competições demonstraram que, para chegar na final e se destacar durante a jornada, é preciso ser o animal maior da disputa, e não ter medo da presa. 


Torcidas de Exatas e Educa acompanharam cada lance com tensão e entusiasmo, usando de gritos e provocações para auxiliar o seu time | Foto: Maria Eduarda Amorim


Resultados: 


Final: Engenharia 72 x 53 Moca 

Disputa de terceiro lugar: Educa 75 x 48 Exatas 


Melhor atleta da competição (DIESU): Pedro Augusto Souza Silva (Moca)


Classificação final:


Campeã: A.A.A. Engenharia 

2° lugar: A.A.A. Moca

3° lugar:  A.A.A. Educação Física

4° lugar: A.A.A. Exatas

5°  lugar: A.A.A Monetária

6°  lugar: A.A.A Infernal

7°  lugar: A.A.A Aplicada

8°  lugar: A.A.A Medicina


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