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Engenharia conquista ouro pela quarta vez consecutiva no handebol masculino da Olimpíada UFU 2025

  • Foto do escritor: Arquibancada UFU
    Arquibancada UFU
  • 18 de set.
  • 6 min de leitura

Monetária e Artes completaram o pódio da modalidade


Por Ester Moraes

O Leão é pentacampeão da modalidade e ganhou pela primeira vez em 2015 | Foto: Ester Moraes
O Leão é pentacampeão da modalidade e ganhou pela primeira vez em 2015 | Foto: Ester Moraes

A Olimpíada UFU 2025 chegou ao fim e, no handebol masculino, os protagonistas da competição conquistaram seu lugar no pódio. No último fim de semana (13 e 14), a quadra do G2 recebeu as partidas que encerraram a categoria desta edição. A disputa pelo terceiro lugar e a grande decisão contou com presença em peso das torcidas, que incentivaram suas atléticas até o último minuto.


O pódio, por pouco, não foi o mesmo do ano passado, mas desta vez as surpresas marcaram uma das modalidades mais acirradas da Olimpíada. O caminho até a final foi uma trajetória desafiadora, com partidas equilibradas do início ao fim, que exigiram dos atletas fôlego e garra a cada lance.


Final - Engenharia 30 x 28 Monetária 


De um lado, o Leão, atual campeão, que buscava o quarto título consecutivo e reafirmar o favoritismo na competição. Do outro, o Tamanduá, que se redimiu da performance da última Olimpíada, quando caiu nas oitavas, e alcançou um novo patamar neste ano. Duas equipes competitivas e consistentes, que passaram por obstáculos diferentes para se encontrarem na grande decisão.


A Engenharia, que fez uma campanha admirável, não deixou dúvidas já nas oitavas de final, quando mandou de volta para casa, com tranquilidade, a Gnomada, atlética de Patos de Minas. Nas quartas de final, encontrou pelo caminho a Educa, um time consistente que não deu descanso para o Leão, que, mesmo assim, derrotou com confiança o adversário.


A partida que garantiu a vaga do Leão na final foi uma das mais aguardadas da competição, já que a Medicina era vista como uma pedreira por muitos que presenciaram o confronto. Mesmo com um jogo páreo nessa fase, a Med não conseguiu alcançar o nível de organização e concentração do Leão, que avançou com disparidade para mais uma decisão.


Do outro lado da quadra estava a Monetária, uma equipe que foi sinônimo de superação. Se, por um lado, a Engenharia prosseguiu sem grandes sustos, a Money precisou enfrentar jogos marcados pela imprevisibilidade. Na primeira fase, o Tamanduá deixou a equipe da Humanas para trás, em confronto equilibrado.


Já nas quartas de final, cruzou o caminho com a Computação, que era, até então, medalha de bronze da última edição. Uma partida intensa, em que a Money superou o adversário no detalhe, apenas com um ponto de diferença.


Na semifinal, travou um jogo frenético com a Artes, vice-campeã no ano passado. A disputa desta fase foi marcada pelo ritmo acelerado das equipes e pelo intenso contato físico dos atletas, no qual o Tamanduá levou a melhor por dois gols de diferença.


Monetária soma no total oito medalhas na competição, sendo duas de ouro, três de prata e três de bronze | Foto: Ester Moraes
Monetária soma no total oito medalhas na competição, sendo duas de ouro, três de prata e três de bronze | Foto: Ester Moraes

Até chegar à final, Engenharia e Monetária construíram trajetórias merecedoras de lutar pelo topo do pódio. As equipes entraram em quadra às 12h do domingo, sob a grande movimentação das torcidas, que preencheram as arquibancadas do ginásio. O primeiro tempo começou agitado, com os dois lados bem organizados, que demonstraram equilíbrio tático.


A Money abriu o placar com quatro gols seguidos, mas o Leão logo diminuiu a diferença. Nenhum dos times conseguiu abrir uma larga vantagem, e o placar permaneceu ponto a ponto, alternando sempre em pequenas distâncias, com a resposta imediata do adversário resultando no empate.


Logo no início, o artilheiro da Monetária, João Renato Carvalho, camisa 28, sofreu uma queda que resultou em uma contusão no joelho. Após receber atendimento, o atleta voltou à quadra visivelmente desconfortável, mas não deixou de se dedicar, contribuindo com dez gols para sua equipe. Mesmo com o placar apertado e entre diversas paradas técnicas, a Engenharia levou a vantagem de um ponto para o intervalo, por 14 a 13.


O segundo tempo se manteve no mesmo ritmo acelerado, com a sensação de que a cada lance tudo poderia mudar em um piscar de olhos. Com o resultado acirrado até o fim, o Leão reforçou a marcação, transformando as punições de dois minutos em uma barreira defensiva quase impenetrável. Nos minutos finais do confronto, enquanto a contagem regressiva marcava o fim da partida, o Leão selou sua quinta conquista por 30 a 28, sendo a quarta consecutiva no handebol masculino da Olimpíada UFU.


O que talvez nem todos soubessem é que a Engenharia buscava uma revanche da Copa Inter Atléticas (CIA) 2025, após ser derrotada pelo Tamanduá na semifinal da competição. Depois do apito final, o destaque do Leão, Suelso de Freitas, comentou sobre o ouro da equipe.

“A nossa construção vem de muito tempo, quando resolvemos jogar é dar a cara a tapa. Várias pessoas nos colocaram como favoritos, mas sabemos que jogo é jogado e respeitamos todos os nossos adversários. Fizemos um jogo limpo contra eles e fizeram com nós também. Foi um jogo bonito de se ver, digno de final.”


“Estavámos com algo entalado desde o CIA e viemos buscar”, finalizou Suelso | Foto: Ester Moraes
“Estavámos com algo entalado desde o CIA e viemos buscar”, finalizou Suelso | Foto: Ester Moraes

Terceiro lugar - Artes 23 x 20 Medicina 


A disputa pela medalha de bronze ficou por conta de duas equipes persistentes, que lutaram até a última gota de suor para garantir seu espaço no pódio. O início da Med na competição parecia até então um caminho tranquilo, especialmente na primeira fase, quando enfrentou a Psico em um jogo completamente desequilibrado, vencendo com 54 gols de diferença.


Nas quartas de final, venceu sem preocupações e com uma larga distância no placar a equipe da Fisio. Mas foi na semifinal que a Serpente encontrou sua verdadeira pedra no sapato, a Engenharia. Ambas as equipes não decepcionaram, mas a superioridade do Leão em quadra, somada a alguns erros de desatenção da Med, fez com que a Serpente deixasse escapar a grande final.


O Arlequim, por sua vez, apresentou uma campanha consolidada e cheia de potencial. Nas oitavas de final, a Artes derrotou, sem muitos esforços, a Infernal, atlética visitante do Campus Pontal. Já nas quartas, eliminou o Direito em um jogo de muito equilíbrio. Na semifinal, o Arlequim encontrou um obstáculo maior, a Monetária. Apesar da boa performance e da resistência em quadra, a Artes não conseguiu superar o bom momento do Tamanduá, indo assim para a disputa do terceiro lugar contra a Med.


No primeiro tempo, a Serpente iniciou pressionando fortemente a marcação, o que induziu o Arlequim a cometer erros de finalização e forçou o técnico Thiago Bispo a pedir tempo logo no início. A Med demonstrou alto nível de concentração e realizou bons desarmes, que foram convertidos em contra-ataques e resultaram em uma pequena vantagem.


Com esse resultado, a Med terminou na quarta colocação, repetindo a posição do ano passado | Foto: Ester Moraes
Com esse resultado, a Med terminou na quarta colocação, repetindo a posição do ano passado | Foto: Ester Moraes

A parcial também foi marcada pelas grandes atuações dos goleiros, Matheus Duarte, da Serpente, e Victor Coelho, do Arlequim. Entre grandes jogadas e movimentação dos dois lados, o primeiro tempo terminou 10 a 10, o que demonstrou o nível de páreo das equipes.


A segunda etapa começou mais acalorada, com o intenso contato físico entre os atletas, que resultou em algumas punições de dois minutos, além das reclamações vindas do banco da Med. Com destaque para os goleiros e algumas jogadas individuais, o placar permaneceu equilibrado ponto a ponto.


Até que o Arlequim converteu um tiro de sete metros com o camisa 66, Saymon Black, ampliando a vantagem da Artes e as reclamações em quadra. O camisa 7 da Serpente, Gabriel Vieira, também assumiu a responsabilidade e marcou tiros de sete metros que foram decisivos para a equipe.


Na reta final, os futuros médicos mantiveram o ritmo acelerado e não pararam de correr, mostrando garra e determinação a cada lance. Após uma reclamação de Raphael Artiaga contra a punição aplicada a seu atleta, o técnico acabou recebendo cartão amarelo. A Artes manteve a consistência e abriu vantagem nos minutos finais, e na volta da parada técnica a Serpente já se mostrava desestabilizada. A Med não conseguiu o resultado a tempo, e o Arlequim garantiu o terceiro lugar no pódio por 23 a 20.


Após o apito final, Wendy Chaves, que se destacou em boa parte dos jogos da Artes, comentou sobre a campanha da equipe na conquista da medalha de bronze.


“Nosso objetivo era chegar ao lugar mais alto do pódio, mas, infelizmente, o esporte é assim, nem sempre saímos com a vitória. Nós tentamos no último jogo, que foi muito difícil. Mas hoje consegui ajudar meu time a sair com esse terceiro lugar, que tem que ser comemorado. Vamos vibrar e, no ano que vem, vamos trabalhar mais para conquistar o título que tanto sonhamos.”


Artes voltou ao pódio pela segunda vez, após ter conquistado a medalha de prata no ano passado. | Foto: Ester Moraes
Artes voltou ao pódio pela segunda vez, após ter conquistado a medalha de prata no ano passado. | Foto: Ester Moraes

Resultados 


Engenharia 30 x 28 Monetária - Final

Artes 23 x 20 Medicina - Terceiro Lugar 


Classificação geral 


1° Engenharia 

2° Monetária 

3° Artes

4° Medicina 

5° Educa

6° Computação

7° Direito

8° Fisioterapia 


Atleta destaque (DIESU): João Renato Carvalho - AAA Monetária 


 
 
 

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