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Engenharia bate novamente Educa para garantir bicampeonato no futebol de campo da Olimpíada UFU 2025

  • Foto do escritor: Arquibancada UFU
    Arquibancada UFU
  • 17 de set.
  • 9 min de leitura

Na disputa de terceiro lugar, Medicina garantiu o bronze nos pênaltis


Por Eduardo Bessa

A hegemonia de quatro títulos consecutivos da Engenharia no futsal masculino começa a aparecer no futebol de campo | Foto: Eduardo Bessa
A hegemonia de quatro títulos consecutivos da Engenharia no futsal masculino começa a aparecer no futebol de campo | Foto: Eduardo Bessa

No último final de semana (13 e 14) aconteceram os jogos que definiram o pódio da Olimpíada UFU 2025. O gramado do Campus Educa, apesar da pouca grama, voltou a ser o palco das decisões do futebol de campo, após o hiato na edição anterior.


Resiliência de campeões


Campeã no ano anterior, a Engenharia veio à Olimpíada UFU 2025 com o objetivo de conquistar mais uma medalha de ouro e emplacar de vez uma dominância, após quebrar os dez anos sem títulos na edição passada.


O caminho se iniciou nas quartas de final, contra a equipe do Direito e não poderia ser uma estreia melhor, 3 a 0. Entretanto, na semifinal, a equipe da Engenharia teve de mostrar força e resiliência para se manter viva na busca pelo ouro. Ao final do primeiro tempo, eles perdiam por 1 a 0 para a Monetária e mesmo após virarem o placar, tiveram de ir para a prorrogação após sofrerem um gol próximo ao final do jogo.


Para converter esta partida difícil em mais uma final para a Atlética Auri-negra, o capitão da equipe teve de aparecer e colocar a partida em seu bolso. O camisa 77, Guilherme Augusto, fez os três gols da Engenharia na semi e foi para a final com a grande expectativa de gols e assistências decisivas.


Do outro lado do chaveamento estava a Educação Física, a equipe mais vezes medalhista de ouro no futebol de campo chegou à Olimpíada UFU 2025 como uma das favoritas para brigar pelo título, após bater na trave na edição anterior.


O seu caminho começou nas oitavas de final, contra a Infernal, em uma vitória pouco convincente e de virada, por 2 a 1. Nas quartas, a equipe mostrou uma reação, venceu a Odonto com tranquilidade, por 4 a 1, e garantiu sua presença nas semis pela quinta edição consecutiva.


Na semifinal, a Educa também teve de mostrar suas garras para se sagrar finalista. Eles viram sua vantagem de 1 a 0, construída no primeiro tempo, cair em poeira logo ao início do segundo tempo. Entretanto, a raça, a resiliência e as boas cobranças de escanteios de Felipe Silva colocaram a Educação Física de volta no jogo e, na prorrogação, confirmaram a equipe como finalista em mais uma edição.


As duas classificações por 3 a 2 comprovaram que duas equipes fortes e experientes se enfrentariam na final do futebol de campo.

  

Engenharia 2 x 1 Educação Física


A decisão de quem iria levar a medalha de ouro teve que começar atrasada. Marcada para às nove e meia, ambas as equipes atrasaram sua chegada ao gramado do Campus Educa. A Educação Física chamou para dar uma preleção à equipe o ex-treinador, Gabriel Azambuja, campeão com a atlética em 2022.


Quando o apito inicial foi dado para a partida, o jogo se desenhou com uma Engenharia dominante, principalmente nas ações ofensivas. Os campeões da edição anterior conseguiam manter a posse de bola e ganhavam muitos duelos no meio de campo. A Educa encontrava dificuldade em sair para o ataque e, principalmente, de conectar a sua linha de meio campistas com os atacantes.


O primeiro gol saiu de uma falta cobrada pelo capitão da Engenharia, Guilherme Augusto, que arriscou para o gol do início do último terço do campo. A finalização foi forte para o gol e exigiu que goleiro adversário fizesse uma grande defesa, porém ela acabou espalmada para a frente e a bola sobrou livre para o zagueiro auri-negro, Lucas Higor de Menezes, completar e colocar sua equipe na frente do placar.


A falta que originou esse lance foi um dos diversos tópicos de reclamações contra a arbitragem durante a partida. Ambos os lados se mostraram incomodados com o critério do juíz, porém as reclamações mais acintosas vieram do banco da Educação Física. Ainda no primeiro tempo, o treinador da Educa, João Vitor Tampo, levou dois cartões amarelos e teve de ficar de fora do campo pelo resto da partida. Se o juiz tomou essa decisão para controlar o jogo e cessar as reclamações, o tiro saiu pela culatra.


O clima do jogo começou a esquentar e ambas as equipes passaram a chegar mais forte nas divididas. Enquanto a Engenharia conseguiu manter o seu domínio da posse de bola e das ações ofensivas, foi novamente a partir da bola parada, em uma sobra de escanteio, que a bola alçada na área chegou perfeita para o zagueiro Fernando Lisboa finalizar e ampliar o placar para 2 a 0.


O primeiro tempo acabou com o clima ainda tenso, o tom das reclamações começou a subir e as contestações contra a arbitragem não pararam. Logo após o apito final da primeira etapa, vários atletas da Educa foram protestar e houve um bate-boca com os adversários. Cartões amarelos foram distribuídos para ambos os lados e alguns atletas no banco da Educa foram expulsos.


Com o forte sol que pairava sobre o Campus Educa, os bancos atrás do gramado não pareciam uma má ideia para acompanhar os desdobramentos da final | Foto: Eduardo Bessa
Com o forte sol que pairava sobre o Campus Educa, os bancos atrás do gramado não pareciam uma má ideia para acompanhar os desdobramentos da final | Foto: Eduardo Bessa

Durante o intervalo, a Educação Física conseguiu conversar com o seu técnico, do lado de fora do campo, e, comandados pelo auxiliar, a equipe conseguiu voltar melhor para o segundo tempo. A Educa passou a manter mais a posse de bola e ganhar mais disputas no meio campo, enquanto a Engenharia passou a aguardar mais em seu próprio campo e aproveitar dos contra-ataques.


Após uma escapada Auri-negra, a Educa viu a linha defensiva do adversário fragilizada e com um belo lançamento vindo da zaga o camisa 9, Cláudio Honório, saiu cara a cara com o goleiro. Ele venceu a corrida contra o defensor, porém quando preparou a finalização foi desequilibrado por um contato. O juiz não pestanejou em marcar o pênalti. Iorranes Caetano, camisa 5, converteu e colocou a Educação Física de volta na grande final.


Agora com apenas um gol de vantagem, a equipe da Engenharia teve de acordar para o segundo tempo. No banco de reservas, a equipe era comandada por um treinador interino, Deivid Alves, que estava na vaga normalmente ocupada por Wellington Randall, que não conseguiu comparecer devido á um conflito de horários. Deivid já foi atleta dos Leões e comparece constantemente nos treinos, desta forma, ele não teve medo de tirar os atletas que estavam cansados e modificar o esquema tático da equipe.


Ao decorrer do segundo tempo, a equipe da Engenharia foi gradativamente melhorando na partida e administrando melhor os minutos restantes. A Educação Física teve suas chances de empatar, principalmente pela bola parada, porém não conseguiu convertê-las. No lado do banco da Educa, os atletas foram, novamente, perdendo a paciência e as reclamações contra a arbitragem voltaram a ser constantes. Em um desses episódios, o auxiliar-técnico foi expulso de campo e a Educa ficou sem nenhum membro técnico à frente do time.


O relógio começou a se esgotar e o jogo, muito picotado pelos atletas da Engenharia, chegou ao fim sem muita ação em quase todos os minutos de acréscimo. A última ação da partida foi uma chance de empate, perdida pela Educação Física, em um chute frontal da entrada da área. 


O apito final decretou o segundo título consecutivo da Engenharia. Enquanto de um lado os jogadores auri-negros comemoravam a conquista com a sua torcida, os atletas da Educa protestaram, mais uma vez, contra a arbitragem e se reuníram em uma roda para uma última conversa sobre a Olimpíada UFU 2025 e os próximos passos da equipe.


Do lado campeão, um dos zagueiros-artilheiros do dia, Fernando Lisboa, foi eleito o craque da final e recebeu um kit de quatro Red Bulls. Em entrevista, ele destacou a importância da entrega de toda a equipe: “É uma vitória do time, a gente é campeão graças á todo mundo aqui, que deu carrinho, que se entregou”.


O capitão da Engenharia, Guilherme Augusto, comentou sobre a jogada dos dois gols da equipe: “O campo não ajuda tanto, fica muito difícil jogar, iguala bastante. Então temos que usar a nossa bola parada, que é muito forte, e graças à elas fomos muito felizes na semi e na final”. 


Sobre as discussões que aconteceram durante a partida, Guilherme completou: “É maravilhoso bater neles, batemos muitas vezes, vamos bater mais. É assim, rivalidade da Educa e Engenharia, os caras tentaram tirar a gente do sério, me tirar do sério, me tirar do jogo, me ameaçando, mas é isso. Futebol é assim, rivalidade, e agora é todo mundo lá fora tomando uma cerveja e comemorando”


Durante a cerimônia das medalhas, Guilherme passou a faixa de capitão para Alexandre Bicalho, que se despede da Olimpíada UFU, para ele levantar o troféu | Foto: Eduardo Bessa
Durante a cerimônia das medalhas, Guilherme passou a faixa de capitão para Alexandre Bicalho, que se despede da Olimpíada UFU, para ele levantar o troféu | Foto: Eduardo Bessa

Do lado dos medalhistas de prata, Guilherme Henrique dos Santos, capitão da Educação Física, comentou sobre o que acredita ser o caminho para a Educa retornar ao ouro: “Acredito que treinar, tem que trabalhar. Se deixar para chegar na Olimpíada para jogar é muito sofrido. A Educa veio com duas viradas para chegar na final, foi muito complicado, acredito que se tivéssemos treinado mais, teríamos mais tranquilidade para chegar aqui e até na final hoje”.


Sobre as discussões com a arbitragem, Guilherme explicou: “Eu acredito que a arbitragem prejudicou a Educa, mas não só a Educa. Foi fraco para os dois lados e isso atrapalha, influencia no jogo, fica muito picado, parado”.


A volta dos que quase foram


Medicina e Monetária tinham uma coisa comum em sua história na Olimpíada UFU 2025. Ambas as equipes, não apenas foram derrotadas por 3 a 2 nas semifinais, mas sofreram viradas e perderam seus jogos na prorrogação, jogando melhor em muitos momentos das suas respectivas partidas. Com certeza foram eliminações sentidas pelos atletas.


Mesmo assim, havia uma medalha para ser disputada no outro final de semana e mesmo com a ausência de alguns jogadores, a partida não poderia ter sido de outra forma: sofrida.


Medicina 1 (4) x 1 (3) Monetária


Os atletas chegaram cedo no Campus Educa para aquecer e se preparar para a batalha pela medalha de bronze. O jogo começou próximo do combinado e quem chegou no local pontualmente às oito horas da manhã, não demorou muito para ver a bola rolando no quase-gramado. Entretanto, o que este indivíduo hipotético não viu pontualmente foram ações ofensivas.


Foi uma partida de muito meio campo, muitas divididas e finalizações quase inexistentes. Os chutes de fora da área, no geral, levaram perigo ao gol adversário de ambos os lados, entretanto eles não eram constantes devido à grande ocupação de jogadores no segundo terço do campo. Dentre essas finalizações, as que foram em direção ao gol foram interrompidas por grandes defesas dos goleiros, com atuações que diminuíram a esperança de todos que sairia qualquer gol naquela partida.


No segundo tempo, o jogo começou semelhante, porém com as substituições que foram acontecendo, o fôlego da partida foi revitalizado. O treinador da Monetária chegou a avisar o técnico adversário de que daria um “nó-tático” nele, ao tirar seu centroavante de referência e aumentar a quantidade de jogadores no meio campo para pressionar a saída de jogo da Medicina. Dito e feito.


A equipe da Monetária passou a ter mais posse de bola e a recuperá-la com mais facilidade, enquanto a Medicina explorava os lançamentos vindos de seus zagueiros para tentar criar oportunidades de gol. Apesar da pouca eficiência de ambas as estratégias em gerar grandes chances, a pressão da Money surtiu efeito e, após uma falha do zagueiro adversário, o atleta que entrou pouco tempo antes, Isaac Darwin, aproveitou e abriu o marcador da partida.


Com a Monetária na frente, o jogo parecia definido. Até então a Medicina pouco havia finalizado na partida, enquanto a Money precisava apenas continuar fazendo o que fez por todo o segundo tempo, administrar a posse de bola. 


O resiliente camisa 9 da Medicina, Heitor Francisco, não recebeu muitas oportunidades durante a partida e, muitas vezes, voltou para marcar e ajudar a equipe na defesa. Como fazem os grandes centroavantes, ele permaneceu concentrado no jogo e conseguiu aproveitar a única oportunidade que lhe foi fornecida. No último lance do tempo regulamentar, a Atlética da Serpente cruzou uma bola e ela viajou por todo o percurso da área até chegar nos pés de Heitor, que, no segundo pau, finalizou e empatou a disputa pelo bronze.


A torcida foi à loucura com o gol milagroso de Heitor e o apito final seguiu o seu tento. O regulamento determina que na disputa de terceiro lugar não há prorrogação, logo os pênaltis vieram em sequência.


A Monetária cobrou um pênalti na trave e um para fora, enquanto a Medicina viu apenas uma de suas cobranças parar no goleiro adversário. O placar final dos pênaltis foi 4 a 3 e quem ficou com a medalha de bronze foi a Medicina.


O autor do gol salvador da Medicina, Heitor Francisco, comentou em entrevista sobre a visão que ele teve da partida: “A gente conseguiu dominar o jogo no primeiro tempo, no segundo o físico falou mais alto, acabou ficando com muita disputa no meio de campo. Acabei voltando bastante para tentar buscar a bola, eles acharam um gol em um erro individual nosso. O importante é que a gente acreditou até o final, faltavam dois, um minuto para acabar o jogo e a gente buscou na raça. Foi emocionante e graças a Deus saímos com a vitória.”


Durante a comemoração da vitória, os atletas da Medicina fizeram uma “cerimônia”, junto à torcida, para aqueles que estavam se despedindo da Olimpíada UFU | Foto: Eduardo Bessa
Durante a comemoração da vitória, os atletas da Medicina fizeram uma “cerimônia”, junto à torcida, para aqueles que estavam se despedindo da Olimpíada UFU | Foto: Eduardo Bessa

Resultados


Final

Engenharia 2 x 1 Educação Física


Decisão de Terceiro LugarMedicina 1 (4) x (3) 1 Monetária


Atleta Destaque

Guilherme Augusto - Engenharia


Colocação Final (Ordem Resultados/Alfabética)

1º Lugar: Engenharia - 13 pontos

2º Lugar: Educa - 10 pontos

3º Lugar: Medicina - 8 pontos

4º Lugar: Monetária - 7 pontos

5º Lugar: Direito - 5 pontos

6º Lugar: Odonto - 4 pontos

7º Lugar: Fisioterapia - 3 pontos

8º Lugar: Exatas - 2 pontos


 
 
 

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