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Em jogos acirrados, Computação e Engenharia são finalistas do futsal masculino na Olimpíada UFU 2024

Quartas e semis contam com decisões por pênaltis, fundador de bateria universitária presente na arquibancada e muita torcida


Por Maria Sansoni


Comp chega à final do futsal masculino pela primeira vez na Olimpíada UFU | Foto: Filipe Couto


Perto de saber quem será a campeã do futsal masculino da Olimpíada UFU 2024, as atléticas disputaram as quartas de final e as semis no último final de semana (02). Em um novo endereço, Computação e Engenharia levaram a melhor no Poliesportivo Roosevelt e garantiram a sua vaga na final da competição. Semifinalistas, Fisio e Exatas farão a disputa do terceiro lugar.


Engenharia 3 x 2 Agrárias - Quartas


Engenharia e Agrárias chegaram para as quartas sendo protagonistas de duas goleadas: a atual campeã do futsal masculino vinha de vitória por 7 a 0 contra a Gnomada, e a Atlética do Javali de um 6 a 1 contra a Moca. Confiantes, os times traçaram estilos de jogo diferentes e marcaram uma partida muito disputada. 


Enquanto a Agrárias focou no sistema defensivo, a Atlética do Leão dominou a posse de bola e partiu para o ataque. Com o início da primeira etapa marcado pela intensidade, a Engenharia criou algumas oportunidades de gol, mas todas foram barradas pela defesa adversária. O Javali reagiu e levou perigo para os futuros engenheiros, porém, em um passo errado da equipe, o camisa 8 da Atlética do Leão, Pedro Azevedo, não perdoou e abriu o placar para os atuais campeões. 


Poucos minutos depois, foi a vez de João Pedro Marques balançar as redes e aumentar a vantagem para a Engenharia. Com a queda de intensidade dos atletas do Javali após os dois gols, Remi, técnico da equipe, pediu tempo e conseguiu organizar o time em quadra novamente. Mais ofensiva, a Agrárias criou boas oportunidades no fim do primeiro tempo, porém não conseguiu diminuir o placar. Como “quem não faz, leva”, o camisa 10 do Leão, Guilherme Augusto, fez o terceiro do time e fechou o placar da primeira etapa. 


Na volta do segundo tempo, as estratégias inverteram. A Agrárias passou a atacar mais e criar oportunidades de gol, enquanto a Engenharia se organizou na defesa e focou na marcação. O resultado veio em pouco tempo, e o camisa 74 do Javali, Frederico Tavares, marcou o primeiro gol do time. Em busca do placar, a equipe manteve a alta intensidade, mas sofreu com os erros de passe. Faltando um minuto para o fim da partida, Pedro Henrique fez o segundo da Agrárias, que sonhava com a virada. Porém, a Engenharia segurou o placar, e se classificou para mais uma semifinal. 


“O título não entra em quadra, então trabalhamos a semana inteira pra chegar na final mais vez e sermos campeões”, diz o capitão da Engenharia, Pedro Azevedo | Foto: Maria Sansoni


Fisioterapia 3 x 0 Aplicada - Quartas 


Em um jogo de poucas emoções, Fisio passou da Aplicada nas quartas e garantiu a sua vaga na semifinal.


A disputa contou com dois times com trajetórias opostas. Por um lado, a experiente Fisio, que além de já ter sido campeã do futsal masculino em 2019, chegou nas duas últimas semifinais da Olimpíada UFU. Já a Aplicada nunca havia chegado nas quartas de final da modalidade e, em seus dois jogos na competição, ambos terminaram em disputa de pênaltis.


A Fisio dominou a partida desde o apito inicial. Mais ofensiva e criando mais oportunidades, a Atlética do Crocodilo dificultou o avanço da adversária. Uma das estratégias da equipe foi utilizar a função do goleiro-linha, muito bem desempenhada por Arthur Moraes, também capitão da equipe. Mesmo com a intensidade dos adversários, a Atlética do Canguru esteve ligada no jogo e fez boas defesas e desarmes, o que ocasionou um primeiro tempo sem gols. 


Já na segunda etapa, o jogo esquentou. O Canguru conseguiu se adequar ao ritmo da partida e a disputa ficou intensa, com ambos os times tendo dificuldade em superar a marcação adversária. Não demorou muito para sair o primeiro gol da partida com o camisa 10 da Fisio, Leonardo Davi. 


Após o gol, a Aplicada esbarrou na defesa bem-postada do Crocodilo. Com um ritmo melhor e mais espaços deixados pelo adversário, a Fisio aproveitou e fez mais dois golaços: um do camisa 77, Rafael de Moraes, e o segundo do Leozinho, com um gol de falta. Com o resultado, a Aplicada encerrou a sua melhor campanha na competição, e a Fisio garantiu a sua vaga na semi. 


Sem gol e com poucos minutos jogados, o grande protagonista da partida ou, pelo menos, da arquibancada, foi Dudu. Atleta da Fisio, o jogador contou com o apoio da torcida do seu time e, principalmente, dos adversários. Frases como “Vamos jogar, Dudu”, “Estamos torcendo por você, Dudu”, embalaram a partida. Questionado sobre a fama em quadra, o ex-engenheiro riu e afirmou: “Eu só tenho amigo doido, né?!”


Engenharia 0 (3) x (1) 0 Fisioterapia  - Semifinal


Devido ao histórico das duas equipes, tanto os jogadores, quanto a torcida, já esperavam que esse poderia ser o jogo mais acirrado do final de semana, e estavam certos. Embalados pela Charanga e com a arquibancada cheia, Engenharia e Fisioterapia se enfrentaram em mais uma semi, pela terceira vez consecutiva.


A primeira etapa teve uma dinâmica muito clara entre as equipes: enquanto a Atlética do Leão dominou a posse de bola e focou no ataque, a Fisio se concentrou na marcação alta e tentou levar perigo através de contra-ataques. Com o jogo intenso, os atletas começaram a cometer muitas faltas, que resultaram em alguns cartões. 


Sem gols no primeiro tempo, os técnicos se reuniram com as equipes no intervalo para organizarem as estratégias e buscarem a vitória, mas não tiveram resultado. A Engenharia continuou com dificuldade de ultrapassar a marcação e, nas vezes que chegou, foi bloqueada pelo goleiro da Atlética do Crocodilo. Já a Fisio, utilizou novamente a estratégia do goleiro-linha e teve algumas chances de abrir o placar, com Leozinho e Pedro Henrique, mas não conseguiu balançar as redes. 


Com 0 a 0 no tempo regular, a partida foi para a prorrogação. Os dois tempos de cinco minutos, foram o resumo de todo o resto da partida: nervos à flor da pele, boas defesas de ambos os goleiros, dificuldade da Engenharia em converter suas oportunidades e chances desperdiçadas da Fisio. Com esse cenário,  a decisão foi para os pênaltis, e a Engenharia levou a melhor sobre a Fisio mais uma vez. 


Pedro Azevedo, capitão da Engenharia, falou um pouco sobre a expectativa para a final. “Vamos pegar uma Computação reformulada, que é um time muito forte, muito intenso, com um treinador novo e muito bom, que é o Igor [Tavares], e acredito que tem tudo para ser mais uma final que a gente saia como campeão mais uma vez”, disse o camisa 8.


Engenharia venceu a Fisio nos pênaltis pelo terceiro ano consecutivo  | Foto: Camilly Couto


Exatas 2 (3) x (2) 2 Monetária - Quartas


Exatas e Monetária protagonizaram mais uma disputa acirrada nas quartas de final. 


A partida começou quente desde os primeiros minutos. Com boas jogadas e marcação alta, a Exatas começou melhor em quadra, enquanto o Tamanduá se adequava ao ritmo do jogo. Sem perder muito tempo, na primeira oportunidade que a Money teve de balançar as redes, o camisa 74, João Octavio, aproveitou a chance e abriu o placar para a equipe.


Com o jogo equilibrado, o Gorila se fortaleceu na partida com boas defesas e tentativas de contra-ataques. Em uma dessas jogadas, a Exatas buscou o placar e empatou com um gol do camisa 9, Victor Fernando. O fim do primeiro tempo manteve o ritmo pegado entre os times e foi marcado por alguns ataques da Monetária, que não converteram em gols.


Na segunda etapa, o clima dentro de quadra ficou mais quente. Com apenas um minuto de jogo, o Tamanduá marcou mais um e saiu na frente no placar, com gol de Gustavo Bertoldo, muito comemorado pela maré vermelha presente na torcida. Mesmo com a desvantagem, a reação do Gorila foi rápida novamente e, em uma cobrança de falta, o camisa 13, Victor Hugo Penna, deixou tudo igual mais uma vez.. 


Boas oportunidades e lances perdidos marcaram a trajetória da Monetária no segundo tempo. Enquanto isso, a boa marcação e o empenho nas disputas de bola, foram o ponto chave do jogo da Exatas. Com o empate no placar, a decisão da partida foi levada para os pênaltis e garantiu o Gorila nas semis da competição.


“Nós viemos crescendo muito em cada partida. No primeiro jogo, entramos muito apagados e tomamos uma goleada, mas nosso time vem fechando e se unindo. Enfrentar a Monetária nunca é fácil, mas trabalhamos muito o nosso psicológico”, disse o capitão e autor do segundo gol, Victor Hugo Penna. 

 

Após derrota por goleada na primeira fase, Exatas fez campanha brilhante e chega à disputa de terceiro lugar contra a Fisio | Foto: Filipe Couto


Computação 3 x 2 Medicina - Quartas 


O Lobo e a Serpente também se enfrentaram nas quartas.


Dentro e fora de quadra, o clima ficou quente entre as duas equipes. Com o apoio das duas torcidas, a partida começou agitada, com ambos os times focados em abrir o placar. Quem levou a melhor foi a Medicina, com o camisa 6, Arthur Humberto, que em um contra-ataque, aproveitou a oportunidade e balançou as redes para a Med. Não demorou muito para vir a resposta da Computação e, com um gol de Rodrigo Castro, ficou tudo igual no placar novamente. 


Depois desse início agitado, a partida se equilibrou, mas sem perder a intensidade dos jogadores. A Comp passou a criar mais jogadas pelas alas, com uma forte atuação de Victor Hugo, camisa 26, e de Juninho, o 9 do time. Enquanto isso, a Med se organizou em uma marcação alta, criando algumas oportunidades em contra-ataques. 


Novamente, a Med conseguiu chegar no gol. Com um gol de Ronaldo Leite, o camisa 11 do time, a Serpente se viu na frente mais uma vez e fortaleceu a sua defesa até o fim da primeira etapa. 


No segundo tempo, a configuração do jogo mudou. Com a desvantagem, os Lobos saíram para o ataque e, com a orientação do técnico Igor Tavares, conseguiram balançar as redes com uma boa finalização do camisa 27, Caio Felix. Muito comemorado pela torcida, o gol deixou a vaga para a semi ainda mais em aberto. 


Após o gol, a Med se manteve atenta na partida, formulando algumas jogadas e seguindo a orientação do seu técnico, Raphael Moraes. Com algumas chances perdidas, dificuldade na finalização e boas defesas dos adversário, a Serpente não conseguiu mudar o placar, e a Comp levou a melhor com um pênalti marcado para o Lobo. Novamente, Caio Felix balançou as redes e garantiu a vaga da Comp na semi. 


Mesmo com a derrota, a Medicina contou com uma presença especial na arquibancada. Danilo Régis, fundador da Medonha, esteve presente no Poliesportivo Roosevelt para ver a sua atlética do coração jogar.


 “Isso aqui pra mim é vida, quando venho pra cá meu coração bate mais forte. Faz 41 anos que a gente fundou: foi em 1983, depois de uma disputa na Olimpíada, surgiu umas confusões, e criamos a Medonha pra gente tocar. A gente ama isso aqui, então quando a gente gosta, temos que cuidar. Ganhando ou perdendo, estamos juntos nessa turma”, contou o fundador da bateria, que veio de Franca para prestigiar a Med na Olimpíada. 


Computação 1 x 0 Exatas - Semifinal


Após derrota na primeira fase, Comp se supera na competição e chega na final da Olimpíada UFU 2024 | Foto: Filipe Couto


Comp e Exatas também disputaram uma vaga na final. 


O primeiro apito deu início a um jogo pegado, com ambas as equipes construindo boas jogadas. A Atlética do Lobo se manteve mais ofensiva no início, criando mais oportunidades de gol, todas interceptadas pelo sistema defensivo da Exatas, que teve uma dificuldade inicial de encaixar o seu jogo no campo de ataque e avançar para o lado adversário. 


O Gorila enfrentou um grande desfalque na equipe por uma suspensão: o capitão e melhor jogador da partida contra a Monetária, Victor Hugo. Sem o camisa 13, a Exatas concentrou as suas jogadas em Vitor Fernando, camisa 9 da equipe. Diferentemente da adversária, a Comp contou com o seu Victor Hugo em quadra, que deu assistência para o primeiro gol da partida.


Com o gol do camisa 5, Gabriel Nogueira, faltando cinco segundos para o fim da primeira etapa, o jogo mudou a sua configuração no segundo tempo. A Exatas passou a atacar mais, mas esbarrou na forte defesa adversária. Enquanto isso, a Comp contou com uma excelente atuação do goleiro e um excelente desempenho do camisa 26, Victor Hugo. Sem gols na segunda etapa, a Comp avançou para a final e disputará o título com a atual campeã, Engenharia. 


“Acredito que depois do primeiro jogo que perdemos, tomamos um baque. Percebemos que teríamos que jogar o triplo do que fizemos na primeira partida e a união do time aumentou muito, o que facilitou para chegarmos na final”, disse o camisa 26 da Comp, Vitinho. 


Resultados: 


  • Engenharia 3 X 2 Agrárias - Quartas

  • Fisioterapia 3 x 0 Aplicada - Quartas

  • Exatas 2 (3) x (3) 2 Monetária - Quartas

  • Computação 3 x 2 Medicina - Quartas


  • Engenharia 0 (3) x (1) 0 Fisioterapia - Semifinal

  • Computação 1 x 0 Exatas - Semifinal


Disputa de terceiro lugar - 9 de novembro

Fisioterapia x Exatas


Final - 10 de novembro

Engenharia x Computação


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