O título veio após jogo apertado contra a Atlética Monetária
Por Ana Luíza Vargas
No último final de semana, aconteceram as finais da Olimpíada Universitária UFU. Com disputas acirradas e muitos jogos de tirar o fôlego, foram escolhidas as medalhistas do futsal feminino.
No domingo (27), na Arena Tancredo Neves, o Sabiazinho, o jogo entre Educação Física e Monetária tinha tudo para ser uma grande disputa, já que as duas equipes vinham de campanhas de destaque e chegaram até a final balançando muito as redes, com 20 e 19 gols, respectivamente.
Logo no início da partida, quando as duas equipes ainda tentavam algumas lances para entender melhor as possibilidades, a Educa conseguiu fazer boa jogada e abrir o marcador com um gol da camisa 7, Jessica Oliveira. Com o placar a seu favor, as atuais campeãs criaram mais e finalizavam. A torcida da Monetária, que estava em peso com cartazes e faixas, tentava empurrar a sua equipe e reclamava com o juiz das faltas a favor do time azul e laranja.
As duas atléticas tentavam impor o jogo e a Monetária investia em contra ataques para tentar igualar o placar, mas desperdiçava alguns lances e outros paravam na goleira da Educação Física. Foi só faltando menos de um minuto para o encerramento da partida, que o jogo foi definido, após Yngrid dos Santos, camisa 3 da Educa, marcar um gol e terminar com as chances de empate da Monetária.
A atleta, que entrou na universidade este ano, relata que está muito feliz por ter conseguido o ouro e ainda ter marcado gol em todos os jogos. “O último gol foi para desengasgar, porque 1 a 0 não é jogo ganho, já que a qualquer momento a Monetária poderia empatar”, comenta.
Juliana Valverde, técnica da Educação Física, conta que ano passado disputou a Olimpíada pela atlética e que, após sair da faculdade, viu na prancheta uma forma para continuar próxima da modalidade e da universidade. “Quando estamos jogando, sabemos que a gente pode fazer algo e quando estamos do lado de fora, dependemos de outras pessoas”, explica. Juliana conclui dizendo que o nível do futsal feminino aumentou na competição e que isso é muito interessante para a modalidade.
Disputa de terceiro colocado
A disputa pela terceira colocação do futsal feminino aconteceu no sábado (26) entre Artes e Medicina. O jogo começou e logo aos três minutos a Medicina abriu o placar, com Tamara Magalhães, camisa 11. Com o gol no início e conseguindo dominar mais a bola, a equipe da Medicina parecia que controlaria o jogo, mas elas não esperavam que a fixo Michele Neves, camisa 11 da Artes, teria seu dia de ouro, no caso, de bronze.
Aos sete minutos, a camisa 11 da Artes pegou a bola do meio do campo, driblou as jogadoras adversárias e colocou a bola no fundo da rede da Medicina. Com a partida novamente empatada, as torcidas cumpriam seu papel e incentivavam as atletas dentro de quadra. Para fazer a arquibancada da Artes cantar mais alto, novamente em jogada individual, Michele fez o gol e virou a partida para a equipe tricolor.
Após o intervalo, a equipe da Artes voltou ligada para a partida e conseguiu ampliar o placar com um minuto e meio da segunda etapa. O lance saiu novamente dos pés da fixo da Artes, que com um belo passe para Gabriela Fagundes, deixou a jogadora cara a cara com a goleira e só precisou escolher um canto para marcar mais um gol para a atlética tricolor.
Com 3 a 1 no placar e com a estrela do jogo a seu favor, a Artes conseguiu ampliar o marcador com mais um gol de Michele, que fez linda jogada até a bola ir para o fundo das redes. A equipe da Medicina tentava e começou a investir em chutes de longe e movimentações rápidas, mas o dia era para a Artes brilhar. Faltando 10 minutos para o encerramento da partida, Michele, o nome do jogo, pegou a bola antes do meio campo, conseguiu sair da marcação e ampliou o placar. Quatro minutos depois, novamente a camisa 11 recebeu a bola, fez um pivô, girou e chutou para fechar a partida com cinco gols e uma assistência.
A Medicina, faltando 20 segundos para o encerramento da decisão, ainda conseguiu descontar o placar, com uma bola no canto do gol da camisa 92, Isabela Borges.
Michele Neves, que joga de fixo pela Artes, comenta que ficou feliz de participar de todos os gols e que as jogadoras deram o sangue para sair com a medalha. “Nós conseguimos na Copa Inter Atléticas (CIA) e na Olimpíada Inter Atléticas (OIA), o segundo e terceiro lugar e agora mais um bronze nas Olimpíadas. A torcida foi essencial, ela nos deu energia e um ânimo para conseguirmos dar o nosso melhor. Foi sensacional”, relata a estudante de teatro, que recebeu o prêmio de melhor jogadora do futsal feminino na competição.
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