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Domínio e lutas eletrizantes marcam o judô feminino

Engenharia Udi e Humanas brigaram pela liderança da classificação geral com larga vantagem sobre outras atléticas


Por Bruno Stocco

Golpes rápidos e precisos foram expostos durante todo o dia. Foto: Ítana Santos

As competições de judô feminino na Olimpíada UFU tiveram início e fim no último domingo (23), em dia cheio no G1 no Campus Educação Física. A modalidade, que contou com nove categorias, voltou a ser disputada após três anos de pausa. Até pela falta de competições na modalidade, não houve a formação de nenhum favoritismo antes do início.


Categoria menos de 44 kg


Na primeira categoria do dia, entraram no tatame as atletas mais leves, o que definitivamente não é um limitador de força para elas. Muitas das disputas terminaram em Ippons e golpes arrasadores. A luta final foi, inclusive, um dos combates mais animados do dia, quando até torcedores de outras atléticas vibraram na vitória de Ana Nunes, atleta do Direito. Esse comportamento da torcida raramente se viu durante as outras categorias.


Categoria de 44 a 48 kg


Também conhecida como a categoria “Ligeiro”, as lutas já demonstravam uma natureza mais física. A técnica ainda se fazia presente, obviamente, mas as atletas usavam seus corpos e pesos de forma ainda mais clara. Foi usando este estilo de luta que a judoca Thayssa Silva conseguiu o primeiro e único pódio da Exumadas no esporte. Com um desempenho impressionante, ela derrotou lutadoras das duas atléticas mais bem ranqueadas (Engenharia Udi e Humanas) e na final venceu bem a Isabella Di Rita, representante da Medicina.


Categoria de 48 a 52 kg


Na modalidade meio-leve, a “Charanga” finalmente colocou a garra de suas leoas para fora. Não só conquistaram dois lugares no pódio com Andressa Reis e Victória Pizzani, mas também tiveram as atletas controlando um dos lados da chave e fazendo uma semifinal “caseira”. A busca por mais medalhas era incansável, assim como os gritos da torcida. Esta categoria colocou um aviso para todos os presentes no G1: a Engenharia UDI não cairia sem lutar.


Infelizmente, para elas, Thaís Carneiro tinha outros planos para o ouro. A lutadora da Medicina não se escondeu e, frente às charangueiras, anestesiou a feroz leoa ganhando o ouro e incendiando os espectadores.

Humanas e Biológicas em disputa pelo meio-leve. Foto: Ítana Santos

Categoria de 52 a 67 kg


O êxtase causado na última categoria foi o que ditou o clima da quadra da Educa. Todos esperavam ansiosamente pela próxima dose de adrenalina. E ela veio. Após rodadas iniciais com viradas de placar e quedas fortes, as semifinais traziam novamente o embate entre Medicina e Engenharia. O ambiente ficou tenso e o volume do ginásio se manteve no máximo.


Os aurinegros, com a maior torcida, cantavam firme em apoio a sua lutadora, Juliana Rola, enquanto a pequena parcela das cobras gritava a plenos pulmões por Lavínia Marins. Foi uma batalha que extrapolou o tatame. Em síntese, as duas lutas tiveram o mesmo fim. Vitória das leoas, que posteriormente também garantiram o ouro com a mesma atleta, Juliana Rola.


Categoria de 57 a 63 kg


A categoria meio-médio contou com uma expectativa alta vinda das arquibancadas. Depois de duas disputas com protagonistas das mesmas atléticas (Engenharia UDI e Medicina), o clima que pairava era de continuação desta disputa. Só teve um pequeno problema desta vez: a campeã Emanuela Magnani. A lutadora da Humanas pisou no tatame apenas para vencer. Lutas rápidas e recheadas de técnica foram ingredientes que deixaram o público de barriga cheia, esquecendo até mesmo da rivalidade anterior.


Categoria de 63 a 70 kg


Desta vez, sem nenhuma pressão externa causada pelas últimas lutas, o nervosismo das atletas diminuiu. Com confrontos equilibrados, as judocas foram levadas ao cansaço rapidamente. Nas semifinais, os confrontos não foram semelhantes às chaves anteriores.

O nível das lutas parecia superior, tanto pelo físico mais forte, quanto pelo incentivo das torcidas inflamadas. Atletas muito habilidosas ficaram pelo caminho e a Agrárias surpreendeu com um desempenho não apresentado até então, com o ouro obtido por Rossana Zanetti.

A saudação é a maior exibição de respeito entre judocas. Foto: Ítana Santos

Categoria de 70 a 78 kg


A segunda categoria mais pesada do judô feminino foi colorida por três cores: preto, branco e roxo. A Humanas teve duas representantes no pódio com direito à entrega de lutas: Nayara Rocha e Ana Carolina Silva. A semifinal realizada pelas duas atletas encerrou no triunfo da Nayara Rocha. A exímia lutadora mostrou toda sua habilidade em cima do tatame para conquistar o ouro sobre Gabriella Assis, da Agrárias, e ainda ir para a disputa da categoria absoluta feminina.


Categoria acima de 78 kg


O peso-pesado foi um verdadeiro colírio para os fãs de Ippon. Lutas fortes e quedas surpreendentes fizeram o público ir ao delírio. Não só isso, mas a performance de Nathalia Pessoa e Yasmin Martins, duas lutadoras da Engenharia que engataram vitória após vitórias, chamou a atenção. Elas foram as únicas do dia todo a fazer uma final entre a mesma atlética. A torcida gritava muito, motivando ambas as atletas. No fim foi uma luta pra lá de amigável que terminou com um sorriso no rosto das duas, mas com vitória de Nathalia Pessoa.


Categoria Absoluta


A última competição do domingo foi realizada no apagar das luzes. Neste formato não há divisão de peso e todas as lutadoras que quisessem participar deveriam se inscrever. Obviamente que atletas de categorias mais altas teriam vantagem, mas se engana quem pensa que isso definiu alguma coisa nas lutas.


A ganhadora, Nayara Rocha, da Humanas, obteve seu segundo ouro depois de ganhar disputas contra atletas de três pesos diferentes. Além da campeã na categoria meio-pesada, o pódio contou com a terceira colocada na categoria média, Geovana Mota, da Engenharia Udi, que conquistou a prata. Iasmin Costa, do Direito, que garantiu o bronze depois de ser eliminada nos pesos pesados, e Beatriz Simões, da Aplicada, eliminada no meio-médio e agora ficou no terceiro lugar, completaram o pódio. Esta disputa fechou o dia de competições.


Pódios:


Categoria menos de 44 kg:

Ouro- Ana Nunes (Direito)

Prata- Janaina Pereira (Aplicada)

Bronze- Bruna Oliveira (Engenharia Udi) e Lanna Oliveira (Fisioterapia)


Categoria de 44 a 48 kg:

Ouro- Thayssa Silva (Exumadas)

Prata- Isabella Di Rita (Medicina)

Bronze- Rafaela Domingues (Fisioterapia) e Evelin Antonio (Humanas)


Categoria de 48 a 52 kg:

Ouro- Thaís Carneiro (Medicina)

Prata- Andressa Reis (Engenharia Udi)

Bronze- Victória Pizzani (Engenharia Udi) e Rafaella Veloso (Monetária)


Categoria de 52 a 57 kg:

Ouro- Juliana Rola (Engenharia Udi)

Prata- Maria Barros (Direito)

Bronze- Eduarda Landim (Fisioterapia) e Lavínia Marins (Medicina)


Categoria de 57 a 63 kg:

Ouro- Emanuela Magnani (Humanas)

Prata- Ludmila Coutinho (Fisioterapia)

Bronze- Maria Oliveira (Artes) e Nicolli Rodrigues (Agrárias)


Categoria de 63 a 70 kg:

Ouro- Rossana Zanetti (Agrárias)

Prata- Barbara Wagner (Fisioterapia)

Bronze- Yashilla Vaz (Direito) e Geovana Mota (Engenharia Udi)


Categoria de 70 a 78 kg:

Ouro- Nayara Rocha (Humanas)

Prata- Gabriella Assis (Agrárias)

Bronze- Ana Silva (Humanas) e Paula Ono (Medicina)


Categoria mais de 78 kg:

Ouro- Nathalia Pessoa (Engenharia Udi)

Prata- Yasmin Martins (Engenharia Udi)

Bronze- Jovanna Costa (Ed. Física) e Amanda Chagas (Medicina)


Absoluto:

Ouro- Nayara Rocha (Humanas)

Prata- Geovana Mota (Engenharia Udi)

Bronze- Beatriz Simões (Aplicada) e Iasmin Costa (Direito)


Classificação Geral:


1 – Engenharia Udi (19,5 pontos)

2 – Humanas (17,5 pontos)

3 – Direito (10 pontos)

4 – Medicina (9 pontos)

5 – Agrárias (7 pontos)

6 – Fisioterapia (7 pontos)

7 – Aplicada (5 pontos)

8 – Exumadas (4 pontos)

9 – Artes (1 ponto)

10 – Educação Física (1 ponto)

11 – Monetária (1 ponto)

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