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Do tatame para o pódio

Marcado por histórias de superação, amizades e ótimas lutas, o judô masculino deu um show em seu retorno à Olimpíada UFU


Por Gabriel Ferrer e João Marcelo

Os torcedores marcaram presença no G1 e acompanharam atentos todos os combates. Foto: Itana Santos

Após dois anos de afastamento de eventos com aglomeração devido à pandemia, a Olimpíada UFU voltou a todo vapor. No último domingo (23), um dos esportes mais aguardados pelos alunos e torcedores ,o judô masculino, voltou ao centro das atenções mais uma vez no evento universitário.


As atléticas puderam inscrever dois atletas por categoria e as disputas , aconteceram em sete categorias do masculino, que foram divididas por peso (55kg; 55kg a 60kg; 60kg a 66kg; 66kg a 73kg; 73kg a 81kg; 81kg a 90kg; 90kg a 100kg e Mais de 100kg), além da categoria “absoluto”, onde atletas de qualquer peso poderiam participar. A competição se iniciou por volta do meio-dia, com as duas categorias mais leves no tatame e assim seguiu sucessivamente até o final.


A arquibancada estava lotada pelos torcedores e membros das atléticas, que impulsionavam os seus judocas durante toda a competição, trazendo uma motivação e um gostinho diferente para os atletas inscritos. Abishai Coge, da Monetária, medalhista de ouro na categoria de mais de 100kg e no absoluto e um dos atletas mais queridos do judô universitário, destacou a importância do retorno da Olimpíada UFU e de todo o público que acompanha as atléticas.


“A pandemia dificultou muito as relações, a harmonia, aquele sentimento de atlética, de competição, e isso trouxe muitas consequências, como ansiedade e outros tipos de doenças. Creio que o esporte dentro da universidade como uma forma de lazer traz bastante evolução, e agrega muito para nossa comunidade universitária. Só tenho que agradecer por participar mais uma vez no meu último ano e que a Olimpíada da UFU se perpetue por muitos e muitos anos”, destacou o judoca.


As lutas foram muito acirradas no início, o que mostrava a clara evolução dos atletas e do judô como esporte universitário. Um dos primeiros a garantir a medalha na tarde do domingo, o atleta Willy de Rita, da Educa, que lutou na categoria de 55kg a 60kg, falou um pouco sobre a força das atléticas adversárias.


“É a primeira vez que eu luto pela Educa. Foi uma experiência muito boa, ganhei o ouro, foi uma competição boa, as atléticas são fortes e tinha muita gente que sabia lutar, mas deu bom”, destacou o futuro educador físico.

Medalhista de ouro neste ano, o judoca Willy de Paula tenta imobilizar seu adversário em uma das lutas que participou. Foto: Itana Santos

Na categoria de até 73kg, Guilherme Faleiro, do Direito e medalhista de ouro, deixou clara a importância dos esportes universitários e do clima de respeito e união entre os atletas que lutaram na Olimpíada UFU.


“Eu luto judô desde cedo. O bom da faculdade é que ela dá a oportunidade para a gente praticar aquilo que a gente praticava quando era criança, praticar o esporte. A experiência foi única. Queria agradecer a galera do judô UFU, o Eric que dá o treino de graça pra gente, ele é fantástico, o treino é lindo, pessoas de todos os cursos vão. A experiência foi ótima e queria agradecer a galera que tem treinado comigo”, disse o estudante de Direito.

O sábado do judô na Olimpíada foi marcado por ótimas lutas e bonitos golpes. Foto: Itana Santos

A competição seguiu forte por toda a tarde. Nas categorias mais pesadas, a disputa foi intensa e cada golpe aplicado levantava os torcedores presentes. Um dos favoritos da competição, o faixa preta de judô, Bruno da Silva, da Educa, foi perguntado sobre a sensação de ser campeão da Olimpíada frente à sua torcida e dos amigos de graduação.


“Essa energia que tem aqui no ginásio é uma energia surreal. A galera da Educa torcendo, todo mundo vibrando junto, ajuda demais a gente a representar a atlética da melhor forma possível, trazer o melhor do esporte e a gente veste a ‘peita’ Educa até morrer!”, pontuou o campeão da categoria de 73kg a 81kg.


Na categoria até 100 quilos, uma das mais esperadas por todos da competição, o atleta Sérgio Martins, também da Educa, venceu a luta final e garantiu mais um ouro para a atlética azul e laranja. Ao ARQ UFU, Sérgio contou sobre sua experiência participando da Olimpíada pela primeira vez e já conquistando o lugar mais alto do pódio:


“Foi a minha primeira Olimpíada UFU desde de que entrei por conta da pandemia e não sou do judô, sou do jiu-jitsu. Acho até que ele devia ser mais reconhecido porque proporciona uma baita base pro judô. Enfrentei adversários com uma baita experiência, todas as lutas foram muito boas e só queria agradecer pela organização do evento, horário certo, pesagem, juiz apitando todas as regras certinho. Agora vem a medalha e comemorar”, disse Sérgio.


Já no fim da tarde, a categoria “Absoluto” iniciou suas lutas, com combates muito tensos e físicos. Duas lutas tiveram que ser decididas no “golden score” e por fim, após vencer a semifinal, Abishai Coge, da Monetaria, nao precisou lutar a grande final para garantir seu segundo ouro na tarde, já que o atleta da Humanas, Jhonnyverson, desistiu do combate.

O judoca, 40kg mais leve que Abishai, havia sido campeão Panamericano de Judô após vencer 10 lutas, no sábado, um dia antes de vencer a categoria de 81kg a 90kg na Olimpíada, e por isso optou por preservar seu físico e saúde). Já o campeão Abishai, que disputou sua última Olimpíada, falou emocionado sobre o judô da UFU:


“Na verdade é um sentimento de emoção e nostalgia. Eu conheci meus melhores amigos aqui no judô da UFU, do qual eu participo desde 2015. É um ambiente competitivo, mas também de muita harmonia, muita amizade. Agradeço meus adversários de hoje, que também são ótimos amigos. O que fica mesmo é o sentimento de gratidão e felicidade”, disse Abishai enquanto era ovacionado pelos amigos e torcedores da atlética do Tamanduá.

Abishai Coge (à esquerda, de proteção na cabeça) venceu todas as lutas que disputou na competição desse ano. Foto: Itana Santos

Ao fim de todas as lutas e com os pódios de cada categoria já realizados, a classificação geral do judô masculino foi anunciada. A Monetária levou a primeira colocação com 18,5 pontos, apenas 0,5 a mais que a segunda colocada, a Educa, que conquistou 18 pontos. Em terceiro lugar, com seu melhor desempenho na história do judô, veio a Humanas, com 12,5 pontos.


Confira abaixo todos os resultados do judô masculino da Olimpíada UFU 2022:


55kg

1º Augusto Souza - Medicina

2º Mateus Paula - Monetária

3º Ian Ferreira - Eng. Udi

3º Luis Silva - Educa


55 a 60kg

1º Willy de Rita - Educa

2º Caetano Nascimento - Educa

3º Heitor Andrade - Eng. Udi

3º Raul Vale - Biológicas

60kg a 66kg

1º Pedro Ferreira - Eng. Udi

2º Thiago Tavares - Psico

3º Kallebe Mendes - Humanas

3º Arthur Martins - Humanas


66kg a 73kg

1º Guilherme Faleiro - Direito

2º Herlan Carvalho - Monetária

3º Lorenzo Staduto - Humanas

3º João Carvalho - Agrárias


73kg a 81kg

1º Bruno Silva- Educa

2º João Silva - Eng. Udi

3º Vinicius Vidal - Monetária

3º Gabriel Faria - Humanas


81kg a 90kg

1º Johnyvecson Nascimento - Humanas

2º Matheus Nasc. - Exumadas

3º Giovane Basílio - Educa

3º Luiz Rosa - Computação


90kg a 100kg

1º Sergio Martins - Educa

2º Marcilei Junior - Monetária

3º Rafael Gonçalves - Aplicadas

3º Jhonatan Silva - Eng. Udi


+100kg

1º Abishai Coge - Monetária

2º Pablo Xavier - Computação

3º João Raimundo - Computação

3º Vitor Pereira - Agrárias


Absoluto

1º Abishai Coge - Monetária

2º Johnyvecson Nascimento - Humanas

3º Jhonatan Silva - Eng. Udi

3º Luiz Rosa - Computação


Geral

1º Monetária

2º Educa

3º Humanas

4º Engenharia UDI

5º Computação

6º Direito e Medicina

8º Exumadas e Psicologia

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