.png)
Jogos que marcaram o último fim de semana desta edição da Olimpíada UFU definiram o pódio do vôlei masculino
Por Giovanna Trovó
O momento mais triste para os amantes de esportes e integração chegou: o fim da Olimpíada UFU. Foram cinco finais de semana intensos de jogos. E no sábado, 26 de novembro, no G5 do Campus Educa, ocorreu a grande final do vôlei masculino, a disputa do terceiro lugar e, posteriormente, a entrega dos troféus e das medalhas.
O marco desta edição da modalidade na volta pós-pandemia é não ter tido nenhuma das três primeiras colocadas da última Olimpíada na final. Os “azarões” se deram melhor. O duelo de gigantes disputando o ouro foi entre Fisioterapia e Monetária, na qual, superando as expectativas, o time da saúde se consagrou campeão. Para receber o bronze no pódio, a Engenharia derrotou a Moca e ficou com a última medalha.
Finalíssima
O jogo mais esperado de todos os finais de semana. O duelo que exigiu mais concentração e suor. Fisioterapia contra Monetária. No início, não eram cotadas como favoritas, mas mostraram porque chegaram até à final. Às 11 da manhã, com a arquibancada lotada de verde e vermelho, representantes das duas atléticas estavam presentes para torcer neste último jogo.
O primeiro de possíveis cinco sets iniciou e foi dominado pela Monetária até os sete primeiros pontos, com saques e cortadas fortes. O técnico da Fisio notou seu time desconcentrado e deu coordenadas na lateral da quadra para que houvesse uma reação. E houve. 7 a 6. Assim, o técnico adversário pediu tempo e reajustou a equipe da Monetária, que conseguiu manter a vantagem, mesmo com dificuldade, e finalizar o primeiro set por 25 a 21.
O segundo set foi caracterizado por ser o mais longo e mais longevo de pontos na Olimpíada UFU inteira, tamanha qualidade dos adversários. No início, a Fisio jogava com mais concentração e coletividade, já a Monetária não estava em completa sintonia como no primeiro, mas, na metade do segundo set, o time de vermelho voltou a funcionar, causando suor na equipe adversária que estava disposta a tudo para ganhar. E assim, mesmo com muitos desperdícios de set points, na casa dos 30 pontos, a Fisio fechou o placar por 31 a 29, empatando a final.
A Monetária manteve a regularidade no terceiro set e, com jogadas bem construídas, possuía vantagem sobre o time da Fisio, que parecia cansado. Na reta final, com 24 a 21 e três chances para ganhar o set, o técnico do time do crocodilo pediu tempo e reajustou seus jogadores, traçando estratégia que fizeram a Fisio concluir os três pontos que precisavam, sem errar, para empatar. Em 24 a 24, o time da saúde teria que fazer mais dois pontos consecutivos para virar o jogo. E assim os atletas fizeram: 26 a 24 para a Fisio.
O quarto set era o mais importante do jogo já que a Monetária necessitava da vitória para forçar um set de desempate ou veria a Fisio levantar o troféu de campeão. E o time de vermelho começou com sangue nos olhos, chegando a abrir vantagem de seis pontos. Porém,com pontos de saque do time adversário, a atlética do tamanduá viu a chance de empatar o jogo e o primeiro lugar escapar pelos dedos. A Fisio se tornou a grande campeã do vôlei masculino da Olimpíada fechando o último set por 25 a 23.
Fisioterapia, a grande campeã
Que a Fisio não era a favorita para ser a medalha de ouro todo mundo já sabia, pois em seu histórico nunca havia passado das quartas de final, e apostava-se nos times que ficaram no pódio da última edição: Engenharia, Exatas e a dona da casa, Educa. Mas o vôlei é jogado dentro de quadra, não por história. E o time do crocodilo demonstrou isso muito bem.
A sua jornada de campeão começou já nas quartas de final, pois seu adversário das oitavas, o time da Aplicada, não apareceu. Desta forma, após o WO, a atlética quebrou o seu mais forte tabu. O primeiro confronto se deu contra um dos times mais bem cotados para o pódio: a Exatas, que em jogo complicado de três sets foi derrotada pela Fisio. Logo, uma favorita foi deixada para trás.
Na semifinal encontrou com a Moca. Em outro jogo difícil e disputado, o time da saúde estava vendo a vaga na final escapar, mas persistiu e, após cinco sets de luta, garantiu o seu lugar na grande busca pelo ouro. Após o último triunfo que sagrou a Fisioterapia campeã da Olimpíada de 2022, um dos destaques do campeonato, Lucas Vinícius revelou o sentimento de felicidade em ter ganho todos os jogos e a estratégia adotada contra a Monetária: explorar os pontos fracos no corredor e saques pontuais. Ele ainda disse que o psicológico do time unido para vencer contou muito nos sets finais e ficou muito satisfeito com a trajetória que a equipe teve.
Vinicius, seu companheiro de quadra, mais conhecido pelo sobrenome Carrijo, também foi um dos principais personagens no campeonato e contou que treinava arduamente para chegar onde chegou. Questionado sobre a sensação em ter sido campeão sobre times fortes, ele respondeu que o sentimento é de gratidão e felicidade por terem conseguido se ajustar nos momentos difíceis da partida e mantido o foco em avançar nas fragilidades do adversário. Carrijo, o número 9 do time, ainda teve um incentivo extra na arquibancada. Sua mãe, a dona Sineide, o acompanha como torcedora desde o sub-15 e compareceu à semi e à final para dar uma motivação a mais para seu filho.
Confira a caminhada até o ouro
Oitavas de final: Vitória por W.O contra a Aplicada.
Quartas de final: Vitória por 2 sets a 1 contra a Exatas (28 a 26, 18 a 25 e 15 a 12).
Semifinal: Vitória por 3 sets a 2 contra a Moca (25 a 19, 16 a 25, 18 a 25, 25 a 22 e 15 a 5).
Final: Vitória por 3 sets a 1 contra a Monetária (21 a 25, 31 a 29, 26 a 24 e 25 a 23).
A vice-campeã, Monetária
A prata ficou com o time de vermelho e azul. Mesmo não sendo o melhor cenário para a atlética que buscava o ouro, é de grande destaque a campanha do vice-campeão. Nas oitavas de final, eles venceram o time da Humanas por 2 sets a 0. Passando para as quartas, seu adversário foi a Medicina e a equipe repetiu o placar do anterior, com diferença nas parciais, já que a Monetária teve extrema facilidade em concluir os sets.
Na semifinal, em duelo de torcidas provocativas diante da Engenharia, time que estava no posto de última campeã e tinha uma pequena pressão em repetir o feito, mas que foi derrotada pela Monetária ao final de cinco sets. Destaque também a presença enorme da torcida, que fez a diferença nos jogos de sua atlética.
Confira a trajetória da vice-campeã
Oitavas de final: Vitória por 2 sets a 0 contra a Humanas (25 a 17 e 25 a 18).
Quartas de final: Vitória por 2 sets a 0 contra a Medicina (25 a 13 e 25 a 10).
Semifinal: Vitória por 3 sets a 2 contra a Engenharia (25 a 17, 21 a 25, 25 a 19, 22 a 25 e 15 a 9).
Final: Derrota por 3 sets a 1 contra a Fisioterapia (25 a 21, 29 a 31, 24 a 26 e 23 a 25).
Terceiro Lugar
A disputa pelo bronze foi entre Engenharia UDI e Moca. O jogo não parecia dar indícios de animação, já que, dentro de quadra e na arquibancada, a decepção em estar disputando o terceiro lugar no pódio - e não o primeiro - era evidente. Entretanto, ao longo da partida o clima foi esquentando e o resultado final mostrou o contrário do que parecia no início. O primeiro set teve domínio do time de Monte Carmelo, que, apesar de poucos atletas e sem técnico no elenco, continuava com o encaixe perfeito na coletividade. Em jogadas bem trabalhadas e bloqueios precisos, a Moca fechou o primeiro placar por 25 a 21.
No segundo set a Engenharia começou dominando e chegou a abrir seis pontos de diferença, mas a Moca não se deu por vencida e encostou no placar. O fim do set contou com erros individuais na recepção do time adversário e a atlética de Monte Carmelo virou o placar, finalizando com 26 a 24 no placar e dando mais um passo em direção ao bronze.
O terceiro set iniciou com uma pressão em cima do time da Engenharia, pois, se eles perdessem mais um set, era o fim do sonho da chegada ao pódio. Este time que foi campeão da última edição sentia soprar o vento da decepção por tantos que colocaram expectativa, e, com isso, fizeram o set da vida deles, venceram por um placar elástico de 25 a 15, e reacenderam a esperança dos poucos torcedores que os acompanhavam.
No set para empatar o jogo, a Engenharia manteve a mesma estratégia que parecia ir por água abaixo nos primeiros pontos, mas correspondeu àquilo que foi planejado pelo treinador, visto que fechou o placar por 25 a 16.
O quinto set era o de desempate. Últimos 15 pontos para tentar uma medalha. A Moca que tinha aberto 2 a 0 no início do jogo parecia desanimada com o feito da Engenharia, mas entraram em quadra com um último gás para tentar o bronze. Enquanto isso, o seu adversário, que no começo parecia triste, acendeu com os dois sets vencidos e vinha por mais. A narrativa deste último set era a de que todos estavam cansados, mas queriam a vitória. Só que a Moca estava ainda mais desgastada por ter apenas um reserva. Por isso, em tempo equilibrado e disputa de ponto a ponto, a Engenharia conseguiu virar o jogo que parecia perdido e conquistou o terceiro lugar no pódio por 15 a 12.
A dona do bronze: Engenharia
Iniciou a caminhada no vôlei masculino como uma das favoritas ao pódio, o que aconteceu. Talvez não no lugar almejado, mas a vaga entre os melhores times veio: o bronze foi conquistado. A trajetória do time da Engenharia foi perfeita até a semifinal. Sua torcida se impôs em todos os jogos e fez a festa para incentivar seus atletas dentro de quadra. Nas oitavas de final, o time de amarelo e preto enfrentou a Exumadas Pontal e ganhou os dois sets com facilidade.
Na fase seguinte, a atlética se encontrou com a Agrárias e, pelo mesmo resultado das oitavas, eliminou sua adversária. A semifinal não foi o que esperava e a Engenharia perdeu sua vaga na busca do troféu de campeã para a vice-campeã da Olimpíada, a Monetária, na sua única derrota na competição. Porém, no seu último jogo, na disputa pelo terceiro lugar, a atlética conseguiu bater a Moca e ficou com a medalha de bronze.
Confira a jornada da Engenharia
Oitavas de final: Vitória por 2 sets a 0 contra a Exumadas Pontal (25 a 12 e 25 a 14).
Quartas de final: Vitória por 2 sets a 0 contra a Agrárias (25 a 11 e 27 a 25).
Semifinal: Derrota por 3 sets a 2 contra a Engenharia (17 a 25, 25 a 21, 19 a 25, 25 a 22 e 9 a 15).
Terceiro lugar: Vitória por 3 sets a 2 contra a Moca (21 a 25, 24 a 26, 25 a 15, 25 a 16 e 15 a 12).
Honra ao mérito: Moca
A Moca foi uma das surpresas do campeonato. Com poucos recursos, a atlética formada por cinco cursos do campus vizinho, Monte Carmelo, conquistou o quarto lugar e fez um campeonato bom, devido às condições que os atletas estavam.
Sem técnico para orientá-los, com elenco curto, tendo apenas um jogador no banco de reserva, sem torcida por morar em outra cidade: todas estas adversidades não abalaram este time promissor, que em quatro finais de semana deram tudo de si em todas as partidas, eliminando uma das favoritas e dona da casa, Educa.
Na semifinal, contra a Fisioterapia, os atletas da Moca quase saíram vitoriosos, mas bateram na trave. O cenário se repetiu na disputa de terceiro lugar, quando ganhavam por 2 sets a 0 e viram a Engenharia, time que conta com mais recursos, virar o placar. Mas o que resta ao time de Monte Carmelo é orgulho pela campanha que fizeram.
Confira a trajetória da Moca na Olimpíada
Oitavas de final: Vitória por 2 sets a 0 contra a Artes (25 a 21 e 25 a 11).
Quartas de final: Vitória por 2 sets a 1 contra a Educa (25 a 23, 21 a 25 e 15 a 13)
Semifinal: Derrota por 3 sets a 2 contra Fisioterapia (19 a 25, 26 a 16, 25 a 18, 22 a 25 e 5 a 15).
Terceiro lugar: Derrota por 3 sets a 2 contra a Engenharia (25 a 21, 26 a 24, 15 a 25, 16 a 25 e 12 a 15).
Classificação final no vôlei masculino da Olimpíada UFU 2022:
1° lugar: Fisioterapia, com 4 vitórias em 4 jogos disputados.
2° lugar: Monetária, com 3 vitórias em 4 jogos disputados.
3° lugar: Engenharia UDI, com 3 vitórias em 4 jogos disputados.
4° lugar: Moca, com 2 vitórias em 4 jogos disputados.
Comments