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Competição de xadrez feminino marca presença na Olimpíada UFU

Após seis rodadas bem disputadas durante o dia, sai a campeã da modalidade em 2022


Por Luana Martinez

Jogos de xadrez feminino na Olimpíada UFU 2022. Foto: Luana Martinez

Nesse último domingo (23), na quadra da ESEBA, foi realizada a competição de xadrez feminino na Olimpíada UFU. Após uma reunião técnica para explicar o funcionamento da competição e sortear as atléticas que iriam se enfrentar na primeira rodada, as partidas tiveram início às 10h, sendo três rodadas de manhã, uma hora de pausa para o almoço e outras três rodadas à tarde, quando a campeã do xadrez feminino deste ano, Lesly Berrios, da atlética Engenharia UDI, foi conhecida.


A competição contou com seis rodadas que poderiam durar, no máximo, 40 minutos. Os relógios na mesa serviam para marcar o tempo de cada jogada, funcionando da seguinte forma: quando a jogadora fizesse seu movimento, ela pressionava o botão e seu ponteiro pararia, iniciando assim a contagem da sua adversária. Cada competidora tinha um total de 20 minutos e, caso o tempo de uma acabasse, seria automaticamente vitória da outra.

Quinta rodada da competição de xadrez. Foto: Luana Martinez

Há algumas edições da Olimpíada, a atlética Engenharia UDI vem marcando fortemente o seu espaço no xadrez feminino com Lesly Berrios, do curso de Engenharia Mecânica. A competidora esteve nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) em 2021 e levou para casa uma medalha de bronze. A estudante de engenharia já havia participado e vencido anteriormente a Olimpíada UFU e, neste ano, seguiu campeã do xadrez feminino após vencer todas as partidas das seis rodadas.


Lesly Berrios concentrada em sua partida. Foto: Ítana Santos

Em segundo lugar ficou Thainá Alves, do curso de Medicina Veterinária, das Agrárias. A jogadora comentou sobre a posição no pódio conquistada: “Para mim foi uma honra. A última vez que eu competi foi no ensino fundamental e eu não esperava ganhar agora, então ficar em segundo lugar, depois de um tempo, foi inacreditável”.


Thainá Alves competindo na primeira rodada do dia. Foto: Luana Martinez

Para fechar o pódio, a Engenharia UDI também marcou presença no terceiro lugar, com a jogadora Júlia Freitas, do curso de Engenharia Civil: “Eu jogo xadrez desde os cinco anos, meu pai me ensinou e eu jogava na escola, que tinha xadrez na grade, então eu aprendi muito nessa época. Eu fiquei um bom tempo sem jogar, até que eu vim para Uberlândia e comecei a jogar pela atlética. Eu tenho muito orgulho do nosso xadrez feminino. Desde que eu entrei a gente sempre ganhou o geral feminino e isso mostra o tanto que as meninas mandam bem nesse esporte que não é tão difundido”.


Premiadas do xadrez feminino: Thainá Alves com a prata, Lesly Berrios com o ouro e Júlia Freitas com o bronze. Foto: Ítana Santos

Cláudio Roberto, árbitro da Liga Brasileira de Xadrez e diretor do clube Escola de Xadrez de Uberlândia, fez comentários sobre o esporte: “O xadrez tem crescido muito nos âmbitos estudantis, tanto na pré-escola quanto no ensino superior. Em vários países do mundo, o xadrez faz parte até mesmo da rota acadêmica. O objetivo não é saber se dali sairá um campeão mundial, mas saber os benefícios que o xadrez exerce na criança: concentração, memória, raciocínio lógico. Nos centros universitários, é cada vez mais evidente os pontos onde se reúnem para jogar xadrez em competições como essa”.

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