Equipes da FAEFI fizeram uma partida movimentada e bastante equilibrada. Na disputa de terceiro lugar da Olimpíada UFU, a Medicina bateu a Engenharia nos pênaltis
Por Mateus Batista e Leíse Alves
O grande dia do futebol na Olimpíada UFU chegou! No último sábado (26), a Educa venceu a Fisioterapia por 1 a 0, com gol de Hiago Giordane, e consagrou-se campeã do futebol de campo. Na disputa de terceiro lugar, quem ficou com o bronze foi a Medicina, que bateu a Engenharia por 4 a 1 nos pênaltis depois de empatar por 0 a 0 no tempo regulamentar.
A campanha dos campeões foi irretocável: foram três vitórias e um empate, com cinco gols marcados e nenhum sofrido. Nas oitavas, venceram a Monetária por 3 a 0, com gols de Gustavinho e Dudu (duas vezes). Nas quartas, eliminaram a Moca por 3 a 2 nos pênaltis depois de um empate por 0 a 0 no tempo normal. Nas semifinais, a vítima da vez foi a Engenharia Uberlândia, com mais um gol de Dudu.
Final: Educação Física 1 x 0 Fisioterapia
As duas equipes chegaram para a decisão sem verem seus adversários comemorar um gol. Com defesas bem postadas, a partida foi bastante equilibrada e com grandes chances para os dois times. Pelo lado da Educa, as jogadas aconteciam pelas pontas, saindo dos pés de Dudu e Gustavinho. Já a Fisio contava com lançamentos para Igor Tavares, artilheiro e jogador destaque da competição.
No começo do jogo, quem saiu para o ataque foi a Fisioterapia, pressionando bastante e dificultando a troca de passes da Educa, que se defendia e buscava o contra-ataque. Aos dez minutos, Tavares recebeu o lançamento, ganhou na corrida do lateral e saiu cara a cara com Manoel Nunes, mas o goleiro da Educa fez uma boa defesa e manteve o 0 a 0 no placar.
Em entrevista, Manoel atribuiu o bom desempenho do time de campo da Educa aos treinamentos intensivos ao longo dos últimos quatro meses. Ele ressaltou também que os zagueiros foram fundamentais para a equipe não tomar nenhum gol, e a qualidade dos atacantes favoreceu o bom jogo e, consequentemente, para que o título ficasse em casa.
“Durante o preparativo nesta semana, o time conversou sobre a dependência da Fisio em cima do Tavares, já assistimos os jogos deles. E nos preparamos para neutralizá-lo, o que aconteceu”, disse Manoel.
Aos 13 minutos da etapa inicial, a Educa assustou o adversário com uma cobrança de falta que passou muito perto do gol. Aos 17’, a Fisio respondeu em uma boa chance após cobrança de escanteio, e dois minutos depois, a equipe da Educa finalizou com muito perigo em chute de Hiago.
E foi aos 31’ do primeiro tempo que a estrela de Hiago brilhou: em disputa na área após cobrança de escanteio, o camisa 17 subiu no meio do bolinho e desviou para o fundo do gol. Placar aberto para a Educa, 1 a 0, e muita festa da torcida da atlética do Cachorro.
Na segunda etapa, o jogo se manteve muito bom e disputado. Diferente das semifinais, onde os duelos foram bastante faltosos e com confusões, a final foi menos pilhada e truncada, com mais jogadas e menos brigas e discussões. Com as duas equipes se revezando na hora de atacar o adversário, os minutos finais foram eletrizantes.
Aos 20’, Gustavinho puxou um bom ataque, mas viu o goleiro Arthur Moraes defender o chute em dois tempos. Aos 38’, com a Fisio já cansada, a Educa teve outra ótima oportunidade após jogada de Roger Miguel, que culminou na finalização de Dudu e em outra excelente defesa de Arthur.
Aos 41’, a Fisio teve uma última chance bastante perigosa, em escanteio cobrado por baixo, mas o ataque desviou a bola para fora. Nos minutos finais, a Educa conseguiu se segurar bem e se consagrar como a grande campeã do futebol de campo.
Em entrevista ao ARQ UFU, Arthur agradeceu ao time e ressaltou o mérito da defesa, que se destacou ao longo do campeonato sem tomar nenhum gol até a final, mas garantiu estar feliz com o resultado e empolgado para os preparativos da temporada de 2023.
“Gostaria de parabenizar o meu time. Todos os jogos demos o nosso melhor. Nossa equipe está reduzida e ainda mostramos raça. A Fisioterapia é uma família, tivemos um bom desempenho”, disse o atleta da Fisio.
No pós-jogo, Hiago Giordane, carinhosamente chamado de Inhago, relatou a sua emoção por fazer o gol do título em sua última Olimpíada UFU e recebeu muito carinho da torcida.
“Se não me engano, foram cinco Olimpíadas, e a gente já foi campeão em duas, vice em outra, só que eu nunca tive muito protagonismo. Por ser a minha última, e como a Educa tem todo aquele fator ‘veterano’, a pressão cai sobre a gente para puxar a responsabilidade. Acabou que, durante o campeonato, eu não tinha feito nenhum gol, só que tinha que acontecer na final, né? Como diz o Gabigol, predestinado (risos)”, brincou Hiago.
Terceiro lugar: Medicina 0 (4) x (1) 0 Engenharia
Na partida das 10h, Medicina e Engenharia se enfrentaram em busca do bronze, e a equipe da Med saiu com a medalha no peito após vencer na disputa de pênaltis por 4 a 1, contando outra vez com o protagonismo do goleiro Gabriel Demetrhius.
A disputa pelo bronze pode ser definida com uma expressão popular: “deixar o sangue em campo”. O que não foi visto de faltas e divididas duras na partida anterior, ocorreu neste duelo. Logo aos dois minutos de jogo, Demethrius precisou de atendimento médico após uma dividida com um jogador adversário que tentava atrapalhar a reposição de bola do arqueiro.
Aos 13’, já recuperado da lesão, o goleiro defendeu um chute à queima roupa no contrapé, que foi tratado como um “milagre” por muitos, principalmente por Gustavo Marra, treinador da Engenharia, que ficou atônito no banco de reservas com a defesa.
Porém, logo depois, aos 18’, outro atendimento médico foi necessário: em dividida pelo alto, André Dias, camisa 80 da Engenharia, levou a pior e foi retirado de campo com o nariz sangrando bastante. O atendimento durou alguns minutos, com o atleta preocupado se o nariz havia quebrado, mas ele voltou e continuou até o final da partida.
Depois da lesão, a Engenharia sentiu o baque, permitindo mais ataques da Medicina. Aos 23’, uma boa chegada da Medicina em troca de passes pelo meio terminou com uma bela defesa de Guilherme Machado, goleiro da Engenharia e protagonista na partida contra a Exatas, nas quartas de final.
O restante do primeiro tempo foi tenso, com muitas chegadas duras e divididas, além de poucas finalizações, todas sem perigo. Já o início da segunda etapa foi totalmente o oposto, com a Medicina quase marcando em um gol olímpico, e a Engenharia respondendo com uma boa chegada pela ponta antes dos cinco minutos.
Porém, na parada técnica, outro susto: Felipe Pereira, camisa 72 da Engenharia, teve uma crise de asma e passou mal. O atleta foi retirado de campo e atendido, mas depois de alguns minutos, precisou ser encaminhado para o hospital.
Após isso, o jogo não teve mais chances. AMedicina tinha dificuldade em construir as jogadas, e a Engenharia ainda parecia assustada com a situação de Felipinho. Com isso, o jogo terminou empatado. Nas cobranças de pênalti, a estrela de Demetrhius brilhou mais uma vez. Com uma defesa nas penalidades máximas, o goleiro viu a Engenharia isolar outra chance e a Medicina converter todas as cobranças. Placar final das penalidades: Medicina 4 a 1 Engenharia.
Em entrevista pós-jogo, Demetrhius ressaltou a qualidade da defesa da Medicina e o fato do time não ter feito nenhum gol na competição, mas enfatiza que a característica deles é marcar e depois construir jogadas. No entanto, mesmo com o jejum, eles saem com o bronze.
“Vamos trabalhar mais para quebrar esse jejum. Essa vitória é importante, estamos com um time novo, trocamos dez jogadores desde a última Olimpíada, e mesmo assim medalhamos. O resultado é bom para o chaveamento do ano que vem”, afirmou o goleiro.
Demetrhius está no sexto ano do curso, e admitiu que essa experiência favorece a sua presença dentro e fora de campo, pois ele procura incentivar os mais novos, estar seguro e transparecer confiança para que o time faça uma boa partida.
O ARQ UFU também conversou com Gustavo Marra, treinador da Engenharia, e perguntou sobre como a questão dos atletas lesionados afetou a performance da equipe em campo.
“Sim, essas duas perdas que tivemos durante o jogo influenciaram. O André deu uma abalada, mas ele é muito bom jogador, bem forte, mas com o Felipinho nós ficamos bem preocupados. Ele saiu do campo passando mal e foi para o hospital, e a gente vai procurar mais informações”, disse o comandante.
Também perguntado sobre o que a equipe pode fazer de diferente para ter um resultado melhor na próxima edição, o treinador da Engenharia foi bem enfático: “Chegamos em muitas semifinais e batemos na trave. Acho que falta um pouquinho de atenção e de sorte também, e nós vamos treinar para chegar mais longe ano que vem”
Alguns dias após o susto, o Arquibancada UFU entrou em contato com Guilherme Machado, goleiro da Engenharia, que deu atualizações sobre a condição de seus companheiros de time: “O Felipinho ficou bem, ele só ficou internado depois do jogo, mas melhorou. O Andrézinho acabou quebrando o nariz, mas já arrumou, sem cirurgia nem nada” O ARQ UFU deseja pronta recuperação para ambos, e também para todos aqueles que se lesionaram durante a competição.
Classificação final e campanha das equipes:
1º Educa: três vitórias e um empate. Cinco gols feitos e nenhum sofrido
2º Fisio: três vitórias e uma derrota. Seis gols feitos e um sofrido
3º Medicina: uma vitória por W.O., dois empates e uma derrota. Nenhum gol feito e dois sofridos
4º Engenharia: uma vitória, dois empates e uma derrota. Três gols feitos e dois sofridos
Eliminados nas quartas: Agrárias, Engenharia Pontal, Exatas e Moca
Eliminados nas oitavas: Artes, Aplicada, Direito, EngBio Patos, Exumadas Pontal, Humanas, Monetária e Odonto
Eliminados nas pré-oitavas: Biológicas e Computação
Atleta destaque: Igor Tavares (Fisioterapia)
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