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Clima quente dentro e fora de quadra marca reta final do handebol na Olimpíada UFU 2025

  • Foto do escritor: Arquibancada UFU
    Arquibancada UFU
  • 11 de set.
  • 6 min de leitura

Atualizado: 16 de set.

Partidas foram disputadas ponto a ponto e definiram finalistas


Por: Ester Moraes



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As finais serão disputadas no próximo domingo (14) | Foto: Ester Moraes


A Olimpíada UFU 2025 está chegando ao fim e, no sábado (6), a quadra G2 do Campus Educação Física recebeu as semifinais do handebol feminino e masculino. Apesar do calor intenso, que trouxe desgaste físico e desconforto aos presentes no ginásio, a atmosfera permaneceu carregada de rivalidade e emoção, com cada ponto disputado como se fosse o último.


Na modalidade feminina, a final será uma reedição do último ano, entre Educa e Engenharia, que reafirmaram seus favoritismos. Na masculina, por outro lado, a disputa reservou surpresas, com a Monetária, que fez uma de suas melhores campanhas na competição, superou o desempenho do ano passado e agora encara a Engenharia na grande decisão.



Feminino


Educa 22 x 21 Monetária 


Com a arquibancada ainda tímida de torcedores, Educa e Monetária deram o pontapé inicial nas semifinais. A atual campeã entrou em um duelo intenso contra a Monetária, com jogadas rápidas e decisivas desde os primeiros lances.


Com boas movimentações e defesas consistentes de ambos os lados, a primeira etapa destacou a goleira da Money, Anne Cristina Toroni, que parou ataques firmes do Cachorro. Ainda assim, a Educa aproveitou os contra-ataques e, com bom entrosamento em quadra, construiu vantagem e fechou o primeiro tempo em 12 a 7.


Na segunda etapa, a Educa conseguiu ampliar a vantagem, mas o Tamanduá não deixou  barato e, aos 15 minutos, forçou o técnico Raphael Artiga a pedir tempo, após a reação no placar. Com gols perdidos e algumas desatenções em quadra, o Cachorro deu brechas ao adversário, que diminuiu paraum ponto de diferença.


Na reta final, tudo mudou quando Ana Flavia Buaitti, camisa 8 da Educa, recebeu cartão vermelho por falta no ataque, o que deu ao Tamanduá a chance de um tiro de sete metros. O empate, que poderia levar ao tempo extra, não veio, já que a Money errou a cobrança e, ao final, o Cachorro novamente saiu com a classificação por 22 a 21.


Após a partida, Ana Flavia Buiatii, um dos destaques com sete gols, comentou sobre o desempenho e a composição do time da Educa. “O time está muito bem montado, nós tínhamos todas as posições que precisávamos. Ano passado viemos muito forte e merecemos aquela vitória. Esse ano a gente se desmontou um pouco, mas estou muito orgulhosa das meninas, que, mesmo sem um time muito forte igual do ano passado, elas tiveram muita cabeça para jogar esse jogo.”


A atleta também comentou sobre o lance final da partida, que resultou em sua expulsão. “Aquele cartão vermelho foi uma escolha minha, eu sabia que eu ia levar. Conheço muito bem a regra do meu esporte, mas eu troquei o que eu achei que seria um gol por uma chance de defesa da minha goleira, e ela conseguiu realizar”, finalizou Ana Flavia.


Engenharia 18 x 14 Agrárias 


O segundo jogo do dia foi entre a atual vice-campeã, Engenharia, e Agrárias. Logo no início, as duas equipes mostraram a que vieram e demonstraram competitividade em quadra. O primeiro tempo começou com o Leão impondo ataques fortes, mas o time verde respondeu à altura e manteve o placar equilibrado, com diferença de apenas um ponto.


Em dado momento, a partida ficou morna, sem grandes movimentações, já que nenhuma das equipes cedia brechas ao adversário. Mesmo com o Javali mantendo a paridade no placar, após a parada técnica pedida pelo Leão, as Futuras Engenheiras pareceram encontrar o ritmo e com contra-ataques decisivos, levaram vantagem de um ponto no placar, que terminou em 8 a 7.


No segundo tempo, o cansaço físico da Agrárias foi evidente e a equipe amarela aproveitou para ampliar a vantagem. Entre tiros de sete metros e paradas técnicas, o Leão conseguiu se sobressair com um bom esquema tático, aliado à rotatividade oferecida pelo banco de reservas.


Por outro lado, apesar da desvantagem mínima, o Javali não mediu esforços para alcançar o adversário no placar, mas não foi o suficiente devido a erros técnicos da equipe. A Engenharia, em determinados momentos, cometeu deslizes que poderiam resultar em uma virada para a equipe verde, porém, após uma chamada técnica, não deu mais brechas e garantiu a presença em mais uma final por 18 a 14.


Maria Eduarda Dias, estudante do segundo período de Engenharia Civil, participou da sua primeira Olimpíada e se destacou pela boa performance. A camisa 3 deixou a quadra aplaudida após uma forte trombada, que a tirou dos minutos finais da partida. Depois do apito final, a atleta comentou sobre a vitória do Leão.


“Eu estou muito orgulhosa do nosso time, mas eu sei que a gente poderia ter ido mil vezes melhor. Acho que entramos acomodadas e depois vimos que o jogo estava realmente pegado. Nosso técnico deu uma chamada de atenção, botou a gente para cima e mostrou que conseguíamos ganhar e fizemos o que ele pediu”, finalizou.


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Educa vai em busca do segundo ouro consecutivo | Foto: Ester Moraes


Masculino 


Engenharia 32 x 23 Medicina


O terceiro confronto das semifinais marcou o início dos jogos da modalidade masculina. Sob um forte calor no período da tarde, Engenharia e Medicina protagonizaram um dos duelos mais aguardados e não decepcionaram. Diante das torcidas, que elevaram ainda mais a temperatura nas arquibancadas, o Leão, atual campeão, enfrentou a Serpente, que não não facilitou. 


A primeira etapa começou com ataques fortes da Engenharia, que abriu rapidamente uma vantagem, mas a Med não cedeu facilmente e conseguiu se recompor com estratégias táticas. Ao longo da parcial, a intensa movimentação de ambos os lados evidenciou o bom nível técnico das equipes. Porém, o Leão conseguiu ser superior na sua organização e abriu uma curta distância no marcador, que finalizou em 15 a 11. 


No segundo tempo, o time amarelo ampliou a vantagem e não deu mais brechas ao adversário, que, ainda assim, continuou buscando o resultado até o fim. Mesmo com ótimas jogadas e técnicas, a Med não conseguiu reagir a tempo e o Leão reafirmou seu favoritismo, novamente, na competição. O placar final foi de 32 a 23. O camisa 81 da Engenharia, Suelso de Freitas, converteu cinco gols para a equipe e após a partida comentou sobre o desempenho do Leão. 


“Nosso time vem de uma construção há bastante tempo. Estamos com uma vontade de ganhar de dois anos atrás, quando perdemos o primeiro CIA. O time é muito bom, é uma equipe que tem muita qualidade técnica. Somos uma família e nós vamos para a final muito preparados, em busca do que é nosso”, declarou o atleta. 


Monetária 33 x 31 Artes 


O último jogo que encerrou essa fase, ficou por conta da Artes e Monetária. O Arlequim vice-campeão da modalidade na Olimpíada UFU e o vice-campeão na Copa Inter Atléticas (CIA), entraram em um confronto eletrizante, repleto de reviravoltas. 


A partida se manteve equilibrada do início ao fim, com nenhuma das equipes disposta a ceder a vaga na grande decisão. O primeiro tempo não decepcionou. Até a metade da parcial, nenhum dos times conseguiu se impor, o que manteve o placar pareado e sem que qualquer equipe abrisse vantagem. O ritmo acelerado do jogo, demonstrou um resultado imprevisível e sob o apoio de suas torcidas da arquibancada, a primeira etapa terminou em 13 a 13.


No segundo tempo, o clima frenético persistiu e o placar permaneceu acirrado com as equipes se alternando entre abrir vantagem e buscar o empate. Com bons contra-ataques e marcação firme, o Tamanduá conseguiu construir uma vantagem momentânea. Diferentemente da primeira parcial, alguns destaques individuais começaram aparecer, como o camisa 28 da Money, João Renato Carvalho, que converteu 11 gols para a equipe. 


O intenso confronto, marcado por muito contato físico, ficou evidente quando a partida precisou ser interrompida para que o camisa 52 do Arlequim, Wendy Chaves, trocasse de uniforme após um enorme rasgo, voltando em seguida com a camisa 54. Com o jogo acalorado e acirrado, ponto a ponto, o Tamanduá mostrou garra e consistência, conseguindo a revanche após ter sido eliminado nas oitavas da última Olimpíada pela Artes. 


Apesar do bom nível técnico do Arlequim, a Money não deu chances e, nos minutos finais, garantiu a vaga na final da competição por 33 a 31. Após o apito final, o camisa 65 da Money, Arthur de Assis, falou sobre o desempenho e a campanha do Tamanduá. 


Ele comentou que, apesar da Monetária ter muitos cursos, a atlética enfrentou dificuldades para captar jogadores após a pandemia, e que o time faz parte de um processo de construção e amadurecimento iniciado com o retorno presencial da Olimpíada UFU em 2022.


“Esse time passou por vários tipos de treinos, vários tipos de técnicos com pensamentos diferentes e isso conseguiu com que chegássemos a um nível de excelência, é claro que tem muitos pontos a melhorar, como qualquer outro time, mas nosso time passou por um contexto de construção, de reconstrução e passou por esse processo muito bem.”


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“O time é muito maduro e, nesse processo, a CIA também foi um grande catalisador para a construção dessa equipe e para chegarmos a desempenhar o papel que desempenhamos hoje”, declarou Arthur | Foto: Ester Moraes


Resultados das semifinais


Feminino


Educa 22 x 21 Monetária 

Engenharia 18 x 14 Agrárias 


Masculino 


Engenharia 32 x 23 Medicina

Monetária 33 x 31 Artes  


Próximos jogos


Feminino 


Educa x Engenharia - Final

Agrárias x Monetária - Terceiro Lugar


Masculino 


Engenharia x Monetária - Final

Medicina x Artes - Terceiro Lugar





 
 
 

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