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Clima, lesão e muito nervosismo na final do tênis de campo feminino

  • Foto do escritor: Arquibancada UFU
    Arquibancada UFU
  • 28 de nov. de 2022
  • 4 min de leitura

Adversidades não foram um impedimento para uma ótima final, que coroou Engenharia UDI como campeã da modalidade na Olimpíada UFU


Por Bruno Stocco
A grande final teve cerca de 2 horas e 10 minutos de duração. Foto: Bruno Stocco

No penúltimo fim de semana da Olimpíada UFU, precisamente nos dias 19 e 20 de novembro, a final e a disputa do terceiro lugar do tênis de campo feminino foram disputadas. As partidas que definiram as medalhistas foram emocionantes e movimentaram as atléticas participantes, com destaque para a Engenharia UDI, que se tornou campeã da modalidade.


A final


A grande final ocorreu no sábado, 19, às 15h, no Udi Tênis. As atletas ainda se aqueciam quando a chuva e o vento forte começaram. Ana Clara Farias, representante do Direito, e Isadora Santos, da Engenharia UDI, tiveram que encarar as condições climáticas adversas até o fim da partida. O jogo não foi parado uma vez sequer devido ao clima, que parecia deixar as atletas ainda mais desconfortáveis com a pressão da decisão.


Quando o jogo foi iniciado, as duas tenistas, visivelmente nervosas, erraram muito. Um dos fundamentos mais afetados pela ansiedade delas foi o saque. Ambas tiveram diversos erros, mas garantiam os games nos quais sacavam. Após um bom tempo, as atletas ainda se mostravam num nível inferior ao apresentado anteriormente. A indignação era clara: elas reclamavam consigo mesmas durante as jogadas. Isadora, por exemplo, jogou várias vezes a bola para o saque, mas não completava o movimento.


Faltava confiança. E ela veio. Ana Clara estava crescendo na partida e chegou até a quebrar o serviço de sua adversária, abrindo vantagem no placar. Porém, essa foi a última gota necessária para Isadora se acomodar no jogo. Ela mostrou o estilo de jogo de sempre, com confiança, vontade e agressividade. Esta súbita melhora de desempenho rendeu a ela a virada. O resto do set foi uma administração da vantagem para fechar em vitória de 7x5 para a Engenharia UDI com duração de 1h20min.


O segundo set começou da mesma forma que o primeiro, com muito nervosismo de ambos os lados. A torcida presente se empolgou ainda mais e não permitiu que as atletas esquecessem o que estava em jogo. Vale destacar que o vento estava em crescente de velocidade e complicava a partida que já não era fácil. Desta vez, porém, a ansiedade das tenistas foi curta, pois logo elas se adaptaram ao ritmo do jogo e conseguiram se concentrar para mostrar o seu melhor desempenho.


O set estava complicado para as duas, que novamente faziam questão de confirmar os games nos quais sacavam. Isso ocorreu até o momento em que o jogo estava 2x1 para Isadora. No próximo game era a vez de Ana Clara sacar, infelizmente para a saúde da atleta, logo no primeiro saque, ela sentiu grandes dores na perna direita.


A lesão fez com que ela perdesse diversos pontos por falta de condicionamento e tomasse a primeira quebra de serviço do set. “Não aguentava mais correr”, contou a atleta ao fim da partida. A sequência não foi boa para ela, que viu a sua adversária se afastar no placar e conseguir uma ótima vantagem. As câimbras sentidas foram pesadas o suficiente para impedir o crescimento que a tenista teve durante o jogo.


Ao somar isto à qualidade de Isadora, a perspectiva era péssima. E esta expectativa se confirmou. A jogadora da Engenharia UDI garantiu a vitória na final.


“Tô muito grata, feliz, realizada porque é meu último campeonato pela Engenharia, então eu fechei do jeito que eu queria", comemorou Isadora Santos, a medalhista de ouro, que também ressaltou a dificuldade da Olimpíada UFU. “O nível do campeonato melhorou bastante. A semifinal e a final foram bastante complicadas”.


Ana Clara, que ficou com a prata, acredita que as dores foram causadas pelo cansaço: “Eu tive muito esforço físico essa semana por causa dos jogos jurídicos, onde eu joguei quatro modalidades. Tive que colocar a cabeça no lugar várias vezes, o problema foi mais psicológico do que físico”, analisou a atleta após a partida.


Apesar disso, ela mantém a cabeça erguida e já espera a próxima Olimpíada UFU: “Voltar ano que vem e tentar ganhar o primeiro lugar”.

Isadora Santos ganhou o individual e o geral para a Engenharia UDI. Foto: Bruno Stocco

A disputa de terceiro Lugar


O jogo pelo bronze ocorreu no domingo, 20, entre Thayse Dias, da Monetária, e Giovanna Coelho, da Odonto, em quadra particular. Mais uma vez as duas atletas tiveram um duro confronto pela frente. A partida valia não só a medalha, como também era uma disputa direta de pontos entre as atléticas. Tinha muita coisa em jogo dentro de quadra.


As atletas, porém, não sentiram a pressão e mostraram o motivo de estarem tão longe na competição. Após um jogo acirrado no qual ambas tiveram chance de ganhar, Thayse levou a melhor e venceu por 8x6. Foi a segunda derrota de Giovanna na competição, novamente pela diferença mínima no placar, o que mostra o alto nível entre as atletas que chegaram às semifinais.

Bandeira do Direito teve que ser retirada da lateral devido aos fortes ventos do dia. Foto: Bruno Stocco

Colocações


Atletas:

1 - Isadora Santos (Engenharia UDI)

2 - Ana Clara Farias (Direito)

3 - Thayse Dias (Monetária)

4 - Giovanna Coelho (Odonto)

5 - Maria Julia Pacheco (Biológicas)

6 - Raquel Belluco (Medicina)

7 - Débora Kohara (Computação)

8 - Gabriela Zangari (Agrárias)


Atléticas:

1 - Engenharia UDI

2 - Direito

3 - Monetária

4 - Odonto

5 - Biológicas

6 - Medicina

7 - Computação

8 - Agrárias

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