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Clima, lesão e muito nervosismo na final do tênis de campo feminino

Adversidades não foram um impedimento para uma ótima final, que coroou Engenharia UDI como campeã da modalidade na Olimpíada UFU


Por Bruno Stocco
A grande final teve cerca de 2 horas e 10 minutos de duração. Foto: Bruno Stocco

No penúltimo fim de semana da Olimpíada UFU, precisamente nos dias 19 e 20 de novembro, a final e a disputa do terceiro lugar do tênis de campo feminino foram disputadas. As partidas que definiram as medalhistas foram emocionantes e movimentaram as atléticas participantes, com destaque para a Engenharia UDI, que se tornou campeã da modalidade.


A final


A grande final ocorreu no sábado, 19, às 15h, no Udi Tênis. As atletas ainda se aqueciam quando a chuva e o vento forte começaram. Ana Clara Farias, representante do Direito, e Isadora Santos, da Engenharia UDI, tiveram que encarar as condições climáticas adversas até o fim da partida. O jogo não foi parado uma vez sequer devido ao clima, que parecia deixar as atletas ainda mais desconfortáveis com a pressão da decisão.


Quando o jogo foi iniciado, as duas tenistas, visivelmente nervosas, erraram muito. Um dos fundamentos mais afetados pela ansiedade delas foi o saque. Ambas tiveram diversos erros, mas garantiam os games nos quais sacavam. Após um bom tempo, as atletas ainda se mostravam num nível inferior ao apresentado anteriormente. A indignação era clara: elas reclamavam consigo mesmas durante as jogadas. Isadora, por exemplo, jogou várias vezes a bola para o saque, mas não completava o movimento.


Faltava confiança. E ela veio. Ana Clara estava crescendo na partida e chegou até a quebrar o serviço de sua adversária, abrindo vantagem no placar. Porém, essa foi a última gota necessária para Isadora se acomodar no jogo. Ela mostrou o estilo de jogo de sempre, com confiança, vontade e agressividade. Esta súbita melhora de desempenho rendeu a ela a virada. O resto do set foi uma administração da vantagem para fechar em vitória de 7x5 para a Engenharia UDI com duração de 1h20min.


O segundo set começou da mesma forma que o primeiro, com muito nervosismo de ambos os lados. A torcida presente se empolgou ainda mais e não permitiu que as atletas esquecessem o que estava em jogo. Vale destacar que o vento estava em crescente de velocidade e complicava a partida que já não era fácil. Desta vez, porém, a ansiedade das tenistas foi curta, pois logo elas se adaptaram ao ritmo do jogo e conseguiram se concentrar para mostrar o seu melhor desempenho.


O set estava complicado para as duas, que novamente faziam questão de confirmar os games nos quais sacavam. Isso ocorreu até o momento em que o jogo estava 2x1 para Isadora. No próximo game era a vez de Ana Clara sacar, infelizmente para a saúde da atleta, logo no primeiro saque, ela sentiu grandes dores na perna direita.


A lesão fez com que ela perdesse diversos pontos por falta de condicionamento e tomasse a primeira quebra de serviço do set. “Não aguentava mais correr”, contou a atleta ao fim da partida. A sequência não foi boa para ela, que viu a sua adversária se afastar no placar e conseguir uma ótima vantagem. As câimbras sentidas foram pesadas o suficiente para impedir o crescimento que a tenista teve durante o jogo.


Ao somar isto à qualidade de Isadora, a perspectiva era péssima. E esta expectativa se confirmou. A jogadora da Engenharia UDI garantiu a vitória na final.


“Tô muito grata, feliz, realizada porque é meu último campeonato pela Engenharia, então eu fechei do jeito que eu queria", comemorou Isadora Santos, a medalhista de ouro, que também ressaltou a dificuldade da Olimpíada UFU. “O nível do campeonato melhorou bastante. A semifinal e a final foram bastante complicadas”.


Ana Clara, que ficou com a prata, acredita que as dores foram causadas pelo cansaço: “Eu tive muito esforço físico essa semana por causa dos jogos jurídicos, onde eu joguei quatro modalidades. Tive que colocar a cabeça no lugar várias vezes, o problema foi mais psicológico do que físico”, analisou a atleta após a partida.


Apesar disso, ela mantém a cabeça erguida e já espera a próxima Olimpíada UFU: “Voltar ano que vem e tentar ganhar o primeiro lugar”.

Isadora Santos ganhou o individual e o geral para a Engenharia UDI. Foto: Bruno Stocco

A disputa de terceiro Lugar


O jogo pelo bronze ocorreu no domingo, 20, entre Thayse Dias, da Monetária, e Giovanna Coelho, da Odonto, em quadra particular. Mais uma vez as duas atletas tiveram um duro confronto pela frente. A partida valia não só a medalha, como também era uma disputa direta de pontos entre as atléticas. Tinha muita coisa em jogo dentro de quadra.


As atletas, porém, não sentiram a pressão e mostraram o motivo de estarem tão longe na competição. Após um jogo acirrado no qual ambas tiveram chance de ganhar, Thayse levou a melhor e venceu por 8x6. Foi a segunda derrota de Giovanna na competição, novamente pela diferença mínima no placar, o que mostra o alto nível entre as atletas que chegaram às semifinais.

Bandeira do Direito teve que ser retirada da lateral devido aos fortes ventos do dia. Foto: Bruno Stocco

Colocações


Atletas:

1 - Isadora Santos (Engenharia UDI)

2 - Ana Clara Farias (Direito)

3 - Thayse Dias (Monetária)

4 - Giovanna Coelho (Odonto)

5 - Maria Julia Pacheco (Biológicas)

6 - Raquel Belluco (Medicina)

7 - Débora Kohara (Computação)

8 - Gabriela Zangari (Agrárias)


Atléticas:

1 - Engenharia UDI

2 - Direito

3 - Monetária

4 - Odonto

5 - Biológicas

6 - Medicina

7 - Computação

8 - Agrárias

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