As quartas de final e as semifinais aconteceram no mesmo final de semana no UTC e contaram com torcidas agitadas, prorrogação e jogos mornos
Por Maria Eduarda Amorim
Exatas e Medicina fizeram o único duelo do final de semana que foi decidido na prorrogação | Foto: Maria Eduarda Amorim
As quartas de final e semifinais do Basquete Masculino da Olimpíada UFU 2024, foram realizadas no último fim de semana, na quadra do Uberlândia Tênis Clube (UTC). Em meio a jogos calmos e acirrados, Engenharia e Moca se classificaram para a disputa do primeiro lugar do pódio, enquanto Educa e Exatas entrarão em quadra pela medalha de bronze.
O primeiro sábado de novembro (2) foi marcado pela disputa das quartas de final em que Exatas, Educa, Monetária, Engenharia, Aplicadas, Medicina, Infernal e Moca jogaram pela classificação para a semifinal. Já no domingo (3), aqueles que levaram a melhor no dia anterior, se encontraram para garantir um lugar na final.
Engenharia 67 x 55 Monetária - Quartas
O jogo que estreou o final de semana foi marcado pela rivalidade não apenas em quadra, mas também na arquibancada. No primeiro quarto o Tamanduá foi o vencedor por 17 a 10.
Nos próximos três quartos, a Engenharia – atual campeã do basquete masculino – mostrou para que entrou em quadra e mudou o jogo, e a cada ponto marcado a tensão aumentava. Ambas atléticas tinham torcidas barulhentas que se alfinetaram a cada passe, mas que também incentivaram os atletas a cada cesta.
No começo do quarto tempo, o placar ficou 42 a 42, mas o empate não durou muito. O Leão mostrou seus dentes, e venceu a partida por 67 a 55, se classificou para as semifinais, e garantiu sua volta à quadra no domingo. O estudante de Engenharia Mecânica e atleta-destaque da partida Alessandro Gabriel, comentou que o time sempre entra em quadra consciente para dar o seu melhor e atingir a vitória.
“Para mim, eu gostaria de jogar com a Exatas. Tenho muitos amigos lá e ter esse momento para mim também é importante, ter a chance de dividir a quadra tanto ao meu lado quanto rivalizando contra pessoas que para mim são especial para além da quadra”, comentou o atleta sobre o desejo de enfrentar o Gorila na semifinal.
“Durante o jogo tentamos marcar o Pedro, chutador da Monetária, de uma forma mais isolada e quando atacar saber os espaços que estariam livres pela marcação zona deles”, comentou Alessandro | Foto: Filipe Couto
Exatas 68 x 66 Medicina - Quartas
O segundo jogo de sábado foi o único que contou com prorrogação. Começou de maneira tranquila, com domínio da Medicina no primeiro e segundo quarto do começo ao fim. A partida contou durante todos os momentos com gritos da torcida da Serpente, que incentivavam seus atletas e provocavam os rivais.
A partir do terceiro quarto, a Exatas liberou o gorila de dentro de si e transformou o jogo tranquilo em uma disputa acirrada. A cada cesta marcada, a tensão crescia e as torcidas se tornavam mais energéticas. Os pontos marcados entre os times aconteciam de forma sequencial, e ,ao olhar para o placar, não havia como prever um vencedor.
Nem a chuva forte que caía do lado de fora conseguiu diminuir a inquietação que se tornava palpável no quarto tempo, que finalizou com o placar 55 a 55. Com a prorrogação de cinco minutos, o Gorila demonstrou o seu desejo pela vitória e virou o jogo. Os dois pontos finais que garantiram a vitória vieram de Pedro Henrique, camisa 35, e resultaram no triunfo da Exatas de 68 a 66. O atleta comentou que, durante o ano, o time trabalhou bastante para conquistar um lugar no pódio.
"A torcida da Medicina é uma torcida muito forte, é muito chato jogar contra eles. Confesso que acabam desconcentrando a gente às vezes, mas sempre tentamos o nosso máximo. O amor que a gente tem pela Exatas consegue ajudar a gente a superar tudo isso", compartilhou.
“Eu confio muito no meu time. Eu sei que eu posso e eles também podem muito, e não é à toa que a gente saiu daqui vencedor dessa partida”, apontou Jhonatan Alves, capitão da Exatas. | Foto: Maria Eduarda Amorim
Engenharia 70 x 35 Exatas - Semifinais
No jogo de domingo, para concretizar o desejo de Alessandro, a Engenharia enfrentou a Exatas em um jogo calmo e sem grandes reviravoltas. O Leão dominou toda partida, e o Gorila tentou mudar o placar, mas sem sucesso. Para Rodrigo Almeida, graduando de Engenharia Mecânica, ver a torcida é uma das coisas que motiva o time em quadra e incentiva cada jogador a dar o seu melhor.
Durante os quatro quartos, a Engenharia controlou o jogo e mostrou estar preparada para manter o primeiro lugar do pódio e ganhou por 70 a 35. "A gente vem trabalhando durante o ano inteiro. Todos os anos, todo mundo vê a gente com um certo favoritismo, mas não é fácil estar no topo, porque todo mundo quer tirar a gente de lá. A gente sempre vai dar o nosso melhor e agora vamos tentar buscar o segundo título", completa Rodrigo.
Moca 76 x 50 Infernal - Quartas
No penúltimo jogo das quartas de final, a atlética de Ituiutaba e a de Monte Carmelo se encontraram para disputar um lugar na semifinal. O jogo iniciou equilibrado, com ambos times preparados para mostrar o desejo pela classificação. Porém, enquanto a noite caia, o número de pontos da Moca subia e o equilíbrio da partida se perdeu.
No decorrer dos quatro tempos, o Tigre levou vantagem e deixou o Dragão de Três Cabeças para trás. Com o fim do jogo, a Moca ganhou da Infernal de 76 a 50. "Um conhece o outro, jogamos juntos há muito tempo, então acaba que todo mundo se encaixa certinho e tá dando tudo certo até agora", revela Pedro Augusto, estudante de Engenharia Florestal.
Educa 74 x 37 Aplicada - Quartas
O último jogo de sábado foi uma partida morna, em que a Educa relembrou porque garantiu seu lugar no pódio na Olimpíada de 2023. O Canguru não teve chances contra o Cachorro, que desde o primeiro quarto não parou de pontuar. No fim, a Educa ganhou de 74 a 37. “Eu estou muito contente em estar jogando, foi um jogo muito bom. O time está bem entrosado e está preparado para semifinal" compartilha Alvaro Tavares, atleta da Educa que está disputando sua primeira Olimpíada.
Moca 54 x 47 Educa - Semifinais
Pela primeira vez desde 2014, a Educa não se classifica para disputar a final | Foto: Maria Eduarda Amorim
Em um jogo acalorado, Moca e Educa se encontraram novamente em quadra por uma chance de conquistar o primeiro lugar. Diferente da Olimpíada de 2023, dessa vez a atlética de Monte Carmelo levou a melhor. De acordo com Pedro Augusto, os treinos para a Olimpíada se iniciaram mais cedo para que eles tivessem um melhor ritmo de jogo, e uma maior chance de conquistar o lugar mais alto do pódio.
Apesar da Educa ter estreado o primeiro quarto com uma cesta de dois pontos, e ao final do mesmo quarto ter empatado com a Moca, o Cachorro não se destacou durante o resto da partida. Durante todo o jogo, o Tigre mostrou as garras e veio até Uberlândia para alcançar além do terceiro lugar, e ao fim do último quarto, ganhou por 54 a 47.
"Estamos há três anos consecutivos batendo na trave com eles (Educa). É uma rivalidade saudável, mas a gente veio para dar o sangue. É uma ferida de bastante tempo, e ano passado a gente perdeu por dois pontos nos minutos finais, então lutamos bastante esse ano para estar aqui e ir para a final", finalizou Luiz Olavo, integrante do time da Moca.
Resultados
Quartas de final
Engenharia 67 x 55 Monetária
Exatas 68 x 66 Medicina
Moca 76 x 50 Infernal
Educa 74 x 37 Aplicada
Semifinais
Engenharia 70 x 35 Exatas
Moca 54 x 47 Educa
Disputa de Terceiro Lugar - 9 de novembro
Exatas x Educa
Final - 10 de novembro
Engenharia x Moca
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