Basquete feminino começa na Olimpíada UFU com jogos disputados e provocações entre torcidas

Arquibancada UFU
29 de ago.
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Atualizado: 2 de set.

Atletas se enfrentaram pelas oitavas de final e agitaram o G6 no último final de semana (23 e 24)

Por Vitória Dechechi

Os jogos começaram no primeiro horário do final de semana, às 8 horas da manhã do sábado, sendo uma das modalidades a abrir a Olimpíada | Foto: Vitória Dechechi

As oitavas de final do basquete feminino da Olimpíada UFU 2025 foram disputadas no G6 do Campus Educa. Os jogos começaram às 8 horas da manhã do sábado (23) e terminaram no domingo (24). As atletas tiveram que lidar com o novo chão da quadra, que estava escorregadio e prejudicando o desempenho.

Medicina 22 X 8 Gnomada

A primeira partida que o G6 recebeu após as reformas foi entre Medicina e Gnomada. O primeiro tempo do jogo foi dominado pela Medicina, que fez 9 pontos contra 4 da Atlética do Gnomo. O segundo tempo não foi muito diferente, com mais treze pontos da Atlética Marcel Resende Davi, que confirmou sua dominância no jogo.

Antes mesmo da partida começar, enquanto as atletas aqueciam em quadra, os torcedores provocavam as suas respectivas adversárias, com gritos e vaias. O comportamento perdurou durante o jogo e a provocação por parte da Torcida da Medicina aumentou proporcionalmente ao placar. O técnico da Serpente estava agitado na lateral da quadra e puxava as meninas durante a partida, dando dicas e reforçando o planejamento tático.

Com um total de 8 pontos durante o jogo, Sarah Campos foi a maior pontuadora.Em entrevista a atleta disse que a parte mais difícil da preparação foi o número reduzido de treinos antes da estreia: “A gente ficou um mês de férias antes desse jogo, então a gente treinou apenas duas vezes antes dessa partida Acho que a principal coisa que a gente teve dificuldade foi no início, de retomar o ritmo”.

“A gente treinou muito e nós estamos preparadas para ganhar de qualquer time”, afirmou Sarah | Foto: Vitória Dechechi

Engenharia 34 X 16 Direito

O segundo jogo que movimentou a quadra foi o confronto entre Engenharia e Direito. O primeiro e o terceiro quarto contaram com mais pontos dos Leões, enquanto o segundo e o quarto ficaram por conta do Guará.

Durante o jogo, o técnico da Engenharia bradou diversas vezes para as atletas e reforçou as táticas, além de advertir algumas quando cometiam falhas. A estratégia pareceu funcionar muito bem, uma vez que, no terceiro quarto, a Engenharia foi de 13 á 32 pontos, demonstrando sua dominância. As torcidas de ambos os times marcaram presença e torceram até o final do jogo, levantando bandeirões e faixas para incentivar as meninas.

Com 17 pontos, a camisa 75, Gabriella Carvalho foi o destaque pelo lado da Engenharia. Em entrevista, ela celebrou a vitória, mas admitiu o sentimento de que não desempenhou o seu melhor em quadra: “Para ser sincera, estou muito abaixo do que normalmente eu jogo, tô doente, gripada, não estou conseguindo treinar. Mas coletivamente a gente fez um bom jogo, depois de um tempo eu consegui esquentar e fazer algumas cestas, foi um bom jogo”.

Sobre o sentimento de enfrentar a Humanas nas quartas de finais, Gabriella disse que apesar da Pantera ser o time mais forte atualmente, a Engenharia vem se preparando bastante e irá contar com boas peças | Foto: Eduardo Bessa

Educa 37 X 11 Artes

O terceiro jogo foi protagonizado pela Educa e pela Artes. O Arlequim, que na última edição da Olimpíada universitária chegou até às quartas de final, esse ano se despediu do campeonato nas oitavas, em seu primeiro jogo. Por outro lado, a Educa avançou e, se passar da próxima rodada, já supera sua última campanha.

O jogo foi dominado pela Educação Física, que venceu com tranquilidade as Arlequinas. No primeiro quarto, a Educa não permitiu nenhuma aproximação das adversárias, fechando o placar em 15 a 2. Os outros quartos não foram diferentes.

Ao ser questionada sobre a preparação da Educa para a Olimpíada, Natália Queluz, destaque da partida, disse que por questão de tempo, ficou mais difícil por conta da CIA, competição em que a Atlética também competiu. Entretanto, ela afirmou que os treinos para essa competição agregaram para a Olimpíada e que as atletas se esforçaram para treinarem juntas antes do início dos jogos em agosto.

A partida contou com várias cobranças de lance livre, que contribuíram com o placar final | Foto: Vitória Dechechi

Agrárias 16 X 8 Infernal

O primeiro confronto da manhã de domingo (24) foi entre a Agrárias e a unificada do campus Pontal, Infernal.

Os três primeiros quartos foram totalmente conquistados pela Agrárias, que fez 12 pontos, contra 4 das adversárias. A equipe ainda converteu vários lances livres que ajudaram na formação do placar.

No último ano, a Atlética do Javali caiu nas oitavas de final, e esse ano, já nas quartas, pega a Monetária. Letícia Matos, atleta da Agrárias contou um pouco sobre o seu desempenho pessoal e da equipe como um todo: “Eu melhorei bastante como pivô ultimamente. Foi um jogo bem difícil, muito físico pra mim porque a pivô delas era maior que eu, mas fiquei bem satisfeita, as meninas acalmaram quando eu pedi pra acalmar.”

Fisioterapia 28 X 9 Odontologia

O jogo entre Fisio e Odonto foi recheado de lances livres e cestas emocionantes. Na Olimpíada do ano passado, a Fisioterapia chegou até a semifinal, mas ficou com o quarto lugar depois de perder para a Monetária. Esse ano, a equipe vem com maiores expectativas e vai jogar as quartas de final no próximo final de semana (30), contra a Educa.

O terceiro quarto do jogo contou com 4 cobranças de lance livre por parte da Atlética do Crocodilo. A partida foi tranquila para a equipe, uma vez que tiveram domínio nos dois tempos do jogo e conseguiram controlar o placar.

A atleta Ana Livia Rissi disse em entrevista após a partida que ficou satisfeita com a atuação das meninas: “A gente é um time completamente novo, tem muitas bixetes, mas a gente conseguiu se organizar, com um técnico novo, deu tudo certo. Nós nos preparamos muito, principalmente mentalmente. Esse ano estou muito confiante, acredito que a gente vá sim chegar numa final.”

Monetária 44 X 25 Biológicas

Monetária e Biológicas protagonizaram uma partida quente e cheia de pontos, vários deles, a partir de lances livres.

O técnico da Money, ao longo da partida, fez apontamentos às meninas e ajudou a encaixar as jogadas. Ano passado, a equipe ficou em terceiro lugar, e esse ano segue em busca do lugar mais alto no pódio.

A camisa 62 da Atlética do Tamanduá, Maria Julia Barros, disse em entrevista que esperava um pouco mais e que não ficou satisfeita com seu desempenho individual Além disso, a atleta afirmou que o time falhou em alguns fundamentos, principalmente defensivos. Apesar disso, ela disse que foi um jogo bom e espera que a equipe alcance a final.

Exatas 13 X 20 Computação

O último jogo do final de semana foi entre Exatas e Computação. O time da Exatas teve que lidar com a saída das atletas Isadora Augustín e Isadora Neves, peças que fizeram parte do time vencedor de 2022 e medalhista nas últimas duas Olimpíadas.

O primeiro e segundo quarto contaram com uma grande atuação da Computação, que assumiu o controle do placar com um incontestável 14 a 2. No terceiro quarto, o time da Comp não fez nenhum ponto e a Exatas voltou para a partida, dando emoção para o último quarto ao diminuir a distância para apenas quatro pontos. Entretanto, apesar da pressão no placar, a Computação não se deixou afetar e conseguiu recuperar o ritmo para ganhar a partida.

A atleta Hemi Santo, ex-jogadora da Exatas, comentou as suas impressões da partida e detalhou o sentimento de enfrentar uma ex-equipe: “Foi um desafio muito grande, principalmente por conta de tudo que nós vivemos no passado, foi muito difícil porque ainda tem as amizades de lá, mas jogo é jogo. Nosso técnico João foi incrível, eu estou muito feliz de estar participando dessa vitória aqui com as meninas, é a primeira vez que o basquete feminino da Computação vai tão longe, se não me engano, e eu tô muito feliz”, disse a atleta.