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Uma medalha para coroar o fim de um ciclo e outra para alavancar uma nova história

Atualizado: 15 de mar. de 2023

Computação e Monetária ficaram no pódio da peteca masculina com atletas iniciando e encerrando trajetórias


Por Ítana Santos


Duas atléticas encerraram a campanha na competição da peteca masculina da Olimpíada Universitária da UFU 2022 com vitória: a A.A.A. Computação e a A.A.A. Monetária. A primeira, mais uma vez, confirmou seu favoritismo e o peso da camisa na modalidade, colocando a douradinha no peito. Já a segunda, que também está frequentemente presente no pódio, garantiu a medalha de bronze. As semelhanças entre elas param por aí: ambas campeãs, fortes na peteca, campanhas vitoriosas, mas com atletas em diferentes situações. Enquanto um disputa a sua primeira Olimpíada, o outro, aparentemente, encerra seu ciclo nas quadras universitárias.


O bronze dos tamanduás


Pelo lado vermelho e azul desta história temos o atleta Pedro Merola. O integrante da equipe de peteca da Monetária estreou nos jogos olímpicos da UFU neste ano. Com exceção da derrota sofrida no jogo da semifinal contra a Medicina, ele foi vitorioso em todas as outras partidas, com placar final de 2 sets a 0 contra as Engenharias e Biotecnologia de Patos, Biológicas e Educação Física.


Pedro acredita que por ser a primeira vez que seu trio jogou junto em um campeonato, a campanha feita na Olimpíada foi boa, mas que pode melhorar. “A maior dificuldade foi controlar o nervosismo”, afirma o atleta sobre a disputa de terceiro lugar contra a Educa. Ele complementa que “devido a isso, os erros começaram a aumentar. O ponto chave para conseguir o 3º lugar foi escutar as dicas e orientações do treinador que nos guiou para uma estratégia vencedora”.


Equipe masculina de peteca da Monetária com a torcida após vencer a Eng Bio Patos. Foto: João Marcelo Pozatti

Com sede de ouro para a próxima edição, ele já declara o que pode melhorar para colocar o nome da atlética no mais alto do pódio: “Na próxima edição precisamos manter a calma para evitar erros bobos, e acelerar mais o ataque para abrirmos ou tirarmos vantagem e por pressão”.


Enquanto um começa sua trajetória na competição, outro encerra. Pelo menos, é o que temos como certo, por enquanto. Matheus Prandini, atleta da Computação, fez seu primeiro jogo pela nação azul em 2015 e, pelo visto, realizou seu último neste ano. Em ambas edições ele conquistou o primeiro lugar da peteca e ainda foi atleta destaque da modalidade. Premiação esta que ele não faz tanta questão de exaltar, já que o foco sempre foi ser campeão no coletivo. “Eu e o Pedrão somos um pouquinho diferentes. A gente nunca ligou muito para prêmios individuais. Sempre focamos muito em ser campeão. A gente quer, no final das contas, chegar no mais alto do pódio, ganhar a medalha de ouro, o troféu de campeão, que é o que importa para a gente”, pontua Prandini.


O ouro dos lobos


Matheus Prandini e Pedro Oliveira venceram as atléticas Exumadas, Engenharia UDI, Educação Física e Medicina para conquistarem o tetracampeonato da Computação na peteca masculina, o terceiro ouro consecutivo. Para eles, desde as quartas, contra a Engenharia, foram jogos dificílimos. “A gente pegou um chaveamento muito complicado. Pegamos a Engenharia nas quartas, que era uma das favoritas. Pegamos a Educa, que também era uma das favoritas, na semifinal. Depois pega a Medicina. A gente teve três finais basicamente. Então, fomos pensando jogo a jogo”, complementa Matheus.


Final da peteca masculina entre os times da Computação e Medicina. Foto: Milton Santos

A final contra a equipe da Medicina já é um clássico na UFU. Ambas equipes vivem se encontrando nas competições - Supercopa, Olimpíada, entre outras - desde 2016. Os meninos do time azul elogiaram muito a campanha dos adversários, ressaltando a sequência vitoriosa deles, consistente, e a alta concentração e foco apresentados na partida que fizeram pelo ouro. Mesmo tendo sido uma final muito dura, Matheus credita a vitória dele e de Pedro a três fatores: experiência, calma e entrosamento entre eles.


A dupla computeira joga junto a muito tempo e não deixa que exista individualidade entre eles. O erro ou a vitória de um também é do outro e é por isso que o Matheus não faz tanta questão de enaltecer o destaque individual que recebeu na Olimpíada, mas sim, dar ênfase à taça conquistada com o grande amigo de quadra e de vida. “Por se ver como unidade - até é engraçado - quando um parar o outro deve parar também. A gente fez esse compromisso lá atrás. [...] Eu fico feliz por ter ganhado [destaque individual] esse ano e eu dedico ao Pedrão porque ele é muito mais consistente do que eu dentro de quadra. A gente sempre se dá muita força. O Pedrão sempre me deu muita força. Então, esse prêmio que eu ganhei é dele também”, afirma o atleta.


Na esquerda, Pedro Oliveira, na direita, Matheus Prandini. Foto: Ítana Santos

Pela lógica, os dois teriam competido a última Olimpíada em 2019, mas, como o destino não respeita regras, por conta da pandemia de covid-19, Matheus e Pedro fizeram sua last dance neste ano. Ambos saem da competição com o sentimento de gratidão, além de alegres por verem que, desde que passaram a competir na UFU, muitas equipes buscaram se desenvolver. “O saldo que a gente leva é muita gratidão, felicidade e deixar um pouquinho da nossa marca, da nossa história na Computação, na UFU, na peteca. É um esporte que a gente tanto gosta e ficamos muito felizes de ver pessoas muito jovens entrando agora nesse mundo da peteca também”, complementa Matheus.


Com vitórias de uma equipe com um passado de ouro e de outra com um futuro promissor, a competição da peteca masculina na Olimpíada UFU 2022 fechou o pódio da seguinte maneira: terceiro lugar, Monetária, que venceu a Educa, uma das também favoritas da modalidade; em segundo lugar Medicina; e a grande campeã, a equipe da Computação.


Equipe completa da peteca masculina da Computação. completa. Foto: Milton Santos


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