Título será disputado pela atual campeã, Engenharia, contra a estreante em finais, Artes. Medicina e Computação se enfrentam na disputa de terceiro lugar.
Por João Maimoni
Artes vai jogar primeira final de sua história no handebol masculino | Foto: Filipe Couto
Favoritismo e surpresa são as palavras que resumem bem a volta da disputa do handebol masculino na Olimpíada UFU 2024. As atléticas entraram em quadra no último final de semana (2 e 3) para jogar as fases de quartas e semifinais.
Com um total de quatro jogos no sábado, e os dois jogos válidos pelas semis no domingo, Agrárias, Artes, Computação, Direito, Educa, Engenharia, Humanas e Medicina disputaram a tão sonhada vaga para a final.
Medicina 19 x 18 Humanas - Quartas
No primeiro jogo de sábado, Medicina e Humanas protagonizaram um duelo de tirar o fôlego, com uma virada inacreditável no fim. Com o apito inicial, a Atlética da Pantera mostrou estar mais centrada na partida, abrindo vantagem no placar logo de início. Em contrapartida, os futuros médicos demoraram para se encontrar no jogo, e saíram de quadra perdendo por 10 a 6 na primeira etapa.
Parecia que o segundo tempo seguiria o mesmo roteiro, já que a Humanas manteve a vantagem de quatro gols desde o início do jogo, mas, de pouco em pouco, a Medicina encostou no placar com uma atuação de destaque. Depois de um tiro de sete metros desperdiçado pela Humanas, a Atlética da Serpente empatou a partida nos últimos minutos, para o delírio de sua torcida.
Com o placar empatado, a tensão aumentou no G1. Depois de um pedido de tempo faltando 10 segundos para o fim, o camisa 28 da Medicina, Augusto Durante, marcou um belo gol para virar a partida e classificar a Med de forma heróica, levando a Serpente para a semifinal e assumindo a liderança da partida pela primeira vez, com o placar final de 19 a 18.
“O jogo começou difícil, mas no segundo tempo a gente conversou, ajustou a defesa e conseguimos fazer bons ataques. O jogo foi muito emocionante, na última bola do jogo a gente conseguiu virar”, comentou o atleta da Medicina após o apito final.
Artes 24 x 17 Agrárias - Quartas
Já no fim do dia, Artes e Agrárias tiveram um duelo de times que se destacaram na última Olimpíada, com a Artes vindo da repescagem após cair nas quartas em 2023, e a Agrárias sendo o atual terceiro lugar da modalidade. Mesmo com as chances desfavoráveis, o time tricolor se mostrou superior na primeira etapa, e com o apoio da sua torcida, saiu para o intervalo ganhando de 10 a 8.
O Javali demorou para se aquecer, mas depois dos primeiros gols, voltaram a disputar de igual para igual. E em um jogo muito disputado e que poderia ter ido para ambos os lados, a Artes avançou até a semifinal após vencer pelo placar de 24 a 17, fazendo com que a Atlética do Arlequim fosse a única vinda da repescagem a chegar até as semis.
João Pedro Rezende, estudante do curso de Música e camisa 4 da Artes, falou sobre a sua atlética ter sido a única vinda da repescagem: “A gente sabia que não ia ser fácil, pegamos um adversário difícil no primeiro jogo, que foi a Computação, mas a gente sabe o que a gente quer. Nós viemos com tudo e estamos muito unidos, isso foi o que fez a gente chegar até aqui”.
Artes 25 x 18 Medicina - Semis
A semifinal mostrou duas atléticas tentando fazer história: a Artes tentava chegar na sonhada final, e a Medicina tentando melhorar o resultado da Olimpíada passada, quando caíram nessa mesma fase.
Em um jogo muito acirrado, o time tricolor se aproveitou das suas principais qualidades, velocidade e agilidade, para se manter à frente no placar e sair de quadra com a vitória pelo placar de 25 a 18, fazendo história ao chegar na final.
Em entrevista após o apito final, o goleiro da Artes e atleta-destaque da partida, Vittor Coelho, falou sobre a classificação inédita: “a coisa mais importante foi a nossa amizade, a união do time. Essa amizade trouxe esses frutos para o nosso time”.
Engenharia 21 x 19 Educa - Quartas
No confronto de favoritos, Engenharia e Educa mostraram para o lotado G1 um nível muito alto de handebol. O Leão teve um começo avassalador, abrindo uma vantagem de cinco gols em um piscar de olhos, mas o time da FAEFI voltou na partida, com o placar final do primeiro tempo sendo de 11 a 7 para os atuais campeões.
Em um jogo lotado de faltas e advertências, o elenco recheado de jogadores do time aurinegro se mostrou crucial para a vitória da Engenharia, mesmo com a Educa diminuindo sua desvantagem. vantagem inicial da Engenharia garantiu a classificação do Leão para a semifinal pelo placar de 21 a 19.
O camisa 81 do time vencedor, Suelso Ferreira, falou sobre a classificação: “A gente fez de tudo pra entrar muito concentrado, sabíamos que não seria um jogo fácil e a gente não gosta de desmerecer o adversário. O time quis entrar com garra, fazendo o nosso jogo”.
A Engenharia vai disputar sua terceira final seguida na modalidade | Foto: Ellyn Lago
Computação 28 x 13 Direito - Quartas
Em um jogo controlado de ponta a ponta, o quarto lugar da edição passada venceu a Atlética do Direito e se classificou para a semifinal. Em dois tempos sem muitas emoções, a Comp impôs seu estilo de jogo e ganhou a primeira etapa por 12 a 5, terminando a partida vencendo de 28 a 13.
“Esse ano, a gente teve muitos reforços, muita gente nova e nosso time está completo, com um clima muito bom. Dentro e fora de quadra, todo mundo é muito amigo, e o time é muito forte, então a gente está confiante.” comentou o camisa 9 e destaque da partida pelo time vencedor, Otávio Senne.
Engenharia 28 x 21 Computação - Semis
Em um jogo equilibrado e acirrado até o fim, Engenharia e Computação duelaram para ver quem chegava na final da modalidade. A primeira etapa mostrou duas equipes se lançando ao ataque, trocando gols e sem ninguém conseguir abrir uma vantagem significativa. Por conta de uma punição de dois minutos, a Atlética do Lobo ficou com um a menos no fim do primeiro tempo, e a Engenharia aproveitou para ir para o intervalo vencendo por 13 a 10.
A segunda metade manteve a dinâmica do primeiro tempo, mas com a rotação constante no time titular da Engenharia. O time da Comp não conseguiu manter suas forças até o fim, parando na boa defesa adversária. A Engenharia passou de fase com o placar de 28 a 21, e segue para disputar sua terceira final seguida na modalidade.
O camisa 12 do time finalista, Welnner Martins, falou da expectativa para a final: “A gente vem de uma derrota que doeu muito na CIA [Copa Inter Atléticas], então a gente quer muito esse título, vai ser difícil tirar ele da gente”.
Resultados
Quartas de final
Medicina 19 x 18 Humanas
Artes 24 x 17 Agrárias
Engenharia 21 x 19 Educa
Computação 28 x 13 Direito
Semifinais
Artes 25 x 18 Medicina
Engenharia 28 x 21 Computação
Disputa de Terceiro Lugar - 9 de novembro
Medicina x Computação
Final - 10 de novembro
Engenharia x Artes
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