top of page

Engenharia derrota Artes e é tricampeã do handebol masculino na Olimpíada UFU 2024

  • Foto do escritor: Arquibancada UFU
    Arquibancada UFU
  • 18 de nov. de 2024
  • 7 min de leitura

Atualizado: 8 de jan.

Arlequim ficou com a medalha de prata e Computação garantiu o terceiro lugar contra a Medicina


Por João Maimoni

Engenharia teve campanha invicta até a conquista do título | Foto: João Maimoni


Chega ao fim mais uma Olimpíada UFU! A fase final do torneio ocorreu no penúltimo final de semana, com a disputa de terceiro lugar no sábado (9) e a grande final disputada no domingo (10). As partidas foram disputadas no campus Educação Física, no G1, e quem esteve presente conseguiu ver a história sendo escrita com os próprios olhos.


Dessa vez, diferente da edição anterior, onde as semifinais e a final foram disputadas em um único fim de semana, a Olimpíada UFU 2024 se estendeu durante longas sete semanas, fazendo com que certas atléticas chegassem a ficar um mês sem entrar em quadra, e isso foi um dos grandes desafios para as equipes conseguirem se manter constantes mesmo sem tempo de jogo.


Mesmo o campeão não sendo novidade, o pódio deste ano contou com surpresas, com a Artes chegando em sua primeira final da história do handebol masculino depois de passar pela repescagem. A Computação fechou o pódio após ganhar a disputa de terceiro lugar em cima da Medicina, e alcançou sua melhor posição desde 2010.


1º LUGAR - ENGENHARIA


A campanha dos aurinegros começou sem muitos sustos na primeira fase. O adversário foi a Fisioterapia, e em um jogo controlado do início ao fim, a Engenharia se classificou pelo placar de 39 a 14. Essa partida já mostrou os pontos fortes da equipe vencedora: o seu elenco recheado de bons jogadores e o entrosamento dos mesmos, sempre parecendo que estão jogando um esporte diferente do adversário.


Depois de 48 dias longe das quadras, a Engenharia voltou a jogar somente na fase de quartas de final, por conta do chaveamento após a vitória na primeira fase. Mas eles encararam um adversário muito qualificado, a Educa, que em sua campanha já havia mostrado força, vencendo a primeira fase pelo placar de 47 a 15 e as oitavas de final pelo placar de 56 a 4.


Em um jogo disputado até o fim, o Leão saiu vencedor, classificando-se para as semis pelo placar apertado de 21 a 19. Já na fase seguinte, os futuros engenheiros duelaram contra o forte time da Computação, mas com uma incrível atuação do goleiro Phelipe Carvalho, a Engenharia garantiu a vaga na final pelo terceiro ano consecutivo, com um placar de 28 a 21.


E na tão esperada grande final, o adversário foi uma surpresa: a Artes, que chegava em sua primeira final da história no handebol masculino, e não fez feio. A primeira etapa mostrou duas equipes que sabiam muito bem o que estavam fazendo, focando em seus pontos fortes, o jogo se mantia equilibrado com os dois lados marcando gols, mas quem foi para o intervalo a frente do placar foram os então bicampeões, pelo placar de 15 a 8.


Mas a segunda metade de jogo mostrou o porquê da Engenharia ser a favorita, o placar próximo virou uma vantagem de mais de 10 gols, e com o elenco maior, possibilitando uma maior rotação e menos cansaço, o time de amarelo e preto venceu a final e se sagrou tricampeão do handebol masculino da Olimpíada UFU.


Lucas Reimer, camisa sete do time campeão e atual técnico do time feminino de handebol da Engenharia, derrotado na final pela Educa nos pênaltis, falou sobre a campanha do time: “A gente trabalhou bastante, nos doamos para caramba pra chegar até aqui. Com certeza não foi um caminho fácil, mas passo a passo a gente conseguiu. Mérito do time, mérito do técnico também, e conseguimos chegar até aqui”


Lucas também falou sobre a derrota decepcionante na primeira fase da Copa Inter Atléticas: “A derrota na CIA foi muito doída, nós tínhamos uma equipe muito forte para chegar até a final. Por isso, também viemos com tanta vontade para essa Olimpíada. Eu acho que esse primeiro lugar cura um pouco a ferida, mas não tira nossa vontade de batalhar por tudo ano que vem”.


 2º LUGAR - ARTES


O começo da campanha da Artes não foi fácil. Enfrentaram a Computação, que era a atual quarto lugar, logo na primeira fase, e mesmo jogando de igual para igual, saíram derrotados pelo placar de 30 a 20. Desde o início, os dois destaques do time, Saymon Elias e Douglas dos Santos, mostraram que estavam dispostos a entregar tudo pela vitória: os dois atletas participaram de mais de 60 gols durante a competição.


O próximo passo foi a repescagem, onde enfrentaram a Gnomada, e em uma partida difícil, que até mesmo foram para o intervalo perdendo, a Artes deu a volta por cima, ganhou a partida por 22 a 16 e se classificou para as oitavas de final. Já nas oitavas, em mais um jogo muito complicado, duelaram contra a Monetária, e em um dos jogos mais disputados da Olimpíada, com viradas e muitas trocas de liderança, a Artes virou a partida no fim com gols decisivos de Saymon e, no apito final, o placar era de 22 a 21.


No ano anterior, a Artes havia sido eliminada justamente nas quartas pela Engenharia, então no jogo contra os atuais vice-campeões, a Agrárias, o Arlequim entrou para fazer história. Com jogadas rápidas e de contra ataque, o time tricolor saiu de quadra com a vitória pelo placar de 24 a 17.


Mas as pedreiras não pararam de vir, porque na semifinal enfrentaram o atual terceiro lugar do handebol masculino, o time da Medicina. Mesmo assim, a Artes usou muito bem suas características de velocidade e agilidade, e com muitas jogadas individuais de Saymon e Douglas, chegaram na tão sonhada final, com o resultado de 25 a 18.


Na grande final, a equipe da Artes conseguiu mostrar seu jogo e não se intimidou contra a favorita Engenharia, mas não foi o suficiente, sendo derrotada pelo placar de 29 a 22. Apesar da derrota, o atleta Saymon Elias foi eleito o destaque da modalidade.


Em entrevista, o técnico da Artes, Thiago Bispo, falou sobre a bonita campanha do seu time, que enfrentou todos os semifinalistas do ano anterior nesta edição: “Antes do jogo, eu parabenizei os meninos, pelo o que a gente construiu, não só um ou outro jogador, mas todo o elenco, e o nosso elenco é o menor (em quantidade de jogadores) no handebol, então falei o quão orgulhoso eu estava deles.”


O técnico completou falando sobre o resultado histórico da Artes: “Independente do resultado, a gente sai feliz, essa foi a primeira semi e final da atlética das Artes, então fizemos história”.


Artes foi a única atlética que passou das oitavas de final vindo da repescagem | Foto:João Maimoni


3º LUGAR - COMPUTAÇÃO


A primeira partida da Computação foi justamente contra o futuro finalista da competição, a Artes, e em um jogo muito disputado, a Comp saiu de quadra vencedora e se classificou para as oitavas pelo placar de 30 a 20. O Lobo vinha de um quarto lugar na edição anterior, sua melhor campanha desde 2010, e queriam melhorar sua colocação, e com um time muito bem treinado, foi isso que eles conseguiram.


Nas oitavas, enfrentaram a Exatas, que entrou em quadra uma única vez na competição inteira, já que em sorteio realizado antes do início do campeonato, ganharam a vaga para as oitavas de final. Em um jogo muito acelerado, o Lobo se aproveitou de jogadas rápidas para garantir vaga na próxima fase pelo placar de 31 a 16.


As quartas de final reservaram um duelo complicado para o time de azul: o Direito, que havia ganhado seus dois duelos anteriores com uma vantagem de mais de 10 gols. Mas não foi isso que aconteceu, já que a Comp saiu vitoriosa sem tomar sustos, pelo placar de 28 a 13. As semis reservaram mais um duelo difícil, os atuais campeões e favoritos, a Engenharia, que se impôs em quadra, derrotando o Lobo por 28 a 21.


Mas o sonho de superar a melhor campanha não havia terminado. Na reedição da disputa de terceiro lugar do ano passado, Computação e Medicina se enfrentaram mais uma vez. Em uma primeira etapa controlada pelo time de azul, os futuros médicos até encostaram no placar perto do apito do intervalo, que terminou com o placar de 10 a 7.


Apesar do placar próximo, quanto mais o relógio andava, maior a vantagem da Comp, que saiu vitoriosa pelo placar de 25 a 19 e realizou o sonho de superar as suas campanhas anteriores. Destaque da partida e camisa 21 do time vencedor, João Pedro Tomaz comentou que o time esperava chegar à final, mas pegaram o forte time da Engenharia na semi.


João Pedro falou também qual foi a diferença para chegar na melhor campanha da Computação: “Esse ano foi diferente, porque a gente veio com mais vontade. Criamos uma expectativa muito grande, viemos com muita força e vontade para ganhar essa partida”.


4º LUGAR - MEDICINA


A campanha da Medicina começou em um dura partida contra a Odonto, que jogou bem, mas não conseguiu segurar o bom ataque da Serpente, que venceu e passou de fase pelo placar de 29 a 18. A equipe dos futuros médicos mostrou uma oscilação nos jogos que disputou, com ótimas atuações em alguns momentos, mas um pouco perdida em outros, e isso foi demonstrado na fase de quartas de final.


A Medicina passou direto para as quartas de final devido à sua classificação do ano anterior, o terceiro lugar, e enfrentou a equipe da Humanas, que vinha de uma vitória sobre a Infernal. A Pantera liderou a partida do início até os últimos 10 segundos, quando Augusto Durante marcou um golaço para colocar a Med na semifinal.


Em mais um jogo onde a Medicina poderia ser considerada favorita, a semifinal mostrou um time menos competitivo que o seu adversário, a Artes, que saiu vencedora sem tomar sustos, pelo placar de 25 a 18. Na disputa do terceiro lugar, o time da Medicina entrou melhor e disputou até o fim, mas não foi suficiente e saíram derrotados 25 a 19, com o quarto lugar.


João Domingos Saraiva, veterano do curso de Medicina, explicou sobre as dificuldades que a equipe teve ao longo do ano, com um time muito novo e renovado, já que muitos jogadores da geração passada se formaram: “Apesar do ano difícil, eu vejo ele sendo muito bom para um time que está em construção, nós conseguimos chegar a semifinal, que era um dos objetivos”. 


Classificação geral


1 - Engenharia

2 - Artes

3 - Computação

4 - Medicina

5 - Agrárias

6 - Humanas

7 - Educa

8 - Direito


Atleta-destaque (Diesu): Saymon Elias (Artes)


Resultados de todos os jogos


Primeira fase


Engenharia 39 x 14 Fisioterapia

Agrárias 26 x 18 Biológicas

Medicina 29 x 18 Odonto

Computação 30 x 20 Artes

Direito 24 x 9 Gnomadas

Humanas 16 x 13 Psicologia

Monetária 32 x 14 Moca

Educa 47 x 15 Infernal


Repescagem


Infernal 8 x 7 Fisioterapia

Moca 27 x 12 Biológicas

Psicologia 21 x 18 Odonto

Artes 22 x 16 Gnomada


Oitavas de Final


Computação 32 x 16 Exatas

Direito 31 x 20 Moca

Humanas 20 x 17 Infernal

Artes 22 x 21 Monetária

Educa 56 x 4 Psicologia


Quartas de Final


Engenharia 21 x 19 Educa

Artes 24 x 17 Agrárias

Medicina 19 x 18 Humanas

Computação 28 x 13 Direito


Semifinais


Engenharia 28 x 21 Computação 

Artes 25 x 18 Medicina


Disputa de Terceiro Lugar


Computação 25 x 19 Medicina


Final 


Engenharia 29 x 22 Artes


Comentários


bottom of page