top of page

Com despedida, Engenharia UDI se torna bicampeã do tênis de campo feminino na Olimpíada UFU

Dentre muitas interferências, a partida final foi calorosa e resultou na vitória da futura engenheira sobre a Odonto. Na disputa do bronze, a Computação levou a melhor contra a Educa


Por Maria Sansoni e Mariana Gulo


Jogando tênis pela primeira vez em sua vida, Bianca Gobetti chegou à disputa de 3° lugar na Olimpíada UFU | Foto: Maria Sansoni

Depois de quatro finais de semana intensos, o tênis de campo feminino ganhou mais uma final para a sua história. Repetindo o feito de 2022, a Engenharia UDI, representada por Letícia Gomides, que disse adeus à Olimpíada, foi a grande vencedora da modalidade em 2023.


Todos os jogos foram sediados no Udi Tennis. Diferentemente das outras etapas da competição, a semifinal e a final contaram com uma nova pontuação. Disputavam-se 2 sets, onde a jogadora deveria atingir 6 games para vencê-los. Em caso de empate, tanto nos games, quanto nos sets, ocorria a disputa de um tie-break.


As semifinais


As semifinais aconteceram no sábado (7) entre Engenharia UDI x Computação e Odonto x Educa e foram marcadas por Sol e por disputas acirradas. O primeiro jogo foi entre Letícia Gomides, que representava a Atlética do Leão, e Débora Toshie , que carregava o Lobo no peito, e terminou com a vitória preta e amarela.


Letícia, campeã do tênis e estudante de Engenharia Biomédica, se despediu da Olimpíada após cinco anos representando a atlética do coração e suas expectativas para a final foram as melhores. “É meu último ano por aqui. Espero ir embora com a medalha e também com a vitória geral, de novo!”.


O entusiasmo era grande, mas o calor também. A atleta também falou sobre a jornada até a final: “As expectativas são altas. Está muito calor, muito quente, as meninas estão vindo fortes, mas acho que vai ser um bom jogo.” E não teve jeito melhor da atleta finalizar sua jornada dentro da Engenharia: Letícia venceu por 2 a 0 e se classificou para a final.


Já o segundo jogo disputado pelas semis teve, além da presença do sol, o espírito competitivo entre as adversárias. Giovanna Coelho, da Odonto, dominou o primeiro set e saiu com a vitória, porém, o segundo set já teve seu início com empate nos games. Foi aí que Bianca Gobetti, da Educa, que nunca havia jogado tênis antes e se arriscou pela primeira vez nessa Olimpíada, se mostrou presente. Um set acirrado, sem vantagens, com a incerteza da vitória e com a presença da torcida se fez presente, e Bianca viu ali a oportunidade perfeita para igualar o set.


O esforço da atleta era nítido e, apesar do calor e da adversária de alto nível, a representante da Educa saiu com a vitória no segundo set. Com resultados iguais dos dois lados, a vitória foi resolvida no tie-break, que consiste em alguma das atletas fazer 7 pontos, sem a contagem de games ou mais um set. O desempate também não foi fácil, sendo muito disputado, mas a Atlética do Panda saiu com a melhor nessa, venceu por 7 a 5 e Giovanna classificou a Odonto para a final.


Apesar da vitória, nada fácil, Giovanna contou um pouco ao Arquibancada UFU como foi o jogo: “Foi um jogo cansativo, fomos até para o tie break, mas no final deu tudo certo”


Tênis de campo feminino é agitado com provocação da torcida e reclamações para o árbitro | Foto: Maria Sansoni

A final


A partida responsável por consagrar a nova campeã do tênis de campo feminino ocorreu simultaneamente à disputa pelo bronze, às 15h. De uma lado, a Engenharia UDI se preparava para conseguir a sua segunda vitória consecutiva na modalidade com a sua representante, Letícia Gomides. Já a Odonto, tentava pela primeira vez colocar a sua atleta Giovanna Coelho no lugar mais alto do pódio, visto que no último ano, ela havia ficado em quarto.


Antes mesmo da disputa começar, já percebia-se uma terceira jogadora: a torcida. Dentre amigos e companheiros de atlética, o apoio à futura dentista persistiu ao calor e ao cansaço de uma partida disputada. A Engenharia também se fez presente, mas teve que se dividir entre duas quadras, já que na final masculina da modalidade, havia também um futuro engenheiro.


O primeiro set contou com um nervosismo inicial das atletas, o que gerou alguns erros de saque e de recepção. Mas esse fator não se prolongou e logo a disputa se tornou acirrada, com pontos de longa duração e grande esforço das jogadoras para conseguirem a vitória.


Durante o set, houve algumas intervenções do árbitro devido a dois motivos. O primeiro foi pela animação da torcida, principalmente por parte da Odonto, que em muitos momentos acabavam falando durantes os pontos para dar força para a Giovanna, o que foi contestado algumas vezes pela adversária. A outra razão, foi devido às inúmeras discordâncias entre as jogadoras quanto ao lugar onde a bola tinha caído, o que muitas vezes acabou parando o jogo e gerando uma discussão.


No final do set, o cansaço gerado pelo calor e pelo desgaste físico se fez presente, resultando em um aumento de erros, principalmente por parte da jogadora da Atlética do Panda. No fim, o primeiro set acabou em 6 games a 3 para a Atlética do Leão.


Já com a vantagem, o segundo set teve um início mais tranquilo e equilibrado. As jogadoras chegaram a alternar a liderança dos games, mas mesmo com pontos disputados, a futura engenheira conseguiu vencer novamente, dessa vez por 6 games a 2, consagrando a sua vitória na decisão por 2 sets a 0.


Se despedindo da competição como campeã do tênis de campo feminino, Letícia Gomides contou para o Arquibancada UFU sobre como foi a trajetória ao longo da Olimpíada Universitária. “O calor e os horários de jogos estavam bem complicados. Nos primeiros jogos, eu senti dor no punho, fiz fisioterapia e acabou melhorando [...] É bom demais a sensação de ter ganho, é bom demais ser Engenharia”.


No segundo lugar do pódio, Giovanna Coelho tem motivos para se orgulhar da sua colocação. Primeiramente, a atleta da Odonto superou o seu próprio resultado na Olimpíada UFU do ano anterior, onde havia ficado em quarto lugar. Além disso, a jogadora se manteve bem na competição, mesmo com uma tala no dedo e com a recomendação médica de se manter afastada do esporte.


“Eu quebrei o dedo jogando basquete contra a Medicina. Tive que colocar tala e o médico pediu repouso de três semanas, mas era impossível porque estou participando de dois campeonatos de tênis e também jogando outros esportes pela atlética. É minha penúltima Olimpíada, a próxima é minha última, então eu quero vencer, vou batalhar pra isso.”, contou para o ARQ UFU.


Com seu retorno na Olimpíada UFU 2022, o tênis de campo ganha um novo pódio | Foto: Mariana Gulo

A disputa do 3° lugar


A partida ocorreu ao lado da disputa entre as finalistas, e não ficou para trás no quesito emoção. O terceiro lugar foi definido em um jogo super disputado entre Débora, jogadora da Computação, e Bianca, da Educa.


O primeiro set foi marcado por uma alternância na liderança dos games, com pontos demorados e muita persistência de ambas as jogadoras, que mesmo com o calor e cansaço, se mantiveram firmes a cada ponto.

Mesmo sendo a primeira competição de tênis da jogadora da Educa, ao longo da partida foi perceptível a inteligência da atleta para o esporte, que se destacou pela jogadas curtas que usava como estratégia nos pontos mais longos. Em contrapartida, a experiência da representante da Comp se fez presente, principalmente pela constância que apresentava ao longo dos games e nos poucos erros que tinha.


Com essa disputa acirrada, o final do primeiro set só tinha um destino: tie-break. Depois de um empate entre os games por 6 a 6, as jogadoras disputaram um desempate, no qual ganhava quem fizesse sete pontos primeiro. A jogadora da Atlética do Lobo levou a melhor por 7 a 3, vencendo o primeiro set.


Já na segunda parcial, o cansaço se fez ainda mais presente, e começaram a aparecer mais erros de ambas as competidoras. Os pontos se tornaram mais longos, o jogo mais lento e a liderança passava de uma jogadora para a outra. Após duas horas, a partida terminou e por 6 games a 5, Débora levou a melhor e completou o pódio da modalidade, dando o bronze para a Computação.


“Para mim foi uma surpresa. Eu jogo tênis porque gosto e tenho praticado muito pouco. Acho legal participar, conhecer o pessoal que joga e brincar, acho que isso é mais importante que qualquer tipo de ranking”, contou Débora Toshie, estudante do 5° período do mestrado e representante da Comp em sua segunda Olimpíada UFU.


Classificação geral do tênis de campo feminino - Atleta:

  1. Letícia Gomides Bernades - Engenharia UDI

  2. Giovanna Coelho Bastos - Odonto

  3. Débora Toshie Kohara - Computação

  4. Bianca Camila Gobetti - Educa

  5. Ariane Piccolo Gussi - Exatas

  6. Lohanna Ferreira Paiva - Engenharia UDI

  7. Vitória Jalawitzki de Lima - Biológicas

  8. Beatriz Resende Silva - Monetária

0 comentário

Comments


bottom of page